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domingo, 5 de junho de 2016

Torcidas organizadas ou quadrilhas organizadas em pancadaria...arrumam confusão em jogo do Brasileirão

Jogo entre Flamengo e Palmeiras termina em pancadaria entre torcidas

Houve confusão no intervalo e após o jogo no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Cerca de 30 torcedores foram conduzidos à 5ª DP

 
    

 postado em 05/06/2016 18:11 / atualizado em 05/06/2016 19:12
PMDF/Divulgação

O jogo entre Flamengo e Palmeiras pela série A do Campeonato Brasileiro, neste domingo (5/6), no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha acabou em confusão. Foram vários relatos de brigas durante o intervalo e também após a partida. "Várias confusões entre torcidas organizadas na parte interna e externa do estádio. O Batalhão de Choque da PM foi acionado muitas vezes", afirmou Michello Bueno, porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ainda, de acordo com ele, houve briga generalizada e forte. 

Cerca de 30 torcedores do Palmeiras envolvidos em uma das brigas foram conduzidos à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e serão autuados. Segundo a PMDF, eles espancaram um homem que foi levado ao Hospital de Base em estado grave.

A primeira confusão teve início quando o placar entre os times ainda estava em 1 x 1 (a partida terminou em 2 x 1 para o Palmeiras). Torcedores dos dois times relataram uma confusão nos corredores de bares. 

De acordo com informações de testemunhas, a briga teria acontecido entre os torcedores da Mancha Alviverde (antiga Mancha Verde banida pelo Ministério Público de São Paulo), do Palmeiras, e da Torcida Jovem do Flamengo no intervalo da partida no Mané Garrincha. "Eu estava na fila para pegar água e aconteceu um tumulto. Estavam tacando lixeira no pessoal da fila, jogaram garrafa de água. Queriam bater, até que os policiais foram conter. Muitas crianças passaram mal por conta do gás liberado pela polícia", afirma estudante José Iank, torcedor do Flamengo que presenciou uma das confusões.

A PM informou que cerca de 30 torcedores da organizada do Palmeiras furaram o cordão de isolamento e foram até a torcida rival, localizada na arquibancada superior. Houve um confronto entre vários torcedores. Destes, dois saíram gravemente feridos e conduzidos de ambulância para o Hospital de Base. O local ficou totalmente destruído.
Maíra Nunes/CB/D.A Press

A polícia usou gás de pimenta para dispersar e tentar conter a pancadaria. O gás se espalhou e jogadores e outros torcedores, principalmente crianças, passaram mal, o que atrasou o recomeço do segundo tempo da partida. Nas redes sociais surgiram vários relatos também sobre o quebra-quebra.

"O efetivo empregado no jogo foi suficiente. Claro que algumas pessoas ficaram insatisfeitas com o resultado da partida e se exaltaram. Mas elas foram contidas pela força policial e está tudo em ordem", afirmou o Coronel Nunes, da PMDF, durante coletiva sobre a desocupação do Torre Palace Hotel.
 

domingo, 10 de janeiro de 2016

O Brasil tem o tamanho de suas instituições e de sua sociedade... / Sacha Calmon



domingo, janeiro 10, 2016

A sociedade e as instituições - 

SACHA CALMON 

CORREIO BRAZILIENSE - 10/01
Em meio a nossa pior crise, acostumou-se o país a dizer - e vai nisso uma ingenuidade - que as instituições estão funcionando. Estão de fato funcionando, porém muito mal, na medida em que não resolvem a crise e se digladiam os Poderes da República.

Na cúpula do poder central, os poderes políticos (Executivo e Legislativo) estão abaixo da crítica e os Tribunais Superiores, que por sua natureza são passivos (só agem quando provocados, como em qualquer lugar do mundo civilizado), começam a gerar desconfianças pelo ativismo político. O perigo é serem partidarizados, pois seus membros são indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado, de acordo com o modelo de organização dos Poderes dos Estados Unidos da América. Seria adequado rever esse ponto.

O Brasil ostenta três peculiaridades no continente sul-americano. (a) Fomos o único a ter um século monárquico num país agrário, avesso à industrialização (século 19). (b) A República se fez olhando o Tio Sam, embora o nosso direito descendesse do Direito Continental europeu, o direito romano-germânico, diverso do Cannon-Law Inglês e, de algum modo, do direito norte-americano, apegado ao inglês. Mas o modelo republicano e federativo que adotamos não foi o europeu, sempre parlamentarista ou semiparlamentar (França e Portugal).

Copiamos os EUA na organização política da nação, mas não praticamos o presidencialismo americano. Muito pelo contrário. Nem o nosso Congresso é como o americano. Nem o nosso Supremo tem o recato firme da Suprema Corte de lá, nem a Federação confere aos estados membros a autonomia que gozam na América. Aqui, às vezes, o Judiciário se politiza e serve ao Poder Executivo, ao seu chefe, por livre e espontânea vontade, apesar de vitalícios e irredutíveis os vencimentos dos ministros. (c) Por último, sem guerras e sem conquistas, em parte pelo gênio português, nos tornamos metade da América do Sul, com grande população, falante do mesmo idioma, ao passo que a América espanhola fragmentou-se desde o México em mais de dúzia e meia de nações, considerando-se a América Central e o Caribe, enquanto os EUA, em princípio 13 colônias pequenas e diversas, rentes ao Atlântico, expandiram-se a ferro e fogo, tomando terras dos índios, espanhóis, mexicanos e franceses, (além de comprar territórios) transbordando para além do Canadá (Alasca) e da costa oeste (Havaí).

E, apesar dos pesares, se não tivemos os azares da América espanhola nem a sorte da América inglesa, sendo o último país do continente a libertar os escravos e a iniciar a industrialização, já no século 20, nos tornamos a 7ª economia do mundo entre mais de 190 nações independentes: EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Brasil. Essa é a lista das sete primeiras. Falta-nos infraestrutura, educação, senso de organização e razão política, sobram miséria e desigualdade. Até certo ponto, o Brasil é um ambíguo sucesso, difícil de explicar.
Seremos em 2015/16 o país do fracasso, com perda de 6% do PIB, o que não é pouco, outra coisa difícil de explicar. Dizer que a crise é arrastada e progressiva desde 2014, mas (que orgulho besta) estão funcionando as instituições é uma irrisão. Como funcionam bem se não resolvem a crise? O mínimo a dizer é que não funcionam, caso contrário já teríamos soluções. Há descolamento entre a sociedade e as instituições. A uma, porque não funcionam. A duas, porque as pessoas encarregadas de fazê-las funcionar não prestam.

É trágica a situação em que nos encontramos. Mesmo não sendo parlamentarista o regime, a solução reside em desfazer os poderes Executivo e Legislativo reformar o Estado e a Federação, convocando uma constituinte exclusiva e novas eleições. O impedimento está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral e nas togas do Supremo Tribunal Federal, sem ferir a Constituição. O Brasil precisa urgentemente inaugurar a quinta República, refundar partidos capazes de criar correntes de opinião.

O que temos são partidos divorciados das correntes de pensamento e incapazes de gerá-las, ao contrário do que ocorre no mundo mais desenvolvido, quer falemos de Europa, quer falemos de Ásia. A América do Norte é o que vemos todos os dias. O Partido Republicano, radical e belicoso, e o Partido Democrata, mais ameno. Os EUA são um mundo peculiar, ao mesmo tempo puritano e pervertido, universalista e avesso aos migrantes, contrariando seu passado. O presidencialismo que deles herdamos só deu relativamente certo lá, jamais no restante da América Latina (ou latrina?)

Deveríamos ter seguido a Europa parlamentarista. Mas a história é que determina os fatos. Somos essa geleia geral, para desconforto de todos nós, quando pensamos em nossos filhos e netos. Alea jacta est. Temos que atravessar, como César fez, o nosso rubicão. E que seja logo. Que a sorte nos sorria e possamos ver, antes de morrer, um país em crescimento econômico com justiça social.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mais do mesmo... / Brasília / Correio Braziliense


Polícia prende quadrilha especializada em roubo e adulteração de veículosAo todo, nove pessoas foram detidas. Outras cinco têm mandado de prisão expedido, mas ainda não foram cumpridos


Publicação: 21/11/2013 08:52 Atualização: 21/11/2013 10:31


Uma operação da Delegacia de Repressão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) prendeu um dos maiores falsificadores de documentos de veículos do Distrito Federal, o suspeito foi identificado apenas como Tiago. Sete homens e uma mulher também foram presos na manhã desta quinta-feira (21/11). A quadrilha é especializada em roubo e adulteração de veículos. A operação contou com o apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE).

Na casa de Tiago, a polícia encontrou espelhos em branco do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Fotos de pessoas que teriam o documento falsificado também foram apreendidas.

A mulher envolvida no esquema era responsável por levar as placas dos veículos para fabricação. A quadrilha roubava carros e oferecia para receptadores e pessoas idôneas, sem ligação com a quadrilha. A polícia informou que 10 carros já foram recuperados.

Leia mais notícias em Cidades

No DF, as prisões foram realizadas em Taguatinga, Ceilândia e Vicente Pires. No Entorno, integrantes da quadrilha foram detidos em Luziânia, Valparaíso e Cidade Ocidental. Com os suspeitos foram encontrados documentos falsos e outros em branco, além de procurações. Segundo a polícia, falta apenas um integrante do bando para ser detido. 

De acordo com o delegado-chefe da DRFV, José Eduardo Galvão, outras cinco pessoas já haviam sido presas durante as investigações, que duraram 11 meses. "Acreditamos que eles estão agindo há muito tempo na região" disse.

Um carro que estava em Taguatinga será levado ao complexo do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para perícia. O veículo teve a documentação falsificada.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Como e quando serão executados as decisões do Supremo Tribunal Federal (? !)

Decisão de Toffoli é apontada como decisiva para veredito contra mensaleirosAo apoiar a tese de prisão, ministro surpreendeu petistas

Paulo de Tarso Lyra - Correio Braziliense
Publicação: 14/11/2013 09:10 Atualização: 14/11/2013 09:43

Pedro Henry: às vésperas de cumprir a pena de regime semiaberto, deputado está em Ribeirão Preto

 (Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara )
Pedro Henry: às vésperas de cumprir a pena de regime semiaberto, deputado está em Ribeirão Preto


O principal réu do mensalão, José Dirceu, que está incomunicável na Bahia, foi pego de surpresa pela decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir a prisão de 23 dos 25 réus do mensalão, e, mais ainda, pelo voto dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Antonio Dias Toffoli, favorável à tese. Como o julgamento terminou com seis votos pela prisão imediata e cinco contrários, a posição de Toffoli, apontado como próximo aos petistas, acabou sendo decisiva para sacramentar a prisão dos réus. “Ninguém esperava esse comportamento dele”, disse um aliado do Dirceu.

Os deputados federais condenados no julgamento do mensalão, que viram as chances finais afundarem ontem diante da análise dos embargos de declaração pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), passaram o dia cada um ao seu jeito. Às vésperas de cumprir a pena de regime semiaberto de prisão imposta pela Corte, Pedro Henry (PP-MT) partiu ontem mesmo de Brasília a Ribeirão Preto (SP) para participar de um congresso de medicina. De acordo com a sua assessoria, ele deve permanecer na cidade paulista até domingo. O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), por sua vez, também condenado a regime semiaberto, evitou entrevistas e não deu pistas sobre onde estava. Funcionários do gabinete dele afirmaram que o congressista não tinha agenda no local, mas que ele deveria estar em alguma outra dependência do Congresso Nacional. A assessoria de imprensa do partido também desconhecia o paradeiro do parlamentar, mas informou que ele costuma assistir ao julgamento do mensalão na Câmara.

A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.

sábado, 13 de julho de 2013

Saúde no Brasil mostra outra doença... Calote! ou todos para o SUS

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/07/13/internas_economia,376840/calote-de-seguradoras-ameaca-37-milhoes-de-usuarios-de-planos-de-saude.shtml
Calote de seguradoras ameaça 37 milhões de usuários de planos de saúdeEndividadas, 40% de operadoras de saúde suplementar correm o risco de sair do mercado e deixar clientes sem cobertura

Publicação: 13/07/2013 07:44 Atualização:

Pacientes recebem serviços cada vez piores devido à ineficiência das empresas no gerenciamento das contas (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 19/4/11)
Pacientes recebem serviços cada vez piores devido à ineficiência das empresas no gerenciamento das contas


Sempre no topo dos rankings de reclamações dos consumidores, as operadoras de planos de saúde enfrentam cada vez mais dificuldade em gerenciar o próprio caixa. Levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostra que 575 empresas — o equivalente a 40% das 1.538 companhias presentes no mercado — estão inscritas na dívida ativa da União, ou seja, possuem débitos com o governo. Com isso, correm o risco de quebrar e de deixarem 37,1 milhões de clientes sem atendimento.

O montante devido acumula, desde 2006, quase R$ 200 milhões. Só em 2012, foram inscritos R$ 110,3 milhões, e, até março de 2013, somaram-se outros R$ 12 milhões. O principal fator gerador do débito é o ressarcimento que o plano deve fazer ao Sistema Único de Saúde (SUS) quando o usuário utiliza o serviço público em vez do convênio particular. Para se ter uma ideia, nos últimos 13 anos, R$ 1 bilhão deveria ter sido repassado ao SUS, mas apenas R$ 303 milhões retornaram ao governo, de acordo com a ANS. As dívidas crescem ainda mais com a aplicação das multas e taxas por atraso. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Capa do Correio Braziliense em 14/06/2013