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terça-feira, 12 de junho de 2012

Sugestão para o mau gestor público ler ...!


GESTOR PÚBLICO HOJE  FAZ FILA PARA MOSTRAR RESULTADO

MATHIAS MANGELS, CEO DA SYMNETICS E CONSULTOR DO GOVERNO PARA INOVAÇÃO, CONTA COMO AS PRÁTICAS DA INICIATIVA PRIVADA ESTÃO MUDANDO A CARA DO SETOR PÚBLICO

Mathias Mangels, CEO da Symnetics e consultor do governo em inovação (Foto: Divulgação)

“O que ela [Dilma] vê que está melhorando, usa como exemplo internamente. Os integrantes do governo veem que é possível e que há um reconhecimento do cidadão. Daí, passam a querer adotar também”, conta Mathias Mangels, CEO da Symnetics e consultor do MBC para inovação.
A Symnetics é uma consultoria que nasceu em 1987 com o objetivo de ajudar organizações da indústria brasileira a se tornarem competitivas e, desde então, vem se reinventando constantemente. Para se tornar referência, se aliou a nomes pesados.
Como competitividade tem relação direta com processos, logo no começo firmaram parceria com August Scheer, professor alemão e uma das maiores autoridades em processos empresariais do mundo. Cinco anos depois, A Symnetics estreava na bolsa de Frankfurt (Alemanha) e se tornava a principal parceira da SAP. Em 94, deram início à internacionalização, abrindo escritório na Argentina.
Mangels percebeu que ser bom em processos era bom, mas não suficiente. Foi preciso aliar processos a melhores práticas e benchmark. Associaram-se a Benchmarking Partners, de Boston (EUA). Por último, resolveram aliar estratégia de médio e longo prazo às competências que já reuniam. Escolheram nada mais nada menos que Robert Kaplan e David Norton, professores da Harvard Business School, conhecidos por criar o método balanced scorecard, o qual traduz objetivos estratégicos em ações e resultados efetivos. Era o ano de 1998. “Foi a ferramenta certa na hora certa”, diz Mangels.
Atualmente, a Symnetics possui 45 consultores no Brasil. São 350 consultores no mundo todo, trabalhando em cerca de 150 projetos. A companhia atua em todos os continentes, em países como China, Vietnã, Malásia, Arábia Saudita, Katar e Emirados Árabes. A participação no MBC foi sedimentada por meio do trabalho em empresas como Guerdau, Siemens, Suzano e Klabin. Na entrevista abaixo, Mangels conta como é o trabalho de trazer para o setor público ferramentas e práticas de gestão do setor privado.
Como começou a participação da Symnetics no MBC?
Auditamos várias empresas que fundaram o movimento. Guerdau, Siemens, Suzano, Klabin. Fazíamos consultoria para essas empresas. Quando nasceu o MBC, naturalmente, passamos a apoiar. Hoje, atuamos desde o desenho de projetos até a implementação deles. Geralmente, na excelência operacional, que é nosso antigo DNA, em processos e na inovação de produtos, serviços e modelos de negócios.
É possível, na vida real, levar práticas da iniciativa privada para o setor público?
É possível, é necessário e existe um reconhecimento do valor disso. Um gestor público tem sempre uma agenda política. Para demonstrar seu sucesso, ele precisa de ferramentas, precisa mostrar resultados. Existe, além disso, uma demanda externa por transparência. E isso o motiva a mensurar os projetos internamente. Finalmente, ele tem de alinhar e priorizar com a equipe interna o que vai ser feito. Tudo isso é feito com a ajuda de modelos.