A Economia está inaugurando, ou já existia e se falava pouco dela, uma ferramenta na sua plataforma universal: o crime. Ele ganha força, espalha regras simples, ditatoriais e foco único - sempre ganhar! E dissimuladamente, participa do PIB dos países. Sua porcentagem de pouca transparência no desfile da tabela de componentes de classificação do Produto Interno Bruto das economias exibe recato para desviar atenção. Porém, diante da voracidade dos protagonistas do capital internacional ou mesmo nacionais; dos personagens do capital intelectual de diferentes áreas de conhecimento e de atuação na governabilidade de um país; da indigência das regras de leis de capacitação de parcerias entre capital privado e capital estatal; da nítida emocionalidade de tribunais de gerenciamento de conflitos; da volatização do conjunto de valores do mundo ocidental; das covardes regras de convivência entre pessoas; da falência de regras universais de direitos do homem; da crônica derrota do diálogo para a violência sustentada pelos desvios de conduta de julgadores, de dependentes ideológicos, de formadores de opinião... Essa indulgente integral sentimentos e de ações gera um "pólen" que se distribui em camadas de pouca nitidez entre os atores mais atormentados da nação e alimenta as necessidades entranhadas da sua complexa formação biopsíquica social, fertiliza projetos atípicos e os anima a formar quadros de composição de preenchimento de deficiências pessoais ou de exigências formais da organização de desvio que a "empresa" necessita para alcançar o objetivo e viver sem culpa e sem medo de reparação...
Cachoeira negociou compra de partido em Goiás, diz PF
Definido pela mulher como "preso político", o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preparava uma ofensiva política em Goiás. Conversas interceptadas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo mostram Cachoeira negociando a compra de um partido.
Os áudios da PF indicam que seria a seção goiana do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), cujo presidente nacional Levy Fidelix é citado em diversas escutas.
As conversas sobre a compra do partido começam em maio de 2011, quando Cachoeira questiona um aliado sobre a direção da legenda em Goiás. A ideia era tirar do cargo Santana Pires, presidente regional da sigla. Dois dias depois, o contraventor pede a Wladimir Garcêz que envie uma mensagem para alguém, cujo codinome entre o grupo é "nosso maior", questionando se valia a pena "pegar" o PRTB.
A PF identificou que o sargento aposentado da Aeronáutica, Idalberto Matias Araújo, o Dadá, também fazia parte da negociação. Em um grampo, Dadá diz a Cachoeira que falou com o advogado (possivelmente do partido) e que ele teria pedido R$ 300 mil. "Já aumentou aquele valor que falei para você. Falou que era R$ 200 mil, passou para R$ 300 mil", diz Dadá. "Tá roubando. Que garantia que tem?", pergunta Cachoeira. "Disse que faz na hora. O presidente vem e faz tudo e vai para o TRE. Resolve tudo", explica o araponga.
Cachoeira então quer saber quanto custa a manutenção anual do partido e Dadá diz que ele não falou sobre o assunto. "Falou que fica com o Estado todo na mão e nomeia os municípios." Cachoeira anima-se e diz que é para fechar o negócio por R$ 150 mil: "Até R$ 200 mil dá para fazer. Fecha logo, mas tem que ter garantia".
Segundo a PF, em agosto o grupo continuava discutindo o assunto. No início do mês, Dadá liga para Cachoeira perguntando se ele ainda estava interessado "naquele negócio do partido?" Ele confirma e pergunta qual era a legenda. Dadá responde que é o mesmo partido do Levy, o PRTB. No dia 11, Cachoeira liga para Dadá e questiona: "E o negócio do partido lá, o que deu?". O araponga responde: "Uai, tá naquele lenga, lenga, o cara quer, tá lá em São Paulo, hoje mesmo ligou, querendo os nomes, mas eu sugeri aquilo que você me falou, 'ó meu irmão, é, vamos visitar lá o 01 do Estado', aí ele falou 'não', que ele ficou de ver com o cara o seguinte: se a gente mandasse um emissário nosso com os nome e se lá o cara quiser trazer a nominata, beleza, entendeu?. Agora entregar os nomes e pegar a nominata no outro dia, eu falei que não tava certo. Aí ele ficou de ver lá com o Levy Fidelix, pra ver se fazia assim, pra mim te falar e mandar mensageiro lá, mandar o negão lá com esses nomes".
Cachoeira mostra-se satisfeito com a resposta e pede que Dadá verifique o andamento das negociações. Três dias depois, Dadá informa que levaria os nomes para o pessoal do partido. Cachoeira insiste para que o araponga marque uma conversa com Fidelix para "desenrolar" o assunto. As investigações não revelam se a negociação prosperou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.