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sábado, 31 de agosto de 2013

Olimpíada do Rio tem graves problemas e ameaça o evento... diz COI / Jamil Chade

Jogos do Rio correm risco, diz Comitê Olímpico Internacional

Documentos secretos do COI apontam problemas graves na preparação e financiamento do evento, que está ameaçado

31 de agosto de 2013 | 8h 00
JAMIL CHADE - O Estado de S. Paulo
LAUSANNE (SUÍÇA) - A preparação e o financiamento do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 sofrem profundos atrasos que já colocam em sério risco o evento. Obras e estádios incompletos, esportes sem um plano claro dos locais de disputa, falta de dinheiro, de patrocinadores e um déficit crônico de quartos de hotel são apenas alguns dos desafios que a cidade enfrenta.
COI aponta atrasos na construção da Vila Olímpica - Luciola Vilela
Luciola Vilela
COI aponta atrasos na construção da Vila Olímpica
As informações fazem parte de um relatório "estritamente confidencial" do Comitê Olímpico Internacional (COI), obtido com exclusividade pelo Estado. Faltando três anos para os Jogos, o raio X da entidade revela sem meias palavras uma cidade despreparada para o evento e com problemas financeiros.

A avaliação, que se contrasta aos discursos de políticos e de Carlos Arthur Nuzman, será usada como base dos debates que começam hoje no Rio, na reunião promovida no Brasil entre o COI, governo e organizadores locais. O informe técnico classifica os 44 capítulos da preparação em três cores diferentes: verde, para as áreas que estão em dia; amarelo para aquelas sob ameaça; e vermelho nos casos de atrasos que já comprometem os Jogos. Apenas metade da preparação está em dia.

Se o COI tem adotado um tom mais diplomático para cobrar o Rio e não vem apelando à críticas escancaradas, como a Fifa fez no caso da Copa do Mundo, a realidade é que os documentos secretos mostram um cenário dramático.
Um dos pontos que preocupam o COI é a infraestrutura, capítulo que está integralmente classificado de vermelho. No segmento de transporte, o COI pede um "monitoramento muito cuidadoso" da Linha 4 do Metrô, das obras entre a Barra e Zona Sul, a Transolimpica e a Transbrasil, todas atrasadas.
A entidade também aponta para o risco de que não haja uma frota suficiente de ônibus e pede que seja desenvolvido um plano alternativo caso a Linha 4 falhe. Vários projetos foram adiados de maio para o fim do ano, inclusive um estudo que determinaria a demanda por transporte na cidade.
O COI ainda pede que projetos de infraestrutura de abastecimento de água e eletricidade sejam "cuidadosamente monitorados", classificando esses itens de amarelo. Outra obra que aparece com um alerta amarelo é a do porto. Um atraso poderia acabar afetando os planos dos organizadores de usarem navios como hotéis.
HOTELDe fato, a rede hoteleira é outra que corre o risco de gerar sérios problemas e está classificada de vermelho pela avaliação. Até agora, o número de quartos contratados é de apenas 19,2 mil. O COI estima que o evento precisará de 45 mil.
O informe também revela o adiamento dos contratos com navios que seriam usados como hotéis, no porto do Rio. O prazo era que esses contratos estivessem concluídos em março de 2013. Agora, ficarão para o final do ano. Segundo o COI, houve um "interesse mais baixo de que se esperava por parte de empresas de navio."
A situação do aeroporto do Rio também merece uma luz amarela, com o plano operacional adiado de novembro de 2013 para março de 2014.
Mas são as instalações esportivas em total atraso que mais preocupam a entidade. Segundo o COI, locais de competições ainda não estão 100% confirmados. "O plano mestre de instalações esportivas precisa ser congelado agora", alerta o COI, em uma referência às frequentes mudanças de planos pelos organizadores.
"Ainda existem muitas e frequentes mudanças de locais ou incertezas sobre a localização e especificações das instalações", criticam. Entre as incertezas estão as instalações para os esportes aquáticos, corrida de rua, o Maracanã, canoagem e outros. "Essas mudanças e incertezas têm ou poderão ter impactos negativos nas operações", indicou o informe. Segundo o COI, o Rio teria já de saber em abril a capacidade total de todas as instalações. Mas isso foi adiado para novembro.
No caso do Maracanã, o COI alerta que processos legais podem ter um impacto ainda nos planos de adequação do complexo e, na prática, paralisar a preparação do estádio para 2016.
Uma crítica dura ainda é dirigida ao plano para Deodoro, com "atrasos adicionais no processo de licitação". "Isso coloca em risco a capacidade de ter esses locais prontos no prazo para os eventos-teste e, de uma forma mais global, impacta na conclusão efetiva do desenvolvimento inteiro da zona."
O COI pede "urgência máxima" em Deodoro, no planejamento, licitações e construção. Segundo o cronograma indicado no documento, o projeto de Deodoro deveria estar pronto em maio de 2012. Mas o novo prazo é novembro de 2013.
A entidade não deixa de criticar ainda a situação do estádio João Havelange, atualmente embargado. "Um calendário integrado de construção precisa ser urgentemente exigido", apontou o COI. "Isso teria de garantir não apenas os trabalhos de correção do teto, mas outras exigências para as instalações já existentes", indicou.
O COI cobra o Rio que "demonstre com precisão" esse calendário para o Estádio João Havelange e "de garantias de que prazos e cronogramas serão respeitados sem adiamentos."
A constatação é de que o Rio está atrasado e a definição final do número de eventos, dimensão e agenda será "desafiadora diante dos atrasos nos prazos de construção". Até a garantia de energia nas instalações esportivas estaria em aberto.
DOPINGUm dos capítulos mais atrasados é o do controle de doping. No informe, o COI alertava para o risco de que o Laboratório do Rio fosse descredenciado pela WADA, que ocorreu dois dias depois da elaboração do documento. Leis que deveriam ter sido aprovadas em junho de 2012 foram adiadas para setembro de 2013.
O COI ainda exige que governo adote leis que reduzam o risco de que recursos sejam acionados na Justiça por partes de empresas que saiam perdedoras em licitações, o que evitaria novos atrasos. Outra exigência: garantir que não haja falta de material, cimento e areia para obras. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Comitê Olímpico Internacional está no Rio para inspeção das obras para as Olimpíadas de 2016

parque-olimpico-rio-2016.jpg (400×300)
REUTERS
A comissão de coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) destacou nesta segunda-feira, no primeiro dia de sua terceira visita de inspeção ao Rio de Janeiro, os avanços recentes feitos pela cidade na preparação para o evento, mas destacou que passos importantes ainda são esperados para os próximos meses.
A pouco mais de dois meses de assumir das mãos de Londres o bastão como sede das Olimpíadas, o Rio recebe a equipe liderada pela marroquina campeã olímpica Nawal El Moutawake com a maior parte dos projetos olímpicos já encaminhada, de acordo com o prefeito Eduardo Paes.
A principal obra, a construção do Parque Olímpico que vai abrigar a maior parte das instalações esportivas no bairro da Barra da Tijuca, já foi licitada, enquanto o projeto detalhado da Vila Olímpica está concluído e obras de transporte estão em andamento, segundo Paes.
"A quatro anos da Olimpíada do Rio, tudo aqui que demora mais de dois anos e meio a três anos para ficar pronto já está em execução, já está com a solução amarrada. Isso dá um conforto muito grande", disse Paes a jornalistas antes da primeira reunião com a comissão do COI em um hotel de Copacabana.
Em seu discurso de abertura do encontro, Nawal elogiou "a grande quantidade de trabalhos realizados" desde a última visita da comissão, em junho do ano passado, mas ressaltou que "marcos importantes ainda precisam ser atingidos nos próximos meses".
A presidente da comissão, no entanto, não detalhou quais seriam os desafios da cidade durante os minutos em que a sessão foi aberta à imprensa. Os integrantes do COI vão conceder uma entrevista coletiva sobre sua missão na quarta-feira, após visitarem na terça locais em obra para os Jogos.
Entre os assuntos que os organizadores ainda precisam resolver está uma disputa na Justiça sobre a propriedade do terreno selecionado na Barra da Tijuca para receber o torneio olímpico de golfe.
O orçamento completo dos Jogos também ainda não foi anunciado. Uma previsão inicial, divulgada na época da candidatura da cidade, estimava os gastos em 28 bilhões de reais, mas algumas obras foram retiras e outras inseridas desde então na matriz de responsabilidade da Olimpíada.
Os Jogos de Londres vão de 27 de julho a 12 de agosto.
(Por Pedro Fonseca, com reportagem da Reuters TV) 

sábado, 14 de janeiro de 2012

A Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas de 2016 estão mexendo com as ideias e os valores amalucados dos nossos dirigentes políticos....

Governo acha que reforma do estádio para Copa deixará administração "difícil"

Governo do RJ quer privatizar Maracanã para Rio-2016; piscina pode virar estacionamento

O governo fluminense exige que duas quadras do ginásio do Maracanãzinho estejam disponíveis para o aquecimento de atletas durante os Jogos. Essas quadras, inclusive, têm que cumprir todas as especificações do COI (Comitê Olímpico Internacional), segundo o edital.
O documento determina também que as empresas ou pessoas físicas interessadas em administrar o Maracanã incluam em sua proposta um projeto de construção de um estacionamento com espaço para pelo menos 2.000 carros na área do complexo esportivo. Para isso, o governo abre a possibilidade para que o administrador do complexo ponha abaixo a pista de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare, e os construa em um outro terreno a no máximo 5 km de distância do estádio.
Outra exigência é a reforma do Maracanãzinho para que o ginásio possa receber grandes shows e eventos musicais. A manutenção dos direitos sobre as cadeiras cativas do estádio e de uso das tribunas de honra por autoridades também tem que ser garantida....
O edital para concessão do estádio, inclusive, cita essas reformas como uma das justificativas para a privatização. No documento, o governo informa que tem feito vários investimentos no Maracanã. Com isso, o estádio ganhará equipamentos de última geração e que a operação deles pela administração direta estadual será “difícil”.
De acordo com o edital, companhias ou pessoas físicas interessadas em assumir o controle do Maracanã têm que manifestar seu interesse por escrito ao governo do Rio de Janeiro até o final deste mês. Depois disso, elas terão dois meses para elaborar estudos que cumpram todos os requisitos do edital sobre a concessão.
O edital informa que o governo não está obrigado a conceder a administração do estádio aos que se propuserem a assumi-la. O documento também não traz uma previsão de data sobre quando o governo se manifestará sobre as propostas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

João Havelange renuncia de seu cargo no COI após denúncias de corrupção...

"GENEBRA - Suspeitas de corrupção obrigam um dos cartolas mais poderosos do mundo,João Havelange, a deixar o Comitê Olímpico Internacional e terminam com quase meio século de influência do brasileiro na cúpula do esporte. Nesta semana, a entidade tomaria uma decisão sobre o brasileiro, diante da investigação conduzida por seu comitê de ética...."