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sábado, 16 de maio de 2015

Mais do mesmo agora com Dilma ... // blog do Josias

Comentários de Graça deixam Dilma mal na fita http://flip.it/wZgGx

Comentários de Graça deixam Dilma mal na fita

Josias de Souza

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Data: 23 de janeiro de 2015. Local: sala de reuniões do Conselho de Administração da Petrobras. Sobre a mesa, o cálculo das perdas que a estatal teria de levar ao seu balanço: R$ 88,6 bilhões. A certa altura, um dos conselheiros, Francisco Roberto de Albuquerque, quis saber se os responsáveis pela conta haviam ponderado os riscos de prejuízos adicionais em processos que correm contra a Petrobras no Brasil e no exterior.
Ainda na presidência da estatal, Graça Foster reagiu assim: “Se eu vou ser presa ou não, não entrou na metodologia. Se eu vou ter que entregar a casa que moro por conta desses valores, não entrou na metodologia. Fizemos as contas como as contas são.'' A reação de Graça consta da ata e da gravação feitas durante a reunião, informa a repórter Andréia Sadi.
Graça relatou aos conselheiros que, em reunião da diretoria da Petrobras, ocorrida na véspera, admitira-se que os diretores falharam. Do ponto de vista administrativo, incorreram em má gestão ao permitir que a roubalheira corresse solta. Vale a pena ouvir essa Graça Foster de quatro meses atrás:
“Não é possível que essa diretoria, durante três anos, no meu caso e do [Almir] Barbassa, durante outros quatro anos, deixamos que tal coisa acontecesse. Eu posso dizer: não, mas eu era diretora de Gás e Energia e na área de Gás e Energia as coisas estão acomodadas. Mas eu, como diretora e presidente, não poderia ter deixado chegar aonde chegou.''
Ao especular sobre o que poderia suceder depois da divulgação dos prejuízos, Graça soou assim: ''Aí até fala [sic] em prisão. Até fala em prisão tem aqui. Eu estou falando de uma metodologia 'by the book'. Agora, o que vai acontecer com meu emprego? Com a minha carreira? Com a minha vida pessoal? Eu não sei, tenho os advogados que vão dizer. A metodologia tem que ser imune aos meus medos e meus receios.''
Na administração pública, o que te dizem em público nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer. Trazidas à luz a contragosto do governo, as atas e gravações da petroleira expressam uma verdade inconveniente. Ninguém pode ser diretor e conselheiro de uma grande empresa como a Petrobras impunemente.
Ao dizer que ela, “como diretora e presidente, não poderia ter deixado chegar aonde chegou'', Graça deixa pendurada na atmosfera uma pergunta incontornável: E quanto a Dilma Rousseff, que no auge dos escândalos presidia o Conselho de Administração da Petrobras?'' Bem, a presidente se escora no surrado bordão: “Eu não sabia”. E acha que com isso está isenta de todas as culpas. Como a plateia não é boba, a popularidade de madame roça o assoalho.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Depois da tormenta... / Veja

10/02/2015 - 14:50


Lava Jato

Graça Foster: depois da Petrobras, o descanso da aposentadoria

Além dela, ex-diretores Almir Barbassa e José Carlos Consenza também decidiram se desligar definitivamente da companhia

Graça Foster renunciou à presidência da Petrobras na semana passada
Graça Foster renunciou à presidência da Petrobras na semana passada (Wilton Junior/AE/VEJA)
VEJAarte - diretoria da Petrobras
Depois de renunciar ao cargo de presidente da Petrobras na semana passada, Graça Foster decidiu formalizar sua saída da companhia e se aposentar. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, também decidiram se desligar da companhia o ex-diretor financeiro Almir Barbassa e o ex-diretor de abastecimento José Carlos Consenza.
Na semana passada, Graça Foster e outros cinco executivos renunciaram aos seus cargos na Petrobras em meio a denúncias de corrupção envolvendo a estatal. Funcionária da companhia desde 1978, Graça Foster continuava trabalhando mesmo tendo se aposentado compulsoriamente tempos atrás. Apesar disso, a Petrobras não informou quando ela pediu sua aposentadoria.
Agora ficará a cargo do atual presidente da estatal, Aldemir Bendine, gerenciar o maior escândalo de corrupção enfrentado pela estatal em toda a história. Um de seus principais desafios será chegar a um valor crível das perdas financeiras provocadas por desvios de dinheiro para conseguir divulgar o balanço financeiro auditado do terceiro trimestre.
O executivo chegou a se reunir com a Dilma Rousseff (PT) na semana passada para conversar sobre suas metas no comando da Petrobras. Segundo assessores presidenciais, ele teria prometido que uma de suas primeiras medidas seria procurar a auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PwC) para avaliar a situação da companhia. Uma teleconferência deve acontecer até a próxima sexta-feira para dar maior segurança a investidores nacionais e internacionais.
Banco do Brasil – O Conselho de Administração do Banco do Brasil elegeu nesta terça-feira novos vice-presidentes de Gestão Financeira e Negócios de Varejo para completarem o mandato 2013 / 2016, informou a instituição em comunicado. O novo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores será José Maurício Pereira Coelho, funcionário de carreira com 27 anos de experiência no banco. Coelho era diretor de Finanças. Já o novo vice-presidente de Negócios de Varejo será Raul Francisco Moreira, também funcionário de carreira com 27 anos de empresa. Ele ocupava o cargo de diretor de Cartões.
(Com agência Reuters)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Funcionária Venina Velosa incomoda muita gente da Petrobras...

Graça Foster deve ser chamada a depor no MP

Josias de Souza

O depoimento da ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca ao Ministério Público Federal produzirá consequências. Novos inquéritos serão abertos para apurar desvios na estatal. E a presidente da companhia, Graça Foster, deve ser convocada a prestar depoimento. Os procuradores que cuidam da Operação Lava Jato querem ouvir também José Carlos Cosenza, que sucedeu o delator Paulo Roberto Costa no comando da diretoria de Abastecimento.
Deve-se a informação aos repórteres Juliano Basile e André Guilherme Vieira. Sob proteção policial, Venina foi interrogada por quase cinco horas, em Curitiba, na última sexta-feira. Falou sobre as irregularidades que reportou aos seus superiores durante cinco anos. Inclusive a Graça e a Cosenza. Repassou aos procuradores seu computador e documentos que atestariam a veracidade de suas afirmações.
Parte do papelório refere-se à refinaria de Abreu e Lima, assentada em Pernambuco. Trata-se daquela obra que, superfaturada, saltou de US$ 4 bilhões para US$ 18 bilhões. Um dos documentos repassados à Procuradoria revelam que Venina elaborou, a pedido de Paulo Roberto Costa, um plano para acelerar a execução das obras. Coisa de 8 de março de 2007.
Venina argumentou que o pedido de Paulo Roberto resultaria numa elevação de US$ 328,7 milhões nos custos do empreendimento. Ela diz que o plano foi submetido à diretoria da Petrobras e, depois, ao Conselho de Administração da estatal, presidido à época pela então ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Justiça lenta... ??? Notícia do jornal O Globo "faz intervenção" no julgamento do TCU...

http://www.brasil247.com/+jd7dn

TCU VOLTA A ADIAR DECISÃO SOBRE BLOQUEIO DE BENS DE GRAÇA FOSTER


: Ministro José Jorge, relator do caso Pasadena no Tribunal de Contas da União, retirou o processo da pauta da reunião de hoje, após notícia do site do jornal O Globo que diz que Graça Foster e o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró doaram imóveis a parentes após início da investigação sobre a compra da refinaria; segundo ele, as informações da reportagem ainda devem ser analisadas e confirmadas, mas já indicam a necessidade de aprovar a indisponibilidade dos bens

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Estupro da CPI da Petrobras tem um 'indiciado': o PT !


06/08/2014
 às 4:58

Foto kibeloco

No esforço de combater as evidências de fraude na CPI, petistas partem para a delinquência política. A propósito: cadê o ar da Graça?

A esta altura, está claro que a farsa armada na CPI da Petrobras no Senado, que envolveu parlamentares do PT, o governo e o comando da Petrobras, constitui uma grave agressão à democracia, ao Poder Legislativo e ao estado de direito. Tenham clara uma coisa, leitores: da forma como se deu a tramoia, estamos diante de algo inédito. O PT desce a um novo patamar da degradação institucional a que submete o país há 12 anos. A direção do Senado mandou abrir uma sindicância para apurar o caso. Nesta terça, surgiram novas evidências de que o comando da operação esteve mesmo no Palácio do Planalto, mais especificamente aos cuidados de dois assessores diretos do ministro Ricardo Barzoini, da Secretaria de Relações Institucionais: Luiz Azevedo e Paulo Argenta. Tudo conforme denunciou reportagem da VEJA, que veio a público no sábado.
Graça Foster, presidente da Petrobras, uma das beneficiárias da tramoia e em cujo gabinete se deu uma das reuniões que cuidaram da farsa, está muda. E impressionam tanto o discurso como o comportamento indecente dos petistas nesta terça-feira. Contra todas as evidências, contra os fatos, o senador Humberto Costa (PE), líder do PT, chamou a denúncia de “ajuntamento de tolices” e afirmou ser “absolutamente natural que haja trocas de informações institucionais entre as assessorias da CPI e as lideranças dos partidos”. Trata-se apenas de uma mentira. O que se viu não foram “trocas de informações”, mas fornecimento prévio das perguntas, com gabarito e tudo. José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso e relator da CPI, repetiu a conversa mole da Petrobras e afirmou que as perguntas já estavam no plano de trabalho da CPI e eram públicas. Infelizmente para a decência do Senado, isso também é mentira.
Mas ninguém, ninguém mesmo!, ofendeu o Congresso com tanta determinação como o governador da Bahia, Jaques Wagner, também petista. Um dos investigados na CPI é José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e hoje seu secretário. Segundo Wagner, a “CPI é cena. Não é um delegado perguntando. É um monte de deputado que sabe que está sendo fotografado e filmado e que fazer aquela pergunta-chave”. Atentando contra uma das prerrogativas do Poder Legislativo, prevista na Constituição, disse ainda o petista: “Deputado não é treinado para investigar, mas para fazer julgamento político. Quem investiga é a Polícia Federal e Ministério Público, que são treinados para isso”.
Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, também decidiu refletir. Disse: “Só haveria farsa se houvesse a impossibilidade de qualquer senador fazer a pergunta que quisesse”. É um despautério. O senador fazer a pergunta que quiser é justamente a prerrogativa da qual os farsantes abriram mão. Observem que ele nem se ocupou de negar a tramoia.
A fala de Wagner não deixa de ser emblemática do que o PT fez com as comissões parlamentares de inquérito nestes 12 anos de poder — justamente o partido que tanto se beneficiou delas no passado: transformou-as em farsas. E, a depender de Wagner, serão extintas. A menos que seja para a legenda se vingar de adversários.
E foi o que fez o PT. Decidiu se apressar para instalar a CPI do Metrô em São Paulo. Que gente! O partido pretende que a mesma maioria empregada para fraudar a CPI da Petrobras seja usada agora para atacar os tucanos. Em qualquer dos dois casos, não quer investigar nada, mas fazer baixa política. A propósito, pergunto: a CPI petista vai investigar as evidências de cartel, que estão sendo apuradas até no Cade — hoje uma repartição da legenda — na construção dos metrôs de Belo Horizonte e Porto Alegre, ambos tocados por estatais federais, controladas pelo partido?
Encerro com um enigma: o tempo dirá se o PT ainda não vai se arrepender de ter criado essa CPI do Metrô. É esperar para ver.
Por Reinaldo Azevedo