Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

Mostrando postagens com marcador 15 abril 1912. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 15 abril 1912. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de abril de 2012

O choque entre dois gigantes - Arquivo Estado - Estadao.com.br

The Graphic London News, 1912
Desenho de Henri Lanos
Naquelas primeiras horas da noite de 14 de abril de 1912, os passageiros que caminhavam pelo deck do transatlântico relataram que podiam sentir que ela seria memorável. Não por preverem a enorme tragédia que se abateria sobre eles. Mas porque, com a noite, todo o mal tempo e o forte balanço de horas de mar bravio haviam ficado para trás com o dia, as águas do Atlântico Norte estavam plácidas e o céu coberto por estrelas, formando uma visão digna de lembrança.
Cherbourg , França, abril de 1912./ L’Illustration, 1912.
Imagem do majestoso transatlântico à noite, todo iluminado.
Mas, até então, formidável viagem inaugural do Titanic ,em poucas horas, se transformou num dos maiores desastres do século XX .
Às 23h40 o Titanic atingiu um iceberg. No choque entre os dois gigantes a natureza venceu o homem. Em 160 minutos, o majestoso navio foi engolido pelas águas geladas do Atlântico Norte. A estimativa é que das mais de 2200 pessoas a bordo, apenas pouco mais de 700 sobreviveram.
O naufrágio do Titanic é, até hoje, uma das mais emblemáticas tragédias marítimas. Em 1912, era difícil de acreditar que o o suprassumo da engenharia naval tenha naufraga na sua primeira travessia.
Todos se perguntavam como um casco feito de placas de aço soldadas e unidas por três milhões de rebites de aço e ferro havia sido rasgado pela maciça placa de gelo? Como seus 16 compartimentos estanques, com um sistema de drenagem e portas à prova d’água que fechavam em alguns segundos não impediram que o navio afundasse rapidamente?
Superada a frágil ideia da infalibilidade do moderno transatlântico, as perguntas se voltaram para os procedimentos de segurança. Por que haviam poucos botes salvas vidas? Quais foram as falhas na comunicação entre a tripulação que levaram à perda de vidas? Por que o navio não reduziu a velocidade e manteve um sistema de vigília mais atento sabendo que estava numa zona de icebergs?
Dois inquéritos foram abertos. Um na Inglaterra e outro nos Estados Unidos. O mundo buscava respostas.
Leia mais:
Pesquisa e Texto: Lizbeth Batista,  Carlos Eduardo Entini e Rose Saconi
Reprodução de imagens: José Brito
Siga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo | facebook/arquivoestadao | Instagram