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sábado, 10 de fevereiro de 2018

A Política está em baixa na 'bolsa de admiração' da população mundial...



Pacífico terá cidades flutuantes para que moradores 'se libertem de políticos'

POR FERNANDO MOREIRA
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
Um consórcio de empresas americanas sob o nome de The Seasteading Institute - que é bancada pelo bilionário fundador do PayPal, Peter Thiel - vai começar a construir no meio do Oceano Pacífico, em 2019, a primeira de uma série de cidades flutuantes.
A ideia é oferecer aos futuros moradores a chance de "se libertarem de políticos, patrões e burocratas" com a criação de nova nações oceânicos que criem as suas próprias regras como sociedade. O projeto é chamado "Blue Frontiers" (Fronteiras Azuis).
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
Um acordo já foi assinado entre o Seasteading Institute e o governo da Polínésia Francesa, que não vai intervir na administração das novas cidades. A partir de 2020, dezenas de outros Estados flutuantes começarão a ganhar forma.
O consórcio acredita que, em 2050, o Pacífico abrigue milhares de novas cidades-Estados.
O slogan do Seasteading Institute é "Abrindo a nova fronteira da Humanidade" - os oceanos.
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
Detalhe do projeto de cidade flutuante no Pacífico
"Os governos não melhoram. Estamos parados séculos atrás, porque a terra incentiva a criação de um violento monopólio para controlá-la", disse Joe Quirk, presidente do Seasteading Institute, segundo o "Sun".
Assista:




As praias brasileiras não podem sustentar sozinhas o poder de sedução e atração de capital externo para investimentos no país...

Tributo menor lá fora dificulta nosso caminho à competitividade

PEDRO LUIZ PASSOS

FOLHA DE SP - 09/02

País em que as empresas são sufocadas por impostos e burocratismo não tem futuro


A recente decisão dos EUA de reduzir o Imposto de Renda corporativo colocou uma lente de aumento sobre nossa perda de competitividade no palco internacional, alimentando a ameaça nada desprezível de afugentar o capital externo num futuro não muito distante.

Planejar, empregar e produzir num país em que tudo é complicado, de crédito caro e tributos elevados à burocracia pesada e infraestrutura inadequada, se tornou atividade de risco. E poderá ficar pior, com eventos como a reforma tributária nos EUA.

O país se mantém relativamente bem no mapa do investimento estrangeiro é —o 7º no ranking da Unctad. Mas a atratividade da economia está nos estertores. O crescimento ainda é capenga, o investimento, irrisório, sobretudo em infraestrutura, a falta de inovação é chocante. E o senso de urgência é nenhum.

As economias avançadas e as emergentes aprimoram instrumentos de sedução do capital, enquanto nosso fôlego para enfrentá-las perde força paulatinamente. Com deficit público portentoso e dívida volumosa, crescente e financiada a juros indecentes, o Brasil não aderiu à dieta tributária global devido à carência de estratégias focadas no investimento e à visão obtusa das políticas voltadas ao incremento das conexões externas, entre outras razões.

Nos últimos anos, os sucessivos governos bancaram a aposta nos atributos que sempre atraíram capital externo: o porte do mercado interno, a posição de liderança na América do Sul e, mais recentemente, a avalanche de políticas setoriais sustentadas por subsídios e incentivos que cobram um preço salgado da sociedade.

É um modelo cujo esgotamento se acentua não só pela decisão do governo de Donald Trump mas também pela redução do Imposto de Renda das empresas em outros países. Ao derrubar a alíquota de 35% para 21%, os EUA acompanharam o que outras grandes economias já haviam feito desde 2000. Nesse período, segundo a OCDE, a alíquota média dos 35 países associados caiu de 32% para 24%. Estamos bem acima desse patamar, com o IR de pessoas jurídicas de até 34%.

Somem-se a isso nossas velhas e conhecidas mazelas e está formado um ambiente com potencial de afastar tanto novos investidores como empresas aqui instaladas. Não basta mais ombrear nossa carga tributária aos níveis praticados lá fora. É crucial, porém insuficiente.

O desalinhamento tributário se tornará mais ameaçador à medida que nossos vizinhos também se movimentem, a exemplo da Argentina, que reduziu a alíquota do IR das empresas de 35% para 30%, com previsão de baixar a 25% em 2020. Com ônus fiscal baixo, o Paraguai vem induzindo a migração de empresas brasileiras para lá.

Se a atual crise fiscal já exige enorme esforço para enxugar o Estado ineficiente, o ajuste a ser feito diante do novo cenário da competição tributária internacional será ainda mais profundo.

Não somos uma ilha, como sonharam alguns, e teremos de encarar esse desafio, entre tantos que formam nosso passivo do atraso. Outro exemplo: o tratamento dado às empresas brasileiras com operações no exterior, cujos lucros são tributados de acordo com as alíquotas aqui vigentes. É como um convite a que façam as malas e desistam do Brasil.

Se quisermos reaver o crescimento e alguma relevância no mundo, teremos que remover os obstáculos que nos apequenam, começando pela reforma da gestão de um Estado disfuncional e alheio às necessidades sociais e econômicas do desenvolvimento. E não só.
País em que as empresas são sufocadas por impostos, burocratismo, regulações desarrazoadas não tem futuro.

"Que tiro foi esse ? / Arnaldo Jabor

Que tiro foi esse?

Arnaldo Jabor

Texto que dispensa comentários e abre-nos a uma profunda reflexão: acorda Brasil!!!!

*QUE TIRO FOI ESSE?* *Arnaldo Jabor*

Que tiro foi esse?
Que deram nos cérebros brasileiros roubando-lhes a capacidade de pensar sobre o que cantam e não proclamar o que encanta.

Que tiro foi esse?
Que acertou os tímpanos do nosso povo fazendo-os ouvir lixo achando que é música.

Que tiro foi esse?
Que acertou os olhos de uma nação fazendo-os cegos às mazelas do nosso país.

Que tiro foi esse?
Que paralisou o nosso povo impedindo-os de reagir aos constantes assaltos aos cofres públicos.

Que tiro foi esse?

Ah, Brasil! Que tiro foi esse que nos acertou em cheio, que roubou o nosso brilho e que nos fez retroceder?

É verdade que nós não sabemos de onde veio o tiro, mas é bem certo que esse tiro já derrubou muita gente.

Que Deus nos ajude!!!

"A quem interessa que a reforma não passe? " / Rogério Furquim Werceck

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

A quem interessa que a reforma não passe?  

ROGÉRIO FURQUIM WERNECK

O GLOBO/ESTADÃO - 09/02

Entre os minimamente bem informados, há amplo entendimento de que contas da Previdência se tornaram insustentáveis
No início desta semana, acumulavam-se sinais de que o governo poderia estar prestes a jogar a toalha e, para efeitos práticos, dar por oficialmente abandonada a longa batalha pela aprovação da reforma da Previdência no atual mandato presidencial. E já se notava certa tensão, entre o Planalto e o Congresso, em torno da ingrata divisão do ônus político de tal desfecho.

Nos últimos dias, o governo entendeu que era preciso desfazer essa impressão. Anunciou que o Planalto estava empenhado em novo e decisivo esforço de mobilização da bancada governista para tentar aprovar, até o fim de fevereiro, uma proposta um pouco menos ambiciosa de reforma. Será a última ofensiva do governo em um longo jogo que se revelou ainda mais difícil do que de início se esperava.

Aos trancos e barrancos, ao fim de mais de duas décadas de esforços, é inegável que o país adquiriu compreensão muito mais clara da inevitabilidade da reforma. E boa parte desse avanço deve ser creditada à equipe econômica do atual governo.

Entre pessoas minimamente bem informadas, já há amplo entendimento de que as contas da Previdência se tornaram insustentáveis. Os números falam por si. Só na esfera federal, o déficit do sistema chegou a R$ 269 bilhões no ano passado. E a esta cifra tão absurda ainda têm de ser adicionados os assustadores déficits previdenciários dos governos subnacionais, cujos orçamentos vêm sendo inviabilizados pelo crescimento descontrolado das folhas de inativos. O Estado do Rio Janeiro é só o líder de uma longa fila de estados e municípios quebrados.

Tem também se disseminado a compreensão de que, sem a reforma da Previdência, não há como superar o quadro de descalabro fiscal que vem impedindo uma retomada sustentável do crescimento da economia e a eliminação do drama que hoje enfrentam 12 milhões de desempregados no país.

Em entrevista concedida em meados de janeiro, o secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, assegurou que, se a proposta de reforma fosse aprovada, não mais que 9,5% dos trabalhadores teriam perdas superiores a 1% do seu benefício de aposentadoria (“Valor”, 15 de janeiro). Com a recém-anunciada disposição do governo de flexibilizar em alguma medida a proposta de reforma, é bem provável que o percentual de trabalhadores significativamente afetados se torne ainda menor. E, no entanto, o governo está longe de estar convicto de que ainda será possível formar no Congresso a maioria de 60% requerida para aprová-la.

Entender por que uma reforma tão crucial — com resultados potenciais tão promissores e com custos mais significativos restritos a uma parcela relativamente pequena do eleitorado — continua a enfrentar tantas dificuldades para ser aprovada é tema para discussões intermináveis. Mas parcela importante da explicação tem a ver com a resistência ferrenha que as castas mais bem posicionadas de funcionários públicos vêm fazendo à reforma. Embora isso seja mais do que sabido, ainda falta compreensão clara de como tal resistência vem de fato bloqueando a formação da maioria requerida para aprovação da reforma no Congresso.

Não parece ser uma questão meramente eleitoral, que poderia advir de preocupações do parlamentar com possíveis reações da parte do seu eleitorado composta por funcionários públicos. Isto pode até explicar o comportamento das bancadas do PT e de outros partidos de esquerda. No caso dos partidos da base aliada, contudo, as razões da oposição à reforma parecem ser bem mais diretas.
Com frequência, o parlamentar está irremediavelmente enredado pela teia de interesses de toda uma extensa parentela de funcionários públicos — quase sempre bem posicionados — tanto em Brasília quanto nos estados: cônjuge, pais, irmãos, cunhados, filhos, genros, noras, sobrinhos e netos.

Seria muito bom se evidências mais objetivas e sistemáticas das reais proporções desse enredamento pudessem ser levantadas tanto pela mídia como em pesquisas de mais fôlego.

Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Uniforme Armani para alunos de escola em Tóquio / G1,

Escola pública de Tóquio adota uniformes da marca Armani

Diretor afirma que trajes estarão condizentes com 'a atmosfera da instituição'.

Por Reuters
 

Fachada da Escola Primária Taimei, em Tóquio. (Foto: Google Maps)Fachada da Escola Primária Taimei, em Tóquio. (Foto: Google Maps)
Fachada da Escola Primária Taimei, em Tóquio. (Foto: Google Maps)
A Escola Primária Taimei, instituição da rede pública de Ginza, em Tóquio, surpreendeu os pais com um plano para adotar uniformes desenhados pela grife italiana Giorgio Armani - cada um custando cerca de 729 dólares, o equivalente a R$ 2.385,00.
O escritório da filial japonesa da Armani, localizada em Ginza, fica a apenas metros 200 metros do colégio.
"Fiquei surpresa e me perguntei por que uniformes desenhados por uma marca de luxo foram escolhidos para uma escola primária pública", disse a mãe de um aluno que não foi identificada, segundo o site Huffington Post.
"Temo que uma noção equivocada de que algo caro é bom e que algo barato é ruim possa ser passada às crianças", disse a mãe, cujo filho deve começar a frequentar a escola em abril, quando começa o novo ano letivo.
Em carta enviada aos pais de alunos em novembro, o diretor da escola, Toshitsugu Wada, disse que a Taimei é uma referência em Ginza, e que a decisão de adotar os uniformes desenhados pela Armani almeja criar uma atmosfera condizente com tal instituição.
Nenhuma autoridade da Taimei estava disponível de imediato para comentar, mas Wada publicou um comunicado no site da escola prometendo dar explicações suficientes sobre o plano.
"Com humildade, aceito a crítica de que as explicações foram insuficientes e vieram em má hora. Continuarei explicando cuidadosamente a todos os interessados".

O túnel dos pombos / Carlos Primo Bra

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

O Túnel dos Pombos 

 CARLOS PRIMO BRAGA

Valor Econômico - 09/02

A autobiografia de David Cornwell - mais conhecido pelo seu pseudônimo: John Le Carré - é intitulada "The Pigeon Tunnel". O título se refere a uma memória de adolescência. Seu pai o levou a Monte Carlo onde eles visitaram um clube, dotado de um campo de tiros. Pombos criados no cassino local eram colocados em túneis que os direcionavam a emergir como alvos no campo de tiros. Aqueles que sobreviviam, tipicamente retornavam ao seu local de origem (o teto do cassino) onde eram novamente aprisionados e mais uma vez utilizados como alvos até o desfecho inevitável.



Sociedades nem sempre aprendem com suas experiências passadas. A memória dos resultados desastrosos de governos populistas é frequentemente superada pelo apelo de soluções simples para problemas complexos. A história dos pombos de Monte Carlo serve de alerta para aqueles que teimam em repetir trajetórias arriscadas.

A economia mundial convive com conflitos geopolíticos, opções políticas extremistas e experimentos econômicos que geram comparações com as experiências da década de 30 e da Guerra Fria. Embora tais comparações devam ser interpretadas com cuidado, não restam dúvidas que esse é um período em que as lições da história são particularmente relevantes.

Na esfera da geopolítica, os paralelos são óbvios. As aventuras nucleares da Coreia do Norte e as "confrontações" mediáticas entre Donald Trump e Kim Jong-un fornecem uma versão burlesca das tensões entre os EUA e a União Sovética. O perigo de um confronto nuclear é novamente considerado ameaça real. O "Relógio do Apocalipse" do Bulletin of the Atomic Scientists foi reajustado em janeiro de 2018 para 2 minutos para a meia-noite (a referência horária para uma catástrofe nuclear), uma marca que só havia sido registrada em 1953 em meio à corrida nuclear armamentista.

Mais relevante, porém, é o estado atual das relações entre as duas principais potências nucleares: os EUA e a Rússia. O governo de Vladimir Putin vem adotando medidas agressivas não apenas no campo militar (a anexação da Crimeia, a intervenção no leste da Ucrânia, a campanha na Síria para sustentar o regime de Bashar al-Assad), mas também na esfera econômica (ameaças de corte de suprimento de gás natural para a Europa) e sobretudo no campo cibernético através de campanhas de desinformação via redes sociais e "hacking" de alvos políticos. É impossível afirmar se tais campanhas realmente afetaram o resultado das eleições presidenciais nos EUA em 2016. Mas o esforço per se ilustra os novos contornos dessa guerra fria.

No campo das relações comerciais, os ecos da experiência protecionista dos anos 30 vão se tornando cada vez mais nítidos. As economias do G-20 não adotaram políticas protecionistas convencionais em larga escala no período pós-2008. Em tese, as disciplinas da Organização Mundial de Comércio teriam ajudado a controlar a tentação. Mas uma análise mais detalhada das políticas do G-20 indica que esses países vêm adotando medidas discriminatórias de "nova geração" (por exemplo, regras de conteúdo nacional, financiamento subsidiado para empresas domésticas, etc).

A decisão recente dos EUA de utilizar a legislação de salvaguardas para impor tarifas, que variam de 30 a 50% no primeiro ano, às importações de máquinas de lavar e painéis solares abre um novo capítulo nesse front. Tais medidas afetam importações de todas as origens, em contraste com ações anti-dumping e contra subsídios, nos próximos 4 anos. Elas podem abrir as comportas protecionistas nos EUA na medida em que outras indústrias interpretem essa decisão como um sinal de que a administração Trump é favorável ao uso indiscriminado de salvaguardas. Reações de parceiros comerciais dos EUA, por sua vez, podem levar à eclosão de conflitos comerciais significativos como ocorreu nos anos 30.

Como compatibilizar as preocupações geopolíticas e a possibilidade de conflitos comerciais com as expectativas otimistas de crescimento global? Pela primeira vez desde 2007, todas as 45 economias incluídas no Índice de Expansão e Contração da OCDE apresentaram crescimento positivo em 2017. E o FMI em suas previsões mais recentes (1/2018) revisou positivamente as suas estimativas de crescimento global para 2018 (de 3,7 para 3,9%).

Esses números e o desempenho positivo de mercados acionários ao redor do mundo vêm sendo apresentados como evidência de que a crise financeira global ficou para trás. A realidade, porém, é que as taxas de juros nos países industrializados começaram a aumentar, refletindo a normalização de políticas monetárias, expectativas crescentes de inflação, e aumento de déficits fiscais (particularmente nos EUA). Como consequência, a possibilidade de novas crises e de uma correção significativa no valor de ativos financeiros não pode ser descartada, com o agravante de que a margem de manobra dos Bancos Centrais - a capacidade dos mesmos de reduzir taxas de juros - é hoje bem mais limitada do que era em 2008.

Essas observações ilustram a importância de se resistir a apelos populistas em um ambiente marcado por tanta incerteza. Uma visão otimista poderia ser articulada com base na tese de que a recuperação econômica global irá solapar o apoio à estratégias populistas. A realidade, porém, é que o apelo de tais políticas vai além de considerações econômicas. O populismo reflete percepções de que os "outros" (as elites na versão da esquerda ou os estrangeiros/imigrantes na versão da direita) são as causas da ansiedade gerada pelo processo de modernização. Mesmo em um cenário de recuperação econômica, tais tensões não vão desaparecer. Além disso, a sustentabilidade da recuperação econômica não está assegurada. Cabe torcer para que lideranças políticas não repitam os erros do passado, evitando o paralelo com a experiência do túnel dos pombos.