quarta-feira, novembro 19, 2014
Inacreditável! Como Campos gastou R$ 16,1 bilhões em uma década?
E chegou o dia. Os gastos crescentes e difíceis de serem enxergados chegou a um ponto onde era difícil de se imaginar: o de empenhar com bancos o dinheiro futuro, ainda a receber.
Observem o susto que tivemos no final de 2012, início de 2013 com a quase alteração dos critérios de rateio na distribuição dos royalties do petróleo, que já alertava contra a gastança e, especialmente o mau uso e a finitude da receita dos royalties, antes mesmo do fim das reservas do bem mineral finito que é o petróleo.
É inacreditável que se tenha gasto em uma década R$ 16,1 bilhões e cheguemos ao final de 2014 necessitando empenhar receitas futuras dos royalties.
É inacreditável.
Vejam abaixo a tabela da evolução orçamentária da última década entre 2005 e 2014 que fiz questão de organizar para que nossos leitores e colaboradores possam assim rever e compreender o quadro atual:
É difícil imaginar como foi possível chegar a essa situação sem que nada de especial estivesse sido feito em nosso município.
Desde o ano de 2001, este blogueiro alerta para a questão. Inicialmente elaborando o documento "Radiografando o Orçamento de Campos- Raio X" e participando dos debates sobre a elaboração orçamentária na Câmara Municipal.
Infelizmente neste período os exemplos de mau uso foram vários e conhecidos. A seguir o blogueiro passou a se ater a notas aqui no blog sobre as propostas orçamentárias.
Uma dessas notas foi publicada em dezembro de 2010: aqui, o blog, mais um vez fez uma compilação destes dados, comparando o orçamento total, às receitas dos royalties do petróleo, chamando a atenção para as graves distorções. Em março do ano passado diante da crise fizemos aqui outra avaliação sobre o problema, mas parece que a questão foi completamente desconsiderada.
Infelizmente, mesmo que algumas mudanças tenham ocorrido, parece que na essência os problemas dos gastos permaneceram e o susto com a possível finalização das receitas não foram suficientes, para mudanças de postura, revisão dos preços dos milionários contratos de pessoal, serviços e obras.
É pueril se alegar problemas na economia internacional ou nacional para a situação local, porque desde os debates em 2001, a não ser que estivessem à época dormindo, já se falava que esta receita era variável ao preço do petróleo no mercado internacional e à variação do dólar.
Enfim, mais que inacreditável, é lamentável. Espera-se que a população campista tenha noção desta realidade para além das reclamações da falta de dinheiro que deixa de irrigar empreiteiras e comércio.
Repito: inacreditável!
Não se tratam de R$ 16 milhões e sim, R$ 16,1 bilhões, numa década e ainda assim precisamos empenhar receitas futuras?
Com a palavra, os vereadores que têm o papel de fiscalizar, o Ministério Público, enfim, à sociedade campista!
Observem o susto que tivemos no final de 2012, início de 2013 com a quase alteração dos critérios de rateio na distribuição dos royalties do petróleo, que já alertava contra a gastança e, especialmente o mau uso e a finitude da receita dos royalties, antes mesmo do fim das reservas do bem mineral finito que é o petróleo.
Parece não ter sido suficiente o susto, só suspenso com um providencial e uma bem sustentada defesa jurídica feita à ocasião, pelo então procurador do estado e atual ministro do STF, Luiz Barroso.
É inacreditável que se tenha gasto em uma década R$ 16,1 bilhões e cheguemos ao final de 2014 necessitando empenhar receitas futuras dos royalties.
É inacreditável.
Vejam abaixo a tabela da evolução orçamentária da última década entre 2005 e 2014 que fiz questão de organizar para que nossos leitores e colaboradores possam assim rever e compreender o quadro atual:
É difícil imaginar como foi possível chegar a essa situação sem que nada de especial estivesse sido feito em nosso município.
Desde o ano de 2001, este blogueiro alerta para a questão. Inicialmente elaborando o documento "Radiografando o Orçamento de Campos- Raio X" e participando dos debates sobre a elaboração orçamentária na Câmara Municipal.
Infelizmente neste período os exemplos de mau uso foram vários e conhecidos. A seguir o blogueiro passou a se ater a notas aqui no blog sobre as propostas orçamentárias.
Uma dessas notas foi publicada em dezembro de 2010: aqui, o blog, mais um vez fez uma compilação destes dados, comparando o orçamento total, às receitas dos royalties do petróleo, chamando a atenção para as graves distorções. Em março do ano passado diante da crise fizemos aqui outra avaliação sobre o problema, mas parece que a questão foi completamente desconsiderada.
Infelizmente, mesmo que algumas mudanças tenham ocorrido, parece que na essência os problemas dos gastos permaneceram e o susto com a possível finalização das receitas não foram suficientes, para mudanças de postura, revisão dos preços dos milionários contratos de pessoal, serviços e obras.
É pueril se alegar problemas na economia internacional ou nacional para a situação local, porque desde os debates em 2001, a não ser que estivessem à época dormindo, já se falava que esta receita era variável ao preço do petróleo no mercado internacional e à variação do dólar.
Enfim, mais que inacreditável, é lamentável. Espera-se que a população campista tenha noção desta realidade para além das reclamações da falta de dinheiro que deixa de irrigar empreiteiras e comércio.
Repito: inacreditável!
Não se tratam de R$ 16 milhões e sim, R$ 16,1 bilhões, numa década e ainda assim precisamos empenhar receitas futuras?
Com a palavra, os vereadores que têm o papel de fiscalizar, o Ministério Público, enfim, à sociedade campista!