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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Críticas de especialistas põe vitória de Dilma como perigo para a economia do Brasil

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/forbes-lista-cinco-motivos-para-o-brasil-nao-reeleger-dilma


Eleições 2014

'Forbes' lista cinco motivos para o Brasil não reeleger Dilma

Revista americana publica em seu site texto de colunista em que afirma que má gestão da presidente coloca em risco avanços econômicos e sociais do país

Dilma: para 'Forbes', o mercado não quer a presidente
Dilma: para 'Forbes', o mercado não quer a presidente (Ueslei Marcelino /Reuters)
A revista americana Forbes divulgou em seu site uma lista com cinco razões pelas quais acredita que os eleitores brasileiros não deveriam reeleger a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). Em texto que elenca os avanços econômicos e sociais no Brasil ao longo dos últimos vinte anos – transformações que tiveram início, lembra a revista, no governo de Fernando Henrique Cardozo –, a Forbes afirma: sob o comando de Dilma, o país passou da expansão para a melancolia.
Depois de elencar os avanços dos governo FHC e Lula, o texto ressalta a situação econômica do país, que vive um quadro de recessão técnica e inflação no teto da meta. “Os investidores de todo o mundo, que chegaram a fazer fila para comprar um pedaço do ‘sonho brasileiro’, olham agora para mercados mais atrativos, como o México (e celebram todas as vezes que Dilma perde pontos nas pesquisas eleitorais)”, diz o colunista Anderson Antunes. E encerra: Dilma não apenas falhou em manter tudo em ordem, como está colocando os avanços em risco.

Cinco razões da 'Forbes' por que Dilma não deve ser reeleita

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O Brasil não cresceu tanto quanto poderia - e deveria - sob seu governo

É a primeira vez em cinco anos que o Brasil registra retração da economia, lembra o colunista. Em 2010, o país cresceu 7,5%, compara a publicação. "Embora Dilma diga que a performance fraca da economia seja fruto da crise internacional, os números a provam errada", diz o texto. “Até o fim de seu mandato, o crescimento do país deve ser dois pontos porcentuais menor do que a média da América Latina entre 2010 e 2014. Pela primeira vez em 20 anos os vizinhos do Brasil deixam o país comendo poeira".

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Presidente Dilma é a segunda mulher mais poderosa do mundo segundo a revista "Forbes"

Dilma é a segunda mulher mais poderosa do mundo na lista da 'Forbes'

Presidente subiu de posição após dois anos consecutivos no terceiro lugar do ranking

iG São Paulo  - Atualizada às 
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A presidente Dilma Rousseff é a segunda mulher mais poderosa do mundo, segundo o ranking anual da revista norte americana "Forbes".
Dilma, que ocupava o 95º lugar no ranking da revista há três anos, ficou atrás apenas da chanceler alemã, Angela Merkel.
Em 2011 e 2012, a presidente emplacou a terceira posição, e este ano conseguiu subir no ranking após a saída de Hillary Clinton do cargo de secretária de Estado americano. Fora do governo, Hillary ficou em quinto lugar.

domingo, 28 de abril de 2013

"Cuidado com o sucesso"....! // Marshall Goldsmith em entrevista à Veja

Carreira

'Brasileiros precisam tomar cuidado com o sucesso', diz guru dos CEOs

Para Marshall Goldsmith, coach de mais de 150 executivos listados pela revista Forbes, a família move a ambição dos líderes brasileiros. Mas eles devem tomar cuidado com as armadilhas do sucesso, como a presunção e a arrogância

Ana Clara Costa
Marshall Goldsmith
Marshall Goldsmith: mais de 30 livros publicados sobre liderança (Divulgação)
Autor de mais de 30 livros de gestão e liderança, o americano Marshall Goldsmith é um dos coachs de executivos mais respeitados dos Estados Unidos. Ao longo de 30 anos de carreira, Goldsmith treinou mais de 150 CEOs listados na revista Forbes. Entre seus alunos, estiveram Alan Mulally, presidente da Ford, e o general Eric Shinseki, que chefiou o gabinete das Forças Armadas dos Estados Unidos. O autor esteve no Brasil na última semana a convite da escola de negócios Hult e da Fundação Dom Cabral para conversar com empresários brasileiros.
Chamado de ‘guru dos CEOs’, ele falou ao site de VEJA sobre o perfil dos líderes do país e as características que podem ser melhoradas. “O Brasil precisa tomar cuidado com o perigo do sucesso. Em qualquer organização, quanto maior o sucesso, maior pode ser a armadilha da arrogância e da presunção. É algo no que os CEOs brasileiros precisam pensar. Uma luz amarela para eles”, disse. Confira trechos da entrevista.
Qual é a principal diferença entre os líderes de hoje e os de 30 anos atrás, quando o senhor começou?Os líderes do passado sabiam mandar. Os de agora devem saber como pedir. Um dos grandes desafios dos líderes empresariais deste século é adquirir a capacidade de ouvir, aprender e perguntar. Antes, não era necessário. Hoje, você não pode simplesmente dar ordens. No Brasil, por exemplo, a economia está indo bem, as pessoas são espertas, capazes e confiantes. Se um líder que tem essas pessoas ao redor decide tratá-las de cima para baixo, elas vão embora. Não é mais um cenário em que as pessoas precisam, desesperadamente, daquele emprego. Agora há milhares de oportunidades. E quanto mais jovens, mais sensíveis elas são ao tratamento que recebem. Hoje, não trabalham só pelo dinheiro. Elas exigem um tratamento de igual para igual. Não admitem grosseria.
Um líder que pergunta sempre o que fazer não é visto como fraco?Não, pois eles não precisam fazer tudo o que lhes é dito. O líder tem o poder da decisão. Eu os treino para que absorvam o quanto puderem dos demais, mas não precisam acatar tudo. O líder não precisa agradar a todos. Conduzir uma empresa não é um concurso de popularidade.
Os CEOs brasileiros têm perfis diferentes daqueles dos demais países?
Eles são muito mais ligados à família. Tanto que, quando ensino, sempre resgato exemplos que possam ser aplicados à família. E eles gostam muito. Já na Europa, não gostam tanto. No Brasil, eles se esforçam na área profissional, muitas vezes, para agradar a própria família. Sobretudo porque, no Brasil, muitos dos grandes negócios estão no seio familiar.
O senhor diria que eles são mais ambiciosos?Não, diria que eles são mais movidos pela emoção. Na Índia, por exemplo, eles são muito focados, muito respeitosos, querem aprender, mas são menos emotivos. Na Europa, são mais ásperos, se cansam mais. Não que isso seja um impedimento. Apenas torna o trabalho mais desafiador.
Quando os CEOs o procuram, eles querem, no geral, a mesma coisa?Depende. Os que entram em contato comigo por vontade própria, querem melhorar. Eles querem ser exemplos para seus funcionários, querem aprender. Mas há casos em que o conselho da empresa me pede para dar o coaching ao CEO porque acham que, desta forma, ele pode ser um pouco mais eficiente. E há ainda os conselhos que me contratam para treinar os futuros CEOs. Cerca de 70% dos meus alunos são presidentes de empresas, mas 30% são aqueles nos quais as empresas apostam para os próximos anos.
Todos os CEOs são 'treináveis?Nem todos. É preciso que queiram melhorar. Os conselheiros que me contratam sempre me fazem essa pergunta. Quando um executivo termina um grande curso de MBA, ele tem capacidade técnica. Todos que traçam esse caminho têm capacidade técnica. O diferencial que os recrutadores buscam é se esses jovens líderes estão dispostos a ouvir e a aprender. Se um determinado jovem não quer ouvir, ele se torna um problema desde o início para as empresas.
E eles estão dispostos a ouvir?Hoje, muito mais do que antes.
Os brasileiros estão dispostos a aprender?Sim, mas os que mais se destacam nesse quesito são os asiáticos. Não é que eles sejam melhores, mas eles querem aprender mais. Na Índia, eles idolatram os professores, ouvem tudo e são muito focados. No Brasil, o professor não tem tanto status. Então não é o aprendizado puro que move os brasileiros. É a família.
O que pode ser melhorado no comportamento desses executivos?Há uma situação perigosa acontecendo, que acende a luz amarela para o país, não a vermelha. É o perigo do sucesso. Em qualquer organização, quanto maior o sucesso, maior pode ser a armadilha da arrogância, da presunção, de se achar especial. É algo que os CEOs brasileiros precisam pensar. Não se trata de ser melhor que ninguém. Ocorre apenas que o país e seus líderes estão aproveitando as oportunidades que surgiram. Talvez as gerações passadas não tenham tido essas mesmas oportunidades. Mas isso não quer dizer que não tenham sido, também, brasileiros brilhantes.
Há mais puxa-sacos hoje do que antes nas grandes empresas?Não sei dizer. A bajulação existiu ao longo de toda a história e não creio que deixe de existir. O que é engraçado é que todos os CEOs que treinam comigo dizem odiar os puxa-sacos. E eu lhes perguntou por que, então, há tantos puxa-sacos nas empresas? O fato é que o puxa-saco em uma empresa é como o cachorro dentro de uma casa. Não briga, não reclama, está sempre feliz em ver o dono, não liga se o dono chega bêbado em casa. E, no final das contas, o membro mais amado da família acaba sendo quem? O cachorro. Sempre vai haver a bajulação porque sempre vai haver pessoas elogiando seus superiores e ganhando favoritismo por causa disso.
Qual é o seu CEO favorito?Alan Mulally, presidente da Ford. Um cara espetacular que transformou aquela empresa. Ele foi meu aluno, mas, no fim, ele que acabou me ensinando muitas coisas. Ele me ensinou a trabalhar sempre com as melhores pessoas, com pessoas sensíveis e que se preocupam com o ambiente em que estão. E o Alan é muito amado na Ford. Mas isso não quer dizer que ele seja o rei da popularidade. Ele sabe tomar decisões difíceis e as tomou muitas vezes. Mas sabe lidar com as pessoas.
Há um movimento liderado pela diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, para estimular a liderança entre as mulheres. Mulheres são boas líderes?Em média, a mulher é percebida com melhor líder que o homem. O problema é que as mulheres são muito mais duras com elas mesmas e isso as impede de avançar. Elas são muito mais duras que os homens, na verdade. O que digo para elas no coaching é para que não sejam tão duras. Elas querem ser perfeitas em tudo: como mães, esposas, filhas, amigas e profissionais. Mas ninguém é perfeito. Os homens sabem que as mulheres, no geral, são melhores que eles em tudo que fazem. A boa notícia é que eles não ligam para isso. Outra coisa que as mulheres não sabem fazer é autopromoção. Já os homens fingem que não sabem, mas sempre se autopromovem. As mulheres têm a percepção ingênua de que o mundo vai reconhecê-las se elas trabalharem duro. E isso não acontece. Toda empresa tem um departamento de marketing para vender seu produto, mesmo os bons produtos. Elas não podem ter medo de mostrar seu trabalho. Não podem se sentir mal por tentar ir adiante. E a Sheryl Sandberg diz isso em seu livro.
Ela também diz que as mulheres que se autopromovem são, em muitos casos, odiadas.Sim. Mas as mulheres precisam fazer as coisas de maneira diferente dos homens. A autopromoção feminina não pode ser dura. Eu digo às mulheres: se tiverem um sonho, corram atrás. Mas terão de dar algo em troca. E é essa troca que as faz se sentir culpadas e, em muitos casos, as impede de ir adiante.