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sábado, 4 de janeiro de 2014

Terrorismo da Al Qaeda assinou o ataque que matou a brasileira Malak Zahwe no Líbano


Internacional

Grupo ligado à Al Qaeda reivindica atentado que matou brasileira no Líbano

Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) assume autoria de ataque contra reduto do Hezbollah em Beirute que matou cinco pessoas

Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano
Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano (Arquivo Pessoal)
A milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ligada à rede terrorista Al Qaeda, assumiu neste sábado a responsabilidade pelo atentado suicida no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou pelo menos cinco pessoas há dois dias, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos, e sua madrasta.
Em comunicado, o EIIL alerta para novos ataques em resposta a uma ofensiva contra o grupo nos últimos dois dias por forças rivais no norte da Síria, com a morte de dezenas de pessoas. Os terroristas afirmam ter "penetrado o sistema de segurança do Partido de Satanás no Líbano", uma referência irônica ao Hezbollah, cujo nome significa Partido de Deus, em árabe. Se confirmada, essa será a primeira vez que o EIIL ataca em Beirute, alvo de uma onda de atentados desde o verão passado, principalmente visando o Hezbollah e seus aliados.
Vítimas – A jovem Malak Zahwe nasceu em Foz do Iguaçu (Paraná) e se mudou para o Líbano quando tinha 13 anos. Era estudante e morava com o pai, a madrasta e mais três irmãos. De acordo com Bahjat Zahwe, que é tio da jovem, ela e a madrasta saíram de casa para comprar um vestido quando foram surpreendidas pelo ataque.
Filial – Também neste sábado foi confirmada no Líbano a morte do saudita Majid al-Majid, apontado chefe de outra milícia ligada à Al Qaeda, as Brigadas Abdullah Azzam. Al-Majid havia sido preso dias atrás, conforme comunicado feito ontem pelo Exército libanês. De acordo com um general do Exército libanês, que falou sob condição de anonimato, o terrorista estava sob custódia em um hospital e morreu de insuficiência renal.
Fundada em 2009, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome do terrorista palestino que foi um dos primeiros voluntários árabes a ir para o Afeganistão, nos anos 80, para combater os soviéticos. Considerado o “pai da Jihad Global”, Abdullah Azzam morreu no Paquistão em 1989, quando o veículo em que viajava explodiu.
(com Reuters)