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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Deputado glutão 'come' prato de 12 quilos em restaurante de Brasilia


FISCALIZAÇÃO

Robô acha de almoço de 12 kg a cervejas pagas pelo cidadão

Rosie já gerou 629 denúncias e obrigou dez parlamentares a devolverem dinheiro

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Câmara
Na mira. Dados analisados por Rosie contemplam gastos realizados por deputados desde 2011
PUBLICADO EM 17/01/17 - 03h00

Em apenas dois meses, Rosie descobriu 3.553 casos suspeitos envolvendo a cota parlamentar dos deputados federais de todo o país. Rosie não é nenhuma funcionária da Ouvidoria da Casa, mas um robô criado por oito amigos que atuam na área de ciência de dados para fiscalizar as despesas dos deputados. A ferramenta cruza informações das notas apresentadas para reembolso com outras, como as da Receita Federal, a presença em plenário, a localização e as característica do lugar onde a compra foi feita.

Assim, já foi encontrada uma nota de R$ 170 de um restaurante onde o quilo da refeição custa R$ 14. Ou seja, teriam sido consumidos 12 kg em um dia. Ainda tem o reembolso de um almoço de R$ 41 feito em São Paulo, apenas 35 minutos depois de o deputado ter discursado em Brasília.


Só na última semana, 849 casos foram auditados. Destes, 629 resultaram em denúncias envolvendo R$ 378,8 mil pagos com dinheiro público por 216 deputados. O projeto responsável pelos levantamentos recebeu o nome de Operação Serenata de Amor. O nome revela a intenção de desvendar fraudes com valores pequenos.


“Na Suíça, uma ministra perdeu o cargo por ter comprado com dinheiro público um chocolate Toblerone. A ideia é ter um detalhamento tão preciso que seja capaz de detectar um chocolate pago irregularmente”, explica um dos membros, o publicitário Pedro Vilanova.


A base de dados considera todos os reembolsos dos deputados que passaram pela Câmara Federal desde 2011. “Alguns dos denunciados, dessa forma, já não estão mais no cargo, mas terão que prestar contas igualmente”, diz Vilanova.


Por orientação jurídica, eles só divulgam o nome dos parlamentares depois de terem tido um retorno da Câmara. Entre os episódios em que já conseguiram não só resposta da Casa, mas a devolução do dinheiro pago equivocadamente está o do então deputado Odelmo Leão (PP-MG), eleito prefeito de Uberlândia. O mineiro gastou R$ 190,05 da cota parlamentar com envio de correspondência da sua campanha.



Em agosto passado, Marco Maia (PT-RS), por exemplo, pediu ressarcimento de R$ 154,50 por duas refeições. Ele devolveu, em dezembro, R$ 77,25, referentes a um almoço. De acordo com as regras da Cota de Atividade Parlamentar, as despesas são autorizadas apenas para os parlamentares.


O robô ainda encontrou um reembolso de R$ 135,15 para Vitor Lippi (PSDB-SP) na compra de cinco cervejas durante uma viagem à Califórnia, nos Estados Unidos. O tucano devolveu o valor e pediu desculpas. “Aproveito para assumir a responsabilidade pelo erro cometido, é de praxe dessa assessoria pedir a glosa de itens não autorizados, como bebidas alcoólicas, mas infelizmente dessa vez não identifiquei o produto, já que estava em outra língua”, alegou o parlamentar no mês passado.

Já o deputado Rocha (PSDB-AC) apresentou três notas de alimentação do mesmo dia. Duas delas, de R$ 52 e R$ 43, foram emitidas em Rio Branco, no Acre. A outra, de R$ 148, a 4.000 km, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Ele alegou que o segundo reembolso foi de uma despesa feita uma semana antes. Como estava com pressa no dia, pediu a um assessor que voltasse outro dia para emitir o cupom, o que, segundo ele, explicaria a coincidência de data. Sem convencer ninguém, devolveu R$ 148.


Criadores buscam mais financiamento

Os dados brutos levantados pelo robô Rosie na plataforma Jarbas, ambos desenvolvidos pelos oito jovens na operação Serenata de Amor depois são analisados pelos profissionais e denunciados à Câmara dos Deputados, no próprio site do Legislativo. Como o volume de dados é muito grande, a equipe aceita a colaboração de outras pessoas que tenham conhecimento técnico ou simplesmente que estejam dispostas a divulgar a ideia, além, claro, de doações em dinheiro.

Foi graças a um financiamento coletivo que eles conseguiram arrecadar R$ 80 mil e custear a investigação sobre as despesas da Copta de Atividade Parlamentar. O valor angariado foi superior à meta inicial de R$ 60 mil.

“O projeto prevê trabalho até o fim de janeiro e o começo de fevereiro, mas nós já estamos buscando novas formas de viabilizá-lo para que consigamos não parar de trabalhar. Continuamos precisando da ajuda de pessoas”, diz o publicitário Pedro Vilanova, um dos integrantes da ação. Na última semana, eles conseguiram organizar um mutirão com vários colaboradores.

Os dados da Operação Serenata de Amor são públicos. Com algumas orientações da equipe, qualquer pessoa pode acompanhar os gastos de seu deputado. A cada semana um relatório novo do trabalho é publicado na página deles no Facebook, onde também é possível contatá-los.
Seleção. A ação é uma das 20 escolhidas para a Hack Brazil, que acontece na Brazil Conference at Harvard & MIT, e elege projetos resolutivos em tecnologia, criatividade e inovação.

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(Confira os termos no final da página, junto ao formulário de envio de comentários)

8:47 AM Jan 20, 2017
Toma<br />jeito
Toma
jeito
Parabéns aos criadores do software, como as instituições não funcionam a serviço da população, o jeito é a população fazer o serviço das instituições para minimizar o prejuízo que os ratos nos fazem.
Responder -  - 0 - 12:04 PM Jan 18, 2017
Danilo<br />Gallo
Danilo
Gallo
Gostaria de obter informações de como participar do projeto do robô Rosie.
Responder -  - 0 - 10:30 AM Jan 18, 2017
Andre
Andre
Fantástico. Passa o pente fino nas despesas do nosso governador petista de minas. Vai achar voo de helicóptero, cerveja artesanal e vinho para 800 prefeitos, banquetes no palácio!
Responder -  - 4 - 9:14 PM Jan 17, 2017
antonio<br />sabata
antonio
sabata
estao comparando a suiça com o brasil,que erro a suiça é um país e o brasil já perdeu este status.
Responder -  - 7 - 8:40 PM Jan 17, 2017
Arthur<br />Fernandes
Arthur
Fernandes
Alguém viu o nome do Bolsonaro!?!?! Claro que não!!!
Responder -  - 68 - 1:34 PM Jan 17, 2017
Zin
Zin
qualquer funcionario publico que é pego desviando e furtando, dá um problema danano e pode ser expulso da insituição para a qual serve. parlamentar é condenado a devolver o dinheiro... que lixo.
Responder -  - 0 - 1:12 PM Jan 17, 2017
eduardo<br />mello
eduardo
mello
PARABENS! Com tanta tecnologia para sugar meu imposto no maximo e ate hoje nao existia uma ferramenta robo para cruzar as informacoes e gastos destes politicos ladroes. Nao estou nervoso, mas feliz de saber que agora tem como cruzar estes dados por um banco de dados. Espero que isto ocorra periodicamente e que puna com maxima lei os que infrijam a lei.
Respostas (1) -  - 0 - 12:19 PM Jan 17, 2017
Lucas
Lucas
Enquanto ficar só pedindo pra ressarcirem vão continuar fazendo. Tem que começar a haver punições mais rígidas.
Responder -  - 0 - 11:45 AM Jan 17, 2017
mariel<br />eustaquio
mariel
eustaquio
QUE MANCHETE MAIS ESQUESITA !!!! FRASES SEM NEXO. NINGUEM ENTENDE.
Responder -  - 28 - 11:20 AM Jan 17, 2017
Sem<br />Misericórdia
Sem
Misericórdia
Boa idéia. Gostei também do nome, talvez inspirado na "Rosie" dos "Jetsons".
Responder -  - 1 - 10:47 AM Jan 17, 2017
Leandro<br />Sousa
Leandro
Sousa
ótima ideia, parabéns aos inventores. Que possam surgir mais projetos deste modelo por outros jovens inventores. E que nossa representantes tomem vergonha na cara e cumpra o seu papel sem oba oba com o dinheiro público.
Responder -  - 1 - 10:23 AM Jan 17, 2017
FGS
FGS
Parabéns à equipe! Aplicando os conhecimentos em algo muito útil para a sociedade.
Responder -  - 1 - 10:10 AM Jan 17, 2017
Geral<br />Dino
Geral
Dino
Cada dia que passa mais fico simpático da anarquia. Chega de governos inchados corruptos com esses parasitas só tirando do trabalhador.
Responder -  - 3 - 9:36 AM Jan 17, 2017
Ricardo<br />Serra
Ricardo
Serra
É vergonhoso ver deputados federais, remunerados muito acima do que merecem preocupados em roubar centavinhos do povo.Vergonha de ser brasileiro.
Responder -  - 1 - 9:18 AM Jan 17, 2017
Reinaldo<br />César
Reinaldo
César
Essa equipe precisa da nossa ajuda. Vamos divulgar.
Responder -  - 1 - 8:48 AM Jan 17, 2017
Thiago<br />Dias
Thiago
Dias
Finalmente uma reportagem sobre a Operação Serenata. Esssa equipe precisa do apoio massivo da população.
Responder -  - 2 - 7:56 AM Jan 17, 2017
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Petistas culpam a Lava Jato por AVC em Marisa Letícia

Petistas culpam a Lava Jato por AVC em Marisa Letícia

http://lavajatosergiomoros2.blogspot.com.br/2017/01/petistas-culpam-lava-jato-por-avc-em.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/PevJjG+(Ordem+Brasil)
Os petistas já politizam o AVC sofrido por Marisa Letícia ontem à tarde. Na porta do Sírio-Libanês, Paulo Okamoto afirmou a jornalistas que “as pressões da Lava Jato” contribuíram para o caso.

“Ter o marido e os filhos perseguidos injustamente é algo que afeta, mesmo para alguém com uma vida pacata como ela.”

Engraçado, se Lula não tivesse se envolvido em corrupção, a Lava Jato não estaria o investigando. 

A culpa pelo AVC é do Lula então.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

"Entregues às baratas" / José Nêumanne

José Nêumanne: Entregues às baratas

Ninguém cuida do que deveria cuidar e o povo brasileiro que se dane!

Publicado no Estadão
Este ano de desgraças de 2016 do B começou com a notícia da carnificina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), que resultou em 56 mortes. Vídeos com cabeças decepadas e membros separados dos troncos das vítimas correram o mundo. O presidente Michel Temer ficou quatro dias absolutamente calado. Quando se dignou falar, chamou-a de “acidente pavoroso”. E, quando a patota inquieta das intrépidas redes sociais cobrou o uso impróprio do substantivo, recorreu à prática pouco recomendável de embromar a plateia, citando um verbete de dicionário como justificativa pelo eufemismo.
O próprio Temer, depois, tomou juízo e subiu o tom ao definir, de forma mais exata, a dita carnificina de “matança pavorosa” – o substantivo correto à frente e o adjetivo o reforçando depois. Não há, contudo, palavras capazes de definir ou ocultar a vergonha que nos oprime diante da descoberta da inércia ou da adoção da velha prática deste país de órfãos, cujos pais ocultos não estão nem aí pro velho “toma que o filho é teu”. Depois do escorregão presidencial, vieram mais dois massacres que eram anunciados há tempos: o do Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista (RR), e o da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, à beira das praias paradisíacas de Nísia Floresta, na Grande Natal (RN).
Entre um e outro, o chefe do governo federal, sempre advertindo que segurança pública é assunto definido como estadual pela Constituição, foi aceitando a chantagem dos governadores malandrões dos Estados com presídios conflagrados. Prometeu dinheiro para construir mais penitenciárias, ofereceu a Força Nacional para ajudar a Polícia Militar de cada um na patrulha e, por fim, forçou as Forças Armadas a repetirem o erro do combate corpo a corpo contra o crime nas favelas do Rio no Mundial da Fifa em 2014 e na Olimpíada de 2016. Um erro atrás do outro, mas sempre sob o beneplácito geral de que alguma coisa estava sendo ou para ser feita.
Em plena conflagração generalizada, ele tentou reunir os 27 governadores. Os que foram a Brasília estenderam um prato fundo pedindo a esmola calhorda e oportunista de vincular despesas deles com segurança ao Orçamento da União, seguindo a trilha usada com educação e saúde. Temer parecia disposto a ceder a tudo, mas a essa não tinha como: não há Orçamento que resista a tanta benemerência neste ano de baixa arrecadação, provocada pelo desemprego sem perspectivas de melhora.
A tragédia começou sob o protagonismo de José Melo, uma figura caricata de governador de um Estado conflagrado por causa da guerra pelo controle das drogas depois da retirada do campo de batalha das “Forças Armadas Revolucionárias” da vizinha Colômbia. Isso ocorre em plena troca de sua guarda para as facções Primeiro Comando da Capital (PCC), paulista, e Comando Vermelho (CVV), carioca, e as subsidiárias Família do Norte (FDN), na Amazônia, e Sindicato do Crime RN, no Nordeste. O então diretor do Compaj foi afastado sob suspeitas, reforçadas por denúncia escrita de um detento morto e decapitado. E as evidências de controle das prisões por seus moradores foram exibidas de forma ainda evidente e aterradora.
O Brasil inteiro ficou, então, ciente de que em 2015 houve uma rebelião em Alcaçuz e nela o presídio inteiro foi destruído pelos rebelados. As celas tornaram-se inabitáveis e suas grades foram desmontadas e transformadas em lanças. Desde então, os condenados que ali cumprem pena passaram a controlar o recebimento e a distribuição de sua comida, dispondo para isso inclusive das chaves dos refeitórios. Após a revelação da chacina dos soldados do PCC pelas hordas do Sindicato RN, assumiu o discurso oficial o secretário da Justiça e Cidadania (!!!), Walber Virgolino da Silva Ferreira, assim mesmo, com prenome e sobrenomes trocados de Virgolino Ferreira da Silva, o rei do Cangaço.
Enquanto isso, o chefe dele, Robinson Farias, se fazia de inocente. Quando foi a Brasília tentar chantagear o presidente da República e seu atarantado ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, subitamente fantasiado de candidato a substituir Teori Zavascki – morto na queda de um avião em Paraty –no Supremo Tribunal Federal (STF), teve o desplante de afirmar que não sabia de nada do que ocorria no interior do presídio. O cinismo era tal que houve quem fingisse não tê-lo ouvido.
Só que o chefe do governo federal não aceitou a condição da vinculação de verbas estaduais de segurança ao Orçamento. Mas cedeu prontamente aos pedidos de reforço de PMs de outros Estados, sob a enganosa denominação de Força Nacional, e tropas fardadas e armadas para patrulhar as ruas da capital. O factótum de Temer na Justiça não foi capaz de lhe dar um argumento fatal às pretensões do farsante potiguar. A PM do seu Estado tem hoje 8.300 homens. Se uma tropa dessas é incapaz de controlar uma penitenciária com 1.200 presos (sete vezes menos), este pode ser um recorde de incompetência digno de figurar no Guinness.
Neste fim de semana, a Força Nacional encontrou cabeças cortadas há dez dias e túneis escavados na areia da praia, ali onde outro energúmeno local resolveu erguer uma prisão dita de segurança máxima. As tropas do Exército que patrulham Natal, contudo, estão diante de um fato consumado: no quinto dia de sua atuação, os ônibus que teriam de levar os trabalhadores ao emprego ainda estavam estacionados nas garagens das viações para evitar serem incendiados e depredados pelos adversários de bermuda e camiseta dos cartéis do crime que comandam o novo cangaço no Rio Grande do Norte, Estado onde os cabras de Lampião nunca foram bem-sucedidos.
Só que os natalenses nada têm de que se arrepender por terem sufragado nas urnas um campeão mundial da ineficácia. Afinal, Robinson Farias derrotou na eleição de 2014 o figurão do PMDB de Temer, que mandou no governo Dilma, Henrique Eduardo Alves. Aliás, o Henriquinho foi presidente da Câmara dos Deputados e é eterno ex-ministro de qualquer coisa em qualquer gestão desta República sem moral. O ex-tudo em todos os ex-governos teve de deixar o Ministério do Turismo às pressas porque foi delatado como beneficiário do esquema de propinas da Petrobrás.
Ao comparar os acusados de corrupção na Lava Jato com os membros das facções que sequestraram a sociedade brasileira direto das celas e dos pátios (onde celas não há, caso de Alcaçuz), Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF no início do julgamento do mensalão, disse a Josias de Souza que “deletérios” são ambos. “Os assaltantes do erário são os meliantes mais prejudiciais à ideia de vida civilizada”, disse ainda. E completou: “O dinheiro que desce pelo ralo da corrupção – sistemicamente, enquadrilhadamente – é o que falta para o Estado desempenhar bem seu papel no plano da infraestrutura econômica, social, prestação de serviços públicos, educação de qualidade e saúde. O assaltante do erário, no fundo, é um genocida. É o bandido número um”. Seria, então, o caso de considerá-los membros de uma 28.ª facção?

""Nada é permanente, exceto a mudança"."

https://m.facebook.com/messias.darocha/posts/1277971038918016


Psiu!
Estamos preparados pra todas essas mudanças bruscas?
Nossa!!! LEIA ISSO: (Sabe aquilo que sempre ouvimos: ou mudamos... ou mudamos; não tem mais jeito, se prepare.)

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Em 1998, a Kodak tinha 170 mil funcionários e vendia 85% do papel fotográfico utilizado no mundo. Em apenas 3 anos, o seu modelo de negócio foi extinto e a empresa desapareceu.
O mesmo acontecerá com muitos negócios e indústrias nos próximos 10 anos e a maioria das pessoas nem vai se aperceber disso. As mudanças serão causadas pelo surgimento de novas tecnologias.
Conforme exposto na Singularity University Germany Summit, em abril de 2016, o futuro nos reserva surpresas além da imaginação.
A taxa de inovação é cada vez mais acelerada e as futuras transformações serão muito mais rápidas que as ocorridas no passado. Novos softwares vão impactar a maioria dos negócios e nenhuma área de atividade estará a salvo das mudanças que virão.
Algumas delas já estão acontecendo e sinalizam o que teremos pela frente. O UBER é apenas uma ferramenta de software e não possui um carro sequer, no entanto, constitui hoje a maior empresa de táxis do mundo. A Airbnb é o maior grupo hoteleiro do planeta, sem deter a propriedade de uma única unidade de hospedagem.
Nos EUA, jovens advogados não conseguem emprego. A plataforma tecnológica IBM Watson oferece aconselhamento jurídico básico em poucos segundos, com precisão maior que a obtida por profissionais da área.
Haverá 90% menos advogados no futuro e apenas os especialistas sobreviverão. Watson também orienta diagnósticos de câncer, com eficiência maior que a de enfermeiros humanos.
Em 10 anos, a impressora 3D de menor custo reduziu o preço de US$18.000 para US$400 e tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as grandes empresas de calçados já começaram a imprimir sapatos em 3D.
Até 2027, 10% de tudo o que for produzido será impresso em 3D. Nos próximos 20 anos, 70% dos empregos atuais vão desaparecer.
Em 2018, os primeiros carros autônomos estarão no mercado. Por volta de 2020, a indústria automobilística começará a ser desmobilizada porque as pessoas não necessitarão mais de carros próprios. Um aplicativo fará um veículo sem motorista busca-lo onde você estiver para leva-lo ao seu destino. Você não precisará estacionar, pagará apenas pela distância percorrida e poderá fazer outras tarefas durante o deslocamento.
As cidades serão muito diferentes, com 90% menos carros, e os estacionamentos serão transformados em parques. O mercado imobiliário também será afetado, pois, se as pessoas puderem trabalhar enquanto se deslocam, será possível viver em bairros mais distantes, melhores e mais baratos.
O número de acidentes será reduzido de 1/100 mil km para 1/10 milhões de km, salvando um milhão de vidas por ano, em todo o mundo. Com o prêmio 100 vezes menor, o negócio de seguro de carro será varrido do mercado.
Os fabricantes que insistirem na produção convencional de automóveis irão à falência, enquanto as empresas de tecnologia (Tesla, Apple, Google) estarão construindo computadores sobre rodas. Os carros elétricos vão dominar o mercado na próxima década.
A eletricidade vai se tornar incrivelmente barata e limpa. O preço da energia solar vai cair tanto que as empresas de carvão começarão a abandonar o mercado ao longo dos próximos 10 anos. No ano passado, o mundo já instalou mais energia solar do que à base de combustíveis fósseis. Com energia elétrica a baixo custo, a dessalinização tornará possível a obtenção de água abundante e barata.
No contexto deste futuro imaginário, os veículos serão movidos por eletricidade e a energia elétrica será produzida a partir de fontes não fósseis. A demanda por petróleo e gás natural cairá dramaticamente e será direcionada para fertilizantes, fármacos e produtos petroquímicos. Os países do Golfo serão os únicos fornecedores de petróleo no mercado mundial. Neste cenário ameaçador, as empresas de O&G que não se verticalizarem simplesmente desaparecerão.
No Brasil, o modelo de negócio desenhado para a Petrobras caminha no sentido oposto. Abrindo mão das atividades que agregam valor ao petróleo e abandonando a produção de energia verde, a Petrobras que restar não terá a mínima chance de sobrevivência futura. A conferir.
(Publicado na revista Brasil e Energia Petróleo e Gás, edição de dez/2016).
Reflita sobre o seu presente e o seu futuro. Está preparado para mudanças tão radicais e abruptas?
"Nada é permanente, exceto a mudança".
(Heráclito: 535 a.C - 475 a.C)