http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2012/04/funcionario-publico-se-aposenta-e-diz-que-recebeu-r-175-bilhao-sem-trabalhar-um-dia.html
Esta certamente não ajudará a causa dos funcionários públicos, muitas vezes alvos de piadas por ganhar o salário sem fazer muito esforço. Um funcionário público alemão decidiu se despedir dos colegas em seu último dia de trabalho com o seguinte e-mail: “Desde 1998, eu estava presente no escritório, mas sem fazer nada. Então eu estou muito bem preparado para minha aposentadoria. Adeus”, escreveu em mensagem enviada a 500 colegas.
SAIBA MAIS
Como se não bastasse, ele afirmou que em todo esse tempo empregado recebeu R$ 1,75 milhão em salários sem levantar um dedo.
O funcionário, que não foi identificado, acreditou que a mensagem não passaria de um tapa na cara dos colegas. O problema é que alguns dos que receberam o tal e-mail decidiram passar uma cópia para o jornal Die Welt.
“Não tenho nada a dizer sobre o assunto”, ele limitou-se a dizer ao repórter, quando foi abordado na porta de casa. “O e-mail era apenas para outros funcionários.”
Ele afirmou, porém, que trabalhou como fiscal desde 1974 e que a culpa de não ter trabalhado durante todo esse tempo não era sua e sim da regional. “Eles contrataram duas pessoas para um emprego e meu colega queria fazer o trabalho”, disse. “Claro que eu tirei vantagem da situação”.
Como ele tinha de ficar fora a maior parte do tempo, ele apenas carregava um laptop. Mas nunca recebeu um chamado e aproveitava o tempo para fazer outras coisas.
O prefeito da cidade de Menden, Volker Fleige, veio a público para dizer que ficou furioso quando recebeu uma cópia do agora famoso e-mail.
“Este tipo de comportamento é muito preocupante”, afirmou ao jornal. Ele lembrou que nunca o fiscal veio reclamar de que não havia trabalho para ele em todos os 38 anos em que ficou empregado como funcionário público. E finalizou dizendo que não haveria punição para o funcionário agora aposentado, mas que por causa de cortes no orçamento, a vaga que antes pertencia ao “boa vida” não existe mais.