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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Disputa por filha no caso da morte do executivo da Yoki...(?!), diz defesa da assassina


08/06/2012 - 08h38

Disputa por filha causou morte de executivo da Yoki, diz defesa


DE SÃO PAULO
Atualizado às 12h48.
Elize Matsunaga, 38, disse ter matado e esquartejado o marido, o executivo Marcos Kitano Matsunaga, 42, porque foi ameaçada por ele de perder a guarda em uma possível separação do casal, segundo a defesa.
A informação é de reportagem de André Caramante publicada na edição desta sexta-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
De acordo com o advogado de Elize, Luciano Santoro, o casal passava por uma crise conjugal e a mulher já havia pedido a separação três vezes. O executivo, entretanto, dizia que se eles se separassem, ficaria com a filha deles.
Matsunaga conheceu a mulher num site de relacionamentos, quando ela era garota de programa, segundo o advogado de Elize.
Sete pessoas foram ouvidas na investigação. Dentre elas está o detetive particular contratado por Elize para seguir o marido e que comprovou que ele a traía.

Morte do executivo da Yoki

CONFISSÃO
Elize está presa desde o dia 4 e na quarta (6), em um depoimento de aproximadamente oito horas à polícia, confessou o crime.
O executivo era um dos herdeiros da Yoki Alimentos, vendida recentemente a um grupo norte-americano por R$ 1,75 bilhão.
Ela disse ter matado Matsunaga com um tiro na cabeça após uma discussão, seguida de agressão, provocada por ciúmes.
O crime ocorreu de 19 para 20 de maio no apartamento do casal.
Elize disse aos policiais que, após balear o marido com a arma que ganhou dele, arrastou o corpo para o banheiro de um dos quartos da casa, esperou algumas horas e começou a cortá-lo com uma faca.
Após atirar no marido, Elize --que é bacharel em direito e tem formação técnica em enfermagem-- disse que esperou cerca de dez horas o corpo esfriar para evitar um sangramento maior da vítima.
Depois, colocou o corpo em sacos plásticos e os jogou em um terreno baldio em Cotia, na Grande São Paulo.
Ela afirmou também que se desfez do corpo no mesmo dia --disse que costumava passar pela região a caminho de um sítio em Ibiúna
Na presença de seu advogado, Luciano Santoro, Elize contou que demorou cerca de quatro horas para esquartejar o marido. Depois, limpou o banheiro para evitar rastros.
A filha do casal, de um ano, estava no apartamento na hora do crime. Elize e Matsunaga se casaram há dois anos.
Na quarta (6), a prisão temporária de Elize foi prorrogada por mais 15 dias pela Justiça.
IMAGENS
A polícia divulgou na noite de quarta (6) as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. Elas foram os principais indícios que levantaram a suspeita sobre a participação de Elize.
As imagens mostram, no sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá chegarem ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa --uma camisa marrom-- encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5h de domingo (20), a babá chega ao apartamento --onde tem acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com as três malas que teriam sido usadas para transportar o corpo. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas.

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