Postagem em destaque

Uma crônica que tem perdão, indulto, desafio, crítica, poder...

Mostrando postagens com marcador Contas Abertas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Contas Abertas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de junho de 2014

Governo gasta mais em estádios do que investe em dois anos na Saúde...



Home » Blog » Valor gasto em estádios equivale a dois anos de investimentos federais em Saúde

Valor gasto em estádios equivale a dois anos de investimentos federais em Saúde

Os R$ 8 bilhões gastos com a construção dos estádios para a Copa do Mundo equivalem ao dobro do investido pelo governo federal em saúde em 2013 e é maior que valor de investimentos em educação no ano passado. Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 3,9 bilhões. No Ministério da Educação, os valores aplicados no exercício passado foram de R$ 7,6 bilhões.
Em defesa às críticas em relação a disparidade entre os gastos com os estádios da Copa e os investimentos nas áreas, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os “investimentos” federais nas áreas foram de R$ 825 bilhões desde 2010, mais de cem vezes o gasto em estádios – R$ 8 bilhões.
O valor ressaltado pela presidente, no entanto, diz respeito a todos os dispêndios com saúde e educação, desde o pagamento de pessoal aos gastos com o custeio das pastas, e não apenas aos investimentos (GND4). Esses – que englobam apenas as aplicações em obras e compra de equipamentos, ou seja, contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital – foram bem mais baixos.
De acordo com pesquisa realizada pelo Contas Abertas com dados do Ministério do Planejamento, de 2010 para cá, R$ 719,6 bilhões foram gastos nos ministérios da saúde e educação, considerados os valores correntes de cada ano. Os investimentos representam apenas R$ 47,5 bilhões deste montante.
Dilma também afirmou que R$ 106 bilhões serão “investidos” em saúde em 2014, e R$ 83,3 bilhões em educação. O orçamento atualizado para os Ministérios prevê dotações ainda maiores – R$ 106,7 bilhões e R$ 112,4 bilhões, respectivamente -, mas os recursos orçados para investimentos somam R$ 9,9 bilhões e R$ 14,1 bilhões.
Em termos de comparação exclusivamente em investimentos, com os R$ 8 bilhões gastos na construção dos estádio seria possível construir 4.000 Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) de porte II, que cobrem locais que possuem entre 100 mil e 200 mil habitantes e recebem até 300 pacientes diariamente.
Com o valor também seria possível erguer 2.263 escolas com capacidade de 432 alunos por turno, cada. Uma escola com 12 salas de aula e quadra coberta, financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), custa R$ 3,5 milhões.
Como o Contas Abertas divulgou ontem, o deputado Romário (PSB-RJ) afirmou ser lamentável a presidente da república dissimular números para confundir a população. “Ela não pode comparar investimentos em estádios com o orçamento global para saúde ou educação. Investimentos com estádios devem ser comparados com investimentos na construção de hospitais ou escolas”, afirmou o parlamentar.
O deputado também destacou que alguns estádios, em sua maioria financiados com dinheiro do governo federal, serão pagos pelos estados e municípios – além do Distrito federal – , com recursos públicos . Dessa forma, segundo ele, não é correto, por exemplo, comparar o valor que a União gasta com saúde com os R$ 1,6 bilhão que o Distrito Federal gastou com construção do Mané Garrincha. “Dilma está tentando defender o indefensável e cada dia se enrola mais com suas próprias palavras”, defende Romário.
Fonte: Contas Abertas.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

"Mais médicos" tem custo de mais de meio bilhão de reais / Contas Abertas

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=2224
08/10/2013     Cheia de eufemismos

Mais Médicos já custa quase meio bilhão

Dyelle Menezes
Do Contas Abertas
Dentre as respostas que o governo federal tenta oferecer à população brasileira depois dos diversos protestos que aconteceram no país no mês de junho está o programa Mais Médicos, que pretende levar assistência médica para regiões onde há escassez e ausência de profissionais. Apesar de ainda sofrer críticas e enfrentar diversos problemas, para o programa já foram reservados em orçamento R$ 452,1 milhões. Ao todo, R$ 584,4 milhões estão autorizados para a iniciativa. 
Os dados levantados pelo Contas Abertas mostram que a maior parcela dos recursos está sendo paga pelo Ministério da Saúde, que é responsável por quase 99% do total autorizado. Os recursos estão alocados no programa “Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Duas ações são agraciadas pelos recursos. A principal é a “Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família” que originalmente prevê repasse de verbas do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde ou, excepcionalmente, para os Fundos Estaduais de Saúde.
A iniciativa possui o objetivo de estimular a implantação de equipes de saúde da família, agentes comunitários de saúde e equipes de saúde bucal, nos municípios, visando a reorientação das práticas assistenciais básicas, com ênfase nas ações de prevenção de doenças e promoção da saúde.
Outra ação inserida no Mais Médicos é a “Educação e Formação em Saúde” que, a princípio, compreende as iniciativas de ensino da Fiocruz, em nível médio, em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e os cursos de formação para o SUS, para a melhoria da qualidade de atendimento nos serviços de saúde e a formação de pesquisadores.
A entidade favorecida pelos recursos do programa é Organização Panamericana da Saúde (Opas), que já recebeu R$ 111,6 milhões em razão do Mais Médicos.  Além disso, mais R$ 400 milhões já foram empenhados em favor da entidade. A reserva, conforme descrição, destinou-se a atender o “1º termo simplificado de ajuste ao 3º termo aditivo ao 80º termo de cooperação e assistência técnica com a Opas para o desenvolvimento de ações  vinculadas ao projeto ampliação do acesso da população Brasil”.
Apesar de já estar em execução, o Mais Médicos ainda precisa da aprovação da MP 621/2013, que está na pauta do Congresso Nacional desta semana. Depois da reunião dos líderes da base com a presidente da República, Dilma Rousseff, nessa segunda-feira (7), o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o partido está disposto a abrir mão da obstrução ao projeto da minirreforma eleitoral (PL 6397/13, do Senado) para viabilizar a votação amanhã.
“Para nós, a prioridade é votar o Mais Médicos e nada pode interditar a votação nesta terça”, declarou. Guimarães destacou, no entanto, que o PT vai votar contra a minirreforma.
A votação do Mais Médicos depende do desfecho da minirreforma porque o PMDB ameaçou obstruir a MP em defesa da votação das mudanças eleitorais, que não foram apreciadas nas últimas duas semanas porque PT, PSB, PDT, PCdoB e Psol se uniram para inviabilizar a análise do projeto.
Ministério da Educação
Apesar da maior parcela dos recursos estar sendo coordenada pelo Ministério da Saúde, a Pasta da Educação também desembolsa verba para a iniciativa. O restante dos valores orçados, R$ 6,2 milhões, é aplicado por meio do  programa “Educação superior - graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão”.
A ação possui o objetivo de desenvolver programas e projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão universitária e de atendimentos à comunidades como a implementação de ações educativas e culturais, a manutenção da infraestrutura da extensão universitária para garantir o seu funcionamento e demais atividades inerentes às ações de ensino pesquisa e extensão.
Além disso, a verba da Educação prevê a formação de grupos tutoriais e de apoio acadêmico, compostos por alunos dos cursos de graduação, pós-graduação, mestrandos ou doutorandos, a realização de cursos de capacitação e qualificação de recursos humanos, a promoção de congressos, seminários e simpósios científicos e culturais e outras atividades necessárias ao desenvolvimento dos projetos em questão.
A iniciativa também tem como finalidade a concessão de recursos financeiros destinados à melhoria da infraestrutura de ensino e de pesquisa, à aquisição de insumos para laboratórios, à melhoria das condições de funcionamento de cursos e bibliotecas, à promoção e participação em eventos científicos, mediante critérios que levem em conta.

Polêmicas

O Conselho Federal de Medicina vai entrar com uma representação na Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciando o contrato firmado pelo governo brasileiro com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). O contrato possibilitou a vinda de médicos cubanos para trabalhar no Programa Mais Médicos.
Durante audiência pública na última quarta-feira (2), promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o representante da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze, afirmou que o estatuto da Opas não prevê que a entidade tenha a função de intermediar contratações de médicos, funcionando como agência terceirizadora de mão de obra no caso dos cubanos.
A mesma opinião é compartilhada pelo presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Avila. Ele afirmou que o Código Global de Conduta da OMS, que trata da contratação de pessoal da área da saúde, está sendo desrespeitado, pela falta de transparência no caso dos médicos cubanos. "Vários artigos da OMS impediriam a Opas de fazer essa intermediação. Tanto que nós vamos representar, na OMS, contra esse contrato de intermediação que a Opas fez. Vamos alegar que a Opas descumpre o Código de Conduta da própria OMS. Para nós, isso é o suficiente para uma denúncia."
O convênio do Brasil com a Opas foi divulgado, mas o convênio da Opas com Cuba não é público. Por isso, segundo o deputado Mandetta (DEM-MS), não se sabe exatamente, por exemplo, quanto o médico cubano vai receber por trabalhar no Brasil: parte do salário deve ir para o governo de Cuba. Os outros profissionais que atuam no Mais Médicos vão receber R$ 10 mil.
De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina, os cubanos vão ter a seu dispor apenas uma pequena parcela desse valor: cerca de 10%, segundo ele.

Passaportes retidos

Além disso, Roberto D'Avila afirmou que existem indícios fortes de violação dos direitos humanos dos médicos cubanos no Brasil. Ele destacou que os profissionais daquele país têm os passaportes retidos quando chegam ao Brasil, para não poderem deixar o País. Médicos de outras nacionalidades não sofrem essa mesma restrição.
O procurador-geral do Trabalho, Luis Antônio de Melo, afirmou que o Ministério Público do Trabalho já instaurou um inquérito civil público para analisar os aspectos trabalhistas do Mais Médicos. "As investigações já começaram e estão sendo realizadas. Eu não posso dizer que o Programa Mais Médicos está irregular ou que o Programa Mais Médicos é maravilhoso. No curso desse inquérito civil, nós vamos verificar se há alguma irregularidade. Havendo alguma irregularidade, nós temos dois caminhos: buscar uma regularização em sede administrativa, com um Termo de Ajuste de Conduta, ou provocar o Judiciário, se for o caso".
*Com informações da Agência Câmara

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Farra miúda com o nosso dinheiro.... Contas Abertas / Compras dos 3 Poderes

Confira as compras curiosas do governo em 

setembro (com seu dinheiro)

2 DE OUTUBRO DE 2013
De capinhas de iPhone 4S a champanhes amadurecidos “por leveduras”, confira as pequenas compras do governo federal em setembro, segundo a ONG Contas Abertas
gastos setembro Confira as compras curiosas do governo em setembro (com seu dinheiro)
Apuração: Marco Prates (Exame)
Design: Beatriz Blanco (Exame)
Fonte: Contas Abertas e Exame

sábado, 17 de agosto de 2013

Senado tem despesas curiosas... // Contas abertas

18/08/2013

Carrinho de compras: Senado gasta R$ 176,6 mil com eletrodomésticos

Walquíria Cassiano
Do Contas Abertas
Para equipar os restaurantes da nova praça de alimentação do Senado Federal, a Casa empenhou cerca de R$ 176,6 mil em eletrodomésticos na última semana. As compras servirão para os restaurantes “Escola dos Senadores” e “Escola de Massas e Risotos” da nova praça de alimentação do órgão. Os restaurantes serão administrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/DF).
Só no congelador elétrico o Senado empenhou R$ 77,9 mil. A máquina tem capacidade de 100 kg por ciclos personalizáveis. Entre os itens comprados para os restaurantes está também uma máquina embaladora a vácuo, da marca Jetvac, adquirida pela bagatela de R$ 39,4 mil. O aparelho é todo em inox e tem painel digital, 15 tipos de programação e uma bomba de vácuo que opera de 100 a 360m3/h.
Com a grande demanda dos restaurantes, máquinas para lavar a louça são extremamente necessárias. O Senado também acha, por isso adquiriu duas. Uma industrial pelo valor de R$ 7 mil, com capacidade de gaveta de 18 pratos, 36 copos de 7,5 cm de diâmetro ou 160 talheres, e outra por R$ 13,6 mil, com capacidade para 18 pratos de 27 cm de diâmetro, 9 bandejas lisas ou estampadas, 160 talheres e 36 copos.
A Casa também empenhou um triturador semi-industrial de pia no valor de R$ 1,6 mil, uma centrífuga automática extratora de sucos com potência de 700 W por R$ 3,5 mil e duas “misturadeiras de alimentos”, ou mixer, por R$ 1,9 mil cada uma. Dois processadores com dupla função Cutter e picador de legumes por R$ 19,8 mil também estão na lista. A compra para os restaurantes inclui ainda duas máquinas de gelo por R$ 10 mil.
O Senado empenhou também R$ 2 mil em três toalhas para mesa. O mais curioso é a aquisição de dois guardanapos de pano no valor de R$ 420,00 cada. O Contas Abertas questionou o órgão sobre o assunto, mas até o fechamento do carrinho de compras desta semana, não obteve resposta.
Além disso, mais um contrato de locação de veículos foi fechado para este ano. Dessa vez o Senado empenhou R$ 548,1 mil somente para veículos – sem motorista e sem combustível –, a serem utilizados no deslocamento dos parlamentares no Distrito Federal no período de 19 de setembro a 31 de dezembro. É o terceiro contrato do ano com empresas que prestam esse tipo de serviço. Com o valor, a Casa poderia adquirir 18 carros populares de R$ 30 mil.
Já a Câmara dos Deputados, preocupada com o paisagismo da residência oficial, empenhou R$ 4,2 mil em plantas. Foram cinco mudas de bougainvillea glabra com o valor de R$ 80,00 cada, e 150 unidades da espécie ficus benjamina a R$ 25,00 cada.
Confira aqui as notas de empenho da semana
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Contas Abertas - Autarquia responsável por Olimpíadas gasta R$ 1 milhão em aluguel de veículos

Contas Abertas - Autarquia responsável por Olimpíadas gasta R$ 1 milhão em aluguel de veículos
31/07/2013

Autarquia responsável por Olimpíadas gasta R$ 1 milhão em aluguel de veículos

Marina Dutra
Do Contas Abertas
A Autoridade Pública Olímpica (APO), responsável pela coordenação dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, reservou R$ 1 milhão para a locação dos veículos que vão atender ao presidente, aos servidores e colaboradores da autarquia durante o período de um ano.
Como uma das garantias oferecidas pelo Brasil ao Comitê Olímpico Internacional (COI), durante a candidatura da cidade do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, a APO foi criada em 2011 como um consórcio público interfederativo formado pelo governo federal, do Estado e Prefeitura do Rio. 
O objetivo principal da autarquia é a coordenação de ações governamentais para o planejamento e a entrega das obras e dos serviços necessários à realização dos jogos.
Com sede no Rio de Janeiro, a APO não possui veículos sob seu patrimônio, fator que serviu de justificativa para a contratação dos serviços de transporte institucional. O edital do pregão referente ao contrato prevê a locação de três tipos de veículos para a sede no Rio: Tipo A, Tipo B e Tipo C.
O veículo do Tipo A, que vai ser usado pelo presidente da APO, Marcio Fortes de Almeida, deverá ser similar ao Toyota Corolla Sedan XLI, usado pela autarquia como referência, com motor 2.0 e fabricação a partir de 2013. A locação do veículo, que inclui combustível e seguro total, mas não abrange as despesas com motorista, sairá por R$ 43,8 mil.
Para atender aos diretores da autarquia, serão alugados quatro veículos, também similares ao Toyota Corolla, só que com motor 1.8. Serão gastos R$ 513,9 mil com a locação dos automóveis, valor que inclui os gastos com motorista, combustível, seguro total e demais despesas.
Os demais servidores e colaboradores, por sua vez, contarão com seis veículos do Tipo C, que devem ser Volkswagen Voyage, com motor 1.0. A APO empenhou R$ 483,7 mil para o pagamento da locação dos utilitários, valor que engloba os dispêndios com motorista, combustível e seguro total.
O veículo do Tipo A ficará a disposição do presidente por tempo ininterrupto, de segunda-feira a domingo. Os automóveis utilizados pelos diretores ficarão disponíveis de segunda a sexta, das 7h às 22h e excepcionalmente, aos sábados, domingos e feriados. Os demais veículos poderão ser utilizados de segunda a sexta-feira das 8h às 20h, apenas nos dias úteis.

Gastos desde 2011
Desde a fundação da Autoridade Pública Olímpica, em 2011, até o dia 27 de julho, R$ 124,3 milhões já foram gastos pela autarquia. O Governo Federal liberou R$ 358,2 milhões entre 2011 e 2013. No primeiro ano de funcionamento da APO, R$ 20,7 milhões foram desembolsados. Em 2012, o valor pago foi quintuplicado, chegando a R$ 102,6 milhões. Para este ano, a previsão é de que até R$ 132,7 milhões sejam gastos.

Do total autorizado para 2013, R$ 1 milhão foi pago para apoio à implantação, gestão e manutenção APO. Grande parte do valor desembolsado corresponde a diárias pagas aos servidores da autarquia. De janeiro a junho, foram pagos R$ 304,5 mil com esse tipo de despesa, segundo dados do Portal da Transparência. O presidente da APO, Marcio Fortes de Almeida, recebeu R$ 9 mil em diárias até o mês de junho.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Ainda podemos economizar 42 MARACANÃS".... ! Ou mais um enrolo que vem rápido - Trem Bala - e pode encher as ruas...

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=1766
03/07/2013
Legado: o que ainda podemos aprender com a Copa?
Dyelle Menezes
Do Contas Abertas
embl-contas abertas.jpg (393×82)
Apesar de o gasto com aos estádios brasileiros já ser leite está derramado, em artigo denominado “Ainda podemos economizar 42 maracanãs”, Marcos Mendes e Alexandre Guimarães, consultores legislativos do Senado Federal, concluem que ainda há como a população brasileira tirar proveito da experiência com a Copa do Mundo de 2014 e obter legado efetivamente positivo.
Segundo os autores, as instituições públicas e privadas, tais como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público, as comissões temáticas do legislativo, as associações de classe, a imprensa e as ONGs precisam tomar consciência da existência do viés de otimismo e da deturpação estratégica. “Cada vez que um planejador público apresentar um projeto de alto custo, é preciso questionar as estimativas de custos e benefícios que são apresentadas”, expressam.
 Outra lição fundamental a ser aprendida pelos brasileiros seria a de que é fundamental elencar os investimentos por ordem de prioridade. “Não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, ainda mais com a restrição fiscal e a baixa capacidade de planejamento/execução do nosso setor público. O governo, ainda que conte com a participação da iniciativa privada, não consegue, ao mesmo tempo, construir estádios, ampliar metrôs, redesenhar corredores de ônibus, ampliar o saneamento básico, construir hospitais ou aperfeiçoar a educação. É imperioso ter uma lista de prioridades”, diz Marcos Mendes.
O artigo dos autores cita, por exemplo, o chamado “trem-bala”, que ligará o Rio de Janeiro à São Paulo. De acordo com os autores, o projeto de engenharia tem “toda pinta” de, assim como os estádios da Copa, ser um caso clássico de baixa prioridade associada à superestimativa de retorno econômico-social.
“O projeto não é prioritário porque será um meio de transporte de luxo, com passagens caras, destinado a transportar pessoas de renda alta entre Rio e São Paulo. O nó urbano em que vivemos evidentemente indica que o prioritário é fazer São Paulo, Rio e demais cidades saírem do engarrafamento permanente que existe dentro de cada cidade, ao invés de investir em transporte rápido, acessível a poucos, entre as cidades”, explica o artigo.
Segundo os autores, quando questionado sobre quão prioritário seria o trem-bala em relação a outros projetos de infraestrutura, uma autoridade governamental diretamente encarregada de desenvolver o projeto deu clara demonstração de não estar preocupada com o adequado ordenamento de prioridades. “O que temos que entender no Brasil é que esse falso dilema de prioridades levou o País a parar. “Quer dizer, vai lá no Pará e no Amazonas e vê se a Transamazônica não tem nenhuma funcionalidade lá hoje, se ela não gerou nenhuma transformação naquela região [...] Quer dizer, a gente tem que perceber que temos que olhar este país no que ele precisa e buscar fazer o que ele necessita. Vamos supor: vamos abandonar o trem de alta velocidade, vamos puxar um projeto e colocá-lo em pé. E qual será o projeto?”, teria dito a autoridade.
“Fazer uma lista de prioridades é, para essa autoridade, um “falso dilema”, ou seja, uma perda de tempo. Não importa buscar o projeto de maior retorno econômico e social: escolha-se qualquer um e toque-se em frente. É esse mesmo raciocínio que coloca estádios de futebol à frente de saneamento básico, transporte urbano e outras prioridades gritantes da realidade urbana brasileira”, conclui o artigo.
Os sinais de subestimativa de custos e superestimativa de benefícios no projeto do trem-bala estão por toda a parte e o enredo da novela é muito parecido com o dos estádios da Copa. Inicialmente, as autoridades afirmavam que não haveria um centavo de dinheiro público no projeto. Na formatação atual o governo já admite forte envolvimento de recursos públicos e subsídios do Tesouro via financiamento do BNDES, bem como está disposto a dar todo tipo de garantias e a absorver riscos.
Para o trem-bala, a estimativa de custo já pulou de R$ 18 bilhões para R$ 35,6 bilhões. Este é o valor atualmente apresentado pelas autoridades, mas com a ressalva de que está a preços de 2008. Corrigindo-se tal custo pelo índice de preços da construção civil (INCC) o valor pode chegar a R$ 50 bilhões, o equivalente a 42 Maracanãs.
“Essa é a estimativa oficial, provavelmente subestimada, como analisado nos estudos acima citados, que apontam indícios de viés de otimismo e deturpação estratégica no projeto do trem de alta velocidade. Se a experiência negativa da sociedade brasileira com os estádios da Copa servir para que possamos definitivamente interromper o projeto do trem-bala, recanalizando os recursos para prioridades mais urgentes, isso valerá mais que um hexacampeonato”, conclui o texto.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cinco bilhões de reais ! Governo Federal quer mais controle por compra de autos oficiais...

16/04/2013
Dilma cobra controle sobre veículos oficiais
Da redação
Do Contas Abertas
No ano passado, o governo federal desembolsou R$ 5,1 bilhões em aquisição e manutenção de veículos oficiais, valor três vezes maior do que o gasto de 2011, quando R$ 1,6 bilhão saiu dos cofres públicos. No entanto, conforme matéria divulgada no último domingo pelo jornal Correio Braziliense, o governo sequer sabe quantos veículos possui. O descontrole fez a presidente Dilma Rousseff pedir explicações ao Ministério do Planejamento, órgão que centraliza informações sobre servidores públicos e imóveis da União.
As despesas incluem acessórios, combustíveis e lubrificantes, impostos, taxas e pedágios, aluguel de carros e até serviços de estacionamento. A título de comparação, o montante gasto com os veículos da União em 2012 supera os dispêndios globais de três ministérios juntos: Meio Ambiente, Turismo e Cultura desembolsaram R$ 4,9 bilhões no ano passado.
De acordo com o jornal Correio Braziliense, fontes ligadas à Presidência da República afirmaram que Dilma telefonou para a ministra Miriam Belchior, o que solicitou aos secretários executivos da Esplanada detalhes a respeito da quantidade e dos custos da frota oficial. A cobrança aconteceu também depois que o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira, foi flagrado utilizando veículo oficial para ir malhar em uma academia em Brasília.
Apesar de o Planejamento reunir as informações sobre os servidores e os bens imóveis, cada ministério é responsável pela própria frota. A falta de órgão centralizador das informações a respeito da quantidade de veículos no Executivo e as despesas com manutenção aos cofres públicos é criticada por entidades que defendem maior controle da sociedade sobre a administração pública.
Atualmente, não é possível quantificar o número de veículos oficiais do governo federal senão com levantamento em cada um dos órgãos da administração. O Ministério do Planejamento limita-se a normatizar o uso e a compra de tais veículos, e o gerenciamento da frota cabe aos órgãos em particular.
Além da presidente da República e ministros, secretários executivos, ocupantes de cargos DAS nível 6 e alguns diretores têm direito à regalia. A maioria dos carros utilizados por ministros é o modelo Ford Fusion, avaliado em R$ 82 mil. Por lei, os veículos oficiais devem ser utilizados, exclusivamente, para o serviço público.
Segundo levantamento do Contas Abertas, quase 80% dos gastos com automóveis em 2012 foram destinados à compra de veículos de tração mecânica, que custaram R$ 3,9 bilhões à União. Em 2011, menos da metade dos recursos dessa categoria de despesa (R$ 702 milhões) foram utilizados para aquisição de carros.  A compra de veículos de tração mecânica envolve desde a aquisição de viaturas e caminhões até ambulâncias e carros-pipa.
O Ministério da Defesa foi o maior responsável pelo aumento dos gastos com a aquisição de veículos de tração mecânica. Ao todo, a Pasta desembolsou R$ 2,8 bilhões em 2012. Os dispêndios do ministério com esse tipo de despesa foram onze vezes maiores do que os de 2011. No período, o órgão desembolsou R$ 252 milhões.
Os maiores desembolsos foram feitos pelo Comando Logístico do ministério, que gastou R$ 2,2 bilhões. A unidade desembolsou, por exemplo, R$ 376 milhões para a compra de 1.267 caminhões 4x4 da Mercedez-Benz do Brasil, para o Comando do Exército de São Bernardo do Campo (SP). Outros R$ 364 milhões foram destinados para aquisição da mesma quantia de automóveis da marca Volkswagen para o comando da capital paulista. As viaturas operacionais são camufladas e funcionam com qualquer tipo de diesel. O comando ainda gastou R$ 100 milhões na compra de 252 ônibus rodoviários interestaduais da marca Volkswagen, nas cores verde-floresta fosco.
De acordo com o Ministério da Defesa, o grande aumento nos gastos com veículos se deve ao PAC Equipamentos. Lançado pelo governo federal em 2012, o Programa de Aceleração do Crescimento destinou R$ 1,8 bilhão para o Ministério da Defesa. A verba foi disponibilizada por meio das Medidas Provisórias 572 e 573. A primeira abriu crédito extraordinário para atender ao projeto “Apoio a Comunidades Afetadas por Desastres ou Calamidades”. Já a segunda, da ordem de R$ 1,3 bilhão atende aos projetos estratégicos “Recuperação da Capacidade Operacional”, “Sistema ASTROS 2020” e “Família de Blindados Médios de Rodas GUARANI”.
Segundo a Pasta, os outros R$ 994 milhões foram repassados para o órgão pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, além de fundos e segmentos do governo federal, que também incluem recursos do PAC Equipamentos.
Outros gastos
Embora a compra de veículos tenha representado o aumento mais significante, outras despesas correlatas também cresceram. Os gastos com combustíveis, por exemplo, aumentaram 14% de 2011 para 2012, passando de R$ 302 milhões para R$ 344 milhões no ano passado.
Os dispêndios em manutenção e compra de equipamentos, por sua vez, tiveram economia de R$ 8 milhões em relação aos gastos de 2011. Em 2012 foram desembolsados R$ 445 milhões com a categoria. O pagamento de pedágios custou R$ 2,6 milhões em 2012 e o desembolso com impostos a R$ 2,1 milhões.
Novo modelo de gestão
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) inovou ao desenvolver e adotar modelo de compras que permitiu economia total de R$ 1,3 bilhão em quatro anos. A diferença de quase 20% foi obtida na redução dos R$ 6,6 bilhões do valor total de mercado dos diversos itens adquiridos para os R$ 5,3 bilhões nos preços registrados pelo Fundo.
Os valores de mercado, utilizados como referência nas licitações, são obtidos nas compras realizadas por estados e municípios e na composição dos custos de cada produto, ou seja, são referências de preços reais. O novo modelo de compras, denominado Registro de Preços Nacional (RPN), é gerencial e baseado em uma única licitação para o atendimento de toda rede educacional brasileira.
Ao comprar ônibus, bicicletas, vestuário, tablets, mesas e carteiras, entre outros itens, para 54 milhões de alunos o FNDE definiu tecnicamente – em parcerias com Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e universidades - o que precisava adquirir, contratou pesquisas de mercado, realizou audiências públicas com fabricantes e fornecedores e criou comitês de compras. Dessa forma, têm adquirido em pregões eletrônicos produtos padronizados, com qualidade atestada e por preços inferiores.
Assim, na compra de ônibus escolares, com mais de 15 mil adesões concedidas, do valor de mercado de R$ 3,7 bilhões, houve economia de R$ 490 milhões, ou seja, 13,2%, por exemplo. Outro bom exemplo é a aquisição dos laboratórios móveis (40 conjuntos de caminhão, baú e laboratório, para distribuição aos Institutos Federais de Ensino Superior – IFES – 2010), que do valor de mercado de R$ 87,5 milhões, custou R$ 41,1 milhões, redução de R$ 53%.
O RPN foi desenvolvido para atendimento às demandas da educação de estados e municípios diante das constatações das capacidades técnico-administrativas e financeiras reduzidas (ocasionando falta de execução orçamentária), falta de produtos e materiais padronizados e adequados (com qualidade atestada), desvinculação do processo de formulação e implementação de políticas públicas e falta de transparência.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um pouco do muito que todo mundo sabe... /// Contas Abertas

08/04/2013 embl-contas abertas.jpg (393×82)
Servidora do Senado é condenada por chamar cidadão de bisbilhoteiro
Contas Abertas
Do Contas Abertas
A servidora do Senado Federal que insultou cidadão após ter sua remuneração consultada deverá doar 10% do salário para uma entidade de caridade. O processo foi movido pelo servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Weslei Machado, que conforme reportagem do Contas Abertas em outubro do ano passado, foi chamado de “fofoqueiro” e “bisbilhoteiro” pela taquígrafa da Casa.
Após ter sido insultado por e-mail, Weslei Machado, entrou com duas ações contra a servidora, conforme reportagem do Correio Braziliense. Uma ação cível de caráter indenizatório, por danos morais, e uma criminal por injúria, que previa pena de 1 a 6 meses de detenção. Na segunda audiência de conciliação, a funcionária do Senado aceitou o acordo e os dois processos foram arquivados.
A taquígrafa do Senado terá de desembolsar, em no máximo 60 dias, pouco mais de R$ 1,5 mil para comprar bens de natureza diversa ao Serviço de Estudos e Atenção a Usuários de Álcool e outras Drogas do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A servidora terá de entrar em contato previamente com a instituição para verificar quais os itens que deverão ser doados.
A expectativa do funcionário do TSE é que a medida cause efeito prático devido ao caráter educativo que a ação pode provocar. "Creio que serve como prevenção geral, com poder educativo a todos. Há ainda uma questão pedagógica para aqueles que conhecerem a história pensarem duas vezes antes de ofender alguém. Temos de respeitar alguns valores que o país tem", acredita.
O servidor do TSE afirmou ainda que não queria o dinheiro. “Mesmo que ela fosse condenada a pagar, eu o doaria. Na época, queria olhar a remuneração de um analista e o nome dela chamou a minha atenção. Fiquei perplexo com a conduta dela depois do último e-mail que encaminhei, porque houve restrição ao direito de liberdade de expressão e porque ela integra o Senado, que aprovou a lei (de Acesso à Informação)", conta. Machado acha que ela reconheceu o erro ao aceitar o acordo.
Troca de e-mails
Após realizar, por acaso, a consulta à remuneração da servidora, Weslei recebeu a primeira mensagem às 15h21 do dia 4 de outubro de 2012: "O seu interesse pelo meu salário é mesmo público? Por questões de segurança, posso saber, por exemplo, quem, onde e quando alguém acessou meus dados, mas não o porquê. Se  alguém que conheço acessa meus dados, então é bisbilhotice. Só por isso pergunto”.
Weslei respondeu, às 15h53, que, nos termos da Lei de Acesso à Informação, não precisaria motivar o acesso ao contracheque. “Trata-se de um direito da cidadania. Como cidadão, estou fiscalizando os valores gastos pela Casa da Fiscalização (Senado) com o seu pagamento", escreveu.
Como réplica, às 16h45, a servidora disparou: "Venia permissa. Se eu o conhecesse, chamá-lo-ia simplesmente de fofoqueiro. Ratione legis, você é um fiscal. Ratione personae, apenas um bisbilhoteiro". As três expressões em latim usadas pela servidora significam, respectivamente: "Com sua permissão para discordar"; "Em razão da lei"; e "Em razão da pessoa".
Weslei considerou o e-mail "afrontoso", já que estava exercendo um direito. “Fiquei decepcionado. Mais uma vez, confirmamos que o Senado é uma Casa que não cumpre com o princípio republicano e que seus servidores não respeitam a população".
O servidor afirmou ao Contas Abertas que o sistema de acesso às remunerações adotado pelo Senado desencoraja a população a fazer consultas. "Para mim, trata-se de uma forma de desestimular o cidadão a exercer seu poder fiscalizatório. Creio que o acesso deveria ser facilitado. É uma vergonha sermos expostos e afrontados quando exercemos o direito inerente à cidadania", critica.
Às 17h03, Weslei ainda enviou uma última mensagem, que ficou sem resposta. Nela, exigiu respeito no tratamento, reforçou seu direito à consulta e ressaltou que toda a informação relativa à remuneração dos servidores é pública. "Com o meu suor e do resto da sociedade brasileira, bancamos a manutenção de seu status remuneratório. Por essa razão, tenho direito de fiscalizar e acompanhar mensalmente a correição dos recursos públicos destinados a V. Sra.", escreveu. Ao final, assinou a mensagem como "Weslei Machado, cidadão brasileiro".
Modelo de transparência
O que gerou o embate entre o cidadão e a servidora foi o modelo adotado pelo Poder Legislativo na divulgação dos salários dos funcionários. O site de transparência do órgão exige o preenchimento de um cadastro por parte do interessado. Assim, na intranet da instituição, o funcionário consegue visualizar o nome, o CPF, o e-mail e o endereço do cidadão que fez a consulta, obtendo mais informações que o próprio pesquisador. O mesmo sistema foi implementado na Câmara dos Deputados. O Legislativo é o único Poder da administração pública federal que exige informações pessoais dos cidadãos que consultam a remuneração nominal dos servidores.
Caso similar
Repórter do Contas Abertas viveu situação semelhante à de Weslei. Uma servidora da Casa telefonou para a redação, em horário de trabalho, e questionou se o repórter havia efetuado consulta a sua remuneração. Ele confirmou que fizera uma pesquisa no início da semana. A servidora então perguntou se ele havia ficado satisfeito por conhecer sua remuneração. Depois, garantiu que irá investigar todas as pessoas que fizerem o mesmo. Ela é contrária à divulgação nominal dos salários, mas aprova o modelo adotado pelo Senado.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Brasil trata melhor assassinos, bandidos do que suas vítimas

11/03/2013
Famílias de presidiários receberam R$ 434 milhões em 2012
Marina Dutra


Do Contas Abertas
A Previdência Social pagou R$ 434 milhões em auxílio-reclusão no ano passado. O valor é 18% maior do que o de 2011, quando foram pagos R$ 368,3 milhões em benefícios. O valor pago em 2012 é o maior dos últimos anos. O aumento coincide com o crescimento da população carcerária no país. Segundo dados do Ministério da Justiça, o número total de presos em penitenciárias e delegacias brasileiras subiu de 514.582 em 2011 para 549.577 em 2012.
Em 1992, o Brasil tinha um total de 114.377 presos, o equivalente a 74 presos por 100 mil habitantes. No ano passado, essa proporção chegou a 288 presos por 100 mil habitantes. Nas últimas duas décadas o ritmo de crescimento da população carcerária brasileira (380,5%) só foi superado pelo do Camboja (aumento de 678% em 17 anos) e pelo de El Salvador (aumento de 385% em 19 anos).
O auxílio-reclusão é um benefício pago à família do preso sob regime fechado ou semiaberto, que antes da detenção ou reclusão tenha estado em dia com as contribuições ao Instituto Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Além disso, para ter direito ao auxílio, é necessário que o último salário de contribuição do segurado seja igual ou inferior a R$ 971,78. Nos casos de liberdade condicional ou cumprimento de pena em regime aberto, os detentos não têm direito ao benefício.
A concessão do auxílio-reclusão não exige tempo mínimo de contribuição, porém, para ter direito ao benefício, o detento não pode estar recebendo salário ou qualquer outro ajuda durante a reclusão (como auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço). Além da comprovação de que o trabalhador é segurado, os dependentes devem apresentar à Previdência, de três em três meses, atestado de que este permanece preso.
Desta forma, o direito é extinto em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto, do mesmo modo se a condição de “dependente” for perdida. Conforme a ocasião, o benefício também pode ser convertido em aposentadoria ou auxílio-doença (opção que for mais vantajosa) e, em caso de óbito, em pensão por morte.
Para o cientista político, Antônio Flávio Testa, o pagamento do auxílio-reclusão é justo. “É um direito que o detento tem por ter contribuído antes de ser preso”, afirma.
De acordo com Testa, o pagamento do benefício à família do detento compensa a ausência do familiar. “É uma forma de suprir a falta daquele pai que infelizmente naquele momento não pode ajudar financeiramente a família”, conclui.

Apenas 6,5% dos detentos recebem o benefício
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Justiça sobre a população carcerária do país, 549.577 pessoas encontram-se detidas. Em julho de 2012, data mencionada na pesquisa do órgão, apenas 35.937 detidos recebiam o benefício. Isso quer dizer que, ao contrário do que pensa grande parte da população, o auxílio-reclusão só é pago para 6,5% dos presos.
No primeiro mês de 2013, 38.618 presos receberam auxílio-reclusão, segundo boletim da Previdência Social. Em janeiro, foram pagos R$ 28,1 milhões em benefícios e cada família de detento beneficiado recebeu em média R$ 728.
O auxílio-reclusão tem valor correspondente a 100% do salário-de-benefício, que, por sua vez, é a média dos 80% maiores salários-de-contribuição do período contributivo, a contar de julho de 1994. Dessa forma, o valor do auxílio-reclusão não é fixo e vai variar de acordo com as contribuições de cada segurado. Para o segurado especial (trabalhador rural), o valor do auxílio-reclusão será de um salário mínimo, se o mesmo não contribuiu facultativamente.

quinta-feira, 7 de março de 2013

"Parabéns pra você" foi cantado por milhares de servidores federais em 2 anos do governo Dilma e produziu uma despesa de 132 milhões de reais ou um orçamento que 85% dos municípios não conseguem alcançar

04/03/2013
Governo Dilma bate recorde de gastos com festividades e homenagens
Gabriela Salcedo
Do Contas Abertas
Em dois anos, o governo de Dilma Rousseff ficou próximo de gastar com festividades e homenagens o mesmo que foi desembolsado nos quatro anos do segundo mandato do governo Lula. Em valores constantes (atualizados pelos IGP-DI, da FGV), enquanto o ex-presidente desembolsou R$ 144,6 milhões entre 2007 e 2010, a atual presidente já utilizou 91,1% desse valor em apenas dois anos de governo, o que significa montante de R$ 131,7 milhões.
O governo Dilma pode ser considerado o mais “festeiro” desde, pelo menos, 1999. As despesas com festividades e homenagens nos anos passado e retrasado bateram recordes. Em média, foram R$ 65,9 milhões por ano de mandato, enquanto seu antecessor desembolsou a média de R$ 36,1 milhões por ano no segundo mandato e R$ 11,9 milhões nos primeiros quatro anos de governo. No segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o gasto médio anual foi de R$ 14,6 milhões.
O ano passado bateu recorde com gastos em festividades e homenagens, com dispêndios de R$ 74,3 milhões. A cifra representou aumento de R$ 16,8 milhões quando comparada com os R$ 57,3 milhões de 2011, em valores constantes.
A Fundação Nacional de Arte (Funarte) foi a entidade “campeã”, com R$ 11,3 milhões em 2012. Entre os contratos realizados para eventos de festividades e homenagens, o mais significativo em valor foi o celebrado com a “Romepar Consultoria, Representações e Participações”, do Rio de Janeiro, quando foram pagos R$ 1 milhão para o arrendamento de local em Lisboa para a comemoração do ano “Brasil em Portugal”.
Em seguida, nas mesmas rubricas, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) gastou R$ 9,3 milhões. O maior contrato foi celebrado com o “Di Gagliardi Buffet”, de Brasília, quando foram pagos R$ 1,4 milhões para a empresa prestar serviços em cerimoniais.
Em terceiro lugar, ficou o Fundo Nacional de Cultura, que aplicou R$ 6 milhões no ano passado com esse gênero. Entretanto, não foram localizados os contratos realizados entre o Fundo e as empresas de prestação de serviços.
O Contas Abertas entrou em contato com a assessoria do MRE e do Ministério da Cultura, que responderia pela Funarte e pelo Fundo Nacional da Cultura, para saber os motivos que fizeram os órgãos liderarem em gastos na rubrica “festividades e homenagens”. Entretanto, até o fechamento desta reportagem, elas apenas retornaram pedindo mais informações sobre a qualidade dos gastos, sem terem feito qualquer tipo de esclarecimento.
Uma curiosidade da lista de gastos com festividades e homenagens é que entre os 20 primeiros orgãos que fizeram uso de verba pública com este fim, seis são de unidades orçamentárias do Ministério da Defesa. As repartições militares, se somadas as despesas do Comando da Marinha, Fundo e Comando do Exército, Fundo e Comando da Aeronáutica e Justiça Militar da União, despenderam R$ 7,1 milhões com festas e homenagens.

O arsenal da Justiça Brasileira é masculino...! Menos de 10% dos municípios têm delegacia de mulheres

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=1191
06/03/2013
Menos de 10% dos municípios brasileiros possuem delegacias especializadas para mulheres
Da redação
Do Contas Abertas
As delegacias especializadas no atendimento às mulheres estão presentes em menos de 10% dos municípios brasileiros. Até 2011, havia 445 estabelecimentos deste gênero no país. Do total, apenas 7% das unidades oferecem atendimento durante 24 horas, sem interrupção nos fins de semana e feriados. Além disso, a quantidade dos centros de referência, unidades integrantes da rede de atendimento, não chegava a 20% do idealizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM).
Os dados foram levantados em auditoria operacional do Tribunal de Contas da União (TCU) e divulgados hoje (6). O objetivo do tribunal foi avaliar as ações de enfrentamento à violência doméstica domiciliar e familiar contra a mulher, com ênfase na implementação da Lei Maria da Penha (11.340/2006) e na estruturação dos serviços especializados de atendimento.
A lei prevê que o poder público deve desenvolver políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Para o relator do processo, ministro Aroldo Cedraz de Oliveira, “a estrutura deveria ser composta de espaços acolhedores para que as mulheres e seus filhos se sentissem protegidos e amparados, mas o que se observou foram instalações em estado precário de conservação, em imóveis que demandam reformas e reparos”.
Todo ato de violência cometido contra a mulher, que configure crime ou contravenção penal deve, prioritariamente e respeitando-se as áreas circunscritas de atuação, ser de atribuição de investigação e apuração das delegacias especializadas.
Nesse sentido, destacam os crimes contra a vida, contra a liberdade pessoal, contra a liberdade sexual, contra a honra e aqueles tipificados no capítulo intitulado “das lesões corporais”, todos constantes do Código Penal Brasileiro, assim como o crime de tortura (Lei nº 9.455/1997).
Além da estrutura precária, o tribunal constatou a necessidade de se intensificar a qualificação dos agentes policiais para que tenham uma compreensão mais adequada da Lei Maria da Penha.
O TCU analisou ainda as casas de abrigo, os centros de educação e reabilitação dos agressores e as Promotorias de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, onde detectou problemas como estrutura inadequada e deficiência de pessoal.
O tribunal recomendou aos órgãos responsáveis a definição de estratégias para a ampliação da cobertura da rede de atendimento quanto à instalação de centros de referência e casas de abrigo (Secretaria de Políticas para Mulheres), além da ampliação do número de Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp) e o aumento do número de juizados de violência doméstica e familiar, sobretudo em municípios do interior (Secretaria de Reforma do Judiciário – SRJ).
O TCU também recomendou a intensificação de campanhas voltadas ao público masculino e a instituição de uma base nacional comum e unificada de dados sobre a violência doméstica e familiar.
O tribunal determinou à SPM, à Senasp e à SRJ que encaminhem, em até 90 dias, Plano de Ação que contenha o cronograma de adoção das eventuais medidas necessárias à implementação das deliberações proferidas pelo tribunal.
*Com informações do Tribunal de Contas da União.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Veja o que você paga sem sua autorização... Esses moços vão 'quebrar' o Brasil e colocarão a culpa em você

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=1187
03/03/2013
Carrinho de Compras: Ressarcimento de contas telefônicas residenciais dos Senadores já chega a R$ 45 mil
Marina Dutra
Do Contas Abertas
Ao que parece, os senadores estão levando trabalho pra casa. O Senado Federal reservou R$ 45 mil para o pagamento de despesas referentes aos ressarcimentos das contas telefônicas residenciais dos senadores “durante o corrente exercício”. Levando em conta a quantidade de parlamentares da Casa - 81 -, é como se cada senador já tivesse autorização gastar R$ 555 em ligações fora do serviço.
 O Senado estabelece aos senadores uma cota mensal para uso de telefone fixo de R$ 500. De acordo com o órgão, as despesas com o uso de telefone residencial podem ser ressarcidas com base no mesmo valor. Vale lembrar que não há limites para gastos com celular. Cada gabinete parlamentar de senador tem direito a uma linha direta para uso normal, uma para uso de fax, seis ramais digitais e dois analógicos.
A Casa reservou ainda, R$ 1,3 milhão para o pagamento de serviços de locação de mão de obra, entre carregadores, montadores e avaliadores de móveis. O contrato, firmado com a Planalto Service LTDA no fim do ano passado, previu a contratação de quatro montadores, 21 carregadores e 14 avaliadores. Os salários de cada contratado ficou estabelecido em R$ 1.040, R$ 885 e R$ 2.129, respectivamente.
                                                                                                                   
Grama para um Maracanã
A Prefeitura Militar de Brasília empenhou (reservou em orçamento para pagamento posterior) R$ 88 mil para a compra de 10.000 metros quadrados de grama natural do tipo esmeralda. Esse tipo de gramínea é ideal para jardins residenciais, áreas industriais, playgrounds e campos esportivos, em geral.
A quantidade adquirida daria para construir um campo e meio de futebol nos padrões ideais da FIFA - 7.190 metros quadrados, ou um Maracanã, cujo gramado tem área de 8.250 metros quadrados. O material, adquirido da empresa Almix Comércio de Suprimentos LTDA, custou R$ 8,80 o metro quadrado. 

Aquecimento da Câmara
A Câmara dos Deputados reservou R$ 30 mil para a compra de dez aquecedores elétricos de acumulação vertical.  Os aparelhos da marca Thermotini tem capacidade de 200 litros e serão fornecidos pela Protozelo Atacadista LTDA.
A Casa também empenhou nesta semana R$ 20,1 mil para o pagamento de serviços de locação de veículos. Foram contratadas 15 diárias de caminhão com carroceria do tipo baú, ao custo de R$ 700 cada, e 15 de camionete, por R$ 640 cada.

Livros fotográficos, nacionais e estrangeiros
O Grupamento de Apoio de Brasília reservou R$ 330,5 mil para a contratação de serviço de confecção de livros fotográficos. Serão adquiridos 10.000 itens. A empresa responsável pelo fornecimento é a IPSIS Gráfica e Editora.
Para finalizar o carrinho da semana, a Secretaria de Administração da Presidência empenhou R$ 60 mil para a compra de 546 livros nacionais e 20 estrangeiros. Cada livro nacional sairá por R$ 100 e os internacionais por R$ 270.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Brasileiros vão gastar 23 milhões de reais por dia com 'carnaval' de deputados federais ... É uma bruta farra!

http://www.contasabertas.com.br/WebSite/

  • Foto de ilustração
    Secretaria de Saúde não libera nomes dos...
    Secretaria de Saúde não libera nomes dos...
  • Foto de ilustração
    Arrecadação de impostos bateu recorde no...
    GIL CASTELO BRANCO: O tempo que se demor...
Colabore
Colaborador, unodc