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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Nós vamos precisar de Neymar! / "Pelé pilotova o carro de James Bond"/ Sergio Rodrigues

   Sergio Rodrigues no seu blog Todo Prosa

Escrevi o artigo abaixo por encomenda da revista literária colombiana “Arcadia”. Com tradução de Camila Moraes, ele saiu no número que está nas bancas como parte de uma série de textos assinados por dez escritores, cada um de um país que disputará a Copa do Mundo: Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, França, Inglaterra, Itália, México, Portugal e Uruguai, em ordem alfabética na edição. A ideia era que cada um evocasse, “em forma de memória literária, sua relação com a seleção nacional”. * No livro “Febre de bola”, o escritor inglês Nick Hornby fala de como ficou impressionado quando, criança, viu jogar a seleção brasileira de Pelé, Tostão, Jairzinho e Rivelino na campanha do tricampeonato mundial, em 1970. 
   Bem, ele não estava sozinho. A contribuição original de Hornby ao pasmo mundial diante da superioridade daquela equipe é uma metáfora infantil surpreendente: para ele, o futebol apresentado pelo Brasil no México lembrava “o Rolls-Royce cor-de-rosa de Penélope Charmosa e o Aston Martin de James Bond, ambos equipados com artefatos sofisticados, tais como assentos ejetáveis e armas ocultas, que os colocavam acima da banalidade entediante”. Não sei se leitores mais novos conseguirão captar o encanto singelo dessa imagem de futurismo datado. Para mim, nascido quatro meses antes do segundo título mundial brasileiro, em 1962, e que guardo a euforia que tomou conta do país em 70 entre minhas memórias mais antigas e caras, carros cheios de botões e armas secretas evocam mais do que uma fantasia infantil excitante. Falam de um tempo – que se julgava esperto, mas hoje parece ingênuo – em que viagens espaciais e eletrodomésticos cada vez mais assombrosos pareciam apontar para um futuro de conforto e prosperidade. 
  O chamado progresso tecnológico era indiscutivelmente um aliado da humanidade, não era? A história não seria tão simples, como se sabe. Já não era simples àquela altura, a não ser aos olhos da criança que eu era: o alto preço da “modernidade” materializada em viagens espaciais e eletrodomésticos assombrosos vinha sendo pago pelo Brasil pelo menos desde o golpe militar de 1964, que os Estados Unidos apoiaram. No entanto, isso não me impede de ver charme na comparação inusitada da arte de Pelé e seus companheiros com um artefato tecnológico de ponta – melhor ainda, um artefato tecnológico ficcional, fantasioso, flamboyant, concebido não apenas para superar os inimigos mas para divertir o público enquanto o fazia. 
  Aos oito anos, eu não poderia ficar mais orgulhoso nem que meu pai tivesse na garagem o Aston Martin de James Bond no lugar de seu Volkswagen. Mas chega de criancice. Já adulto, eu ia descobrir com o melhor livro de futebol escrito no país, chamado “O negro no futebol brasileiro”, que a contribuição original dada por nossos jogadores a esse esporte importado da Inglaterra não devia nada à tecnologia. Pelo contrário, pode-se mesmo chamá-la de antitecnológica: a vitória dos jogadores descalços sobre os de chuteira novinha. O curioso é que isso, em vez de contradizer a metáfora automobilístico-futurista de Hornby, compatriota dos criadores do futebol, de alguma forma a reforça. Escrito pelo jornalista Mario Filho, um entusiasta dos esportes tão importante que depois de sua morte deram o nome dele ao estádio do Maracanã, “O negro no futebol brasileiro” (lançado em 1947 e atualizado em 1962) conta a história desse esporte no país como epopeia de afirmação cultural e racial de todo um povo. Na narrativa convincente de Mario, nosso jeito de jogar foi inventado nas primeiras décadas do século XX por sujeitos que não tinham nem chuteiras, nem bolas de couro, nem livros de regras, nem campos gramados. Tais “artefatos de ponta” eram exclusividade dos sócios dos clubes de elite, que a princípio monopolizavam o futebol. Uma gente condenada a imitar, sem jamais superar, o estilo europeu no trato da bola. 
   Num momento histórico em que a abolição da escravatura era notícia recente, não havia lugar naqueles clubes para jogadores pobres, muito menos se fossem negros ou mulatos. Pois foram estes que, jogando em campinhos improvisados, com bolas e traves improvisadas, criaram aos poucos um novo jeito de tratar a pelota. Um jeito nascido da penúria, que driblava as dificuldades para transformar carência em trunfo. Não demorou para que os próprios clubes se vissem obrigados a abrir suas portas – a princípio a contragosto – àquela nova estirpe de craques desdentados, muitos deles analfabetos. Mas como jogavam! No estilo impregnado de cultura negra, cheio de curvas e ginga, que eles impuseram ao retilíneo jogo inglês o sociólogo Gilberto Freyre, admirador de Mario, viu “a capoeiragem e o samba”. 
   Foi essa longa história subterrânea de reinvenção do futebol por brasileiros pobres que, depois das erupções precoces de 1958 e 1962, atingiu a plena maturidade em 1970 na forma de uma tecnologia inteiramente nova, acabada, espantosa. Mais do que isso: como um produto pop de exportação que parecia subverter milagrosamente a ordem mundial, situando na vanguarda o que se imaginava vir na rabeira, no centro o que deveria ser periférico. Aquela seleção de camisa amarela fez pelo futebol o que “Cem anos de solidão”, de Gabriel García Márquez, tinha feito três anos antes pela literatura. É claro que, mais do que analisar fatos históricos, o que estou tentando fazer aqui é dar conta de um mito. Sem deixar de ser verdadeira, a narrativa de afirmação popular que está na origem do jeito brasileiro de jogar futebol é essencialmente mítica. A excelência da seleção de 1970, com sua avassaladora sequência de vitórias documentada em videoteipe, também não cabe inteira no domínio dos fatos – da mesma forma que nele não cabe o carro de Penélope Charmosa. 
  Tal aspecto mitológico condena todas as seleções brasileiras desde então, e provavelmente para sempre, à comparação injusta com uma equipe de semideuses. Não será diferente com Neymar e seus companheiros, a quem desejo toda a sorte do mundo. Vão precisar dela.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Um gol de Neymar fora dos 90 minutos do jogo contra a África do Sul emocionou o público da Arena Soccer City... !



  atualizado às 18h30

Neymar "salva" criança de seguranças   

levanta Soccer City


Ayo Dosumo, 7 anos, foi protegido por Neymar contra seguranças após invadir gramado Foto: Mowa Press / Divulgação
Ayo Dosumo, 7 anos, foi protegido por Neymar contra seguranças após invadir gramado
Foto: Mowa Press / Divulgação

  • Fábio de Mello Castanho
    Direto de Johannesburgo (África do Sul)
O final do jogo entre Brasil e África do Sul ficou marcado por uma atitude de Neymar que levantou o público do Soccer City. O atacante resgatou das mãos de seguranças uma criança que invadiu o campo e foi aplaudido pelos sul-africanos que no final da partida estavam mais interessados no futebol do Brasil do que em mais um vexame de sua seleção, que perdeu por 5 a 0.
Tudo começou quando Ayo Dosumo, 7 anos, entrou no gramado em direção aos jogadores brasileiros, que esperavam no meio-de-campo solenidades do amistoso que teve caráter de tributo a Nelson Mandela pelos 20 anos do fim do apartheid. Ele foi interceptada por seguranças, que impediram ele de chegar perto dos jogadores e tentaram tirá-la de campo.


Ao ver a cena, os jogadores do Brasil começaram a gritar à distância, pedindo que eles deixassem a criança se aproximar. Neymar foi o primeiro a ir em direção aos seguranças e resgatar a criança. Ele levantou garoto para o alto e, com a chegada de outros companheiros como David Luiz e Oscar, iniciou uma sessão de fotos.
O grupo do Brasil inteiro passou a jogar a criança para o alto e recebeu uma ovação do Soccer City com a cena que emocionou os presentes. Outros torcedores que invadiram o campo, já crescidos, não tiveram a mesma sorte. Com três gols mesmo sem ser brilhante, Neymar foi escolhido o melhor da partida. No segundo tempo ele foi aplaudido por cada lance no Soccer City.
Mais tarde, no momento em que deixava o estádio sul-africano, o zagueiro David Luiz comentou sobre o episódio envolvendo a criança. "Eu estava no bolo que levantou ele. Depois entrou o pai dele e eu peguei o telefone para tirar uma foto. São coisas que a gente leva para vida. A gente tem que retribuir esse carinho. É bom ser exemplo para crianças e para o mundo inteiro", disse.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Novela da contratação de Neymar pelo Barcelona domina as páginas e as telas de TV no ambiente do futebol


FÚTBOL FC Barcelona

Las cuentas del padre

  • Neymar senior reconoce que recibió 40 millones pero niega un precontrato con el Barcelona

  • El Barcelona, con la baja del brasileño, recibe al Levante para sellar el pase a semifinales de la Copa tras el 1-4 de la ida (22.00 horas, Antena 3)

Neymar y su padre, el día de la firma del contrato con el Barcelona.
Neymar y su padre, el día de la firma del contrato con el Barcelona.
Aquel silencio es ahora un ruido estruendoso. Después de que el nuevo presidente del Barcelona, Josep Maria Bartomeu, hiciera públicas las cifras de la contratación de Neymar en su primera rueda de prensa en el cargo tras la publicación de las informaciones de EL MUNDO, más que apagar el fuego mediático, ha atizado las brasas. También el padre del futbolista, Neymar sénior, en una rueda de prensa expuso su opinión sobre las cantidades sin tapujos.
«Quiero dar paz a Neymar para que dispute el Mundial libre de especulaciones», defendió su progenitor. El padre del astro negó haber firmado un precontrato con el Barcelona, algo penado por la FIFA, aunque sí confirmó que hubo un acuerdo con el club azulgrana, que abonó 10 millones de euros para «asegurar» la prioridad a la hora de firmar al jugador, así como otros 30 millones tras concretar el fichaje. En caso de que el jugador no hubiera recalado en el vestuario azulgrana, debería haber devuelto ese montante. Cantidades desorbitadas y operaciones estratosféricas en las que, según él, el Santos estaba al corriente.
«Los 10 millones de euros no fueron para Neymar, sino a N&N (Neymar & Neymar, empresa familiar)», sentenció, aunque también explicó que la operación se hizo antes de la disputa de la Copa Confederaciones para evitar añadir más presión sobre su vástago en caso de derrota de su selección. «Brasil ya había elegido a su héroe y a su villano, y como padre y empresario no quería eso para Neymar», confesó.
Neymar sénior defendió también que no debe nada al fisco brasileño ni al español, y que pudo haber recibido más dinero de la operación de traspaso de su hijo de haberse esperado a este verano, cuando estuviera liberado de su relación contractual con el Santos. «Podría haber salido gratis y yo tendría más de 120 millones de euros», indicó.
A todo esto, ¿qué opina su hijo? El jugador sigue recuperándose de su esguince en los tendones peroneos del tobillo derecho, mientras a su alrededor se habla de cifras. «Es la primera vez que me toca vivir cómo se explica el contrato de un jugador, pero creo que no le molesta, está centrado en su recuperación», informó Gerardo Martino, quien pide a sus jugadores estar alerta ante el Levante esta noche, por mucho que golearan por 1-4 en la ida de los cuartos de final de la Copa del Rey. «Con la situación política que vive el club, sólo podemos dar estabilidad con el juego», avisó el técnico argentino, quien dice no saber qué es la «madriditis».

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Troféu Bola de Ouro da Fifa vai para Cristiano Ronaldo... / BBC

Cristiano Ronaldo quebra hegemonia de 

Messi e é o melhor do mundo pela 2ª vez

Atualizado em  13 de janeiro, 2014 - 19:14 (Brasília) 21:14 GMT
Cristiano Ronaldo recebe a Bola de Ouro 2013 / Crédito da Foto_ Reuters
Ronaldo desbanca Messi e Ribéry e conquista prêmio Bola de Ouro de 2013
O atacante do Real Madrid e da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo quebrou a hegemonia de quatro anos do rival argentino Lionel Messi e conquistou o prêmio Bola de Ouro de melhor jogador do mundo em 2013.
A premiação aconteceu em Zurique nesta segunda-feira. O português havia conquistado o troféu em 2008. Nos anos seguintes, porém, mesmo estando entre os finalistas a maioria das vezes, havia perdido a premiação para Messi, craque do Barcelona.
Ao ser escolhido para ficar com o troféu, o jogador do Real Madrid chorou.
"Primeiramente, tenho que dizer obrigado para todos os meus companheiros no Real Madrid e na seleção portuguesa. Sem os esforços deles, isso não seria possível. Queria agradecer à milha família também", discursou. "Todos sabem o quão difícil foi conquistar esse prêmio. Estou muito feliz."
Grande rival de Ronaldo em campo, Messi ficou sem o prêmio após quatro anos consecutivos conquistando a Bola de Ouro – desde 2009. O argentino sofreu com as lesões no ano passado e desfalcou o Barcelona em momentos importantes na temporada europeia.
Cristiano Ronaldo se emociona ao receber prêmio de melhor do mundo / Crédito da Foto: AFP
Cristiano Ronaldo vence prêmio de melhor jogador do mundo pela segunda vez
Já o atacante francês Franck Ribéry, também finalista, foi o grande vitorioso de 2013. O atacante do Bayern de Munique conquistou a tríplice coroa (Campeonato Alemão, Copa da Alemanha e Liga dos Campeões da Europa) pelo seu clube e foi o principal destaque da equipe bávara no ano passado.
Mas, mesmo sem ter conquistado nenhum título importante em 2013 – levantou apenas a taça da Supercopa da Espanha -, Cristiano Ronaldo desbancou os dois rivais e ficou com o prêmio após uma temporada marcante no futebol europeu.
O português fez 66 gols nos 56 jogos que disputou e foi decisivo para a classificação de Portugal à Copa do Mundo, marcando todos os gols dos dois jogos na repescagem contra a Suécia, do craque Zlatan Ibrahimovic.
Assim, Cristiano Ronaldo foi o mais votado pelos 184 técnicos e 184 capitães de seleções e pelos 173 representantes da mídia do futebol mundial. Com 27,99% dos votos, o português levou a melhor sobre Messi (24,72%) e Ribéry (23,36%).

Homenagem a Pelé

Pelé chora ao receber prêmio Bola de Ouro pela primeira vez / Crédito da Foto: AP
Pelé se emociona ao receber prêmio e diz: "Agora minha sala de troféus ficará completa"
Considerado o melhor jogador de todos os tempos, Pelé nunca havia recebido um prêmio Bola de Ouro em sua carreira. Isso porque, na época em que jogava, a premiação era apenas para jogadores que atuavam na Europa.

Na entrega do prêmio de 2013, porém, a Fifa e a revista France Football homenagearam o ex-jogador brasileiro com um troféu da Bola de Ouro para "corrigir esse erro histórico".
Único atleta a conquistar três Copas do Mundo na carreira, Pelé disse que jogou "quase 30 anos, mais de 20 anos pelo Santos e pelo New York Cosmos depois".
"Eu ficava com ciúmes, todo mundo recebe a Bola de Ouro, menos eu", admitiu o ex-jogador, com lágrimas nos olhos. "Na época, eu não jogava na Europa, o prêmio não era concedido a jogadores sul-americanos. Mas agora agradeço a Deus por ter minha sala de troféus completa."

Prêmio Puskas

O Brasil tinha Neymar como representante entre os finalistas do prêmio Puskas 2013 (gol mais bonito do ano). Mas o atacante do Barcelona, que chegou pela quarta vez à final, acabou perdendo o troféu para o sueco Ibrahimovic.
Neymar competia com o gol que marcou pela seleção brasileira contra o Japão na abertura da Copa das Confederações. O brasileiro já havia levado o prêmio Puskas em 2011, pelo gol que fez pelo Santos no Campeonato Brasileiro daquele ano contra o Flamengo, na vitória santista por 4 a 3.
Mas Ibrahimovic acabou levantando o troféu de 2013 pelo gol que marcou em novembro de 2012, em um amistoso contra a Inglaterra. A Suécia venceu os ingleses naquele dia com direito a um golaço do atacante – uma bicicleta de fora da área.

Melhor jogadora do mundo

A brasileira Marta ficou mais uma vez entre as finalistas da Bola de Ouro para melhor jogadora do mundo, mas não conseguiu levantar o troféu pela sexta vez. A goleira alemã Nadine Angerer ficou com o prêmio.
Marta foi considerada a melhor do mundo nos anos de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 e sempre é lembrada entre as finalistas do prêmio. Ao lado dela, a americana Abby Wambach também estava na disputa e foi a segunda mais votada, atrás da alemã.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Imprensa esportiva da Espanha exige mais do futebol de Neymar...

http://condominiodeideias.blogspot.com.br/2013/12/imprensa-esportiva-da-espanha-mais-do.html#.UpzystJDuz0

Pior que Bale, “patinador” Neymar é questionado por imprensa espanhola

Getty Images

Brasileiro foi criticado por não conseguir se destacar na partida contra o Atlhetic Bilbao durante a ausência do argentino Messi


Gazeta 
A má fase parece ter chegado ao Barcelona. Após um início de temporada fantástico, com liderança isolada e invicta no Campeonato Espanhol além de classificação antecipada às oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, a equipe catalã perdeu, no último domingo, a sua segunda partida consecutiva e já começa a ser questionada pela imprensa local. Como não poderia deixar de ser, Neymar também vem recebendo suas primeiras críticas, principalmente por não conseguir fazer o time jogar na ausência de Messi, fora até o fim do ano com uma lesão muscular na coxa esquerda.







Neymar não conseguiu ajudar o Barcelona a evitar sua segunda derrota na semanaDeixe o seu recado e comente com os outros leitores
Nesta segunda-feira, as principais reclamações dos jornais espanhóis foram em relação à atuação do craque brasileiro na derrota para o Atlhetic Bilbao por 1 a 0 no último final de semana. O camisa 11 até se esforçou, tentou participar do jogo, mas estava em noite pouco inspirada. Não conseguia dar continuidade aos lances e, quando os fazia, esbarrava em uma ‘marcação implacável’: a dificuldade em permanecer em pé. Não foram poucas as vezes em que Neymar, ao arrancar para um drible ou ensaiar uma simples troca de direção, escorregava e se estatelava no gramado do San Mamés.
Assim, foi inevitável, à imprensa espanhola, achar um gancho para detonar a atuação do Barcelona e a apatia do jovem atacante canarinho. "Patinaço", destacou o diário catalão Mundo Deportivo em sua capa desta segunda-feira, com a foto de uma das inúmeras quedas do brasileiro durante a partida. "Neymar, que desperdiçou duas ocasiões de gol por causa de suas quedas, e o Barça patinaram no Novo San Mamés, no sentido literal e figurado", noticiou a publicação. "Sem o lesionado Messi, o Barcelona tentou sobreviver dos lampejos de Neymar e Alexis. O atacante brasileiro, que teve de trocar de chuteiras no primeiro tempo por causa de seus contínuos escorregões, desfrutou de várias oportunidades para marcar no mínimo um gol, mas não conseguiu", acrescentou.
Autor de um gol na vitória do Barcelona, Neymar sofre dura marcação no jogo contra o Betis. Foto: Reuters
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AS, da capital, Madri, adotou discurso parecido. "O que aconteceu neste encontro? O que aconteceu com Neymar contra o Athletic de Bilbao para que tenha feito uma partida tão aquém das que estamos acostumados?", disse. O Marca preferiu criticar o brasileiro por não estar conseguindo suprir a ausência do melhor jogador do mundo, lesionado há cerca de um mês, período no qual o Barça começou a decair na temporada. "Para ir mais além, esperava-se a explosão definitiva de Neymar após a lesão de Messi, mas o brasileiro não assumiu a responsabilidade como o imaginado e parece ter se contagiado com a falta de reação da equipe nas derrotas para Ajax e Bilbao", destacou o jornal, referindo-se aos dois recentes tropeços do Barcelona.
Para piorar a situação do brasileiro, o Real Madrid, principal rival dos catalães, vive momento iluminado na temporada: está há sete partidas sem perder, fez 18 gols nos últimos quatro jogos e já se encontra a apenas três pontos da liderança do Campeonato Espanhol, ocupada exatamente pelo Barça. Além disto, o galês Gareth Bale, contratado pelos merengues como resposta à compra de Neymar pelo clube de Camp Nou, também parece ter se acertado.
Após viver momento delicado nos primeiros meses, com lesões e presenças no banco de reservas, o canhoto vem se destacando nas últimas partidas e já até superou o ex-santista nas estatísticas: são 0,46 passe para gol por partida contra 0,45 do brasileiro, nove gols diante de cinco (em apenas 13 partidas, sete a menos que as 20 de Neymar) e um cartão amarelo contra seis do atacante do Barcelona. Desta forma, o brasileiro parece defrontar-se, pela primeira vez desde que chegou à Catalunha, com as críticas da exigente imprensa espanhola, disposta, a todo momento, a comparar os jogadores que, juntos, custaram 160 milhões de euros (R$ 506 milhões) aos cofres dos principais clubes do país.