05/07/2012
às 16:16 \ Direto ao PontoA foto do beija-mão ajudou a Interpol
Já não se fazem cavalheiros dessa estirpe, murmura a expressão de Dilma Rousseff enquanto contempla o homem que se inclina para beijar a mão que a dele já capturou. No rosto da mulher que se derrete com tanta gentileza, não há vestígios da rabugenta vocacional. A carranca armada ainda no berço foi provisoriamente demitida para abrir espaço a sinais emitidos por corações em descompasso.
Os olhos estão semicerrados. Os lábios se comprimem como se ensaiassem um selinho. O queixo que se projeta para acompanhar de perto o suave encontro da boca do gentleman de filme antigo com a pele de uma dama adestrada em colégio de freiras. Tanta doçura torna quase irreconhecível a mulher fotografada de frente. O homem fotografado por trás, e só do pescoço para cima, esse todos sabem quem é: Paulo Maluf, claro.