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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Prestígio político do PT desmorona na Câmara e dificulta a governança do Brasil / "Sonegaram à presidente até a ilusão de que preside"

Mapa de votação mostra que apoiadores sonegam a Dilma ilusão de que preside 

Josias de Souza



Dilma Rousseff se esforça há semanas para atingir dois objetivos estratégicos: não cair e passar a impressão de que comanda. De volta das férias, os deputados que supostamente apoiam o governo apertaram o botão de ‘dane-se’. Sonegaram à presidente até a ilusão de que preside. Menos de 24 horas depois de ouvir um apelo de Dilma para que desarmassem os projetos-bomba, os partidos governistas acenderam um pavio no plenário da Câmara.
Uniram-se à oposição para rejeitar requerimento que retirava da pauta uma proposta que vincula aos contracheques dos ministros do STF os salários de várias categorias: advogados da União, delegados federais e civis, auditores fiscais, procuradores estaduais e de capitais… Uma farra. O pedido que resultaria no adiamento da encrenca foi rejeitado por 278 votos a 179. Se não houver um acordo que restabeleça a racionalidade, a bomba irá a voto nesta quarta-feira.
O mapa da votação do pedido de adiamento, disponível aqui, revela que Dilma foi traída por deputados dos principais partidos ditos governistas. O PDT, legenda que controla o Ministério do Trabalho, ostenta o maior índice de infidelidade: 92,8%. Dos 14 deputados da legenda presentes à sessão 13 disseram “não à retirada da bomba da pauta.
O PSD do ministro Gilberto Kassab (Cidades) vem em segundo no ranking da infidelidade: 75%. Dos 32 deputados da legenda que deram as caras, 24 disseram “não” à retirada da bomba da pauta. O PTB vem a seguir: 69,5% de infidelidade. Dos 23 deputados da legenda presentes em plenário, 16 votaram contra os interesses do Planalto.
O PP, partido enrolado no escândalo do petrolão da portaria à presidência, ostenta um índice de traição de 65,6%. Dos 32 votos que o PP levou ao painel da Câmara, 21 foram contra o governo.
O PMDB do vice-presidente Michel Temer, com 29,5% de traidores, somou 18 silvérios num total de 61 votos. Até no PT houve 6,8% de infidelidade: quatro deserções num total de 58 presentes.
Atônito, o petista José Guimarães (CE), líder do governo, foi ao microfone pronunciar algo muito parecido com uma chantagem. Soou como se insinuasse que os traidores poderiam perder as trincheiras que ocupam na Esplanada. “Temos de exigir fidelidade”, disse ele. “E isso se faz isso no painel de votações. Você acha que é razoável um partido ter um ministro e a bancada votar contra o governo?”
Desde que o governo de Dilma Rousseff começou a deslizar para o caos, o país espera um sinal claro de que ainda há no Planalto uma presidente em condições de presidir. Sinaliza-se, porém, o oposto. Dilma reuniu-se com os governadores para rogar que pressionassem as bancadas de seus respectivos Estados, afastando-as da irresponsabilidade fiscal. Deu em nada.
Dilma serviu um churrasco no Alvorada para os presidentes e líderes de partidos da sua coligação. Encareceu que agissem junto aos seus liderados para evitar ataques ao Tesouro Nacional. Os liderados deram de ombros para os líderes. Pior: os próprios líderes riram de Dilma pelas costas ao celebrar na mesma noite com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, um acordo que excluiu o PT do comando das CPIs dos fundos de pensão e do BNDES —ambas por instalar.
Como se fosse pouco, os pseudo-aliados de Dilma ajudaram a aprovar um pedido de urgência para a análise das contas de três ex-presidentes: Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT). As votações devem ocorrer nesta quinta-feira (6). Com isso, abre-se o caminho para a análise da prestação de contas do governo Dilma de 2014.
A escrituração de 2014 encontra-se no TCU, que ameaça rejeitá-la. O parecer do TCU vai ao Legislativo, dono da última palavra sobre a matéria. Confirmando-se a rejeição das contas, abre-se um debate sobre a conveniência de abrir um processo de impeachment contra Dilma.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Controle da mídia está na pauta de discussão no Parlamento

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cunha-diz-que-tentativas-de-controle-da-midia-nao-prosperarao-no-parlamento
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  • Cunha diz que tentativas de controle da imprensa não prosperarão no Parlamento

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes da sessão para a votação da MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília(Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está em viagem ao exterior, hoje, em Moscou, para participar do fórum parlamentar dos Brics, fez hoje em seus perfis oficiais nas redes sociais - Twitter e Facebook - uma defesa da liberdade de imprensa.

    "Tentativas de controle dos meios de comunicação não prosperarão no Legislativo", avisou, parabenizando os profissionais do setor pela comemoração neste domingo, 7, do Dia da Liberdade de Imprensa. Na defesa de seu argumento, o peemedebista diz que a liberdade deve prevalecer em todas as circunstâncias porque tem se consolidado como baluarte da democracia.
    "Praticamos todos os dias o direito constitucional, a manifestação livre, que é da atividade parlamentar. A Câmara é um ambiente propício à discussão. É inaceitável a censura travestida de regulação. Essa Casa jamais dará acolhida e repudiará qualquer tentativa que possa resvalar em atitude autoritária, qualquer tentativa de controle dos meios de comunicação não irá prosperar no Legislativo."

    A defesa da regulação da mídia é uma das bandeiras do Partido dos Trabalhadores e da presidente Dilma Rousseff. Assim que foi reeleita, em outubro do ano passado, a petista defendeu a regulação econômica da mídia, sem interferência no conteúdo, sob argumento de que apenas seis famílias controlam 70% da imprensa brasileira.

    Para a presidente, a regulação servirá para impedir o monopólio e os oligopólios regionais dos meios de comunicação no país. Em razão da polêmica dessa proposta, apesar da defesa de Dilma, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva (PT), disse no mês passado que o projeto de regulação da mídia não faz parte das prioridades do governo.

    A crítica de Eduardo Cunha a qualquer tentativa de regulação da mídia ocorre na mesma semana em que o tema estará em discussão na Câmara dos Deputados. Nesta quinta, 11, a partir das 9h30, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, a assessora da presidência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Ana Carolina Lopes de Carvalho, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Murilo Cesar Ramos e a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, falarão sobre a regulação econômica dos meios de comunicação, em audiência pública requerida pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

    Duas propostas serão discutidas nessa audiência pública na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL) 4026/2004, de autoria do ex-deputado Cláudio Magrão (PPS-SP), e o projeto de lei (PL)6667/2009, do deputado Ivan Valente (Psol-SP). Ambos regulamentam a Constituição Federal (Art. 220), impondo limites à propriedade dos meios de comunicação e à audiência, com a finalidade de coibir o monopólio no setor.

    (Com Estadão Conteúdo)

    07/06/2015 às 17:26 - Atualizado em 07/06/2015 às 17:26