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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Azul e Trip podem se fundir e criar uma empresa aérea mais atuante no mapa de linhas regionais...

http://br.noticias.yahoo.com/fus%C3%A3o-azul-trip-pode-resultar-aumento-pre%C3%A7os-225746227.html
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SÃO PAULO - A Azul, terceira companhia aérea do país, anunciou hoje que firmou um acordo de investimentos, que depois de aprovado pelos órgãos regulatórios, levará à fusão de suas operações com as da Trip. Para isso, foi criada uma holding de controle, a Azul Trip S.A., em que os acionistas da Azul terão 66% das ações e os da Trip, os 33% restantes. O fundador e atual presidente da Azul, David Neeleman, será o presidente do Conselho de Administração da holding, enquanto que José Mário Caprioli, presidente da Trip, dirigirá um comitê que cuidará das estratégias de integração das duas empresas. Na avaliação de analistas, a fusão poderá resultar em aumento de preços nas linhas regionais, na medida em que as companhias serão dominantes e não haverá mais a competição.
Para os clientes das duas empresas, que juntas vão faturar mais de R$ 4 bilhões, não deve haver grandes mudanças por enquanto, uma vez que elas continuarão operando separadamente até que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) aprovem a operação.
- As duas empresas continuarão independente até a aprovação dos reguladores, e quando isso acontecer vamos explicar como ficará os uniformes das tripulações e qual das bandeiras (Azul ou Trip) será pintada nas aeronaves - disse Neeleman.
Com a fusão, as duas empresas terão uma frota de 112 aeronaves -- 62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR -- e passarão a deter 15% de participação no mercado doméstico de passageiros. São 837 voos diários e 316 rotas, totalizando 96 cidades atendidas pelas duas empresas. Embora concorram entre si em cerca de 15 dessas cidades, Neeleman afirmou que os passageiros desas localidades não devem perder com a fusão.
- Temos só 15% das trotas que se sobrepõem, o que é pouco e também há poucas cidades em que somos os únicos, mas o que queremos é criar mais frequências nessas cidades - afirmou o executivo, citando o caso de Macaé, onde a Trip é a única operadora por ter aviões menores, os ATR 42, de 48 assentos.
- A Trip voa de lá para o Santos Dumont, mas agora poderemos ter voos para o Galeão e Campinas (SP), onde temos 40 voos para todo o país - disse ele.