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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Por que as mulheres vivem mais do que os homens? // BBC

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151005_vert_fut_longevidade_sexos_ml

Que motivos fazem as mulheres viverem mais que os homens?

  • 5 outubro 2015
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Image copyrightGetty
Image captionA diferença na longevidade de mulheres e homens se manteve estável ao longo dos séculos
Assim que eu nasci, já estava predestinado a morrer mais cedo do que metade dos bebês na maternidade – uma espécie de maldição que eu praticamente não posso evitar. O motivo? O simples fato de ser homem. Só por isso, minha expectativa de vida é três anos menor do que a de uma mulher nascida no mesmo dia.
Mas por que isso acontece? E será que é possível quebrar essa maldição?
Apesar de essa informação não ser novidade e estar há décadas desafiando médicos e cientistas, só recentemente eles têm conseguido obter algumas respostas.
Uma das primeiras teorias era a de que os homens viviam uma vida fisicamente mais extenuante e o corpo acabava cobrando o preço disso mais tarde. Mas se isso fosse verdade, hoje em dia a diferença na longevidade deveria ter caído, já que a maioria dos homens e das mulheres realiza os mesmos tipos de trabalho, muitas vezes sedentário.
Só que a diferença na expectativa de vida entre os sexos se manteve estável apesar das profundas transformações sociais dos últimos séculos. Tomemos o exemplo da Suécia: em 1800, a expectativa de vida no nascimento era de 33 anos para as mulheres e 31 anos para os homens; hoje, esses valores são 83,5 anos para elas e 79,5 anos para eles. Nos dois casos, as mulheres vivem cerca de 5% mais tempo que os homens.
Cientistas da Universidade do Alabama afirmaram, em artigo recente na revista Gerontology, que "essa consistente vantagem de sobrevivência das mulheres em comparação aos homens (...) é observada em todos os países, em todos os anos em que há registros confiáveis de nascimentos e óbitos. É provavelmente o padrão repetitivo mais robusto da biologia humana".

O fator X

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Image captionMulheres têm dois cromossomos X, o que lhes daria uma reposição caso gene falhe
Também não tem sido fácil para pesquisadores provar que os homens forcem seus corpos mais que as mulheres. Fatores como o fumo, o consumo de bebidas alcoólicas e a alimentação em excesso podem explicar a diferença nas expectativas de vida entre homens e mulheres em cada país. Os homens russos, por exemplo, têm mais chances de morrer 13 anos antes do que suas conterrâneas mulheres, em parte porque bebem e fumam mais.
Mas a verdade é que fêmeas de chimpanzés, gorilas, orangotangos e gibões também viverem mais do que os machos de seus grupos, e nós não os vemos com cigarro na boca e um copo de cerveja na mão.
Parece, portanto, que a resposta do enigma está na nossa evolução. "É claro que fatores sociais e de estilo de vida têm sua influência, mas há algo mais profundamente impregnado na nossa biologia", afirma Tom Kirkwood, que estuda a fisiologia do envelhecimento na Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha.
Há muitos mecanismos que potencialmente estão por trás dessa diferença na expectativa de vida, começando pelos cromossomos presentes em cada célula. Por terem dois cromossomos X, as mulheres mantêm uma cópia de todos os seus genes, que pode entrar em ação se outro "falha".
Os homens não têm esse back-up. Com isso, mais células podem começar a funcionar mal ao longo do tempo, colocando os homens sob mais risco de desenvolverem doenças.

O papel da testosterona

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Image captionHábitos como fumo e consumo de álcool podem influenciar na expectativa de vida
Outra hipótese considera o fato de o batimento cardíaco das mulheres aumentar durante a segunda metade do ciclo menstrual, oferecendo benefícios semelhantes aos de fazer exercícios moderadamente. O resultado é um risco mais tardio de desenvolver doenças cardiovasculares.
A diferença na longevidade também pode ser uma questão de tamanho. As pessoas mais altas têm mais células em seu corpo, o que significa que elas têm mais chances de desenvolver mutações prejudiciais. Corpos maiores também consomem mais energia, provocando um desgaste maior dos tecidos. E, como os homens costumam ser maiores que as mulheres, eles poderiam enfrentar mais danos a longo prazo.
Mas talvez o verdadeiro motivo seja a testosterona, que determina a maioria das outras características masculinas, como a voz mais grossa, a presença maior de pelos e a calvície.
As evidências para isso vêm de um lugar inusitado: a Corte Imperial da Dinastia Chosun, da Coreia. O cientista coreano Han-Nam Park recentemente analisou os registros detalhados da vida na corte no século 19, incluindo 81 eunucos cujos testículos foram retirados antes da puberdade.
A análise revelou que os eunucos viviam até aproximadamente 70 anos, enquanto os demais homens da corte tinham uma vida média de 50 anos. De maneira geral, os eunucos tinham 130 mais chances de chegar aos 100 anos do que os homens comuns que viviam na Coreia naquela época, inclusive os reis.
Apesar de nem todos os estudos com outros eunucos terem mostrado uma diferença tão acentuada na longevidade, de maneira geral homens e animais sem testículos vivem mais.
Ainda não se sabe o exato motivo para isso, mas segundo David Gem, da University College Londres, o dano pode ocorrer no final da puberdade. Ele aponta para os tristes casos de pacientes em manicômios americanos no início do século 20. Muitos eram castrados forçadamente como parte de seu "tratamento". Assim como os eunucos coreanos, esses homens viviam bem mais do que os demais internados se tivessem sido esterilizados antes dos 15 anos.
A testosterona pode tornar o corpo mais forte, no curto prazo, mas essas mesmas mudanças deixam os homens propensos a doenças do coração, infecções e câncer no fim da vida. "O hormônio pode aumentar a produção de fluido seminal hoje, mas promove o câncer de próstata a longo prazo; ou altera a função cardiovascular para melhorar o desempenho físico no início da vida, mas leva à hipertensão e à arteriosclerose", diz Gem.

‘Elixir da juventude’

As mulheres não só escapam dos riscos da testosterona como também podem se beneficiar de seu próprio "elixir da juventude", que ajuda a compensar alguns dos estragos provocados pelo tempo. O hormônio sexual estrogênio é um "antioxidante", o que significa que ele neutraliza substâncias tóxicas que estressam as células.
Em experimentos com animais, as fêmeas cujos ovários foram retirados não vivem tanto quanto àquelas que continuaram produzindo o estrogênio naturalmente.
Kirkwood e Gem acreditam que isso é uma vantagem evolutiva que deu a homens e mulheres as melhores chances de passar seus genes adiante.
Durante o acasalamento, as mulheres teriam mais tendência a procurar o "macho alfa", mais definido pela testosterona. "Mas, uma vez que os filhos nascem, o bem-estar da cria está intimamente ligado ao bem-estar da figura materna. Ou seja, é muito mais importante para os filhos que a mãe esteja em forma do que o pai", diz Kirkwood.
Isso pode não ser um grande consolo para os homens de hoje. Os cientistas admitem que é preciso continuar procurando por uma resposta definitiva. Mas a esperança é que, um dia, o conhecimento possa trazer algumas pistas para ajudar todos nós a vivermos um pouco mais.
Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Future.

Charge do Caruso // blog do Ricardo Noblat


Charge (Foto: Chico Caruso)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Notícias inacreditáveis de Brasília / coluna de Cláudio Humberto

2015
Sob fogo cerrado, em razão de suspeitas de envolvimento no assalto à Petrobras e da acusação de manter quatro contas secretas em bancos da Suíça, com dinheiro de origem suspeita, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete reagir e “partir pra cima” dos adversários. Aliados mais próximos avisam que Cunha “jamais cairá sozinho” e que, se necessário, ele não hesitará em “arrastar” a presidente Dilma.
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Cunha está inclinado a acatar um dos treze pedidos de impeachment. Ou arquivar todos e ser docemente derrotado por recurso no plenário. 
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São necessários 257 votos para a Câmara aprovar o impeachment ou afastamento imediato de Dilma do cargo. A oposição já contabiliza 285.
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Especialista da tropa de choque de Eduardo Cunha diz haver “conforto” para elaborar sua defesa, após examinar documentos e comprovantes.
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Eduardo Cunha se diz “vítima” de aliados do governo, nas instâncias investigativas, que tentam destruí-lo para desacreditar o impeachment.
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O novo ministro Marcelo Castro precisa agir para tentar impedir que a ética no Ministério da Saúde desabe literalmente: servidores trabalham apavorados com o risco de desmoronamento do prédio da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa na Saúde, em Brasília. Reclamam de tremores na estrutura e de rachaduras nas paredes. Com orçamento de mais de R$ 121 bilhões, o ministério dá de ombros para o problema. 
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A Defesa Civil já vistoriou a estrutura três vezes. Apesar do pânico dos servidores, diz terem sido constatadas apenas “pequenas patologias”.
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O Ministério da Saúde disse que já tem conhecimento do problema e que adotará as providências que achar necessárias.
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Preocupados, mas bem humorados, servidores propõem um “bolão” para saber quem cai primeiro: Dilma ou o velho prédio onde trabalham.
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O líder do Psol, Chico Alencar (RJ), denunciou um movimento para antecipar o fim da CPI da Petrobras, que investiga a roubalheira na estatal. Ele acredita que PT, PSDB e PMDB estão em conluio.
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O Sindfisco, sindicato dos Auditores da Receita Federal, é contra a CPMF. Acha mais lucrativo cobrar IPVA também de helicópteros e lanchas. Estima que esse “novo IPVA” renderia mais de R$ 30 bilhões.
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Convidado a indicar ministros, o líder do PMDB, Leonardo Picciani, revelou gula de novato. Quase saiu no braço para indicar também o secretário de Portos. Foi derrotado pelo veterano senador Jader Barbalho, que queria e obteve o cargo para o filho, Helder.
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Brasileiro residente há 25 anos em Baltimore (EUA) levou uma hora para explicar a vizinhos, num bate-papo, que existe no Brasil “licença-prêmio” para servidores públicos. Os americanos ficaram chocados.
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Deputado em Brasília, o ex-diretor-geral Agaciel Maia se aposentou do Senado na quinta (30), mas ainda manda muito na Casa. Tem acesso a dados dos servidores, que frequentemente recebem mensagens dele.
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O senador Hélio José (DF) decidiu mesmo abandonar o PSD de Gilberto Kassab. Diz que não fica nem que a vaca tussa. Procura um partido para chamar de seu, no Distrito Federal. Como presidente. 
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Somam R$ 13,6 milhões os gastos do Detran-DF em campanhas educativas, desde 2011. Equivale a apenas 2% dos R$ 655 milhões pagos a seus agentes. O órgão faturou com multas R$ 400 milhões.
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Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) não aguenta mais servidores do Judiciário constrangendo parlamentares, aos gritos, a derrubar o veto ao reajuste. E ele até já avisou que votará pela derrubada do veto.
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...Lula está certo, ao dizer na TV que o povo começou a frequentar lugares caros na era PT: posto de gasolina, farmácia, supermercado...
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domingo, 4 de outubro de 2015

Uma economia merreca, uma portaria envergonhada ...

GASTO PÚBLICO - O EXORBITANTE E O SUPÉRFLUO

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 Enxugar gastos não é tarefa agradável nem simpática. Dela não se colhe sorrisos, embora o bom líder, o líder respeitado, colha solidariedade.
Mas esse não é mais o caso do governo petista. O país já reconhece o partido que pretendeu ser hegemônico como uma organização tomada por criminosos. As pessoas bem informadas têm plena consciência, também, de que a nação, por motivos eleitoreiros, foi irresponsavelmente levada a uma crise pela qual não precisava estar passando. O PT e seu governo estão desqualificados para a tarefa que o país tem pela frente. Não há mais, na alma brasileira, ao alcance desse partido, apoios que não precisem ser comprados com sanduíche de mortadela nas ruas e cargos nos gabinetes. Portanto, as sugestões deste artigo vão para a reflexão dos leitores e não para o governo.
No ambiente familiar, quando se torna imperioso cortar gastos, circunstancial ou permanentemente, a tesoura vai atrás dos considerados exorbitantes ou supérfluos. Dependendo de cada realidade, saem as viagens, as roupas novas, os restaurantes, as pizzas delivery, as novidades tecnológicas, os jogos de futebol. Os espetos vão para a churrasqueira com cortes mais baratos. Enfim, cada família busca a seu modo o próprio superávit primário.
Agora, olhemos o Estado. Sob esse guarda-chuva, se abrigam o Estado propriamente dito, o governo, a administração, o Legislativo e o Judiciário. Todos competem pelas fatias do orçamento, todos se consideram irredutíveis, insuficientemente agraciados e remunerados, e só conhecem a solidariedade interna - aquela que une os iguais em torno deste interesse comum: o "nosso" é sagrado. A despeito do preceito constitucional que impõe harmonia aos poderes, na hora do dinheiro prevalece o outro, o da independência.
A presidente Dilma reduziu de 39 para 31 o número de seus ministros e cortou 10% dos vencimentos do topo da cadeia alimentar do gasto governamental. Um ato simbólico. Uma merreca. Economizaríamos muito mais se ela reduzisse as despesas, inclusive as próprias, com cartões corporativos, com as numerosas comitivas ao exterior e com o luxo dos hotéis que frequenta. Ganharíamos muito mais ainda se parasse de usar nosso dinheiro para fazer publicidade de seu desditoso governo. E estou falando dos cortes supérfluos.
Para atingir o exorbitante teríamos que impor limites à licenciosidade com que o Legislativo e o Judiciário e a grande cascata das carreiras jurídicas definem seus ganhos e, muito especialmente seus privilégios. Sim, são privilégios, leizinhas privadas (que sequer leis são porque fixadas por atos administrativos validados por decisões liminares). São benefícios que ninguém mais tem, que geram direitos retroativamente e periódicos pagamentos de "atrasados". A república, além de conviver com enorme desnível entre os maiores e os menores salários, disponibiliza a uma parcela da elite funcional, na União e nos Estados, contracheques que, ocasionalmente, se elevam a centenas de milhares de reais. Não há pagador de impostos que não se escandalize ao saber que isso é feito com o fruto de seu trabalho.
Na mesma linha do exorbitante temos as aposentadorias precoces, incompatíveis com o mais desatento cálculo atuarial; os incontáveis benefícios fiscais que orientam bilhões para usos que nada têm a ver com as funções essenciais do Estado; a legião dos cargos de confiança, que deveriam ser restringidos a um número mínimo, na ordem das centenas e não das dezenas de milhares; a atribuição ao setor público de atividades que poderiam, perfeitamente, ser desenvolvidas pela iniciativa privada; a sinecura de tantas ONGs que funcionam apenas como custeio público para o empreguismo de apadrinhados políticos; a centralização que derroga o pacto federativo e leva o dinheiro de quem produz para longe de suas vistas e para fins inconcebíveis; a gratuidade do ensino superior público para quem pode pagar, exemplo de injustiça que clama aos céus.
Se quiserem mais sugestões tenho inúmeras outras a fornecer.