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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cotas nas universidades....


O grande erro das cotas nas universidades

OS PREJUDICADOS -- Alunos de escolas particulares do Distrito Federal protestam contra a nova lei: adeus ao mérito (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr)
OS PREJUDICADOS -- Alunos de escolas particulares do Distrito Federal protestam contra a nova lei: adeus ao mérito (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr)
Texto adaptado de reportagem de  Julia Carvalho, publicada em edição impressa de VEJA

O GRANDE ERRO DAS COTAS
A partir de agora, uma em cada duas vagas nas universidades federais estará reservada para egressos do ensino público, negros, índios e pardos. É uma forma equivocada de corrigir distorções
A presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei aprovada pelo Congresso que vai mudar radicalmente o ensino público superior no Brasil – e não necessariamente para melhor. Uma em cada duas vagas nas universidades federais passará a ser preenchida por critérios que desprezam o mérito.
Alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas terão direito a 120 mil das 240 mil vagas disponíveis nas federais. Esse número será distribuído segundo a cor da pele ou a autodeclarada etnia do candidato. Pretos, pardos e índios, não importa o seu desempenho escolar, passam a ter lugar garantido nos bancos das universidades na proporção da população verificada pelo Censo do IBGE em cada Estado.
Metade dessa cota vai para estudantes vindos de famílias de baixa renda.
O Brasil tem hoje 2 341 instituições de ensino superior, públicas e privadas. Desse total, apenas 59 serão afetadas pela Lei de Cotas – além das federais, o projeto inclui alguns cursos técnicos de ensino médio e profissionalizantes ligados ao Ministério da Educação.
Em termos absolutos, é bem pouco. Ocorre que, juntamente com as universidades públicas estaduais, as universidades federais são a mais importante usina de descobertas científicas, conhecimento e pesquisa do Brasil. Vêm delas, por exemplo, 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, segundo dados recentes.
Das dez instituições que mais emitiram pedido de patente entre 2004 e 2008, quatro delas eram universidades públicas – duas federais e duas estaduais. Nenhuma particular entrou no ranking. Isso só é possível porque é para elas que conflui a elite cultural, acadêmica, intelectual – e, sim, quase sempre econômica também – do país.
Agora, a Lei de Cotas poderá desviar esse curso. Em vez de ir para os alunos mais preparados, quase sempre egressos de escolas particulares, metade das vagas caberá aos menos preparados, vindos do deficiente ensino público.
A Lei de Cotas, tal como foi enviada para a sanção de Dilma Rousseff, não é ruim apenas porque põe em risco a produção de conhecimento no país e atropela a meritocracia. Ela é ruim também porque mascara e força a perpetuação de um dos problemas mais graves da educação no Brasil: a péssima qualidade das escolas públicas do ensino médio e fundamental. “Se tivéssemos um ensino básico decente, esses alunos conseguiriam competir de igual para igual com os alunos das particulares. Mas é claro que é mais fácil criar cotas do que investir na base”, afirma o economista Claudio de Moura Castro, especialista em educação e articulista de VEJA.
Lei das Cotas: forma equivocada de corrigir distorções
Lei das Cotas: forma equivocada de corrigir distorções
Agora, perde-se um poderoso mecanismo para pressionar governos em prol da melhora da escola pública
Um raciocínio em favor da Lei de Cotas diz que, com essa reserva de vagas, a tendência será que muitos pais tirem seus filhos de escolas particulares para colocá-los em instituições públicas.
Isso levaria a um aumento da cobrança de qualidade por parte de uma parcela da população com maior poder de reivindicação e a uma consequente melhora do ensino. Infelizmente, é pouco provável que isso ocorra.
Na prática, o efeito da lei será acabar com a competição – e a comparação – entre as escolas públicas e privadas. A cada ano, toda vez que saem os resultados dos vestibulares evidencia-se o enorme fosso entre a rede privada e a rede gratuita.
Agora, com a vaga em uma universidade garantida para os estudantes das escolas públicas, perde-se um poderoso mecanismo de pressão sobre os governantes pela melhora do ensino público.
A ideia de conceder estímulos aos que sempre viveram em desvantagem é boa e justa. Mas, ainda que se conclua que a universidade é o melhor lugar para essa ação, o critério racial não é o mais sensato para balizá-la. Nesse caso, muito mais justo seria que se expandisse o alcance do critério econômico – que na lei atual ficou com apenas um quarto das vagas.
Negros pobres e brancos pobres, afinal, têm exatamente as mesmas dificuldades. E os alunos das escolas públicas não têm mais problemas para entrar nas universidades federais porque são pobres – ou negros, índios, brancos, amarelos -, mas sim porque não conseguem superar a barreira imposta pelo ensino deficiente que receberam.
Em vez de corrigir essa questão na base, a Lei de Cotas põe o peso da correção de distorções sociais nos ombros da universidade, numa atitude populista que traduz a visão de que a universidade, assim como o conhecimento, não tem importância.
Há estudos indicando que o desempenho dos cotistas, no fim do curso, é semelhante ao dos alunos que entraram pela via normal. O volume de dados existentes se deve ao fato de que boa parte das universidades públicas, mesmo antes da lei, já praticava um sistema particular de cotas.
Os dados, no entanto, devem ser vistos com ressalvas. “As pesquisas que aferem rendimento de cotistas são muito discutíveis, porque são feitas pelas próprias instituições interessadas em comprovar que suas políticas funcionam”, diz o sociólogo Demétrio Magnoli. Para ele, é razoável pensar que alguns poucos alunos fracos em uma sala de aula alcançariam os demais através de um esforço maior. “Mas, com metade da classe fraca, quem terá de se adaptar serão o professor e o conteúdo”, diz.

Cotas: o caminho da educação (clique na imagem para vê-la em tamanho maior)
Cotas: o caminho da educação (clique na imagem para vê-la em tamanho maior)
O resultado recém-divulgado do Ideb, o principal termômetro da educação básica brasileira, mostra que a nota média dos estudantes que deixam o ensino médio foi de 3,4 na rede pública, ante 5,7 nas escolas particulares – um desempenho quase 70% melhor da parte dos últimos.
O próprio governo parece reconhecer, ainda que implicitamente, o risco que a nova lei impõe ao ensino de alto padrão no país. Sob o contestável argumento de que são vinculadas ao Ministério da Defesa, e não ao da Educação, instituições de excelência, como o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e o IME (Instituto Militar de Engenharia), ficaram livres das cotas. O que mostra que, quando o assunto é “sério”, o que se leva em conta é mesmo o mérito e a capacidade.

Presidente do PT perde serenidade - será que tinha? - e ofende STF


Ou adultos fora do controle emocional, psíquico, funcional
04/09/2012
 às 16:00 \ Política & Cia

MENSALÃO: presidente do PT perde as estribeiras e ofende o Supremo Tribunal Federal e o Judiciário em geral em comício em Osasco. Será que vai ficar por isso mesmo?

O comício em Osasco no qual Falcão (que não aparece na foto) considerou o Judiciário um instrumento da oposição "suja e reacionária" (Foto: Renato Silvestre / Folhapress)
O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, foi durante muitos anos um jornalista sereno e afável, que, durante largo período, dirigiu uma revista voltada para os negócios, os lucros e as vantagens do capitalismo – a revista EXAME, da Editora Abril.
Sua transformação em político profissional, porém, fez surgir um outro Falcão – e este outro Falcão, que vem seguidamente acometendo atropelos à lógica, ao bom senso e aos fatos, ultrapassou mais uma barreira ontem à noite, ofendendo o Supremo Tribunal Federal ao incluí-lo entre a oposição “conservadora, suja e reacionária” que pretenderia, supostamente, “destruir” o PT – tudo isso pela condenação, por parte do tribunal, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Indo mais longe em seu delírio, segundo relato publicado hoje no jornal O Estado de S. Paulo, Falcão considerou ter havido um “golpe” da oposição e da “mídia”, durante discurso proferido na noite de ontem em Osasco (SP), no ato de lançamento do substituto de João Paulo na disputa pela prefeitura da cidade – o ex-secretário municipal de Governo Jorge Lapas (PT). E avisou: “Não mexam com o PT, porque quando o PT é provocado, ele cresce, reage.”
“Um golpe grande, que faz parte de uma ação daqueles que foram derrotados nas urnas três vezes seguidas na Presidência da República, mas insistem em querer nos derrubar e nos destruir”, disse, tudo isso porque setores de oposição ao lulo-petismo supostamente não aceitam as políticas implantadas pelos governos de Lula e da presidente Dilma Rousseff e, assim,”lançam mão de instrumentos de poder que ainda dispõem: a mídia conservadora e o judiciário”.
Ou seja, o Judiciário, Supremo incluído, é um “instrumento de poder” da oposição. Pura e simplesmente.
“Essa elite suja, reacionária não tolera que um operário tenha mudado o País, que uma mulher dê continuidade a esse projeto, mostrando que o preconceito que atingia as mulheres não sobrevive mais”.
Falcão não conseguiu, até porque seria muito difícil, apontar um único exemplo de manifestação de dirigentes ou integrantes da oposição ou de qualquer outro setor significativo da vida nacional que haja de alguma forma manifestado qualquer preconceito contra a presidente Dilma por sua condição de mulher.
Na verdade, nem sei porque estranho as manifestações da falcoaria petista, uma vez que, entre muitas outras asneiras proferidas pelo presidente do partido que está envolvido até o pescoço no mensalão, confira esta, de abril passado — em que solenemente recitou na TV os seguintes absurdos — no caso, sobre a CPI do Cachoeira:
Falcão falando na TV em abril: o mensalão, apurado pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público e, agora, tendo seus participantes julgados e condenados pelo Supremo foi uma "farsa" (Foto: veja.abril.com.br)
“As bancadas do PT na Câmara e no Senado defendem uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, as centrais sindicais, os movimentos populares, os partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o caso do PT, se mobilizem para impedir a operação-abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas, que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”.
A “FARSA” do mensalão é a mesma “FARSA” que está levando para a condenação à cadeia de figurões do partido e até de banqueiros.
Mas, se Falcão considera que o Supremo é parte de uma oposição “conservadora, suja e reacionária”, nada há de incoerente em suas declarações.
Se bem que o presidente do PT, que agora espuma pela boca de ódio e profere barbaridades à vontade, parece estar necessitado de ajuda profissional.
Caso o procurador-geral da República o denuncie por ofender a mais alta corte do país, certamente Falcão verá confirmada sua teoria — e acabará incluindo o chefe do Ministério Público na oposição “suja”.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Lindas animadoras de torcida que "causam espécie" são escondidas pela TV em intervalos de disputas em Londres


06/08/2012
 às 18:32 \ Tema Livre

Fotos: nas Olimpíadas de Londres, a TV esconde as lindas animadoras de torcida que estão em vários esportes. Veja algumas delas

As animadoras de torcida ucranianas Red Foxes: mais de mil solicitações por ano para se apresentarem (Foto: redfoxes.com)
Parece moralismo — e pode ser, já que as imagens de TV geradas pelo Comitê Olímpico Internacional vão para todos os países do mundo, inclusive para os governados por ultraconservadores regimes islâmicos. O fato é que a TV, desde que começaram os Jogos de Londres, simplesmente não mostra as supergatas que animam a torcida — as cheerleaders — em vários esportes.
Ter cheerleaders em vários esportes, esquentando a torcida antes das competições e nos intervalos — quem diria — foi algo introduzido nos Jogos pelo regime comunista mais capitalista do mundo, mas não por isso menos sisudo, o da China, cuja capital, Pequim, sediou as Olimpíadas de 2008.
Cheerleaders perform during the half-time break of the Men's Preliminary Round Group A basketball match Argentina vs Lithuania at the London 2012 Olympic Games , on July 29, 2012 in London (Foto: Timothy A. Clary / AFP)
Ninguém sabe direito a razãao, mas o fato é que a TV não mostra as garotas que se apresentam antes e nos intervalos das competições (Foto: Timothy A. Clary / AFP)
Dentre os muitos grupos contratados pelos organizadores dos Jogos de Londres, destacam-se as Red Foxes, da Ucrânia, que não dão conta dos compromissos para os quais são requisitadas — competições esportivas, shows, eventos de todo tipo. -De mDe
Cheerleaders perform during the half-time break of the Men's Preliminary Round Group A basketball match Argentina vs Lithuania at the London 2012 Olympic Games , on July 29, 2012 in London (Foto: Timothy A. Clary / AFP)
As Red Foxes da Ucrânia, animadoras de torcida mais frequentes em Londres (Foto: Timothy A. Clary / AFP)
Segundo a fundadora das Red Foxes, a ex-estudante de Finanças da Universidade de Kiev Elena Rozkova, são cerca de mil convites por ano.-
Cheerleaders em Londres (Foto: News.cn)
As Red Foxes são um dos grupos de animadoras mais conhecidos: recebem mais de mil convites por ano para trabalhar em eventos (Foto: news.cn)
Embora nem todas as integrantes do grupo atendam ao requisito, muito importante para se tornar uma Red Fox é ser loura. “Acho que assim fica muito estético nas quadras”, diz Elena, referindo-se ao fato de que a maioria das apresentações do grupo se dá em eventos de basquete, vôlei e handebol.
Cheerleaders em Londres
No grupo, ser loura é requisito importante
Todas as garotas têm outra característica: antes de integrar o grupo, foram atletas de ginástica artística. Em seus ensaios, fazem muita dança. “Mesclamos esportes, beleza, ginástica e dança”, diz Elena.
Cheerleaders em Londres
Outro requisito importante: saber ginástica artística (Foto: news.cn)

Cheerleaders perform during the Women's preliminary round group B basketball match of the London 2012 Olympic Games Russia vs Brazil on July 30, 2012 at the basketball arena in London (Foto:  Flare.pk)
Animadoras de vários grupos são competentes em ginástica e em acrobacia (Foto: flare.pk)
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Cheerleaders em Londres (Foto: Reuters)
Cheerleader faz acrobacia diante do Palácio de Buckingham (Foto: Reuters)
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Cheerleaders em Londres (Foto: Reuters)
Outro grupo esperando a hora de entrar em cena numa disputa de vôlei de praia (Foto: Reuters)
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Cheerleaders perform during the women's beach volleyball preliminary phase Pool B match China's Zhang Xi and Xue Chen against Switzerland's Simone Kuhn and Nadine Zumkher on The Centre Court Stadium at Horse Guards Parade in London on July 30, 2012, during the London 2012 Olympic Games (Foto: Daniel Garcia / AFP)
O vôlei de praia, tanto masculino como feminino, é a modalidade que tem mais grupos de animadoras (Foto: Daniel Garcia / AFP)
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A cheerleader performs during the men's beach volleyball preliminary phase pool F match between Brazil's Pedro Cunha and Ricardo Santos against Britain's Steve Grotowski and John Garcia-Thompson on The Centre Court Stadium in Horse Guards Parade on London on July 30, 2012, for the London 2012 Olympic Games (Foto: Daniel Garcia / AFP)
Louras, morenas, orientais, negras, mulatas: há garotas para todos os gostos entre os muitos grupos de cheerleaders (Foto: Daniel Garcia / AFP)
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Cheerleaders perform during the Men's preliminary round group A basketball match of the London 2012 Olympic Games France vs Argentina on July 31, 2012 at the basketball arena in London. France won 71 to 64. (Foto: Timothy A. Clary / AFP / Getty Images)
As animadoras se apresentaram pela primeira vez aos Jogos -- quem diria -- sob o sisudo regime da China, nas Olimpíadas de 2008 em Pequim (Foto: Timothy A. Clary / AFP / Getty Images)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fim do conto de fadas: por ciúmes, Elize matou e esquartejou o marido. Conheça passo a passo essa história de horror

Fim do conto de fadas: por ciúmes, Elize matou e esquartejou o marido. Conheça passo a passo essa história de horror
11/06/2012
 às 20:12 \ Tema Livre

Fim do conto de fadas: por ciúmes, Elize matou e esquartejou o marido. Conheça passo a passo essa história de horror

DIAS FELIZES Elize e Marcos Matsunaga na cobertura de mais de 500 metros quadrados em que viviam no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. A foto é de 2009, ano em que se casaram. O executivo deixou mulher e fi lha para viver o novo amor
DIAS FELIZES -- Elize e Marcos Matsunaga na cobertura de mais de 500 metros quadrados em que viviam no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo. A foto é de 2009, ano em que se casaram. O executivo deixou mulher e fi lha para viver o novo amor (Foto: Álbum de Família)
(Reportagem publicada na edição de VEJA que chegou às bancas anteontem. Por Laura Diniz e Leonardo Coutinho, com reportagem de Adriana Dias Lopes)
O romance de um rico executivo que se casa com uma bela garota de programa começa como uma história de cinema e termina em tragédia
Uma moça bonita e pobre, nascida no interior, muda-se para a cidade grande e passa a levar a vida como prostituta de luxo, até que conhece um executivo cavalheiro, educado, herdeiro de uma empresa bilionária — e casado.
Ele se apaixona por ela e, depois de três anos de envolvimento, abandona a mulher e a filha pequena para ficar com o novo amor. Durante algum tempo, o casal vive o que parece ser um romance perfeito. Como é próprio dos enamorados, eles fazem de tudo juntos, de cursos de vinho a aulas de tiro. Viajam e frequentam os melhores restaurantes. Ele a cobre de presentes e faz todas as suas vontades.
E terminam aí as coincidências entre a vida do casal Marcos e Elize Matsunaga e histórias de cinema como Uma Linda Mulher, em que o galã interpretado por Richard Gere se apaixona pela garota de programa (Julia Roberts) e os dois vivem felizes para sempre.
Elize e Marcos: sem final feliz
Elize e Marcos: sem final feliz
A paranaense Elize, de 30 anos, andava atormentada pelo medo de ser trocada por outra mulher e pela possibilidade de perder a guarda da filha de 1 ano. Na noite de 19 de maio, ela assassinou o marido, Marcos, de 42, com um tiro de pistola. Depois, pacientemente esquartejou o corpo, colocou os pedaços em sacos plásticos, que alojou em três malas, e os jogou fora.
Na vida real, o final feliz deu lugar à tragédia. Marcos Matsunaga conheceu Elize Araujo em 2004, em um site na internet, o M.Class, no qual garotas de programa oferecem seus serviços por um preço médio de 300 reais. As fotos bem produzidas da mulher loira, de traços delicados, corpo sinuoso e codinome Kelly chamaram a atenção do jovem executivo de ascendência japonesa.
Marcos sempre foi tímido, mas não a ponto de ser antissocial. Na infância, passada no bairro paulistano do Parque Continental, tinha muitos amigos e gostava de brincar na rua.
PRIMEIRO DA CLASSE Marcos Matsunaga em 1988, com a turma do 3º colegial no Colégio Santa Cruz: fama de aplicado e bom aluno
PRIMEIRO DA CLASSE -- Marcos Matsunaga em 1988, com a turma do 3º colegial no Colégio Santa Cruz: fama de aplicado e bom aluno (Foto: Álbum de Família)
Com pais exigentes, figurou entre os primeiros da classe nos colégios por onde passou, dois dos mais tradicionais de São Paulo, o Rainha da Paz e o Santa Cruz. Formou-se nesse último, em 1988. A trajetória escolar impecável culminou na  faculdade de administração da Fundação Getulio Vargas, uma das melhores e mais concorridas do país.
Logo que se graduou, começou a carreira na empresa da família, a Yoki, empresa do setor de alimentos fundada por seu avô na década de 60. Foi já  como executivo que conheceu Elize, a moça que mudou a sua vida — e provocou a sua morte.

Elize, uma moça do interior
A trajetória dela, até então, havia sido muito diferente da dele. Nascida numa cidade no interior do Paraná com
apenas 20 000 habitantes, Chopinzinho (a 392 quilômetros de Curitiba), Elize foi criada pela mãe, Dilta. Ela trabalhava como empregada doméstica e foi abandonada pelo marido quando a garota era ainda pequena — o nome dele nem sequer consta da certidão de nascimento de Elize.
Aos 18 anos, a moça partiu para a capital paranaense, onde fez um curso técnico de enfermagem.
Elize ainda criança (Foto: Álbum de Família)
Elize ainda criança (Foto: Álbum de Família)
Chegou a trabalhar em um centro cirúrgico, mas a vida ali também não lhe pareceu interessante, e logo ela se mudou para São Paulo. São os anos mais nebulosos da sua história. A VEJA, a mãe de Elize disse não saber o que a filha fazia naquele período. O certo é que tudo se transformou quando ela conheceu Marcos. Depois de alguns encontros, Elize tornou-se amante do executivo.
Vida dupla e um homem “à moda antiga”
A vida dupla de Marcos durou três anos, até que ele tomou a decisão de pôr fim ao casamento e unir-se à nova mulher. Já moravam juntos quando decidiram se casar, no civil e no religioso. Para a festa com 300 convidados, contrataram um dos bufês mais tradicionais da cidade, o Torres. Para a cerimônia religiosa, procuraram a Igreja Anglicana, já que a Católica, como se sabe, não permite o segundo matrimônio.
Casaram-se em outubro de 2009. Foram os dias de ouro do casal. Os que conviveram com os dois nesse período descrevem Marcos como um homem “à moda antiga”. Abria a porta do carro para Elize e levantava-se da mesa para puxar-lhe a cadeira até quando ela ia ao banheiro.
Juntos, iam à missa, faziam cursos e frequentavam ótimos restaurantes, como o Aguzzo, em Pinheiros, onde eram habitués e amigos do dono, padrinho de casamento do casal.
Diploma de Direito
Colecionavam vinhos — que guardavam às centenas em uma adega climatizada — e armas — de pistolas a fuzis, em um valor total de mais de 500 000 reais. Em 2006, ainda na condição de amante do futuro marido, Elize começou a cursar direito na Universidade Paulista (Unip).
Formou-se no ano passado, mas, mesmo com o diploma, ela nunca mais trabalhou — o marido também preferia assim. Nunca lhe faltou dinheiro, mas ela também não era de esbanjar. Tinha uma Pajero TR4, presente de Marcos, e gostava de joias e bolsas. Também ajudava a mãe e a família em Chopinzinho, mas nunca com grandes somas.
PASSADO NO INTERIOR A mãe de Elize, Dilta, que se trata de um câncer no intestino, na casa onde vive, em Chopinzinho, no interior do Paraná;
PASSADO NO INTERIOR -- A mãe de Elize, Dilta, que se trata de um câncer no intestino, na casa onde vive, em Chopinzinho, no interior do Paraná (Foto: Luiz Maximiano)
Os ciúmes dela — e o casamento começa a ruir
Dilta ainda trabalha e vive em uma casa modesta no centro da cidade. Elize sempre foi ciumenta, segundo contaram a VEJA ex-empregados do apartamento. O casal que em público era só harmonia brigava bastante dentro de casa, muitas vezes por provocação da mulher. Ela chegou a obrigar o marido a demitir uma secretária, depois de entrar no escritório dele e encontrar os dois sorrindo.
Elize suspeitava de Marcos e constantemente o acusava de flertar com outras mulheres. Mas o casamento começou a ruir para valer em uma viagem que os dois fizeram a Mato Grosso, em 2010.
Fazia algumas semanas que Elize sentia que algo estava errado com o marido. Em um descuido dele, ela flagrou em seu computador uma troca de mensagens com outra mulher. Os dois brigaram e chegaram a falar em separação. De volta a São Paulo, o clima continuou ruim. Foi então que Elize engravidou. O nascimento do bebê amainou a crise conjugal e, ao  menos por um tempo, eles voltaram a viver em bons termos.
Nos últimos meses, porém, Elize começou a reclamar que o marido quase não conversava, chegava em casa, fazia sexo, virava-se para o lado e dormia.

Fantasma da traíção
O fantasma da traição voltou. No início do mês passado, ela procurou um advogado de família. Queria saber em que condições poderia conseguir o divórcio e o que lhe caberia em matéria de bens. Quando decidiu visitar a família em Chopinzinho, para apresentar a filha à mãe e à avó, aproveitou a oportunidade para confirmar se estava sendo traída.
Dias antes de viajar, entrou em contato com um detetive que encontrou em um anúncio de revista. Passou-lhe as informações sobre o marido — seu carro, endereços e rotina — e embarcou para a cidade natal. Assim que chegou ao interior do Paraná, o detetive telefonou.
Disse que, na mesma manhã em que Elize partiu, no dia 17, o marido havia se encontrado com uma amante no hotel Mercure da Vila Olímpia. Na noite seguinte, os dois jantaram juntos no restaurante Alucci Alucci, nos Jardins. Em seguida, voltaram ao hotel.
“De volta para o lixo de onde você veio”
Elize acompanhou os relatos do detetive, registrados em vídeo, praticamente em tempo real. Em Chopinzinho, sua família nem desconfiou do que se passava. Ela voltou a São Paulo no fim da tarde do dia 19, com a filha e a babá.
Dispensou a ajudante assim que chegaram à cobertura de mais de 500 metros quadrados na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. Em seguida, confrontou o marido. Disse que sabia da traição e contou que um detetive contratado por ela havia filmado todos os seus passos. Em meio à discussão, Marcos ainda desceu para pegar uma pizza que haviam pedido por telefone — as últimas imagens dele com vida.
De volta ao apartamento, a discussão continuou. E subiu de tom. “Como você teve a ousadia de usar o meu dinheiro para colocar um detetive atrás de mim?”, perguntou o marido, sem pedir desculpas. “Vou te mandar de volta para o lixo de onde você veio.”
No dia 19 de maio, Marcos Matsunaga foi ao aeroporto buscar a mulher, Elize, a fi lha do casal e a babá, que voltavam de uma visita à família dela, no Paraná. Os quatro chegaram ao apartamento do casal, na Vila Leopoldina, bairro nobre de São Paulo, às 18h40. Subiram juntos, pelo elevador social, para a cobertura, de mais de 500 metros quadrados. A babá foi embora pouco tempo depois e o bebê foi colocado para dormir no 2º andar do apartamento.
CENA EM FAMÍLIA -- No dia 19 de maio, Marcos Matsunaga foi ao aeroporto buscar a mulher, Elize, a filha do casal e a babá, que voltavam de uma visita à família dela, no Paraná. Os quatro chegaram ao apartamento do casal, na Vila Leopoldina, bairro nobre de São Paulo, às 18h40. Subiram juntos, pelo elevador social, para a cobertura, de mais de 500 metros quadrados. A babá foi embora pouco tempo depois e o bebê foi colocado para dormir no 2º andar do apartamento.
Nesse instante, Elize pegou de dentro de uma gaveta na sala uma pistola calibre 380 que havia ganhado de presente do próprio Marcos e a apontou para o marido. “Você é fraca, não vai ter coragem de atirar. Vou mandar te internar. Não vou deixar minha filha ser criada por você. Nenhum juiz vai dar a guarda a uma prostituta”, ameaçou Marcos.
Nesse momento, ela atirou. A janela antirruído abafou o disparo.

sábado, 9 de junho de 2012

SHARAPOVA é uma beleza jogando tênis e fora das quadras...


07/06/2012
 às 19:57 \ Tema Livre

Voltar a ser a primeira do ranking do tênis feminino é vitória de Sharapova também sobre a beleza

Sharapova vibra com uma de suas vitórias no torneio de Roland Garros, em Paris (Foto: www.mariasharapova.com)
A volta da tenista russa Maria Sharapova ao posto de número 1 do ranking feminino do mundo após derrotar hoje, em Roland Garros, Paris, a checa Petra Kivtova é uma senhora vitória para quem, por problemas num ombro que a levou a uma cirurgia e a quase um ano de afastamento, havia desabado, em 2009, do primeiro posto para não figurar nem entre as 100 maiores tenistas.
É, também, uma vitória contra os muitos que apostavam que sua carreira de modelo e a fábula de dinheiro que ganha com sua beleza — tem contratos milionários de publicidade com algumas das grifes mais caras que existem — a afastariam do tênis.
Os muitos milhões de dólares ganhos como modelo não afastaram Sharapova do tênis (Foto: www.mariasharapova.com)
Maria de fato é um colosso – um mulheraço de 1,88 metro, loura, olhos verde-azulados, nariz perfeito, dentes branquíssimos e corpo de miss, que lhe valeram o apelido, de que não gosta, de “Sereia Siberiana”, porque foi lá, na gélida Sibéria, que nasceu há 25 anos.
Mas sempre teve o cuidado de não deixar que sua figura impactante perturbasse uma carreira espantosa, que começou quando, pouco conhecida e com 17 anos, derrotou numa final em Wimbledon a ninguém menos do que Serena Williams.
Tampouco a fez perder a cabeça. Como muitos atletas conscientes, Sharapova mantém uma fundação que, entre outros objetivos, atende a vítimas da tragédia da explosão da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 — a maior tragédia do tipo já ocorrida até hoje. A catástrofe lhe fala de perto: seus pais viviam na Belarus, não longe da área afetada pela explosão, e se mudaram para a Rússia para fugir da radiação de Chernobyl. Maria nasceu no ano seguinte.
O belo rosto de Sharapova: conforme o dia, conforme a luz, os olhos são mais azuis ou mais verdes (Foto: www.mariasharapova.com)
Radicada nos Estados Unidos há muitos anos, a bela Maria já anunciou planos de casar-se com seu namorado, o jogador de basquete esloveno Sasha Vujacic, que atuou na Itália, nos Estados Unidos (no Los Angeles Lakers) e hoje disputa a liga nacional turca.