Juiz britânico diz que é provável que Putin aprovou morte de ex- espião
Alexander Litvinenko morreu em 2006 após ser envenenado com polônio.
Ele vivia em Londres e era crítico do presidente russo.
Um juiz do Reino Unido afirmou nesta quinta-feira (21) que o presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente aprovou o assassinato do ex-agente russo Alexander Litvinenko.
"A operação do FSB (serviços de inteligência russo) para matar Litvinenko foi provavelmente aprovada por (Nikolai) Patrushev (diretor do FSB na época) e também pelo presidente Putin", afirma o relatório da investigação britânica.
Litvinenko morreu em 2006 envenenado por polônio, provavelmente colocado em sua xícara de chá, e precisou ser enterrado em um caixão de chumbo para evitar vazamentos radioativos.
Ex-agente do serviço de segurança russo FSB que trabalhava na época para o MI6 britânico, ele havia se tornado um contumaz crítico de Putin. Sua morte ocorreu em 23 de novembro de 2006 em Londres, após três semanas de dolorosa agonia.
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Primeira vítima de um assassinato radioativo, Litvinenko acusou o presidente russo Vladimir Putin de estar por trás de seu envenenamento.
Se o papel de Putin na morte permanece em aberto, a investigação, presidida pelo juiz Robert Owen, é muito mais contundente sobre a participação do Estado russo.
"O Estado russo foi responsável pela morte de Litvinenko", afirmam as conclusões, que confirmam também que a execução, com a introdução de polônio em um chá durante uma reunião no bar de um hotel em Londres, foi realizada por dois agentes russos, Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtun.
"Quando Lugovoi envenenou Litvinenko, é provável que tenha feito sob a direção do FSB. Acrescentaria que vejo isto como uma forte probabilidade. Concluí que Kovtun também teve participação no envenenamento", afirma o documento de 300 páginas, resultado de um ano e meio de audiências.