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sábado, 14 de janeiro de 2012

Teresópolis tem vítimas de enchentes com depressão e síndrome de pânico...

Sintomas de estresse pós-traumático, a depressão e a síndrome do pânico são os principais distúrbios psicológicos que atingem as pessoas afetadas pelas enchentes e pelos desmoronamentos ocorridos em Teresópolis um ano atrás, segundo a Secretaria da Saúde do município.
Segundo as autoridades, o número de consultas realizadas pelos psicólogos da prefeitura aumentou de 534 em janeiro do ano passado para 1.323 em dezembro. Destes atendimentos, 541 foram de crianças e adolescentes.
Somente os seis psicólogos voluntários que trabalhavam para o município realizaram 1.123 atendimentos entre fevereiro e dezembro de 2011.
Também entre janeiro e dezembro do ano passado, os psiquiatras que trabalham para a Secretaria da Saúde atenderam 779 novos pacientes, em um total de 12.596 consultas.
De acordo com a psicóloga Daniela Matera, que trabalha na área de saúde mental da Secretaria da Saúde, a gravidade dos distúrbios pode depender tanto da intensidade da experiência por que passou o paciente, quanto da estrutura emocional da pessoa e da pré-existência de sintomas.
"Geralmente quem passa por isso recebe um acolhimento no início, mas depois precisa de algo mais. O processo de reconstrução do lar é fundamental, e para quem perdeu a família, a situação é mais grave, diz ela."
"As pessoas podiam já ter algum tipo de transtorno, que acabou emergindo com a tragédia", diz.
A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria, Cláudia Jaconianni, afirma que muitos pacientes que já recebiam tratamento do município tiveram suas terapias reavaliadas e redirecionadas, por terem sido atingidos pelo desastre.
Ela diz que alguns grupos de terapia, por exemplo, foram reconfigurados e tiveram pacientes realocados, para garantir a maior eficácia do tratamento....>

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O caso de Breno ou o ocaso de Breno...


A reportagem conta a História de breno no futebol alemão


O desenvolvimento da narrativa é um texto com conteúdo emocional - New Journalism - uma técnica européia de mostrar a notícia 

FUTEBOL | 27.09.2011

O caso Breno e os antecedentes de um incêndio

O que começou como uma crise esportiva logo se transformou num caso jurídico. As grandes expectativas, as lesões e as dificuldades de integração são o pano de fundo do caso Breno.

Quando se buscam momentos que ilustrem a carreira de Breno na Alemanha, as primeiras cenas que vêm à memória são da sua chegada ao aeroporto de Munique, acompanhado do pai, em 2008.
O jovem, então com 18 anos, observava com timidez o que acontecia ao seu redor, bombardeado por perguntas da imprensa feitas num idioma que ele sequer entendia, na dúvida se parava para atender aos repórteres ou se seguia caminhando sem saber ao certo para qual direção.

Mais tarde, o jogador reconheceria que, já naquele primeiro momento na Alemanha, havia ficado claro para ele quão grande era a mudança que teria que enfrentar em sua vida.
Durante os primeiros meses ele esteve o tempo todo acompanhado por membros da sua família e cercado pelos seus compatriotas no Bayern, Zé Roberto e Lúcio. No entanto, os jogadores não podiam se ocupar o tempo todo do colega recém-chegado, entre outros motivos porque, apesar da nacionalidade que os unia, também os separava a rivalidade esportiva, especialmente no caso de Lúcio, capitão da seleção brasileira e zagueiro titular da equipe alemã.

Isolamento involuntário

Breno aprendeu que no mundo do futebol, e em especial num grande clube como o de Munique, a solidão é quase um pré-requisito para exercer a profissão. Não surpreende que, em vez de fazer amizade com os colegas do Bayern, seus dois melhores amigos na Alemanha sejam os jogadores Alexander Baumjohann, meio-campista do Schalke, e Dante, zagueiro do Möchengladbach.
Hoeness (e) e van Gall: grandes expectativas sobre o brasileiroHoeness (e) e van Gall: grandes expectativas sobre o brasileiroBreno conheceu Baumjohann durante a breve – e fracassada – passagem do alemão pelo Bayern. Por ter uma esposa brasileira, ele fala bem português. Talento jovem, assim como Breno, Baumjohann compartilha com este a sina de ter um destino promissor que custa a se concretizar por culpa das lesões ou da falta de confiança dos técnicos.

Após uma longa pausa de oito meses, Breno voltou aos estádios em janeiro deste ano. Um tempo longo, durante o qual ele acabou perdendo contato com os integrantes do Bayern de Munique – os quais via apenas rapidamente, ao entrar e sair da sala de recuperação física. Quando retornou aos treinos, foi tratado como um novo jogador, apesar de já estar na terceira temporada vestindo o uniforme do time da Baviera.

Durante o tempo de recuperação, confessou o zagueiro, ele esteve absolutamente sozinho e isolado do clube. "Foram longos meses quase que exclusivamente recolhido em casa. Graças a Deus minha mulher me deu forças e esperanças, porque na verdade eu me senti derrotado, inútil e deprimido", contou.

O jogador procurou, sem muito sucesso, tirar proveito da sua pausa obrigatória e se propôs a aprender melhor o idioma alemão. Para se obrigar a falar e a entender o idioma do país em que mora, Breno passou a recusar a ajuda de amigos e conhecidos nas traduções: ia sozinho a consultas médicas e ao supermercado, onde contava com a paciência de vendedores e caixas para fazer as compras. Apesar do esforço, quando voltava para casa – onde passava a maior parte do tempo –, estava de novo num ambiente em que só se falava português.

Sucessivas lesões
Para procuradores, Breno teria causado incêndio em sua casaPara procuradores, Breno teria causado incêndio em sua casaDe uma forma ou de outra, o brasileiro superou o longo período sem jogar e, quando finalmente voltou aos gramados, surpreendentemente conquistou uma vaga na formação titular do Bayern, com a ajuda do treinador Louis van Gaal. Mas ele novamente seria traído pela sorte: um erro dele no estádio Allianz Arena, na partida de oitavas de final da Liga dos Campeões contra a Inter de Milão, selou a eliminação do Bayern e a saída de Breno do grupo de titulares.

Breno passou a jogar esporadicamente – sua última partida foi em abril – e as lesões não pararam de aparecer. Primeiramente veio a ruptura de ligamentos, da qual nem bem tinha se recuperado e que o obrigou a novamente operar o joelho. Depois vieram problemas com o peso e uma nova intervenção cirúrgica no tornozelo.

Assim, o jogador no qual o Bayern investia para o futuro, sobre o qual o presidente do clube, Uli Hoeness, afirmava que seria um dos melhores zagueiros do mundo em pouco tempo, chegava à metade de seu contrato na Alemanha praticamente ocupado apenas com terapias de recuperação física. Na semana passada, pouco antes do incêndio em sua casa, os médicos decidiram pela necessidade de uma terceira cirurgia em seu joelho.

Futuro incerto

Uma nova passagem pela sala de operações significaria uma nova longa pausa do futebol. Por conta de suas lesões, Breno já não recebia há alguns meses o valor integral do seu salário. Seu contrato vence no meio do ano que vem e, em casos normais, um jogador com problemas físicos e poucas oportunidades de demonstrar seu talento em campo tem grandes dificuldades de renovação. Problema ainda maior considerando que ele não fala bem alemão.
Sucessivas lesões obrigaram o jogador a longas pausas em campoSucessivas lesões obrigaram o jogador a longas pausas em campo
Por conta do incêndio em sua residência, que promotores de Munique o acusam de ter provocado, a situação é ainda mais complicada. "Não vamos abrir mão do Breno", afirmou o Bayern por meio de declaração do presidente do clube. Por outro lado, esta é a primeira vez na história do time que um jogador em atividade é detido, e assim permanecerá por algum tempo, até que se esclareça se realmente não existe risco de fuga.

O futuro de Breno é incerto. No aspecto esportivo, ele ainda vai precisar passar por uma cirurgia e, na melhor das hipóteses, só poderá voltar a jogar em 2012. No aspecto jurídico, terá que enfrentar um processo para determinar sua responsabilidade no incêndio em sua casa. Seu estado de saúde psicológico ainda é desconhecido.

O diretor do Instituto Max Plank de Munique, Florian Holsboer, que prestou assistência psicológica a Breno depois do incêndio, fez o melhor resumo sobre a situação do jogador brasileiro: "É preciso ver o caso da seguinte forma: um jovem e talentoso jogador de futebol chega a um país estrangeiro abaixo de muitas expectativas, espera-se dele que renda o mais rapidamente possível. Mas o jovem se lesiona e já não tem oportunidade de se integrar a esse novo mundo, perde suas raízes, é isolado e, no final, coloca-se ele na prisão".

Autor: Daniel Martinez (ms)
Revisão: Alexandre Schossler www.dw-world.de/brazil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Estudo de Harvard diz que café faz diminuir depressão

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110927_cafe_estresse_bg.shtml
"Uma equipe de especialistas do Harvard Medical School acompanhou a saúde do grupo de mulheres pesquisado ao longo de uma década, entre 1996 até 2006, e fez uso de questionários para registrar o consumo de café por parte delas."