Postagem em destaque

O Informante quer nos ajudar ...

☄️Um dia teremos que admitir que o que batizamos de realidade é uma ilusão ainda maior que o mundo dos sonhos. Nosso objetivo no canal restr...

Mostrando postagens com marcador IG. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador IG. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Você se lembra da CPI do Cachoeira? Então veja o que sobrou de mais de 10 milpáginas ...




Pra não esquecermos da CPI  do Cachoeira, a musa que sustenta o nome da Comissão de Inquérito na praia sem culpa, sem o marido, sem as perguntas chatas dos perguntadores de plantão...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Verão quente no Rio de Janeiro...43 graus!


Com 43,2ºC, Rio de Janeiro tem o dia mais quente da história

Temperatura desta quarta-feira (26) foi a maior já registrada pelos termômetros do Inmet na capital fluminense, que fazem essa medição desde 1915

iG São Paulo  - Atualizada às A cidade do Rio de Janeiro registrou, nesta quarta-feira (26), o dia mais quente de 2012 e dos últimos 97 anos. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima na capital fluminense foi de 43,2ºC. Desde 1915, quando começaram as medições de temperatura, esta foi a temperatura mais alta da história.
Alessandro Buzas/Futura Press
Banhistas enfrentam forte calor nesta quarta-feira, na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro
De acordo com Inmet, a sensação térmica chegou a 47ºC em alguns pontos da cidade. O dia mais quente do ano tinha sido, até então, 19 de setembro, com registro de 41,6º C na região da Marambaia, na zona oeste.
Segundo a meteorologista Michelle Lima, os dias quentes são característicos do verão, estação que começou na última sexta-feira (21). "Além disso, há um sistema de alta pressão atuando na Região Sudeste, impedindo a entrada de frente fria, que ameniza as altas temperaturas."
Agência Brasil
Trabalhadores sofreram para andar pelo Rio nesta quarta-feira
Ela informou que, em Cachoeiras de Macacu, na região serrana do Estado, e em alguns pontos das baixadas litorâneas, ocorreram chuvas rápidas na tarde de hoje. Para a quinta-feira (27), a temperatura deve cair um pouco, com a chegada de uma linha de instabilidade no Rio de Janeiro. A previsão é que a temperatura oscile entre 36 e 37 graus.
Segundo a concessionária de energia elétrica Light, faltou energia em algumas áreas da cidade, como Campo Grande, Bangu e Jacarepaguá, na zona oeste, e Bonsucesso, na região da Leopoldina. A Light informou que está normalizando gradativamente o fornecimento de energia nas ruas destes bairros. Técnicos da concessionária trabalham também nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde houve problemas em algumas áreas.
No Rio, a sensação térmica, superior à temperatura real, levou muita gente a procurar abrigo em lojas de eletrodomésticos, agências bancárias e shopping centers, que funcionam com o ar condicionado ligado. "Eu nunca vi um calor como este no Rio. Para dormir esta noite foi muito difícil. O colchão estava quente e não corria um vento. Mesmo com dois ventiladores ligados, não consegui dormir direito", disse a aposentada Eufrásia de Carvalho, de 78 anos, que se refugiu em uma loja de eletrodomésticos na rua Dias da Cruz, no Méier.
O calor está tão intenso nos dois últimos dias no Rio de Janeiro, que a água sai quente das torneiras de casas, prédios e condomínios. As praias, do Leme ao Recreio dos Bandeirantes, ficaram lotadas durante todo o dia. Era tanta gente que ficou difícil achar espaço na areia para armar as barracas.
Com a chegada do verão, os preços também subiram na orla. Um coco, que antes custava R$ 4 nos quiosques da orla, subiu para R$ 5. A latinha de cerveja e refrigerante está custando R$ 4 nas barracas na areia da praia. Os guarda-sóis estão sendo alugados por R$ 5 reais e as cadeiras de praia, por R$ 3.
* Com Agência Brasil

Festa do Oscar será no dia 24 de fevereiro


Oscar 2013: As apostas para a estatueta

Conheça a história de algumas produções que devem concorrer ao prêmio principal

BBC 
BBC
Dois meses antes da cerimônia do Oscar de 2013, a BBC mostra que filmes têm maiores chances de conquistar o prêmio máximo e avalia suas chances de faturar estatuetas em outras categorias.
Pelas regras da Academia de Filmes e Artes e Ciências até dez filmes podem concorrer como finalistas para a categoria de melhor filme, quando as demais indicações forem anunciadas, no próximo dia 10 de janeiro.
Alan Arkin e Ben Affleck em cena de "Argo" (2012). Foto: Divulgação
1/8
"Argo"
Ben Affleck ganhou um Oscar em 1998 pelo roteiro que co-assinou com o colega e ator Matt Damon por "Gênio Indomável". Na década seguinte, algumas decisões duvidosas fizeram com que seu status de protagonista perdesse força, ao passo que o de Damon não parou de subir.
Recentemente Affleck se reinventou como um cineasta promissor e respeitado. "Argo" é o seu terceiro filme, após "Medo da Verdade" (2007) e "Atração Perigosa" (2010). O longa é também seu trabalho mais ambicioso até o momento. A produção conta a históra de uma tentativa da CIA de retirar diplomatas de Teerã durante a crise dos reféns de 1979. A operação de resgate, cujos documentos só recentemente foram abertos, envolveu uma equipe de filmagem fictícia. E o filme faz de Hollywood o herói da produção.
Esse fator e a história do astro dando a volta por cima fazem de "Argo" um sério candidato ao prêmio de melhor filme. Affleck, que também atua no filme, está cotado ainda para receber outra indicação na categoria de melhor direção. No quesito de atuação, as maiores esperanças do filme residem em Alan Arkin, com sua divertida interpretação de um produtor mau-humorado. Já tendo conquistado o prêmio de melhor ator coadjuvante em 2007 por "Pequena Miss Sunshine", o ator de 78 anos já tem experiência de escrever um discurso de agradecimento.

Divulgação
Christoph Waltz em "Django Livre" (2012)

"Django Livre"
Sob circunstâncias normais, o western de Quentin Tarantino sobre a era da escravidão nos Estados Unidos seria uma aposta certa para o Oscar. Mas após os trágicos tiroteios em Newtown, Connecticut, a carnificina de "Django Livre" já mereceu repreensões em meio ao debate que ressurgiu sobre a violência no cinema.
Os integrantes mais idosos e conservadores da Academia talvez se recusem a premiar um filme tão sangrento nesse clima político carregado. Apesar da produção ter boas chances de receber um número razoável de indicações, ao menos pelo roteiro rebuscado de Tarantino, os atores do longa metragem provavelmente têm mais chances de saírem premiados do que o filme em que atuam.
Há três anos, Christoph Waltz venceu o prêmio de coadjuvante pelo papel de um nazista no filme anterior de Tarantino, "Bastardos Inglórios" (2009), sobre a Segunda Guerra Mundial. O ator austríaco tem boas chances de repetir o feito por seu papel como um eloquente caçador de recompensas. Mas a aposta mais certeira é o outro astro do elenco, Leonardo DiCaprio, cujo desempenho atípico como um proprietário de escravos sádico poderá, finalmente, dar ao astro, já indicado três vezes à estatueta, um motivo para se levantar de sua cadeira na noite de premiação.
"As Aventuras de Pi"
Se houvesse um Oscar de melhor desempenho para um tigre 3D gerado por computador, a adaptação de Ang Lee para o livro de Yann Martel seria o grande vencedor. Mas diante da inexistência de tal categoria, "As Aventuras de Pi" provavelmente terá de se contentar com a indicação para melhor filme e algumas citações nas categorias técnicas.
A produção usa efeitos de computação gráfica para trazer à tela a fantástica história de dois jovens indianos compartilhando um bote salva-vidas com vários animais de zoológico, o que faz dela um candidato óbvio ao prêmio de melhor efeitos visuais.
Ang Lee, por sua vez, é um sério postulante ao Oscar de melhor diretor. O cineasta nascido em Taiwan ganhou o prmêmio em 2006, pela adaptação de outra obra literária, "O Segredo de Brokeback Mountain", de Annie Proulx.

Divulgação
Daniel Day-Lewis em "Lincoln" (2012)

"Lincoln"
O maior competidor de "Argo" para o prêmio de melhor filme parece ser "Lincoln" , o tributo respeitoso de Steven Spielberg a um dos mais reverenciados presidentes americanos. O longa se concentra nos últimos meses de vida do líder dos Estados Unidos e em sua luta para aprovar a abolição da escravidão. É um grande filme sobre um grande tema e foi feito por um dos maiores diretores de Hollywood.
O protagonista Daniel Day-Lewis já venceu dois Oscars, por "Meu Pé Esquerdo", de 1989, e por "Sangue Negro", de 2007. Mas parece haver pouca resistência à ideia de dar a ele outra estatueta por seu retrato de um Lincoln cheio de dignidade, que está sendo carregado de elogios superlativos. Sally Field, como a dedicada esposa de Lincoln, e Tommy Lee Jones, no papel de um político astuto, são prováveis indicações nas categorias de atriz e ator coadjuvantes.
"O Mestre"
O drama de Paul Thomas Anderson sobre o líder de um culto e seu atormentado assistente tem o peso do produtor Harvey Weinstein por trás. Porém, mesmo copm a ajuda dessa potência de Hollywood não há garantia de indicação ao prêmio de melhor filme.
O desprezo expresso por Joaquin Phoenix ao Oscar no começo deste ano sem dúvida prejudicou suas chances na categoria de melhor ator e também as chances de "O Mestre" . Mas a Academia já prestigiou os talentos de Philip Seymour Hoffman e Amy Adams em anos anteriores e provavelmente o fará novamente por suas atuações em papéis coadjuvantes.

Divulgação
Anne Hathaway em 'Os Miseráveis" (2012)

"Os Miseráveis"
Musicais costumavam ser os azarões da noite do Oscar e já faz uma década desde que um deles - "Chicago", de 2002 - foi indicado ao prêmio de melhor filme. Os produtores de "Os Miseráveis", a aguardada adaptação cinematográfica da sensação dos palcos, esperam que o filme rompa com essa tradição.
O longa de Tom Hooper foi bem recebido pela crítica e foi indicado para quatro Globos de Ouro, inclusive ao de melhor filme. Hugh Jackman, que apresentou o Oscar de 2009, deve conquistar uma indicação na categoria de melhor ator por sua interpretação como o heróico Jean Valjean. Anne Hathaway , outra ex-apresentadora do Oscar, é tida como uma barbada na categoria de melhor atriz coadjuvante pela trágica personagem Fantine.
"O Lado Bom da Vida"
Comédias românticas costumam ser ofuscadas na época do Oscar por produções dramáticas de maior envergadura. Mas o trabalho que David O. Russel realizou após "O Vencedor", de 2010 espera quebrar esse tabu. É um filme que poderá contar com a afeição dos eleitores da Academia, especialmente em um ano em que houve poucas ofertas de histórias mais leves.
Um dos trunfos do longa é Jennifer Lawrence, uma estrela em ascensão que vem conciliando papéis em sucessos de crítica com performances em franquias cinematográficas lucrativas, como "Jogos Vorazes", lançado neste ano. Talento, glamour e inteligência são uma mistura poderosa, que podem render à protagonista de 22 anos uma estatueta de melhor atriz.
Robert De Niro também poderá receber uma estatueta de melhor ator coadjuvante por sua interpretação de um jogador inverterado. Se isso ocorrer, será sua sétima indicação. De Niro já conquistou Oscar de melhor ator por "Touro Indomável" (1980) e melhor ator coadjuvante por "O Poderoso Chefão - Parte 2" (1974).

Divulgação
Jessica Chastain em "A Hora Mais Escura" (2012)

"A Hora mais Escura"
O longa que Kathryn Bigelow realizou após"Guerra ao Terror"  (2008) é um acréscimo tardio à corrida do Oscar e precisa avançar na disputa para pleitear uma vaga.
A dramatização da caçada por Osama Bin Laden já ganhou fama pela maneira com que retrata suspeitos de terrorismo sendo interrogados e torturados.
Se a ideia da Academia é parecer ser relevante e atual, dificilmente poderia haver uma escolha mais apropriada do que a de um filme que evoca eventos tão vívidos e recentes. Bigelow deveria receber uma indicação ao prêmio de melhor diretora por sua ousadia e sua protagonista Jessica Chastain é provavelmente a maior rival de Jennifer Lawrence à estatueta de melhor atriz.
O título original do filme, "Zero Dark Thirty", é um termo militar para o horário de 0h30, que foi a hora em que a residência em que Bin Laden estava refugiado foi invadida por soldados americanos.
A 85ª edição do Oscar será realizada no Teatro Dolby, em Hollywood, no dia 24 de fevereiro de 2013. A Academia de Hollywood vai divulgar os candidatos aos Oscar 2013 no próximo dia 10 de janeiro.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal diferente na Síria...


Confrontos ofuscam Natal na Síria pelo segundo ano seguido

Igrejas do país pediram que a comunidade respeite as mortes e não coloquem enfeites do lado de fora das casas.

BBC Brasil  - Atualizada às 
BBC
Pelo segundo ano consecutivo, a Síria passa o Natal sem comemorações por causa dos confrontos que assolam o país há 21 meses. Nesta época do ano em tempos de paz, as ruas de Damasco costumavam ficar cheias de árvores de Natal e decorações, não apenas nos bairros cristãos. Mas dessa vez, de novo, as ruas estão vazias.
Em 2012, apenas uma loja da capital síria colocou à venda enfeites de Natal, mas poucos apareceram para comprar. 'Ninguém está com ânimo para comemorar. Eles não têm dinheiro para gastar com luxo como este e não querem comemorar enquanto pessoas são mortas não muito longe daqui', afirmou o dono da loja.
AFP
Freira católica mostra presépio de Natal para sírios cristãos na igreja de São Paulo em Damasco (23/12)
Ele aponta para os arredores de Damasco, onde os bombardeios do governo podem ser ouvidos dia e noite. E um recente episódio de violência no domingo aumentou ainda mais o desânimo dos sírios. Um ataque aéreo na cidade rebelde de Halfiya atingiu uma fila em uma padaria e, segundo ativistas de oposição, teria deixado mais de 90 mortos.
Pedido da igreja

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mensalão vai acabar sendo considerado fantasma ou zumbi por juízes 'crepusculares'


Mensalão: Após embate entre relator e revisor, STF adia decisão sobre mandatos

Joaquim Barbosa defendeu que STF determine a cassação dos mandatos de condenados; Ricardo Lewandowski afirma que prerrogativa é da Câmara dos Deputados

Após mais um debate acalorado entre os ministros, o Supremo Tribunal Federal adiou para a próxima semana a decisão sobre o destino de políticos condenados no julgamento do mensalão que estão atualmente no exercício de mandatos eletivos.  Interpelados em vários momentos por seus colegas na Corte, o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski protagonizaram mais uma vez o embate ao divergirem sobre a prerrogativa da Corte de decidir sobre a cassação dos direitos políticos dos réus.
Barbosa defendeu a perda imediata dos mandatos dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Ele pediu também a cassação dos direitos políticos do ex-deputado José Borba, que exerce mandato de prefeito em Jandaia do Sul (PR). Lewandowski, por sua vez, afirmou que a prerrogativa de definir o destino dos políticos condenados cabe exclusivamente ao Legislativo.
Ao embasar seu voto, o ministro-relator disse que os réus tiveram uma conduta incompatível com o exercício de seus cargos. "No presente caso, senhores ministros, os parlamentares João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e também José Borba praticaram o grave crime de corrupção passiva quando se encontravam no exercício da função parlamentar", disse Barbosa. "É conduta totalmente incompatível com os deveres do cargo."
STF / Divulgação
Sessão desta quinta-feira teve nova divergência entre relator e revisor, desta vez sobre perda de mandatos
Ao justificar sua posição, Barbosa disse que o STF tem a palavra final sobre a Constituição e, por isso, tem o direito de se posicionar em definitivo sobre qual deve ser o destino desses parlamentares. "Acho inadmissível esta hipótese de esta Corte compartilhar com outro Poder algo que lhe é inerente", argumentou. Essa premissa, disse ele, consta do Código Penal. 
Lewandowski, por sua vez, apoiou sua exposição na tese de que cabe exclusivamente ao Legislativo cassar o mandato de seus integrantes. O Judiciário, se assim o fizer, vai interferir no exercício de mandatos eletivos conquistados de maneira legítima, por meio do voto popular. "Quando o parlamentar é legitimamente eleito, falece ao Judiciário competência para determinar a perda automática do mandato", disse o revisor. Só caberia ao Judiciário se posicionar, segundo ele, caso houvesse "fraude na origem", ou seja, se o parlamentar desobedecer de alguma forma as leis que regem sua eleição. 
Lewandowski reagiu mais de uma vez aos comentários de colegas. Quando o ministro Gilmar Mendes destacou a função do Judiciário em se posicionar diante de casos de improbidade administrativa, o revisor rebateu: "Suspensão é uma coisa, cassação é outra". "A jurisprudência é torrencial no sentido de que não deve haver perda imediata de mandato”, acrescentou. 
As discussões provocaram nova manifestação de Barbosa, que engatou: "Minha proposta é deixarmos na nossa decisão consignada a perda. Se a Câmara resolver que vai proteger este ou aquele parlamentar, ela que arque com as consequências", disse o relator. Mais adiante, o ministro Luiz Fux também contestou os argumentos do revisor. "Será que os mandatários do povo podem continuar falando pelo povo depois de condenados criminalmente?"
Lewandowski, então, disse "confiar" no Legislativo para que tome a decisão em favor da cassação dos mandatos dos políticos que vierem a ser condenados. "Eu parto do pressuposto da honorabilidade e da seriedade de todos os integrantes do Congresso Nacional."
O STF deve retomar o julgamento do mensalão na próxima segunda-feira. Além de finalizar a discussão sobre a perda de mandatos de parlamentares, a Corte deve se debruçar também sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República sobre a prisão imediata dos réus cujas penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado. 
      iG São Paulo 

    sábado, 1 de dezembro de 2012

    Desafios do presidente do México se parecem com os da presidente do Brasil


    Corrupção, economia e narcotráfico: conheça os desafios de Peña Nieto

    Em rápida cerimônia, o político assumiu a presidência do México neste sábado. Posse marca volta do PRI, partido que governou o país por sete décadas, após 12 anos

    BBC
    Corrupção em todas as camadas da sociedade, exposição à crise econômica mundial e níveis recordes de violência devido ao narcotráfico são alguns dos principais desafios para Enrique Peña Nieto , que tomou posse neste sábado como novo presidente do México.
    O México enfrenta a maior onda de violência relativa ao tráfico de drogas em toda sua história. O governo de Felipe Calderón, que deixou o cargo, disse que foi preciso recorrer ao Exército para lidar com a escalada na criminalidade que começou em 2006. No entanto, Calderón diz que o México ainda tem uma taxa de homicídios inferior a de outros países da região, como Brasil, Venezuela e Honduras.
    AP
    Felipe Calderón entrega a bandeira do México ao seu sucessor Peña Nieto em cerimônia de transferência do cargo no Palácio Nacional

    Ainda assim, a brutalidade dos cartéis mexicanos vem chamando atenção internacional. Nos últimos meses, a imprensa local noticiou massacres, com dezenas de cadáveres mutilados, vítimas penduradas em pontes e cabeças degoladas deixadas em frente a prédios do governo.
    Confira abaixo alguns dos principais desafios do novo governo mexicano que começa neste sábado.
    Redes criminosas
    Alguns grupos de criminosos evoluíram e se tornaram redes sofisticadas. O caso mais notório é o doLos Zetas . Originalmente o grupo foi formado por ex-militares de México e Guatemala. Hoje ele domina o noroeste do país. Outro grupo que se destaca é o cartel Sinaloa, liderado por Joaquín "Chapo" Guzmán, o traficante mais procurado do mundo.
    O presidente mexicano terá que decidir se continua com a estratégia de usar ajuda militar no combate à violência, ou se buscará novas táticas. A especialista em segurança Ana María Salazar acredita que negociar diretamente com cartéis não é uma alternativa viável.
    "A força destas organizações torna isso impossível. 'Negociável' significa que a eventual ruptura de um acordo terá consequências. E isso significa que o governo terá que ser ainda mais violento contra os cartéis. A ideia de um pacto não agrada, e eu considero isso impossível", diz a especialista. 
    O novo presidente também terá que pressionar mais os Estados Unidos para reduzir a demanda por drogas e controlar melhor o tráfico de armas que tem o México como destino. A luta contra o crime organizado é uma tarefa hercúlea, ainda mais devido à impunidade. Estima-se que 97% dos assassinatos relacionados ao narcotráfico seguem sem condenados.
    Economia
    Gerardo Esquivel, conselheiro do Banco Mundial e da OCDE, identifica três desafios fundamentais para a economia mexicana. "O primeiro é reestabelecer o crescimento econômico de forma sustentável e em um patamar maior. Depois é preciso combater a pobreza, onde os resultados foram muito fracos nos últimos anos; e o terceiro é gerar maiores oportunidades de emprego, particularmente entre os mais jovens."
    Sergio Martin, economista-chefe do banco HSBC do México, diz que a previsão de taxa de crescimento mexicano para 2012 – de 3% a 4% – é "saudável", especialmente se comparada à Europa e Estados Unidos. Mas Esquivel acredita que esta taxa de crescimento oculta uma realidade econômica preocupante.
    "Se considerarmos que a economia caiu fortemente em 2009, que nossa recuperação gerou muito pouco emprego formal e que muitos postos criados têm salários inferiores à média, a perspectiva é um pouco mais crítica", disse o economista à BBC.
    Outro tema espinhoso é a possível privatização da Pemex, a estatal mexicana do petróleo. A medida pode gerar bilhões de dólares para o governo mexicano, mesmo no caso de uma privatização parcial. No entanto, a Constituição mexicana obriga que a Pemex seja controlada pelo poder público. Uma potencial alteração na Constituição envolve um trabalho pesado no Congresso mexicano.
    Corrupção
    O governo atual tentou introduzir medidas anticorrupção, inclusive com uma campanha de conscientização da população e com cortes em órgãos públicos. No entanto, os debates durante as eleições presidenciais revelaram que o estigma da corrupção persiste no país.
    Os quatro principais candidatos à Presidência estiveram envolvidos, em algum grau, em acusações de possíveis casos de corrupção – de escândalos do passado à ligações com pessoas de reputação duvidosa.
    "No pacto fiscal existente no México, governadores e prefeitos não precisam dar explicações sobre o dinheiro que recebem [do governo central]", afirma Eric Magar, cientista político do Instituto Tecnológico Autônomo da Cidade do México (ITAM). Magar acredita que, para enfrentar a corrupção, é preciso examinar o papel e a autonomia das autoridades locais e estaduais.
    "Se supõe que os Estados devem justificar como se usa o dinheiro, mas há pouco que o Congresso pode fazer para verificar realmente o que vai para cada Estado. E isso dá margem para que se use os recursos como cada um quiser."
    A guerra contra as drogas complicou ainda mais o tema, já que traficantes possuem dinheiro para comprar apoio de políticos. Cartéis de droga estão infiltrados na polícia e em órgãos de Justiça de diversos Estados. Muitos mexicanos têm pouca ou nenhuma confiança no sistema.
    Monopólios
    Os jovens mexicanos foram às ruas do país para se manifestar durante as eleições contra monopólios dominados pela elite no país, sobretudo na mídia. A campanha #yosoy132 começou como protesto estudantil.
    Após ser vaiado por estudantes, Peña Nieto havia dito que eles eram agentes pagos pelos seus opositores – e não alunos de verdade. Um vídeo de repúdio ao político, assinado por 131 estudantes, se espalhou pela internet, ganhando apoiadores (o slogan significa "eu sou o 132º estudante").
    O #yosoy132 cresceu bastante – gerando comparações até mesmo com o movimento dos indignados da Espanha. O principal foco dos protestos foi o PRI, partido que governou o México pela maior parte do século passado.
    Mas Magar sugere que todos os partidos têm problemas na hora de enfrentar as famílias mais poderosas do país, como a de Carlos Slim, o homem mais rico do mundo e dono de um império de comunicações no México. 
    "Para ir contra Slim, é necessário ter uma grande coalizão. Ele tem tanto poder e influência em tantas áreas, que seria necessária uma coalizão unida e muito forte, e ainda assim isso levaria décadas." As redes Televisa e TV Azteca estão entre os alvos das críticas dos manifestantes.
    'Tecido social'
    A psicólogo social Andrómeda Valencia acredita que é preciso reconstruir o "tecido social" mexicano. Famílias em diversos Estados vivem sob o medo da violência do narcotráfico, o que tem um efeito traumático entre os mais jovens.
    Seis anos de violência intensa destruíram muitas comunidades e provocaram um êxodo à Cidade do México. O governo instaurou algumas instituições de apoio às famílias das vítimas, mas muitos reclamam que esses recursos são inacessíveis ou burocráticos demais.
    BBC Brasil  - Atualizada às