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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Ensaio sobre a gravidade dos fatos socioeconômicos, furtivos, que a sociedade brasileira precisa ler, ouvir, sentir para não ser apanhada de surpresa pelas autoritárias autoridades de plantão do momento histórico do país... / Ricardo Vélez Rodriguez / blog de Aluízio Amorim


quinta-feira, setembro 10, 2015


A SURDEZ SUICIDA DOS PETRALHAS

"Recomendo a leitura deste magistral artigo do professor Ricardo Vélez Rodríguez bem como o compartilhamento pelas redes sociais. Decidi por conta própria dividir em tópicos com subtítulos de forma a facilitar a leitura, já que o artigo é um pouco longo, mas de leitura obrigatória por fornecer todos os elementos para compreender os fatos que levaram o Brasil a viver esta brutal crise econômica, política e social. Além disso recomendo aos senadores e deputados que leiam este escrito com toda a atenção."

Por Ricardo Vélez Rodriguez (*)
Transcrito via TheRealTalk.org by Olavo de Carvalho
Diante da gravidade dos fatos no panorama brasileiro, destaca-se a atitude suicida dos petralhas enquistados no poder: nada ouvem. A plena divulgação da gravidade dos malfeitos que se vem repetindo semana após semana, em nada abala a convicção dos detentores do poder de que ficarão para sempre nele. Nem o sombrio panorama econômico, nem o esvaziamento da autoridade presidencial, nem os protestos de milhares de cidadãos nas ruas, nada os abala. 
Prof. Ricardo Vélez Rodríguez
Ou, pelo menos, fingem que nada os abala. Mandatários comunistas são assim, repetindo o exemplo próximo dos irmãos Castro em Cuba, ou do bolivariano Maduro na Venezuela. A opinião pública que se lasque! O essencial é manter o poder, a qualquer preço. Foi assim na Rússia do início do século XX, com os bolcheviques, quando galgaram o poder em 1917. Foi necessário que a casa caísse primeiro, em 1989, para que largassem o osso. Daí por que, no Brasil, os suicidas vermelhos só sairão quando enxotados do Planalto. É o que os brasileiros farão, com certeza, diante da desfaçatez de Lula, Dilma e companhia.
No terreno econômico, os petralhas montaram um esquema de apropriação do dinheiro público, a partir do propinoduto alimentado pela cooptação de empresários corruptos através de empresas estatais como a Petrobrás, a Eletrobrás e a Nuclebrás, e utilizando os empréstimos do BNDES para garantir o financiamento das obras que beneficiariam aos operadores do esquema, todos ligados ao PT e à base aliada. É incrível como esse modelo continuou a funcionar, mesmo após os primeiros crimes terem sido desvendados pela Operação Lava Jato. O honrado juiz Sérgio Moro colocou José Dirceu na cadeia justamente por esse motivo. O que mais assusta nas novas revelações dos investigadores do Ministério Público e da Polícia Federal é que o esquema da corrupção desenfreada passou a operar, nos dois governos petralhas, em todos os campos: na saúde, na educação, na segurança pública, no terreno eleitoral, na gestão das relações exteriores do país, na magistratura, nas obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, etc. É incrível observar como o câncer da roubalheira foi espalhado pela petralhada em todos os órgãos do Estado, não escapando hoje praticamente nenhum setor da administração pública. A cara de pau dos petralhas é de dar inveja ao mais corrupto dos ditadores africanos! Tudo em nome do povo.
O CONSULADO LULISTA
O programa “Bolsa Família” converteu-se, no consulado lulista, em desavergonhado esquema de aliciamento do eleitorado pobre, tendo constituído, assim, o maior programa de compra de votos do hemisfério ocidental, como oportunamente destacou o então senador Jarbas Vasconcellos em histórica entrevista dada à Revista Veja (18/02/2009). Lula dizia, logo assim que tomou posse em 2003, que os petistas não podiam errar. Só que não falou em que terreno os petralhas não cometeriam erros. Hoje fica claro que se tratava do campo da corrupção. Eles, os petistas, não poderiam errar na aplicação dos métodos totalitários para a conservação do poder a qualquer preço. Lula e Dilma colocaram em prática o conceito que Lenine tinha do exercício da autoridade à frente do Estado, como sendo “um poder não controlado por leis”. Ou seja, um poder absoluto. Nem o poder espiritual escapou à generalização da roubalheira, com os arautos da teologia da libertação, “frei” Beto, o ex-padre Boff e outros, justificando os desmandos do lulopetismo em nome da justiça social.
O ideal petralha, caso não tivessem sido pegos os dirigentes com a boca na botija da roubalheira generalizada, era desagregar a tal ponto o tecido social brasileiro, de forma a poderem implantar a plena ditadura comunista no Brasil. 
ELIMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA
Se a sociedade brasileira não tivesse acordado, os petralhas já estariam pondo em prática a segunda etapa do processo, após terem se consolidado no poder: a eliminação dos bolsões de resistência que aparecessem na sociedade. Tal como o camarada Stalin fez na Rússia, assassinando friamente mais de 20 milhões de compatriotas. Tal como ocorreu na China do “companheiro” Mão Tse Tung, com os milhões de assassinatos a partir da “Grande Marcha” que consolidou o poder dos comunistas. O ideal petralha era converter o Brasil numa grande prisão, algo assim como os irmãos Castro fizeram em Cuba, onde, dos 11 milhões de habitantes, praticamente a metade, aproximadamente 5 milhões, servem aos “comitês de defesa da Revolução”, prestando informações aos organismos policiais. Lula nunca abjurou do seu conceito estalinista de poder, abraçando a idéia maluca de eliminar fisicamente os seus oposicionistas. Logo no começo do ciclo lulopetralha, foi posto em funcionamento esse esquema totalitário com a eliminação física dos que, de dentro do PT, obstaculizavam as primeiras operações da engenharia da corrupção que embolsava dinheiro dos contribuintes, nas empresas de limpeza urbana das prefeituras paulistas dominadas pelo Partido, mediante o desvio de recursos para o mesmo. Celso Daniel e Toninho do PT foram as primeiras vítimas desse esquema podre. Foram assassinados a sangue frio, a fim de dar uma lição antecipada do que aconteceria com outros “companheiros” que se opusessem à política da ladroagem. Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho foram os articuladores desse esquema de assassinatos e de corrupção da política partidária.
DESTRUIÇÃO DE VALORES
No terreno cultural, a petralhada pôs em funcionamento desavergonhada política de destruição dos valores e instituições tradicionais caros aos brasileiros: família, Forças Armadas, religião, solidariedade social, moralidade, etc. A ideologia de gênero, que é a versão atual do marxismo cultural, passou a ser a orientadora da educação sexual das crianças com que o prefeito de São Paulo tenta corromper as novas gerações, destacando que o que importa não é a família tradicional nem a educação dada no seu seio, mas a opção sexual individual comandada pelos “educadores” do caos. Professores petralhas orientam os seus alunos pré-adolescentes no sentido de “fazer pesquisa” afetiva, beijando indiscriminadamente três meninos e três meninas, a fim de relatar perante a turma a “experiência afetiva” e assim estimular os outros alunos a fazerem as descobertas cabíveis. Corrupção de costumes na cara de pau! Não se trata aqui, obviamente, de pregar a discriminação das minorias. Trata-se, simplesmente, de denunciar uma prática pseudopedagógica que corrompe os valores tradicionais no seio das famílias.
O gramscismo ou teoria da “revolução cultural” em nome do proletariado vem sendo aplicado nos mais diferentes níveis de educação e de divulgação cultural no Brasil, ao longo dos últimos treze anos. Posto que seria mais prática a derrubada do sistema capitalista, não pela via armada (que termina reforçando o statu quo), mas pelo caminho invisível da corrupção da sociedade, os petralhas passaram a desenvolver ações estratégicas nesse sentido. O revisionismo cultural tomou conta do cenário brasileiro, com historiadores lulopetralhas reescrevendo a nossa história e substituindo os heróis nacionais pelos marginais. A educação fundamental, com a publicação de manuais a serviço da desconstrução do Brasil tradicional foi, certamente, o cenário que os petralhas ocuparam primeiro. Mas outros campos também foram visados. No terreno da informação, as ameaças lulopetralhas com um “estatuto popular para a imprensa e as comunicações” têm agido como espada de Democles para assustar os desavisados. E “movimentos sociais” à margem da lei como o MST passaram a receber vultosas ajudas oficiais para desmoralizar os investidores do agronegócio e destruir a propriedade privada, com auxílio de movimentos anárquicos internacionais como “Via Campesina”. O líder do MST, João Pedro Stédile, chegou a receber o título de “pensador brasileiro”, de conhecida Universidade Federal.
A MENTIRA COMO MÉTODO
Já no campo da destruição da memória nacional, os petralhas instalaram com grande estardalhaço da famosa “Comissão da verdade”, que outra coisa não foi mais do que a tentativa de “Omissão da verdade”. Os comunistas brasileiros são maus perdedores. Vencidos no terreno da luta armada quando, nas décadas de 60 e 70, tentaram organizar a guerrilha a serviço do totalitarismo comunista, os agitadores profissionais não se conformaram com isso: tentaram, gramscianamente, o revide do ressentimento décadas depois, mediante a ocupação do Ministério da Defesa por exmilitantes treinados na estratégia de desmoralizar as nossas Forças Armadas e mediante a organização da “Comissão da Verdade”, com a única finalidade de atacar os militares que fizeram frente ao inimigo terrorista. Os petralhas, desde o Palácio do Planalto, não têm poupado esforços no sentido de apagar da memória do povo os serviços heroicos prestados pelos nossos homens de armas, na defesa do Brasil contra os totalitários de plantão. Medidas concretas do revide lulopetralha: não se pode mais comemorar o aniversário do movimento revolucionário de 64, que depôs um presidente corrupto que tentava implantar a República sindical a serviço do comunismo internacional. A guerrilha do Araguaia, que foi bravamente derrotada pelo Exército, virou, na versão petralha, crime contra a humanidade praticado pelos que defenderam os brasileiros. Não tivessem as nossas Forças Armadas apagado esse foco incendiário, hoje o Brasil teria as suas FARCs, com os mais de 450 mil mortos que esse grupo terrorista causou na Colômbia, na guerra que os vizinhos enfrentaram entre 1979 e 2002.
A REAÇÃO POPULAR
Mas a sociedade brasileira já matou a charada dos lulopetralhas no poder. As multitudinárias manifestações que começaram a ocupar as ruas desde junho de 2013 e que se têm repetido ao longo do país nos dois anos subsequentes, estão a mostrar que os brasileiros querem os petralhas fora do poder e para sempre. Essa é a lição das ruas que os lulopetralhas se recusam a escutar. Mas essa é a voz do povo, que não tolera mais o achincalhe petista contra as instituições democráticas do Brasil. Lula e os seus militantes tentaram de tudo para desmoralizar definitivamente o Congresso e aparelhar a Magistratura. Mas a sociedade está dando o seu recado definitivo nas manifestações populares e nos panelaços que ecoam pelos quatro cantos do país. Os brasileiros querem o PT fora do poder definitivamente! Não adiantam panos quentes nem conchavos das elites a serviço da petralhada. Quem não quiser ouvir a voz dos brasileiros ficará do lado de fora da história deste país. O impeachment ou a renúncia da Dilma é questão de tempo. E o boneco gigante de Lula em trajes de presidiário com o dizer: “PT 171” virou cena viral que se espalhou pelo mundo afora na internet e nas redes sociais, após as manifestações do passado 16 de agosto. Este é o recado das ruas que os petralhas não querem ouvir: Fora Dilma, fora PT! Os arquitetos do caos não perdem por esperar.
(*)Ricardo Vélez Rodríguez é Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da UFJF, Professor Emérito da ECEME e Docente da Faculdade Arthur Thomas em Londrina.