Internacional
Grupo ligado à Al Qaeda reivindica atentado que matou brasileira no Líbano
Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) assume autoria de ataque contra reduto do Hezbollah em Beirute que matou cinco pessoas
Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano (Arquivo Pessoal)
A milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ligada à rede terrorista Al Qaeda, assumiu neste sábado a responsabilidade pelo atentado suicida no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou pelo menos cinco pessoas há dois dias, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos, e sua madrasta.
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Em comunicado, o EIIL alerta para novos ataques em resposta a uma ofensiva contra o grupo nos últimos dois dias por forças rivais no norte da Síria, com a morte de dezenas de pessoas. Os terroristas afirmam ter "penetrado o sistema de segurança do Partido de Satanás no Líbano", uma referência irônica ao Hezbollah, cujo nome significa Partido de Deus, em árabe. Se confirmada, essa será a primeira vez que o EIIL ataca em Beirute, alvo de uma onda de atentados desde o verão passado, principalmente visando o Hezbollah e seus aliados.
Vítimas – A jovem Malak Zahwe nasceu em Foz do Iguaçu (Paraná) e se mudou para o Líbano quando tinha 13 anos. Era estudante e morava com o pai, a madrasta e mais três irmãos. De acordo com Bahjat Zahwe, que é tio da jovem, ela e a madrasta saíram de casa para comprar um vestido quando foram surpreendidas pelo ataque.
Filial – Também neste sábado foi confirmada no Líbano a morte do saudita Majid al-Majid, apontado chefe de outra milícia ligada à Al Qaeda, as Brigadas Abdullah Azzam. Al-Majid havia sido preso dias atrás, conforme comunicado feito ontem pelo Exército libanês. De acordo com um general do Exército libanês, que falou sob condição de anonimato, o terrorista estava sob custódia em um hospital e morreu de insuficiência renal.
Fundada em 2009, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome do terrorista palestino que foi um dos primeiros voluntários árabes a ir para o Afeganistão, nos anos 80, para combater os soviéticos. Considerado o “pai da Jihad Global”, Abdullah Azzam morreu no Paquistão em 1989, quando o veículo em que viajava explodiu.
(com Reuters)