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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Garotinho insiste em 'sair mal nas fotos' da Secretaria de Segurança do RJ... / ÉPOCA

Anthony Garotinho e a tentativa de 

sabotar a pacificação nos morros


O assassinato de uma policial na semana passada no Rio de Janeiro foi parte de uma 

reação do crime, que se junta à atuação de políticos que sabotam a paz

HUDSON CORRÊA E RAPHAEL GOMIDE, COM ANA LUIZA CARDOSO
07/02/2014 20h57 - Atualizado em 07/02/2014 21h28
DOSSIÊS O deputado Anthony Garotinho e o ex-chefe de polícia Álvaro Lins em 2003. Entre suas armas, estão a ameaça e a perseguição (Foto: Alexandre Brum /Ag. O Dia  )









Em verdadeiras operações de guerra, com tanques da Marinha e militares do Exército, o poder público retomou o controle de favelas cariocas dominadas por criminosos. De 2008 até hoje, foram reconquistadas 252 comunidades, onde vive 1,5 milhão de pessoas. Antes dessas ações, as áreas eram territórios de traficantes e milicianos, que desfilavam com fuzis e metralhadoras na mão. Para evitar que a bandidagem voltasse ao poder, o governo do Rio de Janeiro instalou Unidades de Polícia Pacificadora(UPPs) nos principais morros retomados. Já há 36 UPPs com 9 mil policiais militares. Nestes seis anos, os homicídios diminuíram 65% nas comunidades ocupadas. Apesar das batalhas vitoriosas, a guerra não está ganha. Há muitas favelas para ocupar e, mesmo nas comunidades já retomadas, os bandidos ainda sonham em reconquistar os territórios perdidos. Mais recentemente, os criminosos passaram a adotar a tática de guerrilha. Em ataques-relâmpago contra as UPPs, disparam tiros de fuzil, granadas e coquetéis molotov.

As autoridades já esperavam essas dificuldades. A surpresa são os novos inimigos: os sabotadores da pacificação. O objetivo desse grupo também é territorial, mas no campo político. Suas armas são as ameaças, a perseguição, a produção de dossiês e uma série de outros artifícios para instalar o medo na população e desacreditar a segurança pública. Esses agentes do subterrâneo têm endereço conhecido e comando estabelecido. Eles operam num bunker na Rua Senador Dantas, no centro do Rio de Janeiro. Na liderança do grupo, estão o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins.

Pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, Estado que já administrou de 1999 a 2002, Garotinho chama a ação nas favelas de “farsa da pacificação”. Seu objetivo é minar a administração de Sérgio Cabral, seu principal adversário político, e atacar sua maior conquista, o programa das UPPs, que reduziu os homicídios na capital em 48%. Se a coisa ficasse apenas no plano eleitoral, seria do jogo. Mas Garotinho extrapolou. Por meio de seu blog, ele divulga dossiês contra o secretário de Segurança Pública,José Mariano Beltrame. A torrente de acusações foi tamanha que, no ano passado, Beltrame entrou com uma queixa no Supremo Tribunal Federal. Na ação judicial, Beltrame afirma que os ataques contra ele ameaçam sua credibilidade e reputação diante da polícia. “O blog é um permanente corpo de delito”, diz a queixa ao STF.
 
O balanço das operações (Foto: Severino Silva/Ag. O Dia, Extra, Ag. O Dia e Ag. O globo (2); Fonte: Instituto de Segurança Pública       )
Um dos materiais publicados – no caso, como forma de intimidação – inclui uma série de fotos do carro de um empresário, apontado como dono do apartamento onde mora Beltrame. Com cópia da guia de IPVA e identificação do proprietário do veículo, a escritura do imóvel e fotos da fachada do prédio. O dossiê sugere que Beltrame não paga aluguel pelo imóvel. Noutro episódio, Garotinho reuniu uma extensa papelada, incluindo documentos internos da PM, para atacar a compra de novos carros de polícia pelo governo. Na queixa que encaminhou ao STF, Beltrame contesta todo o material  e aponta várias inconsistências.

Nem todo o material reunido pela equipe do bunker vai para o blog. Boa parte alimenta a rede de intrigas de Garotinho. Dossiês, como os produzidos contra Beltrame, exigem o trabalho subterrâneo de arapongagem. É a missão de ex-policiais que trabalham no bunker, demitidos por corrupção ou aposentados. Eles são ligados ao ex-delegado Álvaro Lins, chefe da Polícia Civil entre os anos de 2000 e 2006 nos governos do casal Garotinho e Rosinha Matheus. Acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha armada, Lins foi condenado pela Justiça Federal a 28 anos de prisão em 2010. O Ministério Público Federal diz que, na época em que chefiava a polícia, ele protegia a máfia dos jogos caça-níqueis. No mesmo processo, Garotinho amargou uma pena de dois anos e seis meses por formação de quadrilha. O recurso contra a sentença será julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Mesmo depois de ter deixado o governo varado de denúncias, Lins nunca se afastou de Garotinho. Mantém até hoje uma relação de subordinação a ele. Os dois respondem a um inquérito por compra de votos nas eleições de 2006. Na ocasião, a Polícia Federal interceptou diversos diálogos entre eles. Numa das conversas – inéditas até hoje e às quais ÉPOCA teve acesso –, Lins se refere a Garotinho como “chefe” (ouça os áudios abaixo). Segundo a Procuradoria-Geral da República, Garotinho, Lins e o deputado estadual Geraldo Pudim tramaram um esquema de corrupção eleitoral. O governo de Rosinha Garotinho, mulher de Garotinho, e então governadora, se comprometeria a convocar 1.774 aprovados no concurso público para investigador da Polícia Civil. Antes da convocação, porém, os concursados teriam de trabalhar como cabos eleitorais, pedindo votos. Naquela época, Lins era candidato a deputado estadual, e Pudim concorria a uma cadeira na Câmara Federal.

Em outubro de 2011, Lins mais uma vez seguiu Garotinho, cerrando fileira no PR. Na mesma época, passou a frequentar uma empresa de auditoria e investigação chamada Acarpi, cujo endereço fica num prédio discreto no centro do Rio de Janeiro. Os corredores sem movimento dão a impressão de que as salas estão vazias. O dono da empresa, o ex-policial e advogado Carlos Azeredo, trabalha a todo vapor para atazanar a vida de Beltrame e a cúpula da Secretaria de Segurança Pública, movendo processos judiciais. Azeredo é filiado ao PR, partido de Garotinho, desde agosto de 2011. 

domingo, 28 de abril de 2013

A Política é uma zorra....

http://revistaepoca.globo.com//Brasil/noticia/2013/04/investigacao-expoe-irregularidades-na-campanha-de-candidato-do-grupo-de-garotinho.html
INVESTIGAÇÃO - 26/04/2013 21h24 - Atualizado em 26/04/2013 21h24
TAMANHO DO TEXTO

Investigação expõe irregularidades na campanha de candidato do grupo de Garotinho

Um esquema que envolve o deputado Anthony Garotinho no Rio de Janeiro é enrolado como a trama de um filme policial – cujo final pode estar próximo

HUDSON CORRÊA
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FESTA O deputado Anthony Garotinho e sua mulher, Rosinha, prefeita de Campos, em evento doméstico. Enquanto eles se divertem, o Ministério Público trabalha (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
A família Garotinho gosta de criar um mundo de faz de conta em festas à fantasia. Há dois anos, o deputado e líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho, vestiu-se de Zorro no baile de aniversário de sua filha, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR) (confira a foto). No vídeo da festa, ele se ajoelha aos pés de sua mulher, a prefeita de Campos dos Goytacazes,Rosinha Garotinho, também do PR. Ela sorri orgulhosa em seu vestido de melindrosa. No início deste mês, Rosinha completou 50 anos. Lá estava Garotinho, agora fantasiado de Elvis Presley, com uma peruca de topete avantajado e costeletas. Rosinha trajava um vestido cor-de-rosa com bolinhas lilás, no estilo broto dos anos 1960. Enquanto Garotinho se divertia, o Ministério Público do Rio de Janeiro trabalhava, investigando as contas do partido de Garotinho. O que o MP encontrou nessas investigações não é nada divertido.

No centro do imbróglio está uma empresa com nome de grife de moda, que entrega mercadorias de natureza diferente e bastante variada: a GAP Comércio e Serviços Especiais. Ela já foi contratada em circunstâncias suspeitas pelo gabinete de Garotinho na Câmara, tem contratos no valor de R$ 32 milhões com a prefeitura de Campos e aparece na campanha do PR, em 2010, quando Garotinho tentou eleger o desconhecido Fernando Peregrino. ÉPOCA descobriu notas fiscais de mais de R$ 1 milhão da campanha de Peregrino com indícios de falsidade. Elas passam, ainda que indiretamente, pela GAP.

Garotinho pavimenta o caminho para se candidatar a governador em 2014. Sua estratégia tem dois pilares. O primeiro é consolidar seu PR como força nacional. Garotinho assumiu, em fevereiro, a liderança do PR na Câmara. A legenda tem um bloco de 42 deputados, a quinta maior bancada, e comanda o Ministério dos Transportes, Pasta com orçamento de R$ 10 bilhões. Como líder de um partido de médio porte, Garotinho pode dificultar a vida do governo em votações no Congresso Nacional. Por isso, o Palácio do Planalto prefere não contrariá-lo. Antes de anunciar, no começo deste mês, a nomeação do novo ministro dos Transportes, César Borges (PR-BA), a presidente Dilma Rousseff telefonou para Garotinho. Queria saber se havia alguma objeção ao nome.

O segundo pilar de Garotinho é montar uma base sólida no Rio de Janeiro, que envolveu o lançamento, em 2010, da candidatura de Peregrino. As novas investigações do MP, somadas à reportagem de ÉPOCA, apontam irregularidades justamente na campanha eleitoral de 2010. Se Garotinho é famoso pelas pantomimas em suas festas à fantasia, as suspeitas envolvendo o PR flertam com outro ramo das artes cênicas: o thriller policial. No caso, um movimentado filme em três atos.
PRIMEIRO ATO: O ESTRANHO CASO
DO POSTO DE GASOLINA QUE ALUGA CARROS

A análise minuciosa das contas de Peregrino revela várias estranhezas. Primeira estranheza: Peregrino declarou à Justiça Eleitoral pagamentos de R$ 1,2 milhão a quatro postos de gasolina de uma mesma rede. Se todo esse dinheiro tivesse sido empregado em combustível, daria para percorrer duas vezes toda a malha rodoviária do Estado do Rio de Janeiro. Segunda estranheza: uma parcela expressiva desse valor – R$ 873 mil – foi para uma mesma estação de combustível, o Posto 01, no município de Itaboraí, propriedade da empresária Jacira Trabach Pimenta. Terceira estranheza: uma das notas emitidas pelo posto, no valor de R$ 700.500, não se referia a gasolina, mas à locação de carros. A nota discriminava a locação, para campanha eleitoral, de uma gigantesca frota de 170 veículos. Ficavam à disposição do candidato 100 Kombis, 50 carros populares, 15 vans executivas e cinco caminhões no período de 15 de julho a 31 de agosto.  

ÉPOCA foi até Itaboraí verificar como um posto de gasolina se transformou em locadora de veículos. O Posto 01 fica quase fora da cidade, numa daquelas ruas em que, aos poucos, o comércio começa a rarear. Lá, um funcionário informa, estranhando a pergunta, que nunca houve uma locadora de carros funcionando no posto. “O senhor tem de voltar para o centro da cidade”, disse. Não havia pátio que indicasse espaço para 170 veículos, incluindo os caminhões alugados por Peregrino. Os documentos das inscrições estadual e municipal do posto também só falam de venda de combustível e alguns serviços relacionados ao ramo. Não aparece nada sobre locação de veículos.
a mensagem 779 investigação (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
A pedido de ÉPOCA, o perito Ricardo Molina analisou as cinco notas fiscais referentes a gastos com combustível, anexadas à prestação de contas de Peregrino, no Posto 01 e em outros estabelecimentos. Aí aparece uma quarta estranheza. Ao verificar o documento que deveria se referir à locação de veículos, Molina apontou “inconsistência, estranheza e indícios de irregularidade”. Para emitir notas fiscais à moda antiga – atualmente tudo é feito por meio eletrônico –, a empresa precisaria encomendar os documentos a uma gráfica autorizada, que imprimiria uma série de talões. Cada nota deveria ser emitida em sequência, assim que os serviços fossem prestados. O documento fiscal referente à locação de carros para Peregrino pertencia a um talonário impresso em setembro de 2008, que tinha 250 notas fiscais. A emissão da nota para a campanha de Peregrino ocorreu em 6 de setembro de 2010, dois anos depois da impressão. “Aparentemente, os talonários foram entregues pela gráfica ao posto em 2008 e, dois anos depois, já muito próximo da data de expiração dos talões, teriam sido emitidas apenas quatro notas em todo o conjunto”, diz Molina.

Das cinco notas fiscais emitidas por postos de gasolina para a campanha de Peregrino, quatro foram preenchidas à mão, incluindo a da locação de veículos. Molina comparou as grafias e concluiu que a letra era a mesma. Isso sugere que a emissão dos documentos tenha sido feita pela mesma pessoa. Geralmente, a expedição de notas ocorre no local da venda ou prestação de serviços. Os quatro postos, apesar de integrar a mesma rede, são empresas individuais, com notas fiscais próprias, e estão localizados em regiões diferentes do Estado: zonas Norte e Oeste do Rio, Itaboraí e Duque de Caxias. A distância entre um e outro chega a ser de 60 quilômetros. Entre as cinco notas fiscais, apenas uma foi preenchida no computador. Sua emissão ocorreu no mesmo dia das outras. Uma anotação à caneta indica o número da conta bancária em que o dinheiro deveria ser depositado. Essa grafia difere das preenchidas à mão.
SEGUNDO ATO: A ESTRANHA EMPRESA, COM NOME
DE GRIFE DE MODA, QUE ALUGA AMBULÂNCIAS

Neste momento é necessário fazer um flashback no filme. Em 2011, com a verba da Câmara dos Deputados destinada a cobrir gastos com atividade parlamentar, Garotinho alugou um Ford Fusion na empresa GAP Comércio e Serviços Especiais. O nome GAP nada tem a ver com a famosa grife americana de moda. É a sigla de George Augusto Pereira, dono de 99,8% das ações da empresa. Sediada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a empresa recebeu R$ 27 mil do gabinete de Garotinho entre fevereiro e julho daquele ano, até que houve um acidente de percurso. Literalmente. Wladimir Matheus, filho de Garotinho e presidente municipal do PR em Campos, bateu um Ford Fusion num muro da cidade. O carro ficou totalmente destruído. Matheus sobreviveu graças ao sistema de air bags. Em meio à comoção, descobriu-se que o carro pertencia à GAP. ÉPOCA revelou a história na ocasião. Garotinho afirmou que o veículo pago pela Câmara não era o mesmo destruído pelo filho. Pelo sim, pelo não, deixou de contratar a locadora.
LETRA O candidato Fernando Peregrino e a perícia encomendada  por ÉPOCA sobre suas notas de campanha. Postos diferentes, a  mesma caligrafia (Foto: Gabriel de Paiva/Ag. O Globo)
Logo em seguida, em agosto de 2011, o MP entrou com uma ação na Justiça, acusando a prefeita Rosinha de improbidade administrativa pela contratação da GAP para alugar 56 ambulâncias para o município. ÉPOCA teve acesso à peça de acusação. O MP diz que a GAP tinha a obrigação de contratar motoristas para dirigir as ambulâncias, mas quem ficava atrás do volante eram funcionários da prefeitura. A GAP recebia combustível do posto público que atende a frota oficial, mas parte da gasolina, segundo o MP, acabava desviada para encher tanques de carros particulares. Vales-combustível, assinados em branco por um funcionário público, foram apreendidos na sede da empresa por determinação da Justiça. O contrato foi assinado em 2009 e se estende até hoje. A Promotoria de Justiça concentrou sua apuração no pagamento de R$ 32 milhões à empresa até 2011.

A Justiça mandou notificar Rosinha em fevereiro deste ano para que ela apresente defesa. Se condenada, poderá ser obrigada a devolver aos cofres públicos todo o dinheiro que foi parar nas contas da GAP. Ela também corre o risco de perder o mandato e ficar inelegível por oito anos. Procurada por ÉPOCA, Rosinha informou, por meio de sua assessoria, que ainda não foi notificada pela Justiça. Ela diz que o Tribunal de Contas do Estado não viu irregularidades na contratação.
TERCEIRO ATO: A ESTRANHA VENDA DAS AÇÕES
DA GAP – QUANDO AS DUAS HISTÓRIAS SE UNEM

Documentos obtidos por ÉPOCA revelam que o Posto 01 chegou a ter uma filial no mesmo endereço da GAP, que as empresas tinham um contador em comum e compartilhavam uma conta bancária. As ligações suspeitas se estreitaram oficialmente em maio de 2012. Inexplicavelmente, o GAP da GAP – George Augusto Pereira, o sócio majoritário dono de 99,8% das ações – deixou repentinamente a sociedade. Àquela altura, a Promotoria de Justiça já investigava seus negócios. Ao longo dos anos, a GAP acumulou um capital social de R$ 8 milhões e amealhou ativos de R$ 5,6 milhões. Mesmo assim, Pereira vendeu sua participação societária por R$ 100 mil, parcelados em dez vezes. Quem comprou a GAP, em condições tão especiais? A empresária Jacira Trabach Pimenta. Ela mesma, a dona do Posto 01, de Itaboraí, que também aluga carros. Além dos R$ 32 milhões já auditados pelo MP, a GAP assinou um aditivo de R$ 15 milhões com a prefeitura de Campos, em setembro de 2012, quando a empresa já estava no nome de Jacira. O MP suspeita que, se avançar mais nas investigações, não encontrará apenas suspeitas de novos desvios relacionadas à prefeitura de Campos. Fatalmente, chegará às contas eleitorais do PR em 2010 e ao candidato de Garotinho.

Procurado por ÉPOCA, Peregrino negou que sua prestação de contas tenha lançado gastos com combustível e apresentado nota fiscal de locação de veículos. “Não tem isso, não. Eu não estou vendo a nota que você tem. Se quiser me mostrar, vejo isso com o contador. É um posto que aluga carro?”, disse. Peregrino argumentou que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Fernando Trabach, que se identificou como diretor comercial da rede de postos que inclui o Posto 01, afirmou que o estabelecimento aluga veículos e prestou os devidos serviços. Ele negou irregularidades nas notas. Garotinho preferiu não comentar as acusações de desvio na prefeitura de Campos e as suspeitas na campanha.

Em Campos, aguarda-se o tema do próximo baile à fantasia de Garotinho. E o desfecho do thriller que investiga as denúncias no Rio de Janeiro. 
>>Esta reportagem está em ÉPOCA desta semana

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Blog O Filtro | As principais notícias do dia » Anthony Garotinho confirma conversa gravada com bombeiro sobre greve de PMs no Rio » Arquivo

ÉPOCA – Blog O Filtro | As principais notícias do dia » Anthony Garotinho confirma conversa gravada com bombeiro sobre greve de PMs no Rio » Arquivo


O deputado federal Anthony Garotinho (PMDB-RJ) confirmou, na manhã desta quinta-feira (9), que conversou por telefone com o cabo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Benevenuto Daciolo, preso na quarta-feira pelo crime de incitamento. Em gravação divulgada pelo Jornal Nacional, Daciolo conversa com alguém identificado inicialmente como uma pessoa “importantíssima” sobre a greve na Bahia e a possibilidade de estendê-la para o Estado do Rio. De acordo com o jornal O Globo, Garotinho negou ter incitado Daciolo.
Garotinho negou, no entanto, que tenha estimulado os policiais e bombeiros a também cruzarem os braços para pressionar o Congresso pela aprovação da PEC 300.
A PEC 300 é um projeto de emenda constitucional que prevê um piso salarial nacional para os policiais e é vista como o grande objetivo da mobilização de PMs que ocorre em vários Estados.
As gravações foram autorizadas pela Justiça. Em uma delas, o líder do movimento na Bahia, Marco Prisco, conversa com um policial, que se mostra disposto a cometer atos de violência, como incendiar viaturas. Nesta quinta-feira, ÉPOCA divulgou novo áudio no qual Prisco combina, segundo a PF, um ataque a um ônibus escolar em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Foto: Renato Araújo/ABr