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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Financial Times comenta o eventual envolvimento em corrupção e a sobrevivência política de Lula

terça-feira, fevereiro 16, 2016


'FINANCIAL TIMES' VÊ O PT DESMORONANDO

O jornal britânico Financial Times publica na edição impressa desta segunda-feira, 15, uma reportagem sobre o avanço das investigações no eventual esquema de corrupção que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto diz que o líder político será ouvido para esclarecer a reforma de um apartamento tríplex no Guarujá e cita o caso do sítio em Atibaia também alvo de investigações.
"Como as acusações estão chegando cada vez mais perto do ex-presidente, Lula e a esposa Marisa devem comparecer para serem ouvidos por um dos promotores públicos em São Paulo nesta quarta-feira. Sua sobrevivência política e a do PT estão cada vez mais em risco" cita a reportagem do FT. "Muitos analistas descartam as chances do partido de ganhar as eleições municipais neste ano e seus planos de tentar um retorno na eleição presidencial em 2018", destaca a reportagem.
O FT explica que Lula presta esclarecimentos atualmente sobre o apartamento no Guarujá que teria sido reformado por uma construtora ligada ao escândalo de corrupção na Petrobras. A publicação cita ainda que a imprensa brasileira também relata o caso do sítio em Atibaia, supostamente utilizado pelo ex-presidente e sua família e que também estaria na investigação.
A defesa do ex-presidente rechaça qualquer irregularidade e diz que "acontece uma campanha orquestrada por algumas autoridades que são motivadas por ideologia e por alguns setores da imprensa para arruinar a honra e a imagem de Lula".Do site Diário do Poder

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Financial Times é vendido para grupo japonês Nikkei / Época

http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/07/financial-times-e-vendido-para-nikkei-por-844-milhoes-de-libras.html?google_editors_picks=true

"Financial Times" é vendido para Nikkei por 844 milhões de libras

Com a venda para os japoneses, o grupo britânico Pearson pretende concentrar esforços em seus negócios de educação 

REDAÇÃO ÉPOCA
23/07/2015 - 12h32 - Atualizado 23/07/2015 12h52 

Financial Times, jornal britânico de negócios, foi vendido para o grupo de mídia japonês Nikkei por 884 milhões de libras (cerca de R$ 4,3 bilhões). A confirmação do negócio ocorreu nesta quinta-feira (23), horas depois de o grupo editorial Pearson ter afirmado que estava em negociação para vender seu periódico. Especulou-se que o grupo alemão Axel Springer SE poderia ser o comprador. O negócionão inclui a participação de 50% da editora Pearson no The Economist Group ou a sede do FT, em Londres.
"A Pearson foi proprietária orgulhosa do FT por cerca de 60 anos. Mas alcançamos um ponto de inflexão na mídia, conduzido pelo explosivo crescimento de mobile e social. Neste novo ambiente, o melhor caminho para assegurar o sucesso jornalístico e comercial é ele ser parte de uma companhia de notícias global e digital", afirmou o CEO da Pearson, John Fallon, em comunicado.
Com a venda, a Pearson deve concentrar seus esforços na unidade voltada para a educação, com livros didáticos e ferramentas de ensino online para estudantes e professores.
Segundo reportagem do The Guardian, há muito já se falava que o FT, fundado em 1888, poderia ser vendido. A antiga CEO do grupo Marjorie Scardino, entretanto, chegou a dizer que o jornal seria vendido "sobre seu cadáver". Ela foi substituída no posto por John Fallon há dois anos, que já chegara a negar, em 2013, outros rumores sobre a venda.
De acordo com o USA Today, o FT Group teve lucro operacional de 24 milhões de libras (cerca de R$ 122 milhões) em 2014. O jornal tem circulação impressa e digital global de 720 mil exemplares. O Nikkei foi fundado em 1876. O jornal japonês tem 3 milhões de assinantes. O grupo tem ainda outros periódicos, agência de notícias, revistas, canais de TV e outros negócios digitais.
LY

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aversão á Copa é uma versão da mídia ?

http://m.jb.com.br/pais/noticias/2014/05/26/financial-times-brasil-terra-do-futebol-desiludida-com-a-copa/


Financial Times: Brasil, terra do futebol, desiludida com a Copa 


Jornal do Brasil
O jornal inglês Financial Times publicou uma reportagem neste domingo (25) relatando que os brasileiros não estão ansiosos em relação à Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho. Segundo o autor, não são só as greves e protestos que dão esta impressão, mas também a falta de decoração nas ruas. Normalmente, afirma a matéria, ela já teria começado logo após o Carnaval.
O texto aponta duas causas para a falta de entusiasmo. Primeiro, a ansiedade diante da Copa poderia envergonhar os brasileiros diante do resto do planeta. Além disso, as pessoas podem estar relutantes em se associar a um evento envolvido em críticas de corrupção e gasto excessivo de dinheiro público quando serviços básicos não são entregues.
A segunda possibilidade é de que os brasileiros estão mais velhos e ocupados do que estavam durante os triunfos nas últimas décadas, o que os deixa com menos tempo para pensar sobre futebol. A porcentagem de pessoas entre 15 e 24 anos caiu em 21% em 1980 para 17% agora, segunda dados do Nomura e do IBGE. Ao mesmo tempo, o número de brasileiros de 25 a 29 anos cresceu de 35% de 1980 para 48%. Quase que totalmente as pessoas nesta faixa etária estão  empregadas. O desemprego é o mais baixo em muito tempo, atingindo 4,9% em abril, comparado com os 12% de uma década atrás. 
De acordo com a matéria, o governo está se esforçando com a publicidade, dizendo aos brasileiros que esta é a "Copa das Copas", ou a maior Copa de todos os tempos, e tentando convencê-los que o torneio é deles. O jornalista acredita que a energia dos cidadãos retornará assim que os times internacionais começarem a chegar. 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Pois é ... Dilma perde a aura de gerentona...

http://m.jb.com.br/pais/noticias/2014/05/05/financial-times-critica-dilma-e-a-compara-a-irmaos-marx/?from_rss=None

'Financial Times' critica Dilma e a compara a 'Irmãos Marx'

Agência ANSA
O jornal Financial Times pede um "choque de credibilidade" no Brasil. Em editorial publicado nesta segunda-feira (5), a publicação afirma que se o governo de Dilma Rousseff não mudar de rumo, as eleições presidenciais poderão resultar em uma mudança.    
O editorial tem um tom duro contra a presidente brasileira. "Pobre Dilma Rousseff", inicia o texto.    
Para o Financial Times, a presidente do Brasil projetava "uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel", mas resulta em um trabalho mais parecido com o dos comediantes Irmãos Marx. 
"Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o País, enquanto o trabalho para os Jogos Olímpicos de 2016 é classificado como 'o pior' que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, que era o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora", diz o texto.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Sorria, você está sendo roubado...! // Guilherme Fiúza


Do blog de Ricardo Noblat

POLÍTICA

Sorria, você está sendo roubado, por Guilherme Fiúza

Guilherme Fiuza, O Globo
O “Financial Times” disse que o jeitinho brasileiro chegou ao comando da política econômica. O jornal britânico se referia à solidariedade entre os companheiros Fernando Haddad e Guido Mantega, num arranjo para que a prefeitura de São Paulo retardasse o aumento nas tarifas de ônibus, ajudando o Ministério da Fazenda a disfarçar a subida da inflação.
A expressão usada pelo “Financial Times” é inadequada. Os britânicos não sabem que esse conceito quase simpático de malandragem brasileira está superado. O profissionalismo do governo popular não mais comporta diminutivos.
No Brasil progressista de hoje, os números dançam conforme a música. E a maquiagem das contas públicas já se faz a céu aberto: o império do oprimido perdeu a vergonha.
No fechamento do balanço de 2012, por exemplo, os companheiros da tesouraria acharam por bem separar mais 50 bilhões de reais para gastar. Faz todo o sentido. Este ano as torneiras têm que estar bem abertas, porque ano que vem tem eleição e é preciso irrigar as contas dos aliados em todo esse Brasil grande. A execução do desfalque no orçamento foi um sucesso.
Entre outras mágicas, o governo popular engendrou uma espécie de “lavagem de dívida” para fabricar superávit. Marcos Valério ficaria encabulado.
O Tesouro Nacional fez injeções de recursos em série no BNDES, que por sua vez derramou financiamentos bilionários nas principais estatais, e estas anteciparam sua distribuição de dividendos, que apareceram como crédito na conta de quem? Dele mesmo, o Tesouro Nacional — o único ente capaz de torrar dinheiro e lucrar com isso.
Ao “Financial Times”, seria preciso esclarecer: isso não é jeitinho, é roubo.
Leia a íntegra em Sorria, você está sendo roubado

Guilherme Fiúza é jornalista

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Economia do Brasil "tirou nota baixa" neste semestre, diz o professor Financial Times



Mantega 'errou feio', avalia o jornal 'Financial Times'

Diário britânico critica medidas protecionistas e aponta que o México, um mercado mais aberto, está crescendo mais rápido que o Brasil

Para Financial Times, as previsões de Mantega são 'desconcertantes' (Valter Campanato/ABr)
Ministro da Fazenda, Guido MantegaEm reportagem publicada na tarde desta quarta-feira, o jornal britânico Financial Times afirmou que o desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre – com alta de apenas 0,6%, abaixo da expectativa do mercado e do próprio Banco Central – foi, no mínimo, frustrante. O diário destacou que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nacional ficou aquém do crescimento de todos os países emergentes e que o ministro Guido Mantega "errou feio". Duas foram as principais falhas do economista: em primeiro lugar, o fato de ter espalhado aos "quatro ventos" que a atividade estava em franca recuperação e, em segundo lugar, por ter afirmado a jornalistas, poucos dias antes do anúncio do IBGE, que o crescimento do PIB anualizado entre julho e setembro seria de cerca de 4%. "Os números apresentados hoje fazem com que as afirmações do ministro Mantega tenham um caráter desconcertante", afirma o FT.
O diário reconhece que há uma leve retomada em curso no país. "Em números anualizados, a economia está crescendo 2,4%", afirma. Contudo, a economia não está se recuperando num ritmo acelerado. "Talvez, Mantega tenha prestado excessiva atenção à projeção de PIB divulgada pelo boletim Focus, do Banco Central, em 14 de novembro, que previa um crescimento de 1,15% no terceiro trimestre – e uma taxa de crescimento anualizada de 4,6%", diz o jornal.
Protecionismo – O FT ainda apontou que o Brasil pode estar combatendo o inimigo errado ao criar inúmeras medidas protecionistas, como o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados e a fixação do Palácio do Planalto por enfraquecer o real. "Muito da retórica do governo tem foco na taxa de câmbio, com Mantega acusando os Estados Unidos de inflarem o valor do real contra o dólar por meio de uma política monetária expansionista. Mas economistas argumentam que muito mais precisa ser feito", afirma o FT. "Esse desempenho fraco abre espaço para a presidente Dilma introduzir medidas de urgência nas tão necessárias reformas que empurrarão o investimento em infraestrutura no país", acrescenta.
México – O jornal comparou novamente o desempenho do Brasil com o do México. "O México, por exemplo, tem uma economia muito mais aberta ao comércio internacional e está crescendo muito mais rápido que o Brasil." "É preciso ver o que o México fez em termos de contenção de custos", disse ao FT o economista Alberto Ramos, do Goldman Sachs. "Ao não conter gastos, o Brasil é precificado fora da economia global. O país não tem problema cambial, e sim um problema de competitividade", afirmou.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Será que o investidor externo quer arriscar seu dinheiro no futuro do Brasil?

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/07/120716_risco_brasilapatia_pu.shtml

Existe o risco de uma ‘Brasilapatia’?

Atualizado em  16 de julho, 2012 - 06:29 (Brasília) 09:29 GMT
Em um cenário de renovada desaceleração econômica global, o Brasil pode vir a enfrentar uma temível "apatia" dos investidores estrangeiros, de acordo com a avaliação de um economista brasileiro da Universidade de Columbia, em Nova York.
Até agora, o país surfou em uma onda positiva de boom de commmodities, dinamismo econômico, expansão do mercado doméstico, aposta do setor privado neste mercado e status de destino privilegiado de investidores internacionais.
Entretanto, o modelo centrado no aumento do consumo doméstico e na expansão do crédito dá mostras de arrefecimento.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil alertam que é preciso resolver o impasse das reformas para estender o bom momento econômico no futuro.
No campo externo, um dos motores do crescimento brasileiro – a expansão rápida da economia chinesa – esfriou no segundo semestre deste ano, desacelerando para o seu menor nível desde 2009.
Paralelamente, as revisões para baixo da capacidade de crescimento do Brasil podem corroer a capacidade do país de atrair investimentos, crê Marcos Troyjo, professor-adjunto de Escola de Assuntos Públicos e Internacionais de Columbia, em Nova York.
Para Troyjo, este seria o efeito mais importante da desaceleração global, já que o Brasil tem uma taxa de poupança relativamente baixa e precisa dos investimentos externos para complementá-la.
"Antes havia uma Brasilfobia – achava-se que o Brasil não era um porto seguro para os investimentos. Depois houve uma Brasilmania. Agora estamos vendo uma Brasilapatia", argumentou o pesquisador.
"Está todo mundo esperando para ver se o país avança nas reformas para aumentar a sua competitivdade: diminuir e simplificar impostos, reduzir o Estado, investir em ciência e tecnologia e modificar suas leis trabalhistas."

Dependência chinesa

O esfriamento da economia chinesa no segundo timestre deste ano, quando registrou crescimento de 7,6% - sua pior taxa em três anos -, acendeu o sinal amarelo para os efeitos disto no mundo e no Brasil em particular.
A China responde por 18% das exportações brasileiras. Uma desaceleração no país asiático, portanto, tem impacto sobre as trocas do Brasil com o exterior.
Todo o comércio exterior equivalia a apenas cerca de 20% do PIB brasileiro no fim do ano passado, com a participação das exportações para a China representando menos de 2% da riqueza nacional.
Mas para o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria, a maior preocupação da desaceleração chinesa não é o impacto direto sobre as trocas bilaterais. É o efeito da redução da demanda sobre os preços das commodities vendidas pelo Brasil para o mundo.
As exportações nacionais para a China são concentradas em cinco produtos – soja, minério de ferro, petróleo, celulose e açúcar – sendo que os três primeiros respondem por 85% do total.
"Setorialmente, o efeito que a China tem sobre a economia do Brasil é maior do que a participação no PIB revela", diz Faria. Ele dá como exemplo os contratos para fornecimento de minério de ferro, que têm sido fechados a preços menores desde o ano passado.
Troyjo argumenta que o Brasil apostou tanto no seu comércio com a China, centrado em matérias-primas, que "dormiu no ponto" na questão fundamental de elevar a participação das manufaturas na sua pauta de exportações.
Tanto Troyjo quanto Faria concordam que seria benéfico para o Brasil fazer um esforço na relação com os EUA – para quem o país vende produtos de maior valor agregado e na qual nenhum produto tem dominância completa sobre a pauta.
A participação dos EUA nas exportações brasileiras tem caído para cerca de 10% do total comercializado com o exterior em 2011. No ano passado, as vendas brasileiras para o país chegaram a quase US$ 26 bilhões, ainda um pouco abaixo do nível de 2008.
Neste ano, até junho, o desempenho estava caminhando para se repetir. Mas Faria nota que parte do impulso por trás das vendas brasileiras para os EUA se deve às exportações de petróleo.
Além do quê, é possível que uma desaceleração tanto ao norte quanto ao sul do Equador tenha um efeito negativo sobre essas trocas.

Investimento

Possivelmente, uma desaceleração global também pode afetar os investimentos no Brasil, por causa da percepção reduzida de ganhos por parte dos investidores.
Após chegarem a prever uma expansão de 4,5% para a economia neste ano, as estimativas do mercado já se situam abaixo de 2%. Apenas o governo e organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) são mais conservadores no rebaixamento de suas projeções.
Ao mesmo tempo, os céticos ainda aguardam os resultados das medidas de estímulo tomadas pelo governo brasileiro, de isenção de impostos combinada com compras governamentais. Medidas que os críticos têm qualificado de "paliativas".
É consenso que, sem o mesmo dinamismo econômico das principais economias emergentes, é mais difícil para o Brasil abocanhar uma parte mais significativa dos investimentos destinados a esses países.
A Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet) estima que o Brasil receberá investimentos estrangeiros da ordem de US$ 50 bilhões neste ano, uma queda de 25% em relação ao ano passado.

'Exportar ou morrer'

No mesmo período, o fluxo global de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no mundo deve chegar US$ 1,6 trilhão – ou aumento de 5% no mesmo período do ano anterior, nas estimativas da agência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
Ao divulgar uma pesquisa da Unctad no início deste mês, o presidente da Sobeet, Luís Afonso Lima, disse que "no longo prazo, o Brasil começa a perder um pouco o brilho" de que hoje goza aos olhos dos investidores.
Os especialistas creem que o país só recuperará este brilho se fizer reformas que desonerem as suas exportações e aumentem a sua competitividade no mercado externo.
"O Brasil está na mesma situação que estava depois da crise asiática (de 1997), quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a alternativa para o país era ‘exportar ou morrer’", sustenta Troyjo.
"O melhor estímulo para a economia brasileira não é tentar aumentar o consumo através de renúncia fiscal deste ou daquele produto, mas dar um sinal de que está comprometido com reformas sérias para elevar a sua competitividade."
Na mesma linha, Faria acredita que o país precisa aproveitar um momento econômico que ainda lhe é favorável para fazer as reformas e se tornar mais atrativo aos olhos externos.
"Há uma incapacidade das forças políticas do Brasil de pensar no mais longo prazo”, reclama o porta-voz dos exportadores. "O problema é que esse momento favorável uma hora pode deixar de sê-lo."

quarta-feira, 21 de março de 2012

Encyclopaedia Britannica abandona o papel - Reproduzido do Valor Econômico, 14/3/2012; intertítulo do OI | Observatório da Imprensa | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito


Por David Gelles em 20/03/2012 na edição 686

Encyclopaedia Britannica abandona o papel - Reproduzido do Valor Econômico, 14/3/2012; intertítulo do OI | Observatório da Imprensa | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito

TEMPOS MODERNOS

encyclopedia-britannica-wikipedia.jpg (640×426)Encyclopaedia Britannica abandona o papel

Reproduzido do Valor Econômico, 14/3/2012; intertítulo do OI

Depois de 244 anos, a Encyclopaedia Britannica vai parar de publicar sua versão impressa, de 32 volumes. Em vez disso, vai concentrar-se em seus esforços digitais, em um marco que ressalta a mudança de rumo dos produtores de conteúdo na era da internet. Publicada pela primeira vez em Edimburgo, na Escócia, em 1786, a Encyclopaedia Britannica imprimiu mais de 7 milhões de coleções, tornando-se pedra de toque cultural à medida que o conhecimento era democratizado nos séculos 19 e 20.
“Estou de coração partido”, disse A.J. Jacobs, que leu toda a Encyclopaedia Britannica para seu primeiro livro, The Know-It-All (O Sabe-Tudo, em tradução livre). “Havia algo tão maravilhosamente concreto na versão impressa, e eu amava a ideia de que todo conhecimento do mundo podia estar contido naquelas páginas.” O explorador Ernest Shackleton levou alguns volumes da enciclopédia em sua malsucedida expedição para a Antártica, e os teria queimado, página por página, para manter-se aquecido. “Você não pode fazer isso com a internet”, disse Jacobs.
Jorge Cauz, presidente da companhia Encyclopaedia Britannica, disse que abandonar a publicação dos volumes impressos era um passo necessário para a evolução da companhia. “Nós vimos há algum tempo que isso aconteceria”, afirmou. “Não se trata de nos defendermos da Wikipedia, mas precisamos diversificar e digitalizar.” O crescimento da web reduziu drasticamente as vendas da Britannica. De um pico de 120 mil coleções em 1990, o movimento caiu para apenas 8,5 mil coleções da edição vendida em 2010.
“Substituímos dinheiro impresso por trocados digitais”
Ao apostar na web, Cauz vai entrar em uma disputa direta com a Wikipedia, a enciclopédia online gratuita e cujo conteúdo é feito pelos próprios usuários. A Wikipedia tem largamente substituído a Britannica como principal fonte de informação. A Wikipedia tem mais de 3,7 milhões de verbetes, frente aos 100 mil da Britannica. Cauz disse que os verbetes da Britannica são checados por editores profissionais, o que os torna mais confiáveis que os da Wikipedia. Mesmo isso, no entanto, não a torna à prova de falhas, ele reconheceu. “Não vamos ser 100% precisos durante o tempo todo”, afirmou.
A Britannica também vai enfrentar uma tarefa difícil para fazer seu conteúdo fácil de achar no meio online. Cauz disse que tem boas relações com o Google e o Bing, o serviço de busca da Microsoft, mas que melhorar sua posição no ranking de busca permanecia um desafio. “Os algoritmos deles não diferenciam fato de ficção e conteúdo de boa qualidade do que não é de boa qualidade”, disse Cauz. “Nós poderíamos estar ganhando rios de dinheiro se fôssemos como a Wikipedia.”
O acesso online à Britannica estará disponível pelo preço de US$ 70 por ano – a cobrança será por número de usuários para empresas e organizações – e parte do conteúdo estará, em breve, disponível de maneira gratuita a todos os usuários. A companhia Encyclopaedia Britannica tem se afastado da enciclopédia. Os softwares educacionais agora representam 85% das receitas, enquanto 15% do faturamento vem das vendas das versões impressa e online do conteúdo da enciclopédia. Cauz disse que a companhia – uma empresa de capital fechado – tem sido lucrativa há oito anos, embora seja menor do que costumava ser. “Substituímos dinheiro impresso por trocados digitais”, disse Cauz.
[David Gelles, do Financial Times, de Nova York]