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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Brasil tem mais de 56% de obesos com mais de 18 anos... / G1 / IBGE / PNS

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/569-dos-brasileiros-tem-excesso-de-peso-diz-pesquisa-de-saude-do-ibge.html
21/08/2015 10h00 - Atualizado em 21/08/2015 10h27

56,9% dos brasileiros têm excesso de peso, diz pesquisa de saúde do IBGE

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) visitou 81.767 casas de todo o país.
Levantamento traz dados sobre saúde da mulher, do idoso e da criança.

Do G1, em São Paulo
Sobrepeso (Foto: Roos Koole/ANP MAG/ANP/Arquivo AFP)Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso (Foto: Roos Koole/ANP MAG/ANP/Arquivo AFP)
No Brasil, 56,9% das pessoas com mais de 18 anos estão com excesso de peso, ou seja, têm um índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25. Além disso, 20,8% das pessoas são classificadas como obesas por terem IMC igual ou maior que 30. A obesidade é um fator de risco importante para doenças como hipertensão, diabetes e câncer.
Selo-Sobrepeso
Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve o terceiro volume de resultados divulgados nesta sexta-feira (21). O primeiro volume de dados foi divulgado em dezembro de 2014 e o segundo foi divulgado em junho de 2015.
A pesquisa, que está em sua primeira edição, visitou 81.767 casas em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013, entre as quais 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE. Enquanto todos os entrevistados tiveram peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidos, 25% tiveram também amostras de sangue e urina coletadas para exames.
A PNS constatou ainda que 2,5% da população com mais de 18 anos tem déficit de peso, ou seja, IMC menor do que 18,5.
Na avaliação do tamanho da cintura dos brasileiros, a conclusão foi que 37,7% tem cintura aumentada, o que também eleva riscos de doenças cardiovasculares e diabetes. A cintura é considerada aumentada quando é maior que 88 cm para mulheres e que 102 cm para os homens. Entre elas, esse problema foi bem mais prevalente: 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens têm o problema.
A pressão alta, que pode estar relacionada ao sobrepeso, foi constatada em 22,3% dos entrevistados no momento da pesquisa. Já 5,9% das pessoas apresentavam pressão baixa.
Selo - Saúde da Mulher - Pesquisa Nacional de Saúde (Foto: Reprodução/TV Integração)
Saúde da mulher
Entre as entrevistadas que já tinham dado à luz, 54,7% fizeram cesárea e 45,3% tiveram parto vaginal. Das que fizeram parto cesáreo, 53,5% agendaram o parto com antecedência. Ao todo, 97,9% das mulheres que já tiveram filho fizeram seu último parto em hospital ou maternidade. A idade média da primeira gravidez das brasileiras é de 21 anos, segundo os dados coletados pela PNS.
Selo Saúde Mulher -PNS
Entre as mulheres de 18 a 49 anos sexualmente ativas e que ainda menstruavam, 61,1% disseram fazer uso de métodos contraceptivos. Na mesma faixa etária, o percentual de mulheres que declararam já ter sofrido aborto espontâneo foi de 15,2%. O risco de aborto é maior em mulheres que têmproblemas como endometriose e infecção vaginal.
Além disso, 2,1% delas disseram já terem tido um aborto provocado. No Brasil, o aborto só é legal nas situações em que a gravidez decorre de estupro, quando há risco de vida para a gestante ou quando o feto é anencéfalo.
Quanto aos exames de rotina, 79,4% das mulheres de 25 a 64 anos disseram ter feito o Papanicolau - exame usado para detecção precoce de câncer de colo do útero - nos três anos anteriores à pesquisa. Entre as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, 60% declarou ter feito mamografia - teste usado para detecção precoce de câncer de mama - nos dois anos anteriores à pesquisa.
Selo - Idosos
Saúde dos idosos
Segundo os dados coletados pela pesquisa, a população com 60 anos ou mais corresponde a 13,2% dos brasileiros. Dentro desse grupo, 6,8% das pessoas sofrem com limitações para fazer suas atividades cotidianas. Entre as que têm limitações, 84% precisa de ajuda para concluir essas atividades e, dos que precisam de ajuda, 17,8% recebem cuidados remunerados e 78,8% recebem cuidados de familiares.
Nessa faixa etária, 24,4% das pessoas declaram participar de atividades sociais organizadas. Essa informação foi coletada para verificar os graus de autonomia e independência dos idosos no Brasil. No país, a expectativa de vida é de 74,9 anos, segundo dados do IBGE.
Selo - Saúde Criança (Foto: Justyna Furmanczyk)
Saúde das crianças
A PNS também coletou informações sobre a saúde de crianças com menos de 2 anos de idade. Um dos itens avaliados foram os exames básicos que devem ser feitos nos primeiros dias de vida.
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Selo-Crianças
Entre as crianças dessa faixa etária, 70,8% fizeram o teste do pezinho na primeira semana de vida. O exame consegue detectar doenças metabólicas, genética e infecciosas. O teste da orelhinha, para avaliar a audição da criança, foi feito por 56% das crianças dessa faixa etária no primeiro mês de vida. Já o teste do olhinho, para detectar alterações oculares, foi feito por 51,1% no primeiro mês de vida.
Quanto à alimentação das crianças de até 2 anos, a pesquisa constatou que 60,8% já comem biscoito, bolacha ou bolo e 32,3% tomam refrigerante e suco artificial. 50,6% das crianças entre 9 e 12 meses de idade continuam tomando leite materno como alimentação complementar.
Selo - Pessoas com deficiência  (Foto: Toni Mendes/ EPTV)
Pessoas com deficiência
Segundo a PNS, 6,2% dos brasileiros têm pelo menos uma deficiência, seja intelectual, física, auditiva ou visual. A deficiência mais comum é a visual, que atinge 3,6% das pessoas, seguida pela deficiência física (1,3%), deficiência auditiva (1,1%) e intelectual (0,8%).
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Selo - Pessoas com deficiência
Outras pesquisas nacionais de saúde
Pesquisas nacionais sobre a saúde da população feitas anteriormente não coletavam amostras de urina e sangue para exames. É o caso da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que abordou o tema da saúde em 1998, 2003 e 2008 e também do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feito anualmente desde 2006.
A PNS ainda terá uma terceira etapa de divulgação de dados no final do ano, que deve incluir informações sobre a pressão arterial dos entrevistados. Os dados levantados a partir dos exames de sangue e urina, por sua vez, só serão divulgados em uma etapa posterior.

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Obesidade é epidemia mundial... El País


A epidemia mundial de obesidade: relato de um fracasso

“Apesar de algumas áreas isoladas de melhora, nenhum país foi capaz de reverter a epidemia de obesidade até o momento.” Com esse tom marcadamente pessimista, a revista The Lancet descreve o avanço da obesidade no mundo e o ritmo “inaceitavelmente lento” das medidas implementadas para combater a pandemia. Os pesquisadores que participaram do notável esforço que a revista científica dedica a este tema propõem a necessidade da adoção de políticas destinadas a incentivar o consumo de alimentos saudáveis – por exemplo, por meio de impostos sobre alimentos conhecidos como junk food, ou vales para comprar frutas e verduras para famílias com poucos recursos —, mas como parte de uma ampla estratégia que deve incluir não apenas os Governos, como também o compromisso da indústria, a pressão da sociedade e a mudança de hábitos dos indivíduos.
Alguns artigos detalham a magnitude do problema. Por exemplo, ao expor que existem 2,1 bilhões de pessoas obesas no mundo, e que 37% dos homens e 38% das mulheres têm um índice de massa corporal (IMC, o peso dividido pela estatura ao quadrado) maior que 25, nível acima do limite recomendado. Desde 1980, esse número aumentou em 28% na população adulta e 47% na infantil.
Nesse ritmo, e com as medidas atualmente em vigor, os especialistas questionam a possibilidade de alcançar a meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu plano para o controle de doenças não transmissíveis, para manter a incidência de obesidade em 2025 nos mesmos níveis de 2010. “É necessário uma urgente reavaliação das causas, das restrições e das chaves que possam nos ajudar a mudar a tendência a respeito da pandemia global da obesidade”, afirmam Sabine Kleinert e Richard Horton, membros do comitê editorial da revista, em um comentário sobre os seis artigos.
Um dos aspectos destacados é a obesidade infantil, que aumentou drasticamente “em menos de uma geração”, e o impacto desse fenômeno na idade adulta.
Entre os países desenvolvidos, os especialistas citam como exemplo os Estados Unidos, onde as crianças pesam, em média, 5 quilos a mais do que há 30 anos, e uma em cada três tem um IMC superior ao recomendado. Mas, nos países em desenvolvimento, a obesidade também avança rapidamente, com o paradoxo de que, em muitos casos, vem acompanhada de desnutrição, devido ao abuso de alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes (a fórmula mágica do junk food).
A replicar um modelo adotado há décadas pela indústria do tabaco, o setor de alimentação tem um especial interesse em direcionar suas mensagens para os menores, com o objetivo de criar hábitos que possam ser mantidos no futuro, segundo uma das análises publicadas pela revista científica. “A repetida exposição a alimentos processados e bebidas açucaradas cria preferências de sabores e gostos”, seja com o consumo de papinhas prontas, cereais açucarados, panificação industrializada ou acompanhamentos (como batatas fritas). “As crianças gordas são um investimento de vendas futuras”, destaca Tim Lobstein, da Federação Mundial de Obesidade.
O mercado mundial de comida infantil industrializada crescerá neste ano para 19 bilhões de dólares (cerca de 54 bilhões de reais), contra 13,7 bilhões de dólares em 2007. Diante disso, “os Governos quase não tomam medidas para proteger as crianças, e a maior parte deles confia nas iniciativas voluntárias da indústria, que não são suficientes para lidar com a tarefa”, refletem os pesquisadores.
Frente a esse cenário, a solução é abordar o problema sob um novo enfoque. “Nossa compreensão da obesidade precisa ser completamente reformulada se quisermos deter e reduzir esta epidemia global”, defende Christina Roberto, da Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard. “Precisamos reconhecer que os indivíduos são responsáveis por sua saúde, embora no âmbito da alimentação sejam exploradas as vulnerabilidades biológicas (o inato gosto por alimentos doces), psicológicas (por meio das técnicas de marketing) e socioeconômicas (o custo dos produtos), o que facilita a disseminação da alimentação pouco saudável”, acrescenta.
A parte reservada aos Governos consistirá em adotar medidas preventivas, entre as quais os especialistas em saúde pública e obesidade destacam, por exemplo, desenvolver um código internacional sobre o marketing de alimentos para proteger a saúde das crianças, aplicar programas educativos para ensinar boas práticas em nutrição nas escolas, taxar produtos como as bebidas adoçadas e dar auxílio a famílias com poucos recursos para que comprem frutas e verduras frescas. Mas a responsabilidade de reduzir a prevalência da obesidade deve ir além do âmbito governamental, na opinião dos especialistas. E isso deve envolver não apenas a indústria, mas, de forma destacada, a própria população, por meio da mobilização social.
Um exemplo de sucesso é o México, com a Aliança pela Saúde Alimentar, uma associação integrada por entidades sociais mobilizadas contra o sobrepeso. Como resultado de seus esforços, o país aprovou em 2014 um imposto sobre as bebidas adoçadas, o que o colocou na linha de frente da batalha contra a obesidade nesse tipo de iniciativa.

domingo, 29 de janeiro de 2012

A luta dos latinos-americanos contra a obesidade envolve mais da metade da população do continente...

Os brasileiros são os latino-americanos que mais recorrem a remédios para emagrecer na América Latina, mostra um estudo da empresa especializada em pesquisa de consumo Nielsen Holding.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120126_estudo_emagrecedor_obesidade_mm.shtml

O estudo, que abrange a América Latina, mostra que 12% dos brasileiros usam emagrecedores.
A média de consumo, na região, é de 8%. Na Venezuela e no Peru, apenas 4% recorrem a esse tipo de medicamento.

Os brasileiros também são os mais insatisfeitos com a silhueta. Cerca de 43% se consideram "um pouco acima do peso" e 16% "acima do peso". Apenas 30% se mostram satisfeitos.
A insatisfação dos brasileiros está acima da média mundial. De acordo com o estudo, 35% se consideram "um pouco acima do peso".
Os chilenos também se destacam como os que se consideram "muito acima do peso" – 8%. Entre os brasileiros, 3% se enquadram nesses perfil.
Os colombianos, por outro lado, são os mais contentes com a aparência – 44% consideram o seu peso satisfatório e 38% dizem estar um "pouco acima do peso". A média de satisfação na América Latina é de 37%.

Regime e exercícios

O estudo mostra ainda que 50% dos brasileiros tentam, atualmente, perder peso de alguma forma. Desses, 76% apelam para a mudança na dieta e 64% dizem estar fazendo exercícios.
Os mexicanos são os que mais buscam estar em forma – 60% tentam perder peso. Desses, 66% fazem exercícios físicos, os recordistas no quesito na região. Os que menos se exercitam são os peruanos – apenas 49%, entre os que que buscam perder peso.
O estudo mostra também que 52% dos latino-americanos não entendem "nada" ou "apenas parte" das informações nutricionais contidas nas embalagens dos alimentos.
Os latino-americanos (64%) são os que mais defendem a inclusão de informações calóricas nas embalagens, contra 53% dos europeus e apenas 28% dos africanos e árabes.
A pesquisa da Nielsen Holding ouviu 25 mil pessoas, por meio da internet.