Postagem em destaque

NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

Mostrando postagens com marcador Maria Helena RR de Souza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maria Helena RR de Souza. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

“A ausência de limites é inimiga da Arte”, Orson Welles

“A ausência de limites é inimiga da Arte”, como disse Orson Welles

“Minha afirmação como artista explica que meu trabalho é totalmente incompreensível e, portanto, cheio de significados!”, escreveu  Bill Watterson, criador da genial tirinha “Calvin e Hobbes”.
Calvin é um garoto de seis anos muito esperto apesar de só tirar notas baixas. Seu melhor amigo é Hobbes, um tigre sarcástico que não tem medo de mostrar ao Calvin como é a realidade.
Calvin e Hobbes ocupados em não fazer nada (Foto: calvinandhobbesgifs.tumbir.com)Eles ensinam a seus leitores uma lição muito importante: a curiosidade e o desejo de compreender o mundo são tão importantes quanto se divertir ou não fazer nada. Faz parte de crescer e é o que fazemos diariamente.
Assim eu, Maria Helena, curiosa, aprendi com Calvin e Hobbes e resolvi ver mais de perto o que pensavam sobre Arte grandes figuras que passaram pelo mundo.  Copio neste espaço alguns desses pensamentos.  Espero que ajudem a ver como o mundo de hoje está querendo acabar com a Beleza.Por quê? Sei lá; vamos esperar que surja uma pessoa capaz de nos explicar direitinho o motivo...
Calvin e Hobbes ocupados em não fazer nada (Foto: calvinandhobbesgifs.tumbir.com)
“Quem trabalha com as mãos é o operário; quem trabalha com as mãos e a cabeça é o artesão; quem trabalha com as mãos, a cabeça e o coração, é o artista”. São Francisco de Assis

“Tenho a impressão que a única coisa que torna possível encarar o mundo em que vivemos sem desconforto é a beleza que de vez em quando o Homem tira do caos. Os quadros que pinta, a música que compõe, o livro que escreve, a vida que leva. De tudo, o mais rico em beleza é a vida bem vivida: essa é a mais perfeita obra de arte”.  Somerset Maughan, em O Véu Pintado
“Quando críticos de arte se reúnem, eles falam da Forma, da Estrutura e do Significado. Quando artistas se reúnem, eles conversam sobre onde encontrar terebentina mais em conta”.Pablo Picasso
“Uma obra de arte num museu ouve mais opiniões ridículas do que qualquer outra coisa no mundo”. Edmond de Goncourt
Arte ou é revolução ou é plágio”. Paul Gauguin
"A função da arte não é, como acreditam certos artistas, a de impor ideias ou servir de exemplo. Sua função precípua é preparar o homem para a morte, trabalhar e irrigar sua alma e a tornar capaz de se voltar para o bem". Andrei Tarnovskiem O Tempo Lacrado
“Por que a Arte não deve ser bela? Já há coisas desagradáveis demais no mundo...”. Pierre-Auguste Renoir
“Digo que bons pintores imitam a natureza; os maus a vomitam”.  Miguel de Cervantes
“A cor é o teclado, os olhos são os martelos, a alma é o piano com suas muitas cordas. O artista é a mão que, tocando esta ou aquela tecla, faz a alma vibrar automaticamente”.Vladimir Kandinsky
“Uma obra de arte digna desse nome é aquela que nos traz de volta o frescor das emoções da infância”. André Breton
“A palavra Arte no início significou maneira de fazer e mais nada. Essa acepção ilimitada foi perdida com o uso”.  Paul Valéry em seu Cadernos

domingo, 5 de fevereiro de 2017

"'22 mil pessoas com foro privilegiado no Brasil, o que não acontece em nenhum outro país do mundo."

POLÍTICA

No país das regalias


Maria Helena RR de Souza
Sala de Aula numa prisão na Noruega (Foto: Arquivo Google)

Sala de Aula numa prisão na Noruega
Foro por prerrogativa de função ou mais comumente foro privilegiado é uma regalia gozada por quem ocupa altos cargos nos Governos, tais como Presidente da República, Vice-Presidente, Procurador-Geral da República e membros do Congresso Nacional.
Mas o que isso significa? É simples: a garantia de que essas pessoas terão um julgamento especial quando alvo de processos penais. Seriam julgadas pelo Supremo Tribunal Federal e não em Juizados de Primeira Instância.
Parece que há cerca de 22 mil pessoas com foro privilegiado no Brasil, o que não acontece em nenhum outro país do mundo. Não é que não haja foro privilegiado em outros países, claro que há, mas essa instituição só alcança quem exerce as mais altas funções nos três poderes, justamente os que definem a Democracia: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Se não fossemos o país que herdou as regalias da Casa Grande, assim deveria ser: foro privilegiado apenas para o Presidente da República, seu Vice, o chefe do Ministério Público, o Procurador-Geral da República, e os presidentes das duas casas do Congresso Nacional.
O foro privilegiado, e isso é inegável, fere o princípio de que todos devem ser tratados como iguais. Ou bem somos todos iguais, conforme o artigo 5º de nossa Constituição ou bem alguns de nós são mais iguais do que outros.
Fico em dúvida, sabe, leitor. Porque vejo em outros dados privilégios que fazem mais mal do que bem ao Brasil.
Pense bem: por que o sujeito que tem diploma universitário merece uma cadeia mais limpinha e confortável do que o infeliz que não tem diploma?
Isso me parece uma injustiça terrível: quem é mais culpado, o cidadão que teve todas as vantagens de uma instrução completa, desde o Jardim de Infância à Faculdade, ou o infeliz que não chegou nem a se alfabetizar?
Quem é mais culpado por crimes, sejam graves ou mais leves, qual dos dois? O moleque João que não teve as vantagens que o moleque José teve desde a mais tenra infância, que nunca passou fome, chuva ou frio e que estudou nos melhores colégios? Qual deles, ao matar, ou roubar, ou infringir uma lei é mais culpado? Qual dos dois merece um julgamento justo e detenção numa cadeia onde os direitos humanos sejam verdadeiramente respeitados?
Ambos merecem o privilégio de presídios decentes, com celas limpas, arejadas e bem iluminadas, com salas de aulas, bibliotecas, boas enfermarias, e, sobretudo, trabalho – onde aprendessem um ofício para, ao cumprir sua pena, sair e trabalhar para se sustentar e à sua família.
Esse é o único privilégio que o Brasil deveria exigir, aquele que transformaria nosso país na terra com a qual sonhamos. O privilégio de nossos detentos serem finalmente tratados como gente. Assim, creio eu, as novas gerações honrariam o Brasil.
Sala de Aula numa prisão na Noruega (Foto: Arquivo Google)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Desconfie de 2017... É melhor !

Meia dúzia de coisas que incomodam, para dizer o mínimo

2017 (Foto: Arquivo Google)
O ano de 2017 entrou violento, como a querer dizer que fomos precipitados em comemorar a saída de 2016.  O Brasil está numa fase que, Deus nos perdoe, torna quase que impossível ter esperança por dias melhores.
Mas há salvação... Segundo a capa da revista VEJA do último fim de semana, a grande cartada do Palácio do Planalto para tirar a popularidade do Governo do atoleiro é a agenda de aparições da jovem e bela primeira-dama, Marcela Temer. E, como todos sabemos, um governo popular pode muito mais.
Ao ler que os grandes desafios do governo, aqueles que farão 2017 um ano a ser amado, dependem pois da beleza, dom que Santo Agostinho associava à Verdade; fico mais animada pois, de fato, dona Marcela é o tipo da beleza clássica que agrada aos Céus.
Mas, e os pequenos desafios? Que entra ano sai ano, só continuam a estressar, a irritar, a incomodar o cidadão, esse ser sem importância, anônimo, sem poder? Quem vai cuidar deles? Será que o poder da Beleza dará para tudo isso, tanto os detalhes monumentais quanto os infinitesimais?
Por exemplo:
1) O descuido com as calçadas: falta manutenção permanente, para que não haja tombos que causam danos muitas vezes sérios, sobretudo em idosos; cuidar para que haja rampas de acesso para cadeirantes; não permitir objetos como caixas, mesas, cadeiras, escadas, que obstruem a passagem do pedestre que é, é bom sempre repetir, o verdadeiro dono das cidades!
2) Iluminação pública maluca: lâmpadas acesas durante o dia ou apagadas à noite. Absurdo comum em muitas ruas do Brasil.
3) A Internet: geralmente cai a linha no meio de um trabalho. Ou quando estamos enviando ou recebendo uma mensagem. Ligo para o provedor. Depois de ouvir o robô oferecer muitas opções, escolho a que me interessa: falar com o atendente. A espera é longa e duas coisas podem acontecer: ou me informarem que está havendo uma manutenção na área ou um atendente pedir para eu desconectar cabos em profusão e aguardar alguns minutos para reconectá-los e quando nada acontecer, ouvir que vão agendar uma visita da assistência técnica.

Pior: você liga, já estressado, para perguntar o que houve com sua conexão com a Internet e ainda tem que ouvir o robô lhe aconselhar a acessar o serviço via Internet!
4) Ida aos bancos: nas grandes agências, fieiras de guichês e dois ou três dedicados funcionários para atender aos clientes. Resultado, longas filas. Saio sempre intrigada: por que tantos guichês e tão poucos ocupados por funcionários?
5) Teles, ah! as teles! – Mensagem comum: Telemar: esse número não existe. Como assim, não existe, penso eu: é o número da minha casa há uns quinze anos. Está em débito automático no banco. Mas é o que a Telemar me informa. Desligo, ligo de novo e aí, miracolo! ele volta a existir!
Ainda a Telemar: Não é possível completar a sua chamada com o número discado. Por favor, consulte o serviço de auxílio às listas. Auxílio às listas? Onde? Vou é verificar onde anotei. O número é esse mesmo. Volto a ligar, ele continua inexistente. Tento mais tarde e, de repente, ele existe!

E o telemarketing? Será que existe alguém no mundo que goste de receber – e ouça? – ligações de telemarketing? Ou mensagens de celebridades que você nem conhece e que mais aborrecem que colaboram com quem quer que seja?
6) Poucas coisas me incomodam mais do que o uso estranhíssimo do verbo Estar. Antes da hecatombe que o abateu, era normal ouvi-lo para informações do tipo: estarei aí depois de amanhã. Hoje em dia, o pobre do verbo Estar aparece em horas inusitadas: estarei enviando seu vestido amanhã; estarei agendando sua hora; estarei pedindo sua receita ao médico... O que será que houve com o futuro que não pode prescindir do verbo Estar?
Uma amiga muito inteligente e arguta sugere que isso nada mais é que a pouca vontade de assumir compromissos. Tem lógica: se dissesse agendarei, em vez de estarei agendando, a pessoa assumiria um compromisso. Já com o uso do subjuntivo, o compromisso é atenuado. Concordo.
Portanto, nas coisas graves, como nas mais simples, estarei torcendo por 2017. Pela Beleza, sempre!

sábado, 15 de outubro de 2016

"Sinto que a visita ao Rio será adiada..." / Maria Helena RR de Souza,

Beleza não põe mesa

Não pense o Leitor que ao dizer isso declaro que a extraordinária beleza do Rio de Janeiro acabe por cansar seu morador. Longe disso, o único alívio que temos em nosso conturbado dia a dia é a suntuosa visão do estojo no qual Deus pousou o Rio.
Morador desce as escadas do morro indiferente à ação policial (Foto: Gabriel de Paiva  / Agência O Globo)
Morador desce as escadas do morro indiferente à ação policial (Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo)
Como disse um amigo de Coimbra ao olhar para o mar do alto da Estrada das Canoas: “isto é impressionante, extasiante, espetacular!”.
Foto: Fernando Maia/ Riotur

Essa é a sensação que temos, cariocas da gema ou por opção, ao atravessar o Túnel Rebouças e dar com a beleza comovente da Lagoa, um simples aperitivo para o deslumbramento que virá a seguir, com o Cristo lá no alto abençoando a cidade.

O Rio sempre foi acolhedor com seus visitantes, assim como amado por seus moradores. Cariocas, graças a essas bênçãos de Deus, fizeram desta cidade um lugar acolhedor, cuja simpatia rivaliza com a beleza e a tornam um local que os estrangeiros amam visitar e ao qual sempre planejam retornar.
Mas talvez fosse melhor usar os verbos no passado. Sinto que a visita ao Rio será adiada...
O Rio anda violento, bravo, assustador. As UPPs, criadas pelo então Secretário de Segurança José Mariano Beltrame para pacificar as comunidades carentes em áreas menos aquinhoadas da cidade, excelente ideia à qual faltou a adesão firme e forte do governo do Estado, não conseguiram conter o avanço da criminalidade, brutal e estúpida. Será que a ninguém ocorreu que um posto policial, sem a contrapartida de uma política social importante – creches, escolas, clínicas de família, saneamento – não bastaria para desenvolver uma geração bem estruturada, disposta a não permitir que o Mal vencesse o Bem?
 
Faltou isso tudo, mas não faltou a visão do Lula e seu governador Sergio Cabral em um teleférico ligando a Praça General Osório, coração de Ipanema, ao alto do Pavão-Pavãozinho. Necessário? Pode ser. Se viesse depois das políticas sociais acima mencionadas, talvez merecesse os adjetivos da senhora Christine Lagarde, diretora do FMI que, certamente deslumbrada pela paisagem, não reparou onde o teleférico a levava e declarou que se sentia nos Alpes!

Foi pena que ela não estivesse no Rio no último dia 10 quando, durante um tiroteio violento que ecoou nas imediações da comunidade Pavão-Pavãozinho, as pessoas que vivem, trabalham e circulam por ali de repente não vissem um corpo de homem cair do alto do morro, morto ou vivo, ainda não se sabia ao certo.
Os cariocas perceberam que a ilusão da cidade unida acabara. Vencia a realidade da cidade partida.

Quando tivemos dinheiro não implementamos o que era necessário. Agora, que estamos quebrados, não adianta chorar pitangas. Mas quem sabe podemos exigir que o poder público ao menos controle seus presos e respeite o que o secretário Beltrame – e todos os cariocas de bom senso – pedem: chega de licença de saída da prisão em datas festivas, como Natal, Dia das Mães, e outras.

O bandido que comandou a ação que resultou no tiroteio no Pavão-Pavãozinho estava usufruindo de uma licença da prisão desde maio, para comemorar o Dia das Mães.

Uma flor de rapaz, com toda a certeza...
Morador desce as escadas do morro indiferente à ação policial (Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Notícias horrorosas de Brasília >"Transformar a capelinha de Nossa Senhora da Conceição em escritório para seus aspones foi o cúmulo da desconsideração pelos brasileiros. E foi o que Dilma, a Afastada, fez"

Agora que falta pouco

Você já foi a Brasília? Se foi, naturalmente, não perdeu a oportunidade de visitar os belos edifícios que fazem da cidade uma Capital da Arquitetura. Da emocionante Catedral que nos remete à imagem de mãos postadas em oração, aos palácios do Itamaraty, do Planalto, da Alvorada e tantos outros.
A capelinha nos jardins do Alvorada (Foto: Arquivo Google)
Brasília é obra de dois gigantes da Arquitetura: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Eis as palavras que Lúcio Costa usou para apresentar seu Plano Piloto que tiraria do barro a nova Capital Federal: “Nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”.
Oscar Niemeyer, além de desenhar a Catedral, desenhou duas das mais belas obras que podemos visitar em Brasília: a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, duas capelinhas que representam muito bem o gênio do imenso arquiteto.
A dedicada a Nossa Senhora de Fátima é inspirada no chapéu engomado de algumas congregações de freiras. A de Nossa Senhora da Conceição, nos jardins do Alvorada, que compete em beleza e engenhosidade com as célebres colunas daquele palácio, é um exemplo extraordinário do domínio que Niemeyer tinha do concreto armado: parece um objeto feito em cartolina por uma criança talentosa. Ambas tombadas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O arquiteto não contava, é claro, com a presença em palácio de uma presidente que despreza quem pensa diferente dela e que não respeita quem tem Fé. E que também demonstrou que desconsidera a cultura brasileira, assim como a lei que tomba nossas obras mais valiosas.
Não se trata aqui de chamar a atenção para o fato de Dilma não aparentar ser religiosa. Isso é da alçada íntima de cada um. O que choca é o desacato à nossa História e à nossa Cultura.

O leitor há de pensar: que importância tem isso diante do total desrespeito que o governo de Dilma Rousseff demonstrou pelo Brasil, ao passar por cima de nossas leis a ponto de deixar o Brasil na terrível situação em que nos encontramos? De uma presidente que desconsidera os representantes do povo no Congresso Nacional ao esbravejar por aí que está sofrendo um golpe? (Ela insiste em que é vítima de um golpe e que vai ao Senado não para se defender, mas para defender a democracia. Dilma, desculpa lá: mas golpe dentro do Senado e sob a presidência do Supremo Tribunal Federal, e televisionado, é um engodo difícil de engolir...).
Tem importância, sim, leitor do Blog do Noblat. Transformar a capelinha de Nossa Senhora da Conceição em escritório para seus aspones foi o cúmulo da desconsideração pelos brasileiros. E foi o que Dilma, a Afastada, fez. (Cláudio Humberto, Diário do Poder, 19/8/2016).
Agora que falta pouco para sua saída definitiva e antes que seja tarde, peço ao IPHAN que examine a capelinha e a devolva à sua qualidade precípua.
Que julgue se houve algum dano à belíssima decoração de seu interior e de seu portal, trabalho magnífico do maior artista plástico de Brasília, Athos Bulcão.
Que examine com lupa o estado da pintura original que reveste o interior do teto, composta por quatro figuras - a cruz, o peixe, o sol e a lua. Assim como aos lambris em jacarandá revestidos em ouro que forram as paredes internas.
Que veja o que foi feito da mesa de seu altar-mor e dos genuflexórios. Imagino que tenham sido retirados do interior da capelinha, já que não posso acreditar que os aspones usassem essas peças para apoiar seus smartphones e tablets. Onde estarão?
E que, ao fim desse exame, o IPHAN puna os responsáveis se porventura encontrar algum dano.
Quem sabe, assim, quando setembro vier, com a capelinha de novo um templo dedicado à Nossa Senhora da Conceição, a Iemanjá de muitos brasileiros, não poderemos recomeçar a reerguer o Brasil?
A capelinha nos jardins do Alvorada (Foto: Arquivo Google)

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Existe má vontade de quem com respeito à extinção do Ministério da Cultura do Brasil...?

Ser comandada por um Secretário diminuirá nossa Cultura?

Charles de Gaulle e André Malraux (estátua em Asnières sur Seine) (Foto: JP.Guyomard)
Será que estamos viciados em reclamar? Tenho a impressão que sim. O que realmente importa é deixado de lado. Já os penduricalhos, esses são levados a sério.
 
O que foi que o Ministério da Cultura dos governos Lula/Dilma fez de importante para a Cultura brasileira? Criou a TV Brasil, essa maravilha que não sai do traço? Beneficiou o Brasil, onde, como?
Aqui no Rio temos a Biblioteca Nacional que guarda o que D.João VI trouxe da Torre do Tombo, quando veio fugido de Napoleão para cá. Pois bem, a longa viagem pelo Atlântico não fez um centésimo do mal que o descuido de nossos governos faz com documentos que são relatos da história de Portugal e, portanto, da do Brasil.
  
Há quem diga que nos países mais civilizados não há ministério da Cultura. Isso não é bem assim. Podem não ter esse nome, podem ter sido batizados com outros nomes, mas não é isso o que importa.

Vamos começar pelo país que criou a instituição ministério da Cultura: foi a França, durante o governo De Gaulle e sob os auspícios de um dos maiores intelectuais de seu tempo, André Malraux, que a batizou de Ministério da Cultura e da Comunicação.

Devemos nos lembrar que a França, saída de uma guerra terrível, precisava, urgentemente, restaurar seu acervo cultural e foi essa a principal preocupação do ministro: que as municipalidades dos diversos departamentos da França recuperassem seus museus, teatros, bibliotecas e escolas dramáticas e de música. E assim foi feito.
Mas não ficou só nisso: com o tempo, as estações de rádio e os canais de TV estatais também vieram a receber subsídios do ministério da Cultura. A televisão, hoje em dia, é a maior diversão dos franceses. Os programas de suas estações não dão traço: sua audiência é fantástica.

O cinema francês, que tantas obras-primas deu ao mundo, não depende apenas de dinheiro público, como o nosso. Basta ter paciência e ao fim de um filme francês, prestar atenção à longa lista de créditos para compreender como por lá a história é bem diferente.

Na Inglaterra, não há um ministério da Cultura. O que lá existe é um Departamento de Cultura, Mídia e Esporte. Quem estiver interessado que leia tudo que o British Film Institute faz pelo cinema inglês: http://www.bfi.org.uk
Na Alemanha, são os Institutos Goethe que há mais de 60 anos estimulam o diálogo da cultura alemã com parceiros ao redor do mundo. Trabalhando em conjunto com institutos culturais dos países que hospedam um Goethe Institut, são os cursos de língua e cultura germânicas que acabam por financiar, em conjunto com o Ministério do Exterior Alemão, a possibilidade da exibição de filmes, festivais de música e de teatro, orquestras, óperas, museus e a conservação de monumentos que dão vida às cidades alemãs.
Nesses países do hemisfério norte, assim como nos EUA, além do governo, são instituições e investidores privados que promovem a cultura nacional. A bilheteria paga os impostos e retribui com lucro a aposta dos investidores. Perguntem ao Woody Allen ou ao Martin Scorsese quem os financia...

Aqui,  a cantoria é outra. Aqui, o Ministério da Cultura arca com os custos e a bilheteria, bem, essa só Deus sabe de quem é. Como disse José Nêumanne em seu artigo de 18 de maio para o Estadão, “a pasta [da Cultura] foi sempre usada para uma ação entre amigos, à nossa custa. Lula e Dilma a aparelharam para servir ao PT e à indústria fonográfica. E a usaram para tungar direitos de nossos autores e aumentar os lucros das multinacionais da cultura e de artistas nativos que se beneficiam da “bolsa show”, sob as bênçãos de Xangô e do Senhor do Bonfim. Enquanto as traças devoram a Biblioteca Nacional e os museus sob sua égide se tornam inaptos para visitas públicas”.
Da minha parte, votos de muita força ao Secretário Nacional de Cultura, Marcelo Calero.
Charles de Gaulle e André Malraux (estátua em Asnières sur Seine) (Foto: JP.Guyomard)

sexta-feira, 6 de maio de 2016

E agora ... a dúvida ? Parece que sim !



POLÍTICA

Um dia para ficar na História

Para além do arco-íris (Foto: Arquivo Google)
O STF suspendeu ontem o mandato de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados. Antes tarde do que nunca, foi o que disse dona Dilma lá em Belo Monte, no Pará.
É o mesmo que diremos no dia em que ela for afastada do Planalto.
Os petistas ficaram animados, coitados. Tomaram a decisão do STF como um raio de sol em seu partido. Acham que isso dificultará o impeachment de dona Dilma. Ainda não se convenceram que não tem nada uma coisa a ver com a outra.
A não ser que haja um fato novo muito, mas muito sério, dona Dilma será afastada da presidência e dentro de até 180 dias, julgada pelo Congresso como impossibilitada de presidir o Brasil.
 
Tenho a impressão que o maior beneficiado pela decisão de ontem foi Michel Temer. Pelo menos é o que sentiria se soubesse que, presidente da República, poderia ter um forte resfriado que não seria substituída por alguém como Cunha.

Mas fica uma pergunta que requer uma resposta que tranquilize a sociedade: quem será o vice do atual vice? Renan Calheiros? Para que? Para que o país passe novamente pelo que passou ontem e muito em breve?
Temos um hábito enraizado em nossa personalidade: gostamos de deixar tudo para amanhã. O improviso nos atrai. Não seria do maior bom senso entregar logo o Congresso ao presidente do STF?
Um novo governo oxigenará o Brasil. Disso não tenho dúvida. Mas isso não basta. Era preciso que Michel Temer fosse menos pusilânime diante dos partidos que inundam nosso cenário político. Os nomes citados como futuros membros de seu governo são todos oriundos dos dois governos lulopetistas que tanto mal fizeram ao Brasil. Uns dois ou três merecem nossa confiança, mas a maioria, Deus que nos ajude, será apenas mais do mesmo.
E o ex-presidente Lula? Seu silêncio, desde 1º de maio, grita mais alto que todas as sirenes dos bombeiros. Diz a Folha de S. Paulo que ele está deprimido. Acredito, não deve ser fácil passar pelo que ele está passando.
Lula saiu do Governo com sua aprovação nos píncaros da Lua. Está agora sofrendo o desamor da sociedade. Isso deve doer. Melhor mesmo para ele que a ideia de eleições antecipadas não possa vingar: uma derrota eleitoral seria a pá de cal em sua história de vida.
Mas quem é o culpado, a não ser ele mesmo? Sua pobre avaliação sobre a herdeira que elegeu para substituí-lo será para sempre um espinho em sua alma.
Tenho a impressão que dona Dilma detesta o PT. Só pode ser essa a conclusão. Ela está fazendo tudo que pode para deixar o buraco em que meteu seu governo cada vez mais fundo, cada vez mais largo, cada vez mais assustador para nós, cidadãos que tivemos a má sorte de ver Lula, por ambição desmedida, deixar essa senhora no Planalto.

Ao fazer mais essa escavação, ela tritura o PT no pó mais fino possível. Não há partido que resista ao horror que ela fez e está fazendo.

Ando pensando muito no destino do Brasil. Por que será que não temos mais políticos fortes e capazes como já tivemos? Será que merecemos essa praga que já dura mais que os sete anos das pragas do Egito?
Lula foi o fenômeno que poderia, se não tivesse se deixado abater por uma ganância estúpida, o homem que faria do Brasil uma potência. Tinha força para isso, mas não o fez...
Eduardo Cunha é um homem forte e inteligente, fala bem, sabe se expressar, sabe explicar o que pensa, sabe comandar. Pena que seu caráter seja tão raso...
De dona Dilma melhor não falar mais nada. Sua mediocridade é um espanto.
Gostaria de estar comemorando com fé e esperança a ida de Michel Temer para o Planalto. Mas, para ser sincera, ando com muito receio de vir a ter uma nova decepção.

Ele terá força para recolocar o Brasil no rumo certo? No rumo de um futuro que nos leve para além do arco-íris?
Para além do arco-íris (Foto: Arquivo Google)

sexta-feira, 22 de abril de 2016

"Que golpe é esse? A mim me parece que ela levou foi um golpe na cabeça!" / Maria Helena R R de Souza

“Mas a senhora veio pedir asilo? Não pode voltar ao Brasil? É isso?”

Quanto riso, ó quanta alegria... (Foto: Arquivo Google)
Escrevo este artigo na quinta-feira, 21 de abril, dia em que dona Dilma embarcou para Nova York determinada a fazer um pronunciamento bomba no plenário da ONU e, também, se puder, repeti-lo em entrevistas a jornalistas que estão cobrindo a Conferência.
Não sei se ela usará mesmo a Conferência do Clima para se queixar de estar sendo vítima de um golpe.
Na ONU, ela só vai falar, não será interpelada. O que provocará um silencioso “So what?” e olhe lá.
Mas os jornalistas certamente não a deixarão escapar sem que ela explique que tipo curioso de golpe é esse: tendo embarcado livremente no avião presidencial que é mantido e pilotado pela Força Aérea Brasileira, passará dois dias ausente de seu posto que nesse meio tempo será diligentemente guardado pelo vice-presidente, que o devolverá a ela mal ela chegue ao Brasil.
Que golpe é esse? A mim me parece que ela levou foi um golpe na cabeça!
Dona Dilma se gaba de ser um coração valente que lutou bravamente contra os militares que queriam fazer do Brasil o quintal do imperialismo americano, ou seja, o Lobo Mau.
Será que não lhe causa certo mal estar ir se queixar de nossas mais altas instituições justo na casa do Lobo Mau?
Será que ela pensa que algum jornal de peso irá acreditar nessa lenga-lenga que faz dos brasileiros uns palhaços?
E se lhe perguntarem: “Mas, afinal, a senhora veio pedir asilo? Não pode voltar ao Brasil? É isso?”, o que ela vai responder?
Henry Kissinger, personagem que com certeza dona Dilma não esquece pelo papel que lhe coube na América Latina dos anos de chumbo, forjou uma frase marcante: "Não vejo motivos para que fiquemos inertes diante de um país que marcha para o comunismo devido à irresponsabilidade de seu povo. São questões muito importantes para serem deixadas por conta dos eleitores chilenos".

Jamais concordei com essas palavras que considero perniciosas, mas também não acho que o voto canoniza. Não canoniza. O voto pertence ao eleitor e se ele assim o desejar, deve ter o direito de reconhecer que errou, que votou mal. Não deve ser obrigado a beber do cálice da amargura até a última gota.
Como disse no início deste artigo, não sei se dona Dilma vai mesmo pedir apoio à ONU.
Mas creio que ela não vai perder a chance de matraquear contra o golpe do qual se acha vítima em entrevistas a jornais internacionais. Não acredito que ela tenha ido a New York por outro motivo.
Pena que seu coração valente não se preocupe mais em honrar o Brasil e os brasileiros do que em nos tratar como palhaços um tanto ou quanto apatetados. 
O que me dá esperança é que não há nada como um dia atrás do outro...

sábado, 9 de abril de 2016

Coisas da "Pátria Educadora" > “Vamos ocupar os gabinetes deles (parlamentares ruralistas) e as fazendas deles contra o golpe",


POLÍTICA

“Só use em caso de necessidade”




Dilma Rousseff usa o Palácio do Planalto como palanque (Foto: Arquivo Google)



Ontem à tarde, voltando do médico, quando meu filho perguntou sobre os exames que foram pedidos, eu lhe entreguei as receitas e expliquei: “esse que pede o holter, é para ser usado só em caso de necessidade”.
Para nossa surpresa, o taxista que nos conduzia riu e disse: “esse é igual ao termo de posse do Lula, não é isso? Só se precisar!”.
Estávamos, meu filho e eu, tensos e preocupados, por isso a intervenção do motorista foi acolhida com prazer. Ele desanuviou o ambiente.

Mas mais do que isso, a mim serviu como prova inconteste que o povo está, como nunca esteve, inteiramente por dentro do que se passa em Brasília e que, desta vez, não vai ser fácil o Governo Federal nos colocar para escanteio.
O Brasil é nosso e isso precisa ficar bem claro.
Dona Dilma e sua entourage agem como donos do campo e da bola. Não são. São somente as pessoas que estão onde estão para administrar o país, desde que respeitem o que for decidido pelo Legislativo e pelo Judiciário. Desde que honrem a Constituição.

Estamos quebrados, falidos, arrebentados. Falo do Rio porque aqui vivo desde 1940 e nunca vi esta cidade tão triste, tão revoltada, tão sofrida.

Trinta e três categorias entraram em greve. O Estado do Rio está em colapso nos hospitais, nas escolas, nos serviços de atendimento e gerenciamento dos órgãos que deveriam servir à população. O governo estadual confessa que está sem dinheiro em caixa. Não pode pagar os salários, por isso desde novembro de 2015 acena com o parcelamento de salários, o que é uma afronta ao cidadão que não pode alegar o mesmo ao pagar suas contas.

O Brasil já está no fundo do poço. Dizem que esse poço tem um porão. Acredito, porque falta dinheiro para tudo, menos para os gastos do Governo Federal.  Por exemplo, quem banca os gastos de Lula, o ex-presidente que hoje é, talvez, quem sabe, futuro ministro-chefe da Casa Civil de dona Dilma, que vai e volta, para lá e para cá, de jatinho particular e, para não desobedecer tão frontalmente o STF, montou seu gabinete num hotel de luxo em Brasília? Não acredito que seja de seu bolso, ele não tem esse costume...
Dona Dilma usa a sede do Governo, o belo Palácio do Planalto, como palanque para se defender do impeachment, que é o tema mais candente de seu Governo. Aliás, mais candente e único, tudo o mais foi deixado de lado.
Noutro dia fiquei chocada com o discurso, dentro do Palácio, na presença de dona Dilma e em frente à parede que traz o logo Brasil Pátria Educadora, do secretário de administração e finanças da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Santos, que convocou seus companheiros a invadir terras de parlamentares ruralistas, como forma de evitar o impeachment: “Vamos ocupar os gabinetes deles e as fazendas deles contra o golpe", afirmou, alterado.
O que fez dona Dilma? Levantou-se e deu voz de prisão a esse destemperado? Ora, não sejamos inocentes. Ela o aplaudiu e mais, deu-lhe um fraternal abraço!
Não consigo atinar com os motivos que podem levar dona Dilma a se aferrar com tanto empenho ao Poder, a ponto de serem visíveis os danos que isso está fazendo à sua saúde, notáveis na palidez e abatimento de seu rosto.
Como não é amor à sua Saúde, nem muito menos amor ao Brasil, quais serão esses motivos?

sábado, 27 de fevereiro de 2016

" Pense num absurdo, no Brasil tem " ... / Maria Helena RR de Souza

Pense num absurdo, no Brasil tem

A frase original do governador Otávio Mangabeira (1947 e 1951) é outra: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente
Charge (Foto: Do Blog do Amarildo em 24 de fevereiro de 2016)
Do Blog do Amarildo em 24 de fevereiro de 2016
”.
Não sei se foi o Brasil que habituou a Bahia a cultivar esse vezo ou se foi a Bahia que adotou o ritmo por ser brasileira, o que eu sei é que aqui acontecem coisas do arco da velha que, penso eu, não se vê em nenhum outro lugar do mundo.
Por exemplo, você conhece outro país onde um condenado, um presidiário em prisão domiciliar, um senador, possa continuar a atuar no Parlamento? Eu não conheço e peço, encarecidamente, se alguém conhecer que me informe, pois há um detalhe que está me intrigando muito: os votos dele valerão tanto quanto os de um senador sem nenhuma mancha em sua vida?
Outro exemplo: empreiteiras generosas reformam e enriquecem imóveis urbanos e campestres de um ex-presidente. Não esquecem nenhum detalhe, como antena parabólica para que os frequentadores não se privem do prazer de usar a TV, a Internet e telefones celulares. 
De hoje em diante, não devemos mais dizer “isso foi um presente de pai para filho”. O certo será dizer “isso foi presente de empreiteira!”.
Outro detalhe curioso: será que existe curso para capacitar profissionalmente uma pessoa a viver como ‘operador de propina’ de uma empresa?  Ou basta a indicação de um amigo? Pergunto por que fiquei tentadissima em me oferecer como ‘operadora de propina’ depois de ler sobre a mansão e a coleção de automóveis antigos do polonês Zwi Skornicki. Fora uma lancha, 48 obras de arte e os detalhes em seu facebook sobre viagens internacionais, paixão que ele cultiva com enorme prazer e com o bolso recheado.

Foi em casa desse afortunado senhor que a PF encontrou uma carta endereçada a ele e a seu filho Bruno que tinha como remetente ‘Monica Santana’, com endereço na Polis Propaganda, agência do marqueteiro do PT.  Foi em decorrência dessas investigações iniciais, de 2014, que a PF chegou a Santana.

O casal João Santana foi detido e está em Curitiba. Chegaram sorridentes. Já depuseram e a lista de absurdos que disseram é muito longa para o espaço que aqui me cabe.
Mas há alguns que não posso deixar de mencionar:
- O marido declarou que não sabe nada dos dinheiros nem onde estão nem como foram aparecer em suas contas. Por quê? Porque ele é o artista, ele não lida com coisas chãs, ele lida com a arte de transformar seus candidatos em gente merecedora de votos! Um verdadeiro artista! A parte mercenária não é com ele;
- quem sabe tudo sobre as finanças é sua mulher Mônica Moura. Ela é a responsável pelas movimentações e que ele "não sabe dizer quais valores foram recebidos" na conta que era mantida como uma poupança para sua aposentadoria;
- o dinheiro que o operador de propinas lhes repassava era das campanhas de João Santana em outros países, como Angola, Venezuela, República Dominicana. É só uma tremenda coincidência serem países de dirigentes muito ligados aos petistas e onde a Odebrecht tem obras;
- segundo o ministro José Eduardo Cardozo os fatos que estão sendo investigados não têm nada a ver com a campanha de Dilma Rousseff em 2014!

Mas o mais belo absurdo para mim é a confissão de João Santana sobre os "eventuais conselhos de maneira esporádica” prestados ao governo federal e que não foram remunerados. Aos investigadores, ele disse que foi "um doador de serviços ao governo em razão do prazer que isso lhe gera e da facilidade que possui". (O Globo)
Nem Michelangelo trabalhou tanto e com tanto amor para os seis Papas que serviu. O florentino cobrava e cobrava bem.
João Santana é o verdadeiro artista.  Ars Gratia Artis é o que ele merece como epitáfio.