Garfo de metal e escova estão entre os objetos estranhos engolidos por pacientes de hospital do Rio
Hanrrikson de Andrade
Do UOL, no Rio
Do UOL, no Rio
Retirar objetos como um garfo de metal e uma escova de dente engolidos por pacientes já se transformou em fato cotidiano para o médico Walter Sedlacek Machado, chefe do setor de otorrinolaringologia do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio.
Há 17 anos trabalhando na unidade, ele estima que cerca de 3.000 pessoas são atendidas anualmente pelos médicos do setor. O grande volume de itens curiosos fez com que Sedlacek retomasse, em 2002, a prática de colecionar os objetos mais estranhos.
Coleções desse tipo existem no Souza Aguiar desde a década de 60, mas houve um período em que, por conta da falta de espaço, a prática foi abandonada.
Após a visita de um especialista americano, que produzia uma pesquisa sobre o assunto, Sedlacek resolveu instalar murais na própria sala de otorrinolaringologia para recriar o acervo de objetos bizarros.
"Já existiam outros quadros no passado, e o que fizemos foi voltar a reunir esses objetos, colocando-os em murais aqui na nossa sala mesmo. Mas nem todos os itens acabam entrando na coleção. Retiramos quase todo dia bolinhas de isopor, por exemplo, que não são tão interessantes. Apenas os mais curiosos são guardados. Se eu fosse colher todos, não teria quadros suficientes para colocar."