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quinta-feira, 2 de julho de 2015

"Meus 25 anos como prostituta" / BBC / Brenda Myers-Powell


Estuprada, baleada, esfaqueada: ‘Meus 25 anos como prostituta’

  • 30 junho 2015


Brenda Myers-Powell conta como retomou sua vida e abriu uma ONG para ajudar meninas vulneráveis

Brenda Myers-Powell era apenas uma criança quando se tornou uma prostituta, no começo dos anos 70. Aqui, ela descreve como foi atraída para as ruas e como, três décadas depois, ela dedica sua vida a garantir que outras meninas não caiam na mesma armadilha. (O depoimento de Brenda pode chocar algumas pessoas.)
"Desde o começo, a vida foi me dando limões e eu fui tentando fazer a melhor limonada que eu podia.
Eu cresci nos anos 60 em Chicago. Minha mãe morreu quando eu tinha seis meses. Ela tinha apenas 16 anos e eu nunca soube de que ela morreu – minha avó, que bebia mais que todos, não me disse. A explicação oficial era a de que tinha sido por 'causas naturais'.
Mas eu não acredito. Quem morre aos 16 anos de causas naturais? Gosto de acreditar que Deus estava pronto para ela. Já me disseram que ela era linda e tinha um ótimo senso de humor. Sei que isso é verdade porque eu também tenho.


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Brenda diz que se surpreende quando vê acadêmicos especialistas em prostituição. "Sério? Onde você pegou suas credenciais?"

Foi a minha avó que me criou. E ela não era uma pessoa má. Na verdade, ela tinha um lado incrível. Ela lia para mim, me fazia bolos e preparava as melhores batatas doces. Ela apenas tinha um problema com a bebida.
E ela trazia seus parceiros de bebedeira do bar para casa e, depois que estava bêbada e desmaiada, esses homens faziam coisas comigo.
Isso começou quando eu tinha uns 4 ou 5 anos e depois se tornou algo corrente. Eu tenho certeza de que minha avó nunca soube de nada disso.
Ela trabalhava como empregada doméstica nos subúrbios. Ela levava duas horas para ir ao trabalho e duas para voltar. Eu usava uma chave no pescoço e, no fim da tarde, ia sozinha do jardim de infância para casa. E os molestadores sabiam disso – e se aproveitavam.
Eu via mulheres com o cabelo glamouroso e com vestidos brilhantes nas ruas. Não tinha ideia do que elas estava fazendo. Eu só achava que elas brilhavam. E, como uma garotinha, tudo o que eu queria era usar roupas brilhantes também.
Um dia, eu perguntei para minha avó o que aquelas mulheres estava fazendo. 'Elas tiram a calcinha e os homens lhe dão dinheiro'. E lembro de dizer para mim mesma: 'Eu provavelmente vou fazer isso, porque os homens já estão tirando minha calcinha'.

Elvis imaginário

Olhando para trás, posso ver que lidei com a situação surpreendentemente bem. Sozinha naquela casa, eu tinha amigos imaginários para me fazer companhia. Eu cantava e dançava com um Elvis Presley imaginário, com uma Diana Ross imaginária e com os Supremes imaginários.
Eles me ajudaram a lidar com as coisas. Eu era uma menina extrovertida – e dava muita risada.
Mas ao mesmo tempo, eu estava sempre com medo. Não sabia se o que estava acontecendo era culpa minha ou não. Eu achava que talvez houvesse algo errado comigo.


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A americana foi criada pela avó, depois que sua mãe morreu quando ela tinha apenas 6 meses

Apesar de ter sido uma criança esperta, eu deixei a escola. E, no começo dos anos 70, me tornei o tipo de garota que não diz 'não'.
Se os garotos do bairro dissessem que gostavam de mim ou me tratassem bem, eles conseguiam o que queriam comigo.
Quando completei 14 anos, eu já tinha duas filhas, duas bebês. Minha avó então começou a dizer que eu precisava trazer algum dinheiro para casa para sustentar as crianças, porque não havia comida – não tínhamos nada.
Então uma noite, na verdade era Sexta-Feira Santa, eu fui para as ruas. Coloquei um conjunto de saia e blusa de US$ 3,99, um sapato de plástico barato e um batom laranja que eu achava que me fazia parecer mais velha.
Eu tinha 14 anos e chorei o tempo todo. Mas eu aguentei. Eu não gostei. Mas os cinco homens com quem eu saí aquela noite me mostraram o que fazer. Eles sabiam que eu era nova e pareciam ficar excitados com isso.
Eu consegui US$ 400 e dei a maior parte para minha avó – ela não perguntou onde eu tinha conseguido aquele dinheiro.
No fim de semana seguinte, fiz a mesma coisa, e minha avó parecia contente por eu estar trazendo dinheiro para casa.

Cafetão

Mas na terceira vez, dois caras armados me colocaram no porta-malas de um carro. Eles me pegaram porque eu não tinha um 'representante' nas ruas.
Primeiro eles me levaram para o meio do nada e me estupraram. Depois eles me levaram para um quarto de hotel e me trancaram em um armário.


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"Eu voltava sozinha da escola e ficava sozinha em casa. E os molestadores sabiam disso"

Esse é o tipo de coisa que um cafetão faz para quebrar o espírito de uma menina. Eles me mantiveram lá por um bom tempo. Estava com fome, então implorei para eles me deixarem sair. Eles toparam, desde que eu trabalhasse para eles.
Então eles foram meus cafetões por uns seis meses, eu não podia voltar para casa. Tentava fugir, mas quando me pegavam, apanhava muito. Depois, fui traficada para outro homem. O abuso físico era terrível, mas o abuso mental era pior – as coisas que eles diziam não dá para esquecer.
Cafetões são ótimos torturadores, são ótimos manipuladores. Alguns te acordam no meio da noite com uma arma na cabeça. Outros fingem que você tem algum valor para eles e então você pensa: 'Eu sou a Cinderela e ele, meu príncipe encantado'. Eles te dizem que você precisa fazer apenas mais uma coisa e depois será recompensada.
E você pensa: 'Minha vida já está tão difícil, por que não fazer um pouquinho mais'. Mas é claro que a parte boa nunca chega.
Quando as pessoas descrevem prostituição como algo cheio de glamour, meio como no filme Uma Linda Mulher, bem, não tem nada a ver com isso. Uma prostituta às vezes dorme com cinco estranhos por dia. No fim do ano, são 1.800 homens com quem ela teve relações sexuais. Não são relacionamentos, ninguém te traz flores, acredite em mim. Eles usavam meu corpo como um banheiro.

Baleada

E os clientes são violentos. Tomei cinco tiros, foi esfaqueada 13 vezes. Não sei por que esses homens me atacavam. Tudo que eu sei que é a sociedade fazia com que eles se sentissem confortáveis fazendo isso. Eles sabiam que podiam fazer o que quisessem com uma prostituta, já que a polícia nunca a levaria a sério.
Mas, na verdade, me considero muito sortuda. Conheci lindas garotas que foram assassinadas.
Depois de uns 15 anos me prostituindo, comecei a usar drogas. Depois de um tempo, você já usou todos os truques que tem para aguentar alguém colocando uma arma na sua garganta. Você precisa de algo para te dar coragem.
Eu fui prostituta por 25 anos e, durante todo esse tempo, nunca consegui ver uma alternativa. Mas em 1º de abril de 1997, quando eu estava com quase 40 anos, um cliente me jogou para fora do carro.
Meu vestido prendeu na porta e eu fui arrastada por seis quarteirões, arrancando toda a pele do meu rosto e da lateral do meu corpo.
Fui para o hospital e, na emergência, chamaram um policial. Ouvi ele dizendo: 'Ah, eu conheço ela. É só uma prostituta. Ela provavelmente pegou o dinheiro de alguém, então ela mereceu'. Eu ouvi as enfermeiras rindo e me deixaram na sala de espera, como se eu não valesse nada.

'Deus foi rápido'

E foi naquele momento que comecei a pensar em tudo que havia acontecida na minha vida. Eu lembro de olhar para cima e dizer para Deus: 'Essas pessoas não se importam comigo. Você pode por favor me ajudar?'
E Deus foi bem rápido. Um médico apareceu, cuidou de mim e me encaminhou para o serviço social. Lá, me deram o endereço de um lugar chamado Genesis House, que era dirigido por uma inglesa chamada Edwina Gateley, que se tornou minha heroína e uma mentora para mim. Ela me ajuda a transformar minha vida.


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Brenda conta que diz para as meninas que elas têm, sim, uma alternativa

Ela me disse para eu ficar tranquila e que eu podia morar lá pelo tempo que quisesse. Fiquei dois anos. Meu rosto sarou, minha alma se curou.
Edwina me me ensinou o valor da conexão profunda que pode ocorrer entre duas mulheres, o círculo de confiança e amor e apoio que um grupo de mulheres pode dar uma para outra.
Quando eu saí da Genesis House, acabei trabalhando como voluntária em uma pesquisa universitária com prostitutas em campo. E percebi que ninguém estava realmente ajudando essas mulheres. Ninguém estava indo lá e dizendo 'Eu era assim, e olha quem eu sou agora. Você também pode mudar'.
Então, em 2008 fundei, juntamente com Stephanie Daniels-Wilson, a Fundação Dreamcatcher. Recentemente, fizeram um documentário sobre o nosso trabalho. Vamos ao encontro dessas mulheres e dizemos: 'Há um caminho, estamos aqui para ajudar. E tentamos tirar da cabeça delas a ideia de que não há alternativas para elas'.
Também tenho um clube para meninas, com atividades para depois que elas saem da escola – para meninas exatamente como eu na década de 70.

Meninas em perigo

Agora, eu consigo ver se uma menina está em perigo, mas não há um padrão. Ela pode ser quieta, introvertida. Ou pode ser extrovertida e estar sempre arrumando confusão. Ambas sofrem abusos em casa e lidando com isso de maneira diferente. O que têm em comum é que elas não têm com quem conversar.
Até agora, temos 13 meninas que estão na faculdade. Chegaram aqui com 11, 12, 13 anos, totalmente vulneráveis.
Eu também colaboro com trabalhos acadêmicos. Sempre me dizem: 'Brenda, venha aqui encontrar o professor tal e tal da universidade não sei o que. Ele é especialista em prostituição'. Olho para ele e digo: 'Sério? Onde você pegou suas credenciais?'
Acho ridículo que muitas organizações que fazem campanha contra o tráfico humano não empregam ninguém que já tenha passado por isso.
Algumas pessoas acham que ajudaria que prostituição não fosse algo ilegal. Eu acho que cada mulher tem sua história. Pode ser OK para essa menina, que está conseguindo pagar a faculdade, mas não para essa outra, que foi molestada quando criança e agora não tem alternativas.
Mas deixa eu te perguntar uma coisa. Quantas pessoas você já encorajou a deixar seus empregos para virar prostituta?

Casamento

Bom, da minha parte posso dizer que depois de três anos de abstinência sexual, conheci um homem extraordinário. Eu fui muito seletiva, fiz muitas perguntas. Mas que homem aceita uma mulher que era prostituta, não?
Mas ele via em mim algo que eu mesma não via. Uma garota com um sorriso bonito. No ano passado, comemoramos dez anos de casamento.
Minhas filhas foram criadas por uma tia e estão ótimas. Uma é médica e a outra trabalha com justiça criminal.
Eu e meu marido adotamos meu sobrinho e hoje, com 58 anos, sou uma mãe dedicada.
Então, estou aqui para te dizer – há vida depois de tanto sofrimento, de tanto trauma. Há vida mesmo após as pessoas te dizerem que você não vale nada. Há vida, e não apenas uma vidinha qualquer. Há uma vida maravilhosa."
Brenda Myers-Powell foi entrevistada pelo programa da BBC Outlook. O documentário Dreamcatcher, dirigido por Kim Longinottowill, será transmitido no Reino Unido em outubro.

É interessante tomar conhecimento .../ Ucho.com

Situação de Lula, Dilma e Odebrecht deve piorar com depoimento de empresário à CPI da Petrobras

auro_gorentzvaig_01Artilharia pesada – Cada vez mais preocupado com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que certamente trará muitas novidades ao longo do tempo, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva pode encerrar esta quinta-feira em situação ainda pior. Conhecido nos bastidores do poder como o mais influente lobista da empreiteira Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, foi preso pela Polícia Federal e permanece na carceragem do órgão em Curitiba, Lula será alvo do depoimento do empresário e advogado Auro Gorentzvaig, que nesta quinta-feira (2) participa de audiência na CPI da Petrobras.
Filho do também empresário Boris Gorentzvaig, já falecido, e herdeiro da Petroquímica Triunfo, Auro revelará aos deputados da CPI como aconteceu a expropriação da empresa, operação que só foi possível com a ajuda bandoleira de Lula e da diretoria da Petrobras, com o objetivo de beneficiar a Odebrecht. 
Na edição de 2 de outubro de 2014, o UCHO.INFO afirmou, sem medo de errar, que a grande questão na Operação Lava-Jato estava na necessidade de o grupo Odebrecht ter de explicar, em algum momento, o processo de expropriação da Petroquímica Triunfo.
Para que os leitores compreendam a estranha manobra, que desrespeitou os direitos do empresário Boris Gorentzvaig, então sócio da Triunfo, o setor petroquímico nacional é quase um monopólio do grupo Odebrecht. Isso porque o então presidente Lula quis assim, Dilma pressionou para que isso acontecesse dessa forma e Paulo Roberto Costa deu tratos às ordens palacianas.
Na esteira das matérias deste site sobe o estranho domínio da Odebrecht no setor petroquímico e a criminosa expropriação da Petroquímica Triunfo, o Ministério Público Federal decidiu abrir inquérito, no escopo da Lava-Jato, para investigar o caso. Sempre lembrando que as autoridades aproveitaram os muitos depoimentos de Costa para esclarecer dúvidas sobre o assunto.
Lula desdenha a Justiça
Em reunião com o empresário Auro Gorentzvaig, o então presidente Lula, na presença de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras, reduziu a pó o Poder Judiciário. Em denúncia encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ao juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pela condução dos processos decorrentes da Lava-Jato, o empresário transcreve as acintosas palavras de Lula: “O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas…”.
Auro também relata no documento que a intimidade entre Lula e Costa, marcada pela submissão do ex-diretor da Petrobras, era nauseante. Em dado trecho do encontro, que ocorreu no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde à época funcionava provisoriamente a Presidência da República, Paulo Roberto acatou uma determinação de Lula com a seguinte frase: “Presidente, sua ordem é uma determinação…”.
Em determinado trecho da denúncia, que tem efeito devastador caso as autoridades dispensem a devida atenção ao escândalo, o empresário confirma o que já é voz corrente. “Todos os empresários do setor, incluindo eu, sabiam que Paulo Roberto Costa funcionava como operador de Lula dentro da Petrobras”, escreveu Auro Gorentzvaig no documento.
Covardia e cartas marcadas
Mais adiante, em outro trecho do documento enviado a Janot e Moro, o empresário dá detalhes de como foi decidido o futuro da Petroquímica Triunfo. “Na ocasião, Paulo Roberto Costa, diretor da área de petroquímica nos informou: “…No setor Petroquímico já estava definido que só empresas atuariam no setor: uma era a Odebrecht, a outra será definida”. Ao que perguntei : “E a Petroquímica Triunfo?”. Ele [Costa] respondeu: “…A Triunfo será eliminada, conforme as diretrizes estabelecidas pelo presidente da República”.
O escândalo não para aí e pode ser muito maior do que o Petrolão, pois envolve um setor empresarial que responde, direta ou indiretamente, por muitos da economia do país. Na denúncia, que reafirmamos ser explosiva, Gorentzvaig vai além e relata o recuo da Petrobras em relação à venda das ações da Petroquímica Triunfo.
“Em audiência de conciliação na Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, a Petrobras pediu R$ 355 milhões pela sua parte na Petroquímica Triunfo. Em juízo, a Petroplastic concordou em pagar (oferta vinculante) o valor pleiteado pela petroleira nacional”, detalhou o empresário.
“A Petrobras recuou em sua decisão e, oito meses após a audiência de conciliação, repassou de maneira ilegal 100% das ações da Petroquímica Triunfo, transação avaliada em R$ 117 milhões. Ou seja, recusou R$ 355 milhões em dinheiro à vista, por 85% do capital social da empresa, operação que causou prejuízo de R$ 305 milhões à Petrobras, aos cofres públicos e ao Tesouro Nacional, um claro crime de lesa pátria em benefício da Braskem, do Grupo Odebrecht”, completou.
Protagonismo criminoso e corrupção
Auro Gorentzvaig, que ao lado do irmão há muito luta na Justiça para reaver aquilo que lhe é devido, não poupa os artífices da trama e mostra sua invejável dose de coragem. “Os participantes da transação são: Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma no documento.
“No mesmo período, como demonstrou a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, coincidentemente Paulo Roberto Costa recebeu US$ 23 milhões de propina em bancos na Suíça. O pagamento foi feito pela Odebrecht, sendo o diretor de plantas industriais da empresa o senhor Rogério Santos de Araújo”, destacou o empresário e um dos sucessores de Boris Gorentzvaig.
A denúncia é grave e é revelada com absoluta exclusividade pelo UCHO.INFO, que há meses abriu espaço para um escândalo que pode superar, em valores, todos os outros ocorridos até então no Brasil, que há mais de uma década vive à sombra da impunidade.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Política do Brasil parece ser um hobby [malvado] de políticos desonestos (guardado as exceções) / Felipe Moura Brasil

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/page/3/


29/06/2015
 às 9:30 \ BrasilCultura

Lula, Cunha e Aécio: juntinhos para derrubar Dilma e melar a Lava Jato?

Cunha Aécio LulaLula
Desesperado com a Lava Jato, Lula vai a Brasília orientar deputados e senadores do PT a blindá-lo, além de reunir-se com dirigentes do suposto partido.
Como o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró está pensando, segundo a coluna Radar, em fazer uma delação premiada, o pânico após as denúncias de Ricardo Pessoa aumenta ainda mais.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro (ver aqui eaqui), Cerveró havia dito:
“Não, eu não sou indicação política do PMDB. Eu assumi o cargo de diretor atendendo a um convite do presidente Lula e da ministra Dilma, de Minas e Energia”; “eu tinha uma atividade dentro da Petrobras mais próxima ao Partido dos Trabalhadores”.
Para se salvar, Lula não descarta a opção de derrubar Dilma Rousseff.
No fim de semana, a Folha noticiou que ele estimulou pessoalmente o responsável pela análise das contas do governo no Tribunal de Contas da União a contestar as chamadas “pedaladas fiscais”.
Embora seu Instituto negue, Lula teria dito ao ministro José Múcio Monteiro, de quem é próximo, achar razoável que o órgão pedisse explicações sobre as manobras e que isso “daria um susto” na presidente.
Eduardo Cunha
Morrendo de medo da Lava Jato, Eduardo Cunha adota a mesma linha de ataque do PT, em entrevista à Folha de S. Paulo:
“Joaquim Barbosa não decretou nenhuma prisão preventiva. O que significa que ele respeitou o princípio constitucional da presunção da inocência, o que me parece que não está sendo respeitado hoje”.
Para melar a Lava Jato, Cunha tem um plano exótico de conchavo nacional:
“A grande evolução que se deve ter é que temos que discutir o parlamentarismo no Brasil, e rápido. Um debate para valer e votar”.
Caso não funcione, o impeachment com base nas pedaladas fiscais é a solução:
“Se o TCU reprovar as contas do mandato anterior, não quer dizer nada. Se há práticas neste mandato condizentes com improbidade, é outra história”.
Aécio Neves
Com o rabo preso do senador tucano Aloysio Nunes na Lava Jato, após denúncia de Ricardo Pessoa, Aécio Neves pede “cautela” em entrevista ao Estadão e também prefere mirar nas contas de Dilma:
“Continuo tendo a cautela de sempre nessa questão. Vou continuar esperando que as coisas caminhem. Um momento extremamente importante para todo esse processo será o julgamento do Tribunal de Contas”.
Em seguida, adota a mesma linha de defesa dos tesoureiros petistas, ainda que descolando Aloysio da organização criminosa:
“Não se pode misturar um apoio legítimo, declarado na Justiça Eleitoral, com o assalto comandado pelo PT”.
Quadro geral
Em maior ou menor grau, todos temem Sérgio Moro.
E a julgar pelas semelhanças nas declarações, PT, PMDB e PSDB poderão usar a rejeição das contas de Dilma no TCU para forçar sua renúncia com a abertura do processo de impeachment, fechando ao mesmo tempo um conchavo para melar a Lava Jato em seguida.
Contamos com Sérgio Moro e a pressão das ruas para melar essa possibilidade.
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28/06/2015
 às 20:37 \ BrasilCultura

Armínio e Sinara previram o desastre econômico. O PT crucificou os dois por dizerem a verdade aos brasileiros

[* Aviso: a moderação de comentários do blog está com dias de atraso neste mês explosivo, mas será atualizada no começo desta semana. Eu sou um só - e agradeço pela (in)compreensão.]
Armínio Sinara
O tempo mostrou que Armínio Fraga e Sinara Polycarpo fizeram as previsões certas durante o período eleitoral de 2014, quando o PT crucificou os dois por dizerem a verdade aos brasileiros, já que o petismo depende da crença popular em sua propaganda enganosa.
1) Dias atrás, o site Infomoney relembrou que há um ano, em carta enviada aos clientes do Santander, a superintendente de investimentos do banco alertava sobre os riscos de um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff:
“O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes”, disse Sinara.
Lula reagiu furiosamente na ocasião, pedindo a cabeça da funcionária: “Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim”.
(No blog de José Dirceu, o “porra nenhuma” de Lula virou “nada”, como zombei aqui.)
Resultado: o Santander demitiu Sinara por pressão de Lula, mas, desde a reeleição, o dólar subiu 23%, a taxa de juros saltou de 11% para 13,75% e o Ibovespa chegou a cair 15 mil pontos.
Pior: Dilma continua empregada.
2) Já a Folha deste domingo traz uma entrevista com o economista Armínio Fraga, principal assessor econômico do então candidato Aécio Neves (PSDB-MG):
Na campanha eleitoral, você foi criticado por dizer que o país entraria em recessão, e hoje isso se concretizou. Como você se sente?
Aquilo foi um grande teatro, um show de mentiras. O Aécio e o Fernando Henrique falaram isso o tempo todo. O custo é este: temos um país morrendo de medo.
Com medo de quê?
De tudo: recessão, desemprego, inflação. Não sou político, vivo de administrar o dinheiro dos meus clientes. Se for pessimista, estou acabado, mas tenho que ser realista. A situação não está boa.
As empresas estão demitindo. A situação vai piorar?
Infelizmente, acredito que não chegamos ao fundo do poço. Espero estar errado, mas analiticamente não estamos nem perto disso.
Como costumo dizer aqui no blog:
O fundo do poço é o céu do PT.
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28/06/2015
 às 19:35 \ BrasilCultura

Vídeos: Guido Mantega é detonado em restaurante de São Paulo: “Você devia ter vergonha de sair de casa”

guido-mantegaOs petistas já não podem sair às ruas sem sentir a revolta da população contra seus crimes e maquiagens.
Dois vídeos que circulam pela internet e pelo whatsapp mostram clientes do Restaurante Trio, na Vila Olímpia, em São Paulo, revoltados com o ex-ministro da Fazenda (e das pedaladas fiscais) Guido Mantega neste domingo (28/6). Essa é a terceira vez que Mantega passa por esse tipo de situação. A primeira foi nalanchonete do Hospital Albert Einstein; e a segunda, na saída do Restaurante Aguzzo, em Pinheiros.
Eis as falas do primeiro vídeo de hoje:
Homem 1: “Ladrão! Ladrão, sim, senhor! Palhaço!
Homem 2: “Sem-vergonha!”
Homem 1: “Sem-vergonha! É isso que o senhor é!”
Homem 2: “Vocês estão acabando com o país! Acabaram com a Petrobras, acabaram com tudo! E você (estava) lá na Petrobras”.
Mantega, de fato, era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Em maio, o aúdio de uma reunião revelou que ele tentou esconder o rombo de R$ 88,6 bilhões no patrimônio da estatal.
Eis as falas do segundo vídeo:
Mulher 1: “A gente não vai mais ficar calado!”
Homem 1: “Vergonha! Você devia ter vergonha de sair de casa. Vergonhoso o que o senhor fez e o seu partido”.
Mulher 1: “Num ambiente assim, a gente tem que falar, a gente tem que se posicionar.”
Nas duas situações, Mantega levanta-se da cadeira e vai até os clientes revoltados, mas não é possível ouvir se diz alguma coisa.
Certamente não disse a única palavra que caberia neste momento:
“Desculpa”.
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28/06/2015
 às 5:54 \ BrasilCultura

Brasília treme: vem aí a nova ‘lista do Janot’, baseada na delação de Ricardo Pessoa

janotA coluna Painel, da Folha, informa:
“Vem aí uma nova ‘lista do Janot’. Com a homologação da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, o procurador-geral da República deve abrir nos próximos dias mais procedimentos. Tanto podem ser outros inquéritos quanto diligências em investigações já em curso no Supremo Tribunal Federal. Apesar do enorme volume, auxiliares de Rodrigo Janot dizem que há investigações avançadas a ponto de já gerar denúncias, talvez ainda antes do recesso do Judiciário.
Dada a abertura de novas frentes de apuração, no Ministério Público Federal não se descarta a necessidade de que Janot tenha de convocar mais procuradores para integrar o grupo que o auxilia na Lava Jato.”
É tanta roubalheira sob o governo do PT que falta até procurador para dar conta de tudo.
A seguir a lógica de sua primeira lista, no entanto, Janot não deverá incluir Dilma Rousseff.
Ele havia escrito da outra vez sobre os envolvidos nas doações à campanha da petista:
“Pelo teor direto da narrativa, a suposta solicitação da vantagem deve ser apurada em relação a quem a teria feito.”
Quem a teria feito segundo Paulo Roberto Costa, no caso, era Antonio Palocci, não Dilma.
Agora, os que a teriam feito segundo Ricardo Pessoa foram os então tesoureiros Edinho Silva, João Vaccari Neto e José Filippi, além de Manoel Araújo Sobrinho, chefe de gabinete de Edinho, que acertava as doações.
O próprio Edinho, em sua resposta aos vazamentos, tratou de blindar Dilma, dizendo que a responsabilidade de arrecadar dinheiro para a campanha era só dele.
Na esfera penal/criminal, por enquanto, ainda parece mais fácil pegar Dilma pelas pedaladas fiscais (e pelo contingenciamento indevido) que pelo petrolão.
Mas, na esfera política, o impeachment já devia ter saído há muito tempo.
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28/06/2015
 às 4:55 \ BrasilCultura

PT pede socorro ao marqueteiro João Santana para salvar Dilma sapiens

João DilmaA coluna Painel, da Folha, informa:
“Com a pororoca das crises de popularidade, econômica e da Lava Jato, ministros criticam a ausência de João Santana, que está na Argentina e não tem nem aconselhado Dilma à distância.”
Ou seja:
1) Enquanto o marqueteiro não volta (nem entra no chat), Dilma sapiens vai “saudando a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil”.
2) Os ministros gentilmente fazem o marketing de João Santana ao emplacar a notícia de que ele não tem nada com isso.
3) Enquanto os brasileiros sofrem as consequências dos crimes e desastres econômicos do PT, a preocupação do governo petista é lançar o programa “Mais Marketing”.
4) Apertem os cintos, o marqueteiro sumiu.
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28/06/2015
 às 3:40 \ BrasilCultura

Desembargador coloca Marcelo Odebrecht em seu devido lugar

Gebran Marcelo
Gebran e Marcelo: aham, senta lá
Marcelo Odebrecht vai ficar na cadeia.
O desembargador federal João Pedro Gebran Neto endossou a decisão do juiz Sérgio Moro e colocou o chefinho de Lula em seu devido lugar, afirmando, entre outras coisas, que:
1) há indícios fortes da participação do empresário no esquema;
2) “Como presidente do grupo Odebrecht, o paciente teria plena ciência do que ocorria no âmbito de contratações da Petrobras”;
3) as provas encontradas até agora indicam que Marcelo “não somente anuiu com a conduta ilícita como também dela se beneficiou”;
4) não é crível que “o presidente e sócio da empresa não conhecesse fatos dessa envergadura e que implicasse na movimentação de cifras astronômicas”;
5) “Até que se contextualize os fatos, sobrepreço [palavra usada em e-mail tido como prova] não pode significar coisa diversa que não a sua literalidade”.
Comento:
É mesmo uma arbitrariedade essa língua portuguesa.
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