Um artefato que acompanhou a história de sociedades e de culturas ainda tem mercado, carisma e serve de proteção para o sol, da chuva e ainda hoje imprime respeito. Imagine um senhor tocando no seu chapéu, levantando um pouco a peça de abrigo da consciência, flexionando o rosto em sinal de atenção e retornando o chapéu à sua cabeça... Este gesto perdura!
Sempre que ouve alguém dizer que certo lugar fica longe, bem longe, lá na casa do chapéu, oempreendedor Paulo Cury Zakia, de 53 anos, abre um sorriso. "Casa do chapéu é a minha casa", diz. É literal — Zakia é um dos sócios da Cury, fábrica de chapéus de Campinas, interior de São Paulo, fundada por seu avô em 1920.