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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

União recorre contra liminar que livrou juízes de investigação por movimentação bancária atípica - Notícias

União recorre contra liminar que livrou juízes de investigação por movimentação bancária atípica - Notícias

União recorre contra liminar que livrou juízes de investigação por movimentação bancária atípica 
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A Advocagia-Geral da União protocolou no STF três mandados de segurança. Nas peças, pede que seja cassada a liminar que suspendeu, em 29 de dezembro do ano passado, uma investigação do Conselho Nacional de Justiça contra juízes e servidores do Judiciário.
Trata-se daquela apuração aberta na Corregedoria do CNJ para apurar a regularidade de 3.500 movimentações bancárias “atípicas” realizadas entre 2000 e 2010 por magistrados e funcionários de tribunais. Juntas, as operações somaram R$ 850 milhões.
A investigação escora-se num relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda. É nesse documento que as movimentações bancárias foram classificadas como “atípicas”.
Deve-se a liminar que suspendeu o processo do CNJ a uma ação movida por três entidades: Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e Associação dos Juízes Federais.
As três associações corporativas alegaram no Supremo que, a prestexto de atender a uma requisição do CNJ, o Coaf quebrara o sigilo bancário de mais de 200 mil pessoas –juízes, desembargadores, servidores e parentes.
A ministra Eliana Calmon, corregedora-geral do CNJ contra-argumentou: não houve quebra de sigilo. O relatório do Coaf conta o milagre da multiplicação financeira sem revelar o nome dos santos que se escondem atrás das cifras.
Relator do processo, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, deu razão às entidades. E expediu a liminar (decisão provisória) que ordenou a suspensão das investigações do CNJ.
Depois disso, ao julgar outra ação movida pela Associação dos Magistrados Brasileiros, o STF decidiu, por maioria de votos, que a Constituição dá poderes ao CNJ para investigar magistrados.
Nas suas petições, a Advocacia-Geral da União sustenta que a liminar do ministro Marco Aurélio perdeu o sentido depois dessa decisão em que o Supremo reconheceu que o CNJ tem competência para processor e julgar os juízes. Cabe ao plenário do STF, composto de 11 ministros, dar a palavra final sobre a encrenca.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CNJ apresenta relatório em que identifica uma movimentação no valor de um bilhão e setecentos milhões de reais pelo STF. Mais de oitocentos milhões fora do padrão....

http://oglobo.globo.com/pais/coaf-indica-8557-milhoes-em-operacoes-atipicas-no-judiciario-3653788


BRASÍLIA - Relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) enviado pela corregedora-geral do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, detectou 3.426 comunicações de movimentações no valor total de R$ 1,7 bilhão entre 2000 a 2010. Desse total, R$ 855,7 milhões se referem a movimentação bancária fora do padrão. O mesmo relatório aponta que foram encontradas R$ 274,9 milhões em operações em espécie, ou seja, em dinheiro. Todos os saldos se referem a magistrados ou servidores do Poder Judiciário. O GLOBO já havia antecipado parte desses dados no final do ano passado.



O documento de 14 páginas faz parte das explicações que Eliana Calmon enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rebater a ação das entidades que representam os magistrados e querem barrar a investigação do CNJ sobre suspeita de pagamentos irregulares no Judiciário.
O relatório do Coaf mostra que entre as operações em espécie a maior parte se concentra em São Paulo, R$ 53,9 milhões. Em segundo lugar parece o Distrito Federal, com R$ 46,7 milhões. Em terceiro, o Rio de Janeiro, R$ 32 milhões. Considerando o total movimentado em operações atípicas São Paulo fica em primeiro lugar com R$ 169, 7milhões e o Rio em segundo, R$ 149,3 milhões.