Célio Juno Costa da Silva e o comerciante Alcides Batista Barros estão presos na carceragem da Polícia Civil em Goiânia. Eles são suspeitos de participar da maior chacina já registrada em Goiás. Célio é sobrinho do fazendeiro Lázaro de Oliveira Costa, 57, uma das sete vítimas esgorjadas (corte no pescoço, mais detalhes no boxe) no crime. Alcides seria pai da noiva de Leopoldo Rocha Costa, 22, filho de Lázaro. Leopoldo e a filha de Alcides se casariam no próximo dia 12, conforme informações da Polícia Civil. A participação de um pistoleiro identificado apenas como José de Ribeirãozinho não foi descartada pela polícia. O pistoleiro seria da cidade de Ribeirãozinho (MT), a 70 quilômetros de Doverlândia, onde aconteceu o crime, e ainda estaria foragido até a noite de ontem. Agentes da Polícia Civil estiveram na cidade matogrossense a procura do suspeito. Mandante e motivação ainda são investigados pela polícia.
O crime aconteceu no último domingo (29), em Doverlândia, a 412 quilômetros de Goiânia, na região Sudoeste do Estado. Célio e Alcides teriam sido detidos durante o velório de Lázaro, Leopoldo e do vaqueiro e funcionário, Heli Francisco da Silva, 44, na cidade mineira de Frutal.
Dia Decisivo
Hoje é um dia decisivo para as investigações, que poderão chegar a mais pessoas suspeitas de cometer o crime. Os dois presos poderão ter prisão temporária decretada. Caso isso aconteça, poderão ficar detidos por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, até que a investigação seja concluída.
Segundo informações da Polícia Civil, os suspeitos teriam sido presos por que Aparecido Sousa Alves, 23, também detido, confessou ter participado da chacina e apontou os dois como comparsas da matança. Aparecido seria trazido a Goiânia na tarde de ontem, mas durante a viagem para a Capital ele esclareceu algumas arestas de seus depoimentos e os investigadores preferiram voltar a Doverlândia, para encontrar novos detalhes do caso, conforme a delegada-geral, Adriana Accorsi. “Temos a certeza materializada de que ele (Aparecido) é um dos participantes desse crime bárbaro. Na casa dele foram encontradas uma carabina, de Lázaro, o celular de Tames Marques Mendes da Silva, 24, e um revólver calibre 38, que foi usado para intimidar as vítimas e uma camiseta suja de sangue, que pode ter sido usada por ele no dia da chacina”, disse Accorsi.
“Ele (Aparecido) confessou tudo, mas temos que ser cautelosos com as declarações do suspeito. Aparecido pode usar artimanhas para ludibriar as autoridades que investigam o crime”, alertou a delegada, que está no caso desde o início. Ainda na segunda-feira (30), Accorsi viajou à cidade e sobrevoou a fazenda Nossa Senhora Aparecida, a 45 km da cidade. Outros pessoas podem ser presas a qualquer hora, conforme informações da Polícia Civil. Rixa, ambição e latrocínio são hipóteses de motivação, mas como a investigação é preliminar, a causa é um mistério para a polícia.
Aparecido teria chegado de moto à chácara por volta das 15h do domingo e foi direto à casa do vaqueiro Heli. Ele foi visto pelo filho do vaqueiro, um jovem de 14 anos, que prestou depoimento ainda no domingo ao delegado Vinícius Batista da Silva. O garoto estaria no pasto da fazenda, quando notou a chegada de Aparecido, numa moto. “O rapaz teria escutado o pai conversar com o próprio assassino. Ele disse que ouviu o suspeito perguntar do dono da casa e pai respondeu indicando a casa, sede da fazenda. O garoto não soube descrever com detalhes como as vítimas foram mortas, mas contou que viu o pessoal ir em direção ao assassino e não voltar”, conta Vinícius.
Conforme o delegado Antônio Gonçalves, diretor da polícia judiciária, que também está empenhado no caso, o casal de amigos e futuros padrinhos de casamento de Leopoldo, Joaquim Manoel Carneiro, 61, e Miraci Alves de Oliveira, 65; o filho do casal, Adriano Alves Carneiro, 22, e a noiva dele, Tames Marques, foram mortos por que estavam no lugar errado e na hora erados. “Eles chegaram num Fiat Uno da família, que mora em Rio Verde. Ao notar a presença dos visitantes, os suspeitos mataram todos eles para evitar identificação de testemunhas.
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