O fim da era Ronaldinho no Flamengo: um enredo de confusões e fracasso
Depois de menos de dois anos de anunciada a maior contratação da história do Flamengo, Ronaldinho Gaúcho deixa o Flamengo sem marcar nome positivamente com a torcida rubro negra.
POR THALES MACHADO - DIRETO DO RIO DE JANEIRO
Um grande protagonista e um irmão encrenqueiro. Um núcleo bem confuso de diretores. Samba, carnaval e futebol (talvez nesta ordem). Muito dinheiro envolvido, brigas e confusões. Personagens que ficam pelo caminho. Começo, clímax, câmeras escondidas e decadência. Um membro da família doente e o fim em uma grande briga judicial. Poderia ser o enredo de um filme, poderia ser até mesmo mais uma novela brasileira, com um enredo um pouco mais sofisticado que o normal. Nada mais é do que uma história real do futebol brasileiro. A cronologia daquela que foi a maior contratação da história do Clube de Regatas Flamengo. A conclusão, antes mesmo do texto, é inefável: para ambas as partes, a passagem de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo foi um tremendo fracasso.
Querendo sair pela porta da frente, Ronaldinho não teve nem mesmo porta para sair. O jogador teve o seu contrato rescindido judicialmente, coisa feia de se ver no mundo do futebol. Feio pelo lado do jogador, que sai de um clube sem encarar a própria torcida e feia pelo lado do Flamengo, que, episódio por episódio, mostrou a incapacidade de seus homens e mulheres de comando. Ronaldinho não jogou bem, não conquistou títulos importantes, não rendeu o mínimo esperado com o seu marketing. Sai queimado com a maior torcida do Brasil. Goal.com mostra a cronologia da passagem do meia pelo Fla, para que o bom apreciador do futebol tente entender como o ex melhor do mundo fracassou em um dos maiores clubes do país.
Plumas, paetês e muita festa para a chegada do ex-melhor do mundo ao Flamengo em Janeiro de 2011. Intencionado em seguir os passos do chará no Corinthians e recuperar o seu futebol no Brasil, Ronaldinho Gaúcho desembarcou no Rio de Janeiro. Esperava-se que os bons ventos da cidade trariam R10 de volta e, por outro lado, temia-se que a noite carioca afundasse ainda mais o jogador. A torcida do Flamengo, otimista que só ela, lotou o já inutilizado campo da Gávea para receber o dentuço. Ao lado de Patricia Amorim e de flamenguistas importantes em um palco improvisado, o “Flamengo é Flamengo” que R10 falou ao microfone virou bordão. Ronaldinho Gaúcho foi moda no verão carioca de 2011. O "Bonde do Mengão sem freio" também.
A estreia se deu em uma noite de Quarta-Feira com Engenhão lotado. Mais de 40 mil pessoas viram Léo Moura passar a faixa de capitão para R10 e sofreram ao ver o Fla vencer o Nova Iguaçu por 1 a 0, gol de Wanderley. Ronaldinho teve atuação discreta. O primeiro gol veio no jogo seguinte, em Macaé, contra o Boavista. De pênalti, R10 abriu o placar na vitória do Fla por 3 a 2. O primeiro título, ou meio-título, 20 dias depois. O adversário foi o mesmo Boavista e o gol saiu de uma falta cobrada com maestria por Ronaldinho Gaúcho. O Fla levou a Taça Guanabara. O começo da volta? Não necessariamente.
O Flamengo conseguiu grande sequência de invencibilidade na época, e no fim, venceu também o Vasco na final da Taça Rio e conqusitou o Campeonato Carioca. O time, no entanto, não encantava e foi eliminado da Copa do Brasil pelo fraco Ceará. Ronaldinho, capitão, levantou a Taça do Estadual, mas o grande herói foi mesmo o seu companheiro Thiago Neves, eleito o melhor da competição.
O Brasileirão começou e a paciência da torcida e do técnico Vanderlei Luxemburgo com R10 não demorou a esgotar. Cinco rodadas de más atuações e o quarto empate consecutivo no clássico contra o Botafogo fizeram Luxemburgo substituir o meia no finzinho do jogo. Das arquibancadas vieram a vaias que mostraram que o casamento entre torcida e jogador já começou em crise.
Um grande protagonista e um irmão encrenqueiro. Um núcleo bem confuso de diretores. Samba, carnaval e futebol (talvez nesta ordem). Muito dinheiro envolvido, brigas e confusões. Personagens que ficam pelo caminho. Começo, clímax, câmeras escondidas e decadência. Um membro da família doente e o fim em uma grande briga judicial. Poderia ser o enredo de um filme, poderia ser até mesmo mais uma novela brasileira, com um enredo um pouco mais sofisticado que o normal. Nada mais é do que uma história real do futebol brasileiro. A cronologia daquela que foi a maior contratação da história do Clube de Regatas Flamengo. A conclusão, antes mesmo do texto, é inefável: para ambas as partes, a passagem de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo foi um tremendo fracasso.
Querendo sair pela porta da frente, Ronaldinho não teve nem mesmo porta para sair. O jogador teve o seu contrato rescindido judicialmente, coisa feia de se ver no mundo do futebol. Feio pelo lado do jogador, que sai de um clube sem encarar a própria torcida e feia pelo lado do Flamengo, que, episódio por episódio, mostrou a incapacidade de seus homens e mulheres de comando. Ronaldinho não jogou bem, não conquistou títulos importantes, não rendeu o mínimo esperado com o seu marketing. Sai queimado com a maior torcida do Brasil. Goal.com mostra a cronologia da passagem do meia pelo Fla, para que o bom apreciador do futebol tente entender como o ex melhor do mundo fracassou em um dos maiores clubes do país.
Chegada festiva e título carioca |
A estreia se deu em uma noite de Quarta-Feira com Engenhão lotado. Mais de 40 mil pessoas viram Léo Moura passar a faixa de capitão para R10 e sofreram ao ver o Fla vencer o Nova Iguaçu por 1 a 0, gol de Wanderley. Ronaldinho teve atuação discreta. O primeiro gol veio no jogo seguinte, em Macaé, contra o Boavista. De pênalti, R10 abriu o placar na vitória do Fla por 3 a 2. O primeiro título, ou meio-título, 20 dias depois. O adversário foi o mesmo Boavista e o gol saiu de uma falta cobrada com maestria por Ronaldinho Gaúcho. O Fla levou a Taça Guanabara. O começo da volta? Não necessariamente.
O Flamengo conseguiu grande sequência de invencibilidade na época, e no fim, venceu também o Vasco na final da Taça Rio e conqusitou o Campeonato Carioca. O time, no entanto, não encantava e foi eliminado da Copa do Brasil pelo fraco Ceará. Ronaldinho, capitão, levantou a Taça do Estadual, mas o grande herói foi mesmo o seu companheiro Thiago Neves, eleito o melhor da competição.
O Brasileirão começou e a paciência da torcida e do técnico Vanderlei Luxemburgo com R10 não demorou a esgotar. Cinco rodadas de más atuações e o quarto empate consecutivo no clássico contra o Botafogo fizeram Luxemburgo substituir o meia no finzinho do jogo. Das arquibancadas vieram a vaias que mostraram que o casamento entre torcida e jogador já começou em crise.
A melhor fase de R10 pós Europa |