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Grazielly, 3, que morreu após ser atropelada por um jet ski em Bertioga, no litoral de São Paulo |
Um homem e uma mulher saíram da delegacia de Bertioga por volta das 12h. Outra testemunha é esperada para prestar depoimento ainda hoje.
Segundo o advogado da família da menina morta, José Beraldo, a mulher disse que viu o caseiro levando o jet ski para a praia, contradizendo o depoimento de ontem de Erivaldo Francisco de Moura. Ele havia negado que entregou o equipamento para o adolescente.
Ainda de acordo com o advogado da família, a testemunha afirmou que viu os dois adolescentes em cima do jet ski empinado e a queda deles. Ela ainda relatou que o jet ski quase atropelou seus filhos na praia e chegou a atingir outra criança que ficou desacordada na areia antes de matar Grazielly.
DEPOIMENTOS
Ontem (23) foram ouvidos a mãe, o pai, dois tios da menina e um funcionário da casa onde o garoto suspeito de estar com o jet ski estava hospedado.
O jovem de 13 anos -- até então a polícia vinha divulgando que ele tinha 14 anos --deve ser ouvido pela polícia até segunda-feira (27), de acordo com a polícia.
O depoimento estava previsto para ontem, mas o adolescente não compareceu à delegacia.
"Não há nenhuma intenção da defesa de criar qualquer embaraço à apuração da verdade. Vamos trazer o garoto para ser ouvido, mas exijo o respeito que a lei dá ao menor. Esse assédio em submeter o garoto de 13 a uma situação constrangedora é absolutamente inviável", disse o advogado do adolescente, Maurimar Bosco Chiasso. Segundo Chiasso, os pais do menino devem comparecer à polícia junto com ele. - (agora é tarde...)
Para o advogado da família da menina atropelada, José Beraldo, os envolvidos devem responder por homicídio com dolo eventual e por omissão de socorro.
"O caseiro já informou que o proprietário da casa é o empresário José Cardoso e que os jovens haviam pego o jet ski e levado para a praia. Então houve autorização do proprietário", disse. Beraldo disse que levará uma testemunha do crime para depor amanhã.
O delegado afirmou que, a princípio o caso seria de homicídio culposo (sem intenção) e que só o adolescente responderia pelo crime. O dono do jet ski responderia a primeira vista por danos patrimoniais causados.
Júnior afirmou ainda que não identificou o outro adolescente que estava com o adolescente suspeito no momento do acidente.
ACIDENTE
Grazielly Almeida Lames, 3, brincava na areia com a mãe na praia de Guaratuba quando foi atingida na cabeça por um jet ski em alta velocidade, segundo a polícia. Testemunhas relataram que um adolescente dirigia o jet ski.
O socorro teria demorado cerca de 40 minutos. A menina foi levada para o hospital municipal pelo Águia da PM, mas não resistiu.
Ainda de acordo com a polícia, o adolescente que conduzia o jet ski abandonou o veículo e fugiu.
A família da menina mora na cidade de Artur Nogueira (145 km de SP) e passava o Carnaval no litoral.