Seleção brasileira joga por posição
inédita no Mundial de Handebol
Se ganhar da Hungria, equipe se classificará para as semifinais pela primeira vez na história
18 de dezembro de 2013 | 5h 01
O Estado de S. Paulo
BELGRADO - A seleção brasileira feminina de handebol fará nesta quarta-feira um dos jogos mais importantes de sua história. A partir das 14h30 (de Brasília), a equipe do técnico Morten Soubak enfrenta a Hungria pelas quartas de final do Mundial que está sendo disputado na Sérvia. Caso saia vencedora, a seleção garantirá sua melhor posição no torneio, superando o quinto lugar do Mundial de 2011 no Brasil.
Veja também:
Duda pede tranquilidade e coragem por semi no handebol
Brasil bate Holanda e avança às quartas no handebol
LEIA MAIS - Notícias sobre os Jogos Olímpicos do Rio
Duda pede tranquilidade e coragem por semi no handebol
Brasil bate Holanda e avança às quartas no handebol
LEIA MAIS - Notícias sobre os Jogos Olímpicos do Rio
Cinara Piccolo/Photo&Grafia
Duda joga na Hungria e conhece bem as rivais do Brasil
O time chega ao seu sétimo jogo na competição com uma campanha invicta. Foram cinco vitórias na fase classificatória, com destaque para as vitórias sobre a Sérvia e a forte Dinamarca. Nas oitavas, a seleção derrotou a Holanda por 29 a 23, em jogo tenso em que e soube superar falhas defensivas para conseguir garantir o resultado. Soubak pede para que o Brasil tenha mais consistência na partida desta quarta. "São adversárias fisicamente fortíssimas. Mas, como sempre, temos de nos preocupar com o nosso jogo."
O adversário desta quarta tem grande tradição na modalidade. O handebol feminino já garantiu nove medalhas mundiais (uma ouro) para a Hungria, além de três medalhas olímpicas. Além disso, a seleção húngara foi protagonista de uma das maiores surpresas do Mundial até agora ao eliminar a Espanha, uma das equipes favoritas ao pódio. As espanholas chegaram ao campeonato com dois excelentes resultados nos últimos dois anos: bronze tanto no Mundial de 2011 quanto na Olimpíada de Londres, no ano passado.
INIMIGOS ÍNTIMOS
Prova da força do handebol feminino húngaro é o sucesso do Gyori ETO, atual campeão da Liga dos Campeões. O time da Hungria, que venceu o principal campeonato de clubes europeu, tem uma brasileira em suas fileiras: a armadora Duda Amorim. A equipe é responsável por fornecer um grande número de atletas para a seleção.
"A Hungria tem um ataque muito bom e é um ponto positivo para mim conhecer algumas das jogadoras muito bem. Sei os pontos fortes delas e vamos ver se vai dar certo", diz Duda. "Contra a Sérvia marcamos bem as principais jogadoras delas, e conseguimos a vitória. Vamos tentar isso novamente."
A armadora ressalta a importância da partida para a evolução do handebol feminino brasileiro. "A gente tem de estar com muita confiança. Este é o jogo que falta para conquistarmos a melhor posição do Brasil. Queremos ir para a semifinal, queremos ficar pelo menos entre as quatro, e temos de fazer as coisas passo a passo."
Ela ainda brincou com a coincidência de ser a "húngara" da equipe. "Gosto do meu clube, mas sou brasileira. Elas que se cuidem!" Além de Brasil e Hungria, são os seguintes jogos das quartas de final: Polônia x França, Dinamarca x Alemanha e Sérvia x Noruega.
Caso as brasileiras consigam derrotar as húngaras, o próximo oponente virá do jogo entre dinamarquesas e alemãs, o que pode criar outro confronto com um "inimigo íntimo", já que Soubak é natural da Dinamarca.