08/06/2012 - 08h38
Disputa por filha causou morte de executivo da Yoki, diz defesa
DE SÃO PAULO
Atualizado às 12h48.
Elize Matsunaga, 38, disse ter matado e esquartejado o marido, o executivo Marcos Kitano Matsunaga, 42, porque foi ameaçada por ele de perder a guarda em uma possível separação do casal, segundo a defesa.
Imagens mostram últimos momentos de executivo da Yoki
Polícia apreende 30 armas na casa de executivo assassinado em SP
Familiares de acusada pedirão guarda de bebê
Mulher diz que matou executivo com arma que ganhou de presente
Mulher diz que matou executivo após briga por traição
Casal frequentava igreja em SP e ajudava creche
Polícia apreende 30 armas na casa de executivo assassinado em SP
Familiares de acusada pedirão guarda de bebê
Mulher diz que matou executivo com arma que ganhou de presente
Mulher diz que matou executivo após briga por traição
Casal frequentava igreja em SP e ajudava creche
A informação é de reportagem de André Caramante publicada na edição desta sexta-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
De acordo com o advogado de Elize, Luciano Santoro, o casal passava por uma crise conjugal e a mulher já havia pedido a separação três vezes. O executivo, entretanto, dizia que se eles se separassem, ficaria com a filha deles.
Matsunaga conheceu a mulher num site de relacionamentos, quando ela era garota de programa, segundo o advogado de Elize.
Sete pessoas foram ouvidas na investigação. Dentre elas está o detetive particular contratado por Elize para seguir o marido e que comprovou que ele a traía.
Morte do executivo da Yoki
CONFISSÃO
Elize está presa desde o dia 4 e na quarta (6), em um depoimento de aproximadamente oito horas à polícia, confessou o crime.
O executivo era um dos herdeiros da Yoki Alimentos, vendida recentemente a um grupo norte-americano por R$ 1,75 bilhão.
Ela disse ter matado Matsunaga com um tiro na cabeça após uma discussão, seguida de agressão, provocada por ciúmes.
O crime ocorreu de 19 para 20 de maio no apartamento do casal.
Elize disse aos policiais que, após balear o marido com a arma que ganhou dele, arrastou o corpo para o banheiro de um dos quartos da casa, esperou algumas horas e começou a cortá-lo com uma faca.
Após atirar no marido, Elize --que é bacharel em direito e tem formação técnica em enfermagem-- disse que esperou cerca de dez horas o corpo esfriar para evitar um sangramento maior da vítima.
Depois, colocou o corpo em sacos plásticos e os jogou em um terreno baldio em Cotia, na Grande São Paulo.
Ela afirmou também que se desfez do corpo no mesmo dia --disse que costumava passar pela região a caminho de um sítio em Ibiúna
Na presença de seu advogado, Luciano Santoro, Elize contou que demorou cerca de quatro horas para esquartejar o marido. Depois, limpou o banheiro para evitar rastros.
A filha do casal, de um ano, estava no apartamento na hora do crime. Elize e Matsunaga se casaram há dois anos.
Na quarta (6), a prisão temporária de Elize foi prorrogada por mais 15 dias pela Justiça.
IMAGENS
A polícia divulgou na noite de quarta (6) as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. Elas foram os principais indícios que levantaram a suspeita sobre a participação de Elize.
As imagens mostram, no sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá chegarem ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa --uma camisa marrom-- encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5h de domingo (20), a babá chega ao apartamento --onde tem acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com as três malas que teriam sido usadas para transportar o corpo. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas.