DESARRANJO DA ECONOMIA: GOVERNO DO PT FLERTA ATÉ MESMO COM A INSTABILIDADE E O REAL DERRETE.
Num artigo enxuto e objetivo, o economista Rodrigo Constantino foi ao ponto em seu blog no site da revista Veja, ao comentar a disparada do dólar e o tenebroso contexto de crise econômica que turva o horizonte da Nação. Compara o governo do PT a uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão e o inverno inclemente chegou, como não poderia deixar de ser, pegando a cigarra sem qualquer tipo de agasalho.
O blog do Rodrigo Constantino que estreou recentemente no site de Veja, preencheu uma importante lacuna no que tange a comentários e análises econômicas no âmbito da grande mídia. Apesar de ser economista, Rodrigo Constantino consegue falar de economia sem abusar do “economês” e não hesita em meter o dedo na ferida. Não segue a cartilha politicamente correta e não patina no texto, como fazem os ditos jornalistas de economia em sua maioria mais especializados em louvar o desgoverno do PT.
Por isso vale a pena visitar diariamente o blog de Constantino. Leiam:
Mais um dia de nervosismo no mercado de câmbio brasileiro. Apesar de novas intervenções do Banco Central, a moeda se desvalorizou e fechou com o dólar acima de R$ 2,41. A velocidade da desvalorização, somada às tentativas do governo de segura-la, demonstra que há elevado grau de tensão por parte dos investidores.
Parte – somente parte – do problema se deve a fatores externos. O dólar, na esteira da recuperação da economia americana e consequente expectativa de retirada dos estímulos monetários do Fed, tem se valorizado frente a outras moedas também. Mas não na mesma magnitude do real. Abaixo, a valorização do dólar em relação a alguma moedas, no ano de 2013:
Como se pode ver, nossa moeda perdeu bem mais que as outras, e em curto espaço de tempo. Se formos analisar os últimos 3 meses apenas, o quadro é mais impressionante ainda. Temos a má companhia da África do Sul e da Índia, que chegou a adotar controle de capital. São os patinhos feios do mercado, pois tinham pilares de areia, frágeis. Já os países latino-americanos da Aliança do Pacífico, que levaram mais a sério o compromisso com os fundamentos macroeconômicos – responsabilidade fiscal, meta de inflação e abertura comercial – sofreram impacto, mas em magnitude bem menor.
Não adianta buscar culpados lá fora. O Brasil está pagando parte do preço de seus erros no passado. A perda do controle sobre a inflação, o excesso de intervenção arbitrária em diversos setores da economia, a expansão contínua dos gastos públicos e do crédito estatal, os malabarismos contábeis, tudo isso contribuiu – e muito – para a perda de confiança dos investidores. Tensos, eles partem em retirada no primeiro sinal de deterioração do cenário externo para os países emergentes.
O Brasil não fez nenhuma reforma estrutural importante, como a previdenciária, trabalhista ou tributária, que reduzisse o “Custo Brasil” e permitisse aumento de nossa produtividade. Foi uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão, esquecendo que o inverno, um dia, chega. Parece que os primeiros sinais do frio já começaram a chegar, e nossa cigarra não tem um só casaco… Do blog de Rodrigo Constantino