Posted: 17 Nov 2012 08:00 AM PST
Veja o resultado de uma pesquisa que testou se somos honestos
Será que a natureza humana é honesta? Parece que sim – se estivermos em nossas próprias casas.
Um estudo da Universidade de Oxford (Reino Unido) e da Universidade de Bonn (Alemanha) concluiu que é mais difícil para as pessoas contarem mentiras se estiverem em suas próprias casas.
Os pesquisadores realizaram testes simples de honestidade ligando aleatoriamente para 658 pessoas em suas próprias casas na Alemanha. Antes de fazer o teste, todos os participantes responderam perguntas sobre seu sexo, idade, pontos de vista sobre desonestidade e religião.
Os cientistas então pediam às pessoas para jogar uma moeda. Se caísse cara, elas receberiam 15 euros (cerca de 40 reais) ou um vale-presente, se caísse coroa, não receberiam nada. Sendo assim, as pessoas tinham um forte incentivo para mentir sem serem descobertas.
Embora os pesquisadores não tenham observado diretamente o comportamento dos indivíduos em suas próprias casas, os resultados mostram um nível extremamente elevado de honestidade: mais da metade dos participantes do estudo (55,6%) relatou que caiu coroa, o que significava que não receberiam nada. 44,4% relataram cara. As respostas dos participantes estão de acordo com o “acaso”, que dita que as chances de cair cara são de 50% e coroa 50%.
Um segundo teste semelhante foi feito, envolvendo 94 participantes por telefone. Desta vez, eles foram convidados a relatar os resultados de quatro lançamentos de moeda consecutivos com a promessa de cinco euros por cada vez que a moeda caísse no lado da coroa.
O resultado foi o mesmo: apesar de um potencial de ganho de 20 euros (cerca de 52 reais), as respostas dos entrevistados refletiam a distribuição provável dos resultados de se jogar uma moeda, sugerindo que foram honestos.
A conclusão é de que os atributos pessoais não desempenham um papel muito grande no nível geral de honestidade, que foi elevado em ambos os testes. Segundo os pesquisadores, ser honesto parece ser extremamente importante para o nosso sentido de “eu”, ou seja, para nossa percepção de nós somos.
No entanto, embora nos incomode dizer mentiras em casa, somos mais propensos a dobrar mais a verdade no trabalho.
Um teste parecido com o segundo experimento foi feito em situações de laboratório altamente controladas: cerca de 75% dos participantes relataram coroa (bem mais que o acaso, de 50%), o que confirma que as pessoas são mais honestas quando estão em suas próprias casas.
“Uma teoria é de que ser honesto é a própria essência de como queremos nos perceber, e é muito importante para o nosso senso de identidade própria”, explica o Dr. Johannes Abeler, do Departamento de Economia da Universidade de Oxford. Sendo assim, é mais difícil mentir dentro da nossa própria casa.
Os cientistas sugerem que o governo, para evitar comportamento fraudulento, deveria tornar formulários e questionários oficiais mais “pessoais”, de forma a revelar mais sobre nossas vidas e senso de autoidentidade.
Quando as pessoas veem claramente que mentir em uma dada situação seria errado, elas evitam isso. No entanto, se elas têm qualquer “margem de manobra”, podem se convencer de que seu comportamento não é fraudulento e isso não ataca a noção de quem realmente são.[MedicalXpress, foto]
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Advogados de Bola e Bruno trocam tapas em tribunal
O julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro réus pela morte de Eliza Samudio começou com atraso no Fórum de Contagem (MG). Os advogados Ércio Quaresma, defensor de Bola, e Rui Pimenta, advogado de Bruno, trocaram tapas. Quaresma disse que Pimenta tirou seus pertences da mesa reserva por ele e deu um tapa no peito do colega, que revidou com outro no braço. "Não me põe a mão", disse Pimenta ao dar o tapa no braço de Quaresma.
A juíza Marixa Fabiane disse que cedeu o lugar para Pimenta após ele pedir e alegar que a mesa estava vaga. Após a juíza dar 5 minutos para a questão ser resolvida, os defensores ocupam a mesma mesa no plenário.
A juíza Marixa Fabiane diz que cedeu lugar para Pimenta após ele pedir e alegar que a mesa estava vaga.
Para a Polícia Civil e o Ministério Público, Eliza foi levada a Minas Gerais pelo amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e pelo primo do goleiro, Jorge Lisboa Rosa, com a falsa promessa do reconhecimento da paternidade do filho da ex-modelo e um apartamento. A partir daí, Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), até ser levada por Bruno, Macarrão, Jorge e outro primo, Sérgio Rosa Sales, até a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a teria matado, dado partes do corpo dela a cães e sumido com o restante. Ainda de acordo com a polícia, a intenção do grupo era matar também o filho de Eliza, mas Bruno teria intercedido.
Bruno e Macarrão vão sentar no banco dos réus para responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Bola também responderá pelos mesmos crimes e por ocultação de cadáver. As ex-mulheres do goleiro, Dayanne do Carmo (legítima) e Fernanda Gomes Castro (amante) serão julgadas pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Os júris de Wemerson Marques Souza, o Coxinha, e de Elenílson Vítor da Silva, também acusados no processo, foram desmembrados e serão realizado no ano que vem.
O júri popular será um teste de resistência para todos os presentes no plenário, que vai ser totalmente ocupado por, pelo menos, 100 pessoas. Destas, 42 são jornalistas. O restante dos lugares está reservado para familiares. A previsão é a de que o julgamento dure três semanas e que os réus conheçam o resultado proferido pelo conselho de sentença por volta do dia 7 de dezembro. A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, veio do Mato Grosso para acompanhar o júri. "Quero que eles revelem onde está o corpo da minha filha. Eu tenho o direito de enterrá-la", clamou.
Dos 25 jurados pré-selecionados, sete foram sorteados no final da semana passada e já ficaram isolados em um hotel de Contagem, cada um acompanhado de um oficial de Justiça. O prédio do Fórum Pedro Aleixo passou por uma pequena reforma para abrigar o júri. Foram feitas adequações no forro, que tinha infiltrações, e o aumento das instalações elétricas. Desde a última quinta-feira, o local teve também a vigilância reforçada.
O júri será presidido pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que por várias vezes bateu boca com os advogados nas audiências de instrução e também no julgamento de Bola pela morte do carcereiro. Os advogados afirmam que Marixa não poderia presidir o júri, já que o crime teria sido, segundo a polícia, em Vespasiano, uma outra comarca. Com pulso forte, a magistrada passou por todas as turbulências nos dois anos e meio de duração do processo e agora tentará encerrar o ciclo com o júri popular.
A acusação