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sábado, 8 de dezembro de 2012

"Vaquinha companheira" vai ajudar réus do PT pagar multas do Mensalão.


PT admite 'vaquinha' para pagamento de multas contra réus do mensalão

Medida é articulada por alguns membros do partido; presidente Rui Falcão afirma que ajudaria caso fosse solicitado

Durante a reunião do diretório do PT em Brasília, alguns membros do partido indicaram que já trabalham com a possibilidade de fazer um levantamento de recursos para ajudar no pagamento das multas contra os integrantes da legenda que foram condenados no julgamento do mensalão . As multas foram classificadas pelo presidente do PT, Rui Falcão, como “desproporcionais”.
As multas contra os três petistas condenados no julgamento do mensalão chegam à aproximadamente R$ 1,5 milhão. O ex-chefe da Casa Civl José Dirceu foi condenado ao pagamento de R$ 676 mil; o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares , a R$ 325 mil; e o ex-presidente da legenda José Genoíno, a R$ 468 mil. As multas tomaram como base o entendimento do ministro relator e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa .
“São militantes em ações isoladas”, explicou o presidente do PT sobre esse levantamento de recursos para o pagamento de multas contra os réus do mensalão. “Se houver manifestação e se me pedirem, vou contribuir”, disse.
Nesta reunião do diretório nacional, o partido também evitou aprovar novas cartas ou moções de apoio aos integrantes da legenda condenados no julgamento do mensalão. Apesar disso, o partido ratificou entendimento no sentido de que não concorda com o resultado da chamada ação penal 470 e que esse foi um julgamento mais político do que técnico.
Em novembro, o PT divulgou uma carta afirmando que o julgamento do STF não foi isento, afirmando que “parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo.
O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas”. O PT também criticou o fato de o processo não ter sido desmembrado em favor de Dirceu, Delúbio e Genoíno, como ocorreu com a tramitação do chamado “mensalão do PSDB”, em Minas Gerais.

    Wilson Lima - iG Brasília  - Atualizada às