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sábado, 18 de abril de 2015

O Político do Brasil não tem jeito de mudar suas características... VEJA um exemplo de gestão de autoritarismo e irresponsáveis com o dinheiro público

18/04/2015
Mexa no bolso deles e veja o que aconteceria...

Em plena crise, Câmara do Rio flerta com a demagogia

Além de populista, a iniciativa é péssima mensagem da Casa à sociedade em tempo ruim na economia, porque quem vai pagar a conta é o contribuinte

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É mais um típico caso de cortesia com o chapéu alheio. Projeto assinado por 40 vereadores da base do prefeito Eduardo Paes na Câmara do Rio estabelece a meia-entrada para todos os funcionários municipais em cinemas, teatros e shows na cidade — o que incluiria cerca de 90,5 mil servidores da ativa e 85,5 mil inativos, num público total de 176 mil espectadores. A justificativa de facilitar o acesso à cultura e formar plateia mal encobre o principal objetivo dos parlamentares: fazer demagogia com o eleitorado, sem se importar com os custos. Como se não soubessem que, no final das contas, quem vai pagar a conta é o cidadão-contribuinte que não tem direito ao benefício, já que o valor do ingresso inteiro é aumentado para compensar as perdas na bilheteria.

Conforme afirmou ao GLOBO esta semana a produtora Bianca De Felippes, da Associação dos Produtores de Teatro do Rio, a iniciativa equivale a um imposto de 50% em cima do trabalho da categoria, que, como ela lembra, paga integralmente ao Ecad, o Imposto de Renda e o ISS: “Virou uma farra”, diz ela. Tem razão. A meia-entrada equivaleria a 65% da arrecadação nas bilheterias cariocas, incluindo professores e servidores da Educação, incluídos recentemente entre os beneficiários.
Os vereadores cariocas, verdade seja dita, não são os únicos a avançar na arrecadação alheia para se promover. O uso de recursos públicos — o mais comum — ou de terceiros para afagar os eleitores é tradição na política brasileira. Assim surgiram programas sociais que atendem a inegáveis necessidades da população, mas cuja motivação primordial é acentuar a dependência do cidadão em relação ao Estado e, por extensão, garantir votos.
Na área da cultura não seria diferente. Leis e decretos que garantem meia-entrada a estudantes, independentemente da condição econômica, se espalham pelo país.
A proposta dos vereadores do Rio está em análise nas comissões da Câmara e ainda será votada. Chegando ao plenário, a aprovação é certa, o que seria uma péssima mensagem à sociedade que já está pagando a conta da crise, via aumento de tributos.
A eficácia da medida é questionável. Se a meia-entrada permite melhorar a vida cultural de estudantes, jovens e idosos, por outro lado, o ingresso majorado para compensar as perdas afasta o público que não se enquadra em nenhuma das categorias beneficiadas. Nem mesmo os dividendos políticos para quem propõe ou apoia tais projetos são garantidos. O eleitor que vai às ruas protestar contra a corrupção não se ilude mais com medidas demagógicas enquanto sofre com desemprego, imobilidade urbana e inflação. Quer, sobretudo, gestão eficiente do dinheiro público . E beneficiar a minoria à custa do prejuízo da massa não é exemplo de boa gestão.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma casa de ilusões...

Imagine suas contribuições irem para o 'ralo' em um ambiente cheio de imunidades, de impunidades provocadas por uma casa de fantasmas e de ilusionistas

"O relógio marca 16 horas. É o sinal para que o plenário vazio comece a encher, com a chegada dos ocupantes das 51 cadeiras da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Mas quase nada acontece. Na última quarta-feira, na abertura da sessão no Palácio Pedro Ernesto, só sete vereadores deram o ar da graça – apesar de o painel marcar 26 presenças. A partir daí, o triste e enfadonho roteiro do plenário do Legislativo municipal do Rio é conhecido. O ritual começa com o pedido, pela oposição, para verificação nominal dos políticos. .."

"A sessão abre às 14h com sete assinaturas. Normalmente, três vereadores se inscrevem para falar. Na ausência de plateia, já estão acostumados a discursar apenas para a TV Câmara. Às 16h, a sessão é reaberta com 17 assinaturas. Quando é feita a contagem de presenças, a casa, que tem 51 vereadores, costuma não cumprir o mínimo exigido. E, como quase uma regra, perde-se mais um dia de plenário. “Há mais de 300 projetos de leis por serem votados”, afirma Teresa..."


"Na atual legislatura, encolheu a oposição, um vereador foi preso, carros importados foram comprados, o salário aumentou no meio do mandato e o plenário da casa de transformou em um grande vazio..."