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sábado, 18 de abril de 2015

"É 'nóis' contra 'nóis'"... / Nelson Motta / o Globo




17/04/2015 0:00
É nóis contra nóis

Há odiadores profissionais e amadores, que amam descarregar seus ódios efrustrações pessoais como se fosse pelo futuro do Brasil... rsrs

Depois de anos estimulando o ódio, as calúnias e difamações na internet como tática politica, agora o governo quer policiar e punir os que atacam seus adversários com as mesmas armas com que eram atacados. O governo quer uma internet limpinha, sem mensagens de ódio, sem hatters, e justamente num momento em que o feitiço virou contra os feiticeiros. As guerras digitais travadas no vale-tudo das eleições não só deixaram rancores inesquecíveis mas se institucionalizaram numa lama pestilenta.

Quem pode acreditar que repetir milhares de vezes os mesmos insultos, mentiras e palavras de ordem vai mudar o pensamento de alguém, mesmo que seja um completo imbecil?

Petralhas e coxinhas, com esses apelidos ridículos, se enfrentam diariamente nas redes, destilando ódio, ignorância e intolerância em bilhões de terabytes que têm como única consequência se tornar lixo digital no fim do dia. Para quê? Para nada.

Os odiadores se dividem entre amadores e profissionais. Uns são pagos para odiar, com patrocínios de governos e partidos, mas não obtêm qualquer resultado prático, não conseguem convencer um único idiota a mudar de ideia. Pregam para convertidos e ganham a vida nessa anacrônica atividade, como “soldados da causa”. Não são perigosos, são apenas inúteis.

Os amadores são os que amam odiar e descarregar sobre qualquer um as suas frustrações, invejas e ressentimentos pessoais, e encontram na selva digital o habitat ideal para exercer os seus piores sentimentos e até encontrar uma motivação “nobre” para eles: o futuro do Brasil... rsrs.

Não há qualquer forma de diálogo nessa patética guerra de trincheiras digitais, com cada um em seu buraco e a estupidez humana exercendo na plenitude a sua virulência e capacidade destrutiva — da educação, da convivência e da civilização.

O mais patético é a ideia de que é possível controlar e estabelecer limites e punições para manifestações políticas do ódio humano — que nasceu com Caim. Quem dá os padrões? O governo da vez? Nascido como tática eleitoral grosseira de Lula, o nóis contra eles virou nóis contra nóis, um jogo em que todos perdem.

sábado, 9 de junho de 2012

Ivan Lessa morreu em Londres aos 77 anos e uma dezena de milhões de palavras impressas em 3 livros e crônicaas

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120609_ivan_lessa_morre_rw.shtml

Ivan Lessa morre aos 77 anos em Londres

Atualizado em  9 de junho, 2012 - 13:37 (Brasília) 16:37 GMT
O escritor e cronista Ivan Lessa, colunista da BBC Brasil, morreu na tarde da sexta-feira em Londres, aos 77 anos.
Ivan era colaborador da BBC desde janeiro de 1978, quando deixou o Brasil para se radicar na capital britânica.
Um dos fundadores do jornal Pasquim, Ivan publicou três livros - Garotos da Fuzarca(1986), Ivan Vê o Mundo - Crônicas de Londres(1999) e O Luar e a Rainha (2005).
Ele também trabalhou na TV Globo e foi colaborador de diversas publicações brasileiras, entre elas as revistas SenhorVejaPlayboy, e os jornais Folha de S.PauloO Estado de S.Paulo e o Jornal do Brasil.
Nos últimos anos, Ivan vinha publicando três colunas semanais no site da BBC Brasil - a última delas publicada na manhã de sexta-feira.>
Leia aqui a última coluna de Ivan Lessa para a BBC Brasil