Leilão de licenças para
acelerar a banda larga
móvel
Novas frequências que vão a leilão nesta terça-feira prometem internet móvel mais rápida no país a partir de abril de 2013
Uma internet móvel cerca de 10 vezes mais rápida, próxima da velocidade da banda larga fixa, está a caminho da implantação no país. Ainda deve demorar para chegar ao alcance da maioria dos consumidores. Mas um importante passo será dado nesta terça-feira com o leilão das frequências da quarta geração de rede móvel, 4G — tecnologia que permite a um celular, notebook ou tablet se conectar à web.
— Do ponto de vista do usuário muda tudo. Enquanto atualmente há uma velocidade muito reduzida ou não há acesso se há muitas pessoas conectadas a uma mesma estação, com o 4G a banda será muito maior e comportará mais conexões — adianta Patricia Vello, diretora da Cieno, empresa que trabalha com infraestrutura de rede. As primeiras cidades receberão a tecnologia até abril do próximo ano. Na avaliação do presidente da Teleco, Eduardo Tude, o impacto será sentido de forma gradual:
— A princípio, haverá a barreira do preço dos aparelhos. Será uma tecnologia adotada inicialmente por usuários que consomem muitos dados e optam cedo por novidades. Isso servirá para descongestionar o 3G, mas a massificação só virá quando o preço dos aparelhos cair.
A nova rede ficará reservada a atividades que exigem intensa troca de dados, como receber e enviar vídeos. Atividades simples, acessar e-mail, por exemplo, podem continuar a trafegar por redes 2G e 3G. É como se fossem estradas, cada uma mais larga do que a anterior. Mesmo com uma tecnologia que permitirá um tráfego maior de dados, a demanda crescerá tanto nos próximos anos que é preciso usar todas as estradas disponíveis.
Ainda não se sabe se haverá uma taxa extra na conta telefônica para ter acesso ao serviço. Isso dependerá da estratégia de cada operadora. Uma tecnologia intermediária que já está implantada e tem velocidade até três vezes maior que o 3G é cobrada pela Vivo, mas não tem custo adicional na Claro, por exemplo.
O diretor da 4G Américas para a América Latina, Erasmo Rojas, aposta em um desenvolvimento conjunto das redes 4G, com a expansão das redes 3Gplus, a tecnologia intermediária, já que o custo de implantação é menor.
— Mais do que um desafio tecnológico, é um desafio comercial. Uma pessoa que baixa um vídeo por mês não vai sentir a necessidade de pagar mais por isso. As operadoras terão de oferecer serviços para atrair o consumidor — avalia.
As regras do leilãoPara oferecer redes de quarta geração (4G), cada empresa precisa ter reservada uma faixa de frequência em que irá operar. Nos EUA, por exemplo, o 4G funciona nas faixas de 700 MHz e 2,1 GHz. No Brasil, a faixa escolhida foi a de 2,5 GHz.
A faixa de frequência de 2,5 GHz a 2,69 GHz foi dividida em 273 lotes. Os principais e mais caros têm abrangência nacional e devem ser arrematados pelas empresas maiores. Há ainda lotes regionais menores.
Oito empresas, representando seis grupos, apresentaram interesse em participar do leilão. Ganhará quem oferecer o maior valor pelo direito de exploração.
As regras do leilãoPara oferecer redes de quarta geração (4G), cada empresa precisa ter reservada uma faixa de frequência em que irá operar. Nos EUA, por exemplo, o 4G funciona nas faixas de 700 MHz e 2,1 GHz. No Brasil, a faixa escolhida foi a de 2,5 GHz.
A faixa de frequência de 2,5 GHz a 2,69 GHz foi dividida em 273 lotes. Os principais e mais caros têm abrangência nacional e devem ser arrematados pelas empresas maiores. Há ainda lotes regionais menores.
Oito empresas, representando seis grupos, apresentaram interesse em participar do leilão. Ganhará quem oferecer o maior valor pelo direito de exploração.