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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Revista Alfa reúne dez jogadores de futebol que podem ser considerados melhores de todos os tempos que o atual eleito, o argentino Messi...



São Paulo - As revistas americanas Time e Sports Illustrated deram mais uma mostra de que não entendem patavina alguma de futebol. Ambas elegeram o argentino de nascimento Messi como “possível” melhor jogador da história. Para um jogador ser elevado ao hall da fama, tem de ganhar pelo menos uma Copa do Mundo, coisa que o jogador do Barcelona não passou nem perto em suas duas tentativas. Por isso, Alfa listou ao menos 10 craques que mereciam estar no lugar de Leo com foto na capa e título de rei.

1. Pelé

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A 'Bola de Ouro' vai para Messi pela terceira vez consecutiva...


A Festa de Gala da Fifa na Suíça coroou um ano quase perfeito de Messi no Barça. Dos seis títulos possíveis pelo clube, conquistou cinco: Espanhol, Liga dos Campeões, Mundial, Supercopa da Espanha e Supercopa da Europa (a única derrota foi a Copa do Rei para o Real Madrid). Em 70 jogos entre Barça e seleção argentina, o camisa 10 marcou  59 gols, deu 28 assistências, venceu 49 partidas, perdeu 17 e empatou quatro.
- Estive aqui algumas vezes nessa situação, é uma grande emoção. O futebol me deu tudo que consegui na vida e só tenho a agradecer ao futebol - disse Ronaldo antes de entregar a Bola de Ouro.
Segundo colocado, Cristiano Ronaldo nem viajou para a festa em Zurique já que o Real Madrid jogará na terça contra o Málaga pela Copa do Rei. Ronaldo (1996, 1997 e 2002) e Zidane (1998, 2000 e 2003) também venceram o prêmio da Fifa três vezes, mas não em anos seguidos.
Quando a Bola de Ouro era organizada apenas pela revista "France Football" no futebol europeu, três jogadores foram tricampeões: Cruyff (1971, 1973 e 1974), Platini (1982, 1983 e 1984) e Van Basten (1988, 1989 e 1992). No ano passado, Fifa e "France Football" unificaram seus prêmios para o melhor do ano (e só Messi tem o troféu depois da união)
Marta perde hegemonia, e Guardiola e Barça superam Mourinho e Real
Entre os técnicos, Pep Guardiola (41,92%) venceu Alex Ferguson (15,61%) e José Mourinho (12,43%) para garantir o troféu da Fifa entre os homens, enquanto o japonês Norio Sasaki foi o eleito no futebol feminino. A Federação Japonesa ganhou o troféu do Fair-Play, pela recuperação do país após o terremoto em março.
Ferguson não saiu de mãos abanando da Festa de Gala e levou para casa o Prêmio Presidencial da Fifa, em homenagem ao conjunto de sua carreira. Na eleição da seleção dos 11 melhores do ano, o Barça teve cinco jogadores contra quatro do Real: Casillas (Real Madrid), Daniel Alves (Barcelona), Piqué (Barcelona), Sergio Ramos (Real Madrid), Vidic (Manchester United), Iniesta (Barcelona), Xavi (Barcelona), Xabi Alonso (Real Madrid), Messi (Barcelona), Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e Rooney (Manchester United).

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Metáforas, Brasil, Futebol / Roberto Damatta


"O título parece complicado, mas não é. Metáforas são figuras de linguagem que substituem uma coisa por outra. São indispensáveis na expressão da vida. Por exemplo: o coração que é um órgão do corpo humano passível de cirurgia, palpitação e substituição, é uma metáfora do amor - essa "coisa" também cheia de truques que escapa dos procedimentos objetivos e tem regras que, como dizia o grande Pascal (e o cada vez mais atual Freud), ele não suspeita. Li outro dia no The New York Times, um debate se as carruagens devem ser mantidas ou não em Manhattan. Como toda metáfora, elas são um contrassenso..."
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"Vamos de bonde?
- Não, vamos a pé...
Eu, este vosso cronista confuso, misto de acadêmico marginal e escritor bastardo, produzi exatamente essa resposta em algum dia de 1951, em Juiz de Fora, quando fui buscar a Zelinha no ensaio do teatro do colégio em que ela estudava. Era um dia chuvoso e nós andamos da Rua Halfeld até o Alto dos Passos debaixo de um mesmo guarda-chuva, o que me permitia ficar fisicamente próximo do ser idolatrado.
Preferi o caminhar (que é velho e lento) ao bonde (que naqueles tempos antigos era veloz e confortável). Mas, em compensação, o "passeio" sinônimo do andar sem rumo - metáfora do andar lado a lado - essa raridade; esse caminhar junto (metafórico do peregrinar, do pertencer e do estar com o outro) subvertia os meios e os fins como a melhor prova de que estava apaixonado, tal como eu hoje enxergo que são essas substituições que nos tornam humanos. Só nós podemos realizá-las..."
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Entende-se, então, as carruagens e as liturgias de Sarney. Elas não estão ali para transportar ou ajudar a servir melhor o povo e a sociedade, mas para criar um clima romântico e para garantir uma opulência que beira o desperdício - esse mal do Brasil. Num caso, a lentidão que faz da disciplina amorosa e romântica; no outro, a transformação do republicano num reino de Jambon onde poucos comem muito sem fazer nada e muitos comem pouco fazendo tudo.
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"Eu estou convencido de que o futebol, inventado à revelia pelos brilhantes e reprimidos ingleses do período vitoriano, é uma das mais recorrentes metáforas da vida (e dos seus dilemas) tal como ela é idealizada entre nós. Nele, queremos o futebol "arte", o estilo dionisíaco de Gilberto Freyre e malandro - cheio de jogo de cintura, como mostrei faz tempo, mas exigimos "resultados" e "objetividade": no caso, muitos gols. Eis o dilema: como conciliar o belo com o técnico? Como ajudar o povo sem impedir que uma centralização neoestalinista, voltada para permanecer no poder, produza fraudes, corrupção e impunidade? Como misturar um estilo de jogo personalístico, baseado na superexcelência de alguns craques que reinventam uma aristocracia no campo..."
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"Em outras palavras, como submeter todos à regra da lei e da coletividade (o time) se não dispensamos os salvadores da pátria, os messias do futebol - os que salvam os jogos dando a vitória ao nosso Brasil, gente como Ademir, Zizinho, Rivellino, Zico e tantos outros, para não mencionar a realeza do Príncipe Didi e do Rei Pelé ou o "fenômeno" que era o nosso Ronaldo?..."
"Eu me pergunto se essa busca da arte com (e não contra) a técnica; da justiça que vale para todos e leva à punição dos faltosos com a compaixão que distingue e perdoa; da lei universal que iguala com as amizades singulares que distinguem, não seriam as conjugações que implícita ou inconscientemente temos tentado declinar no Brasil. E se não é tempo de não tomar partido e saber de que lado nos situamos. Mas o que é que não cabe dentro de um sonho? E o futebol, como a poesia, é ótimo para sonhar e para revelar essa busca pelas causas perdidas. Ou, para voltar ao começo, esse querer andar de carruagem em Manhattan....