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sexta-feira, 1 de abril de 2016

É sacanagem que não acaba mais... De manhã uma notícia, de noite outra que surpreende mais / Veja

BRASIL

Lava Jato: PF prende ex-secretário-geral do PT e 

empresário ligado a caso Celso Daniel

Foco da nova fase,  

batizada de 

Carbono 14,

 está no empréstimo fraudulento 

concedido pelo Banco Schahin ao PT de 

12 milhões de reais


Por: Laryssa Borges, de Brasília01/04/2016 às 08:05 - Atualizado em 01/04/2016 às 14:10






18Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão no Diário do Grande ABC, 
em Santo André (SP), na manhã desta sexta-feira (1), durante a 27ª fase da Operação 
Lava Jato (Foto: Peter Leone/futura Press/Folhapress)








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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 27ª fase 
da Operação Lava Jato. Desta vez, o foco das investigações é 
um empréstimo fraudulento concedido pelo Banco Schahin, 
cujos recursos teriam sido usados para a quitação de dívidas 
do Partido dos Trabalhadores. Mais do que apenas o rastreamento 
do dinheiro, a nova fase, batizada de Carbono 14, traz de volta 
 fantasma do assassinato do ex-prefeito de Santo André 
Celso Daniel (PT).

Foram presos na nova fase o ex-secretário-geral do PT Silvio 
Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto. O ex-tesoureiro 
do PT Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram 
conduzidos coercitivamente. Silvinho, como é conhecido, 
chegou a ser incluído entre os réus do escândalo do mensalão, 
mas fez um acordo com a Justiça para realizar serviços à 
comunidade e não responder ao processo. Delúbio foi 
condenado no mesmo esquema a seis anos e oito meses de 
prisão por corrupção ativa.

Conforme publicou VEJA em 2012, o publicitário e operador
 do mensalão Marcos Valério revelou em depoimento à 
Procuradoria-Geral da República que Ronan Maria Pinto, 
um empresário ligado ao antigo prefeito, estava chantageando
 o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para não
 envolver seu nome e o do ex-presidente Lula na morte de Daniel.
 Segundo os investigadores da Operação Lava Jato, pelo menos 
metade do empréstimo fictício contraído junto ao Banco Schahin 
acabou desaguando nos bolsos de Ronan.

As apurações do megaesquema de corrupção na Petrobras 
indicam que José Carlos Bumlai, empresário e amigo do 
ex-presidente Lula, integrou um esquema de corrupção
 que envolvia a contratação da Schahin pela Petrobras
 para operação do navio sonda Vitoria 10.000. A transação
 só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da 
Petrobras e ao PT. A exemplo do escândalo do mensalão,
 o pagamento de dinheiro sujo foi camuflado a partir da 
simulação de um empréstimo no valor de 12,17 milhões 
de reais do Banco Schahin, com a contratação indevida 
da Schahin pela Petrobras para operar o navio sonda 
Vitoria 10.000 e na simulação do pagamento do suposto 
empréstimo com a entrega inexistente de embriões de gado.
 Em depoimento, Bumlai admitiu que tomou o 
empréstimo para repassar os valores ao PT e 
detalhou que o dinheiro foi pedido pelo ex-tesoureiro da
 sigla Delúbio Soares.

"A fiar-se no depoimento dos colaboradores e do confesso
 José Carlos Bumlai, os valores foram pagos a Ronan 
Maria Pinto por solicitação do Partido dos Trabalhadores",
 disse o juiz Sergio Moro no despacho da 27ª fase.

Agora a Polícia Federal quer entender todos os capítulos
 dessa história e cumpre na manhã desta sexta doze 
mandados para aprofundar a investigação sobre o 
esquema de lavagem de capitais de cerca de 6 milhões 
de reais do empréstimo, considerado crime de gestão 
fraudulenta do Banco Schahin. As medidas estão sendo
 cumpridas em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.

A procuradoria afirma que o dinheiro desse empréstimo 
ao PT acabou gerando prejuízo para a Petrobras, já que 
os valores só foram liberados depois que o Grupo Schahin 
pagou propina para vencer a concorrência e ser operadora
 do navio-sonda Vitória 10.000. Apenas este contrato 
chegou a 1,6 bilhão de dólares.

Para a viabilização do esquema de pagamentos do 
empréstimo forjado ao PT, o dinheiro saiu de 
José Carlos Bumlai para o Frigorífico Bertin, que, 
por sua vez, repassou cerca de 6 milhões de reais a 
um empresário do Rio de Janeiro. Na sequência, ele
 fez transferências diretas para a Expresso Nova Santo 
André, empresa de ônibus controlada por Ronan Maria
 Pinto. Outras pessoas físicas e jurídicas indicadas pelo 
empresário para recebimento de valores, como o jornal
 Diário do Grande ABC, também foram usadas para camuflar a transação.

Empresário com diversos negócios na região do ABC
 paulista, Ronan Maria Pinto é apontado pelo Ministério
 Público como um dos participantes do esquema de 
corrupção instalado em Santo André durante a administração
 de Celso Daniel. O nome do empresário, velho conhecido
 do PT, voltou à tona com a delação premiada do ex-diretor 
da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele 
disse que Bumlai obteve o empréstimo junto ao Banco 
Schahin e repassou 6 milhões de reais a Ronan. O nome
 da nova fase da Lava Jato, Carbono 14, é uma referência
 a procedimentos utilizados para a investigação de fatos 
antigos. As suspeitas envolvem crimes de extorsão, falsidade 
ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota, Ronan negou as acusações e afirmou que sempre esteve à
 disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. "Mais uma
 vez o empresário reafirmará não ter relação com os fatos mencionados
 e estar sendo vítima de uma situação que com certeza agora poderá 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cada cidade tem ou tinha um pouco de Nova York...

O Central Park, foto do meio, é o Jardim São Benedito - Campos - de Nova York...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012 7:56

A efervescente Big Apple

Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC

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Considerada a cidade mais influente e cosmopolita do planeta, Nova York causa certa familiaridade pelo número de vezes que suas ruas, parques, praças, monumentos e edifícios foram explorados no cinema e em seriados de TV. Um encontro real com esta metrópole ocupa o imaginário dos viajantes, que muitas vezes não incluem o destino como primeira opção por conta do burocrático processo para obtenção de visto. Com o diálogo entre governos brasileiro e norte-americano cada vez melhor, as filas para a aquisição do documento estão menores e já é possível sonhar com o dia em que a formalidade será dispensada para os turistas tupiniquins.
O episódio dos atentados de 11 de setembro de 2001 ainda não foi esquecido pelos nova-iorquinos. Mas, assim como o Ground Zero, a população também renasceu. A queda das Torres Gêmeas modificou para sempre oskyline  e a essência de Nova York, mas a Big Apple continua admirável aos olhos do mundo diante de edificações imponentes como o Empire State Building e a Ponte do Brooklyn. Sua beleza, no entanto, não é feita só de concreto. O Rio Hudson, a Ellis Island e a Estátua da Liberdade são pontos igualmente obrigatórios a qualquer turista.
Com a chegada do clima ameno de outono, Nova York se prepara para eventos em suas diferentes regiões. As folhas caindo no Central Park, o gelo no Rockfeller Center e as paradas de Halloween são alguns exemplos do que os visitantes poderão encontrar no mês de outubro.
Um dos acontecimentos que devem agitar a cidade neste mês é a reabertura da Estátua da Liberdade para o público, que será realizada no dia 28. O monumento voltará a receber visitantes em sua coroa no dia de seu 126° aniversário.
Localizada em uma ilha de mais de 48 mil metros quadrados, a estátua - dada pelos franceses aos Estados Unidos como sinal de amizade - é hoje um símbolo universal de liberdade e democracia, além de ser considerada um dos pontos turísticos mais conhecidos do planeta. Foi inaugurada em 1886, tombada como Monumento Nacional em 1924 e restaurada para o centenário em 4 de julho de 1956.
Próximo ao porto está o Museu da Imigração de Ellis Island, no edifício que serviu de passagem histórica e ponto de desembarque para milhões de pessoas que buscavam começar uma vida nova na América. Pelo Great Hall estão expostas fotos no centro histórico das famílias, onde também se pode procurar nomes nas listas depassageiros dos navios.
Este cartão-postal é avistado da baía. Mais do que um meio de transporte, a balsa de Staten Island já é atração. Gratuitamente, os visitantes podem fazer o trajeto de Lower Manhattan até a ilha pela água para ver a Estátua da Liberdade e as maravilhosas paisagens do Porto de Nova York e de Manhattan.
A balsa deixa os visitantes no St. George Ferry Terminal, um curto trajeto partindo do Centro Cultural Snug Harbor. Este destino cultural e de entretenimento, antes um refúgio de marinheiros, na verdade inclui vários estabelecimentos que oferecem diversidade para atender a todos os interesses e idades. Como exemplo estão o Newhouse Center for Contemporary Art, a Noble Maritime Collection, o Jardim Botânico e o Museu Infantil de Staten Island.
O que não faltam são opções para que cada turista se identifique individualmente com a mais cosmopolita das cidades.


Cinco faces nova-iorquinas
Além da efervescente Manhattan, Nova York conta com quatro distritos: Brooklyn, Bronx, Queens e Staten Island. O primeiro é o mais populoso da cidade. Uma caminhada por sua emblemática ponte permite contemplar paisagens deslumbrantes, além da oportunidade de conferir de perto sua famosa arquitetura. E para os amantes da vida ao ar livre, o Prospect Park oferece descanso em meio ao típico cenário urbano do Brooklyn.
Ao Norte de Manhattan está o Bronx, conhecido por ser sede de time da liga principal de beisebol: New York Yankees, 27 vezes campeão mundial.
Os visitantes à procura de restaurantes podem ir à Arthur Avenue, conhecida pela autêntica comida italiana. Outras atrações representativas incluem o Zoológico do Bronx - onde moram mais de 4.000 animais -, e o Jardim Botânico de Nova York.
O Queens, por sua vez, é reduto de imigrantes, o que torna seus bairros altamente influenciados por outras culturas, criando boa oportunidade de explorar novos sabores e tradições. Imagine-se visitando as tavernas gregas de Astória, uma Chinatown em Flushing, maior que a de Manhattan, ou ver a combinação de culturas da América Latina e da Ásia em Jackson Heights. Isso é apenas o começo.
Por fim está o distrito de Staten Island. Embora o acesso por carro seja fácil, o caminho mais agradável é feito de balsa. O passeio, que leva 25 minutos, é grátis e parte de Battery Park, oferecendo lindas vistas da silhueta dos prédios, da Estátua da Liberdade e do Porto de Nova York. Lá, o St. George Ferry Terminal é a entrada para muitas atrações a que se pode chegar caminhando, inclusive o Museu de Staten Island, o Memorial do 11 de Setembro e o histórico St. George Theatre.
Além disso, com mais de 170 parques por todo o distrito, sempre existe um bom motivo para sair e desfrutar do que a natureza oferece.

(Quem corre a Maratona de Nova York visita a pé os cinco distritos em cerca de 5 horas e não paga uns 45 km de taxi)