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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Coluna de Augusto Nunes... Clipe assustador do momento político do Brasil...// Veja

Leia de mãos postas, rezando...

14/05/2015
 às 7:14 \ Opinião

Valentina de Botas: “Não culpo o PSDB por nada do que fez o PT, culpo o PSDB por tudo quanto o PSDB deixou de fazer’

VALENTINA DE BOTAS
Nova York é linda também agora, no último mês da primavera já anunciando o verão. Nunca estive lá. Me disseram que a cidade é destes lugares em que o visitante não precisa ir a nenhum local ou evento especial, pois a grande atração da cidade é ela mesma, ela é o acontecimento. “Você é espanhola?”. Em Istambul, o taxista tenta adivinhar minha nacionalidade num inglês tão pior do que o meu que pensei que ele estivesse falando turco. “Desculpe, não falo sua língua”. “Está desculpada, já sei: do sul da Itália?”. “Sou brasileira”. “Ah, mas então, você conhece meu primo que foi morar no Brasil”. Outra pessoa, mas não eu, diria da impossibilidade disso, que o país é enorme e tal: “Claro, como é o nome dele?”. “Mehmet”.
13/05/2015
 às 23:12 \ Direto ao Ponto

No Aqui entre Nós, Joice Hasselmann e Augusto Nunes lançam a campanha que pode transferir para a Papuda os chefões do Petrolão: #ContaTudoRicardoPessoa

13/05/2015
 às 16:16 \ Direto ao Ponto

1 Minuto com Augusto Nunes: Mensaleiro condenado pelo Supremo entra em cena no Petrolão e confirma que foi o chefão da turma quem apadrinhou Paulinho de Lula

Destaque do PP no escândalo do mensalão, o deputado pernambucano Pedro Corrêa foi cassado em março de 2006 e, em 2013, condenado a mais de 9 anos de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal. No mês passado, ainda cumprindo pena por ter embolsado alguns milhões de reais em troca do apoio ao governo Lula, reiterou que é irrecuperável: a Polícia Federal descobriu que Corrêa também se incorporou à quadrilha do Petrolão.
Nesta terça-feira, quase no fim de um depoimento em Curitiba, o veterano mensaleiro confirmou que foi Lula quem escolheu Paulo Roberto Costa para comandar a diretoria de Abastecimento da Petrobras. O afilhado do presidente já confessou ter feito o diabo. O padrinho de Paulinho do Lula, claro, faz de conta que nunca soube de nada. Conta tudo, Pedro Corrêa!
13/05/2015
 às 16:11 \ Opinião

Carlos Brickmann: A campanha de Fachin mostra que é ótimo ser ministro do Supremo

O advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma para o Supremo Tribunal Federal, tem o posto em alta conta. Para alcançar a honra de integrar a mais alta corte do país, recebendo muito menos do que profissionais tão bem sucedidos quanto ele, investiu com força em imagem. Para apoiar sua candidatura, contratou Renato Rojas da Cruz, que foi, pela empresa Pepper, o chefe dos marqueteiros digitais na campanha de Dilma (segundo seu currículo, comandava a equipe de criação de redes sociais). Rojas montou um site de apoio a Fachin,www.fachinsim.com.br. Sua participação era desconhecida, mas o segredo foi escancarado pelo bloghttps://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/, do jornalista Cláudio Tognolli. A campanha “Fachin sim” utiliza também o Facebook, o twitter e o You Tube. Preço? Não se conhece o número exato; mas Rojas já trabalhou na cúpula de uma campanha presidencial e é professor da Universidade de Brasília. É bem cotado no mercado de campanhas.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Invadindo a intimidade do PT > Carlos Brickmann na coluna de Augusto Nunes //

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03/11/2014
 às 16:14 \ Opinião

Quatro notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Filosofando
Quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo, dizia o pensador George Santayana.
O Brasil conhece o passado: Collor acusou Lula de querer confiscar a poupança, ganhou a eleição e quem a confiscou foi ele. A história acontece como tragédia e se repete como farsa, dizia o pensador Karl Marx. O Brasil vive o pior dos mundos: conhece o passado e o repete; e a farsa é trágica.

Fim de feira
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, PMDB, que promete morar em Miami tão logo entregue o cargo, daqui a dois meses, enviou à Assembléia mensagem solicitando que seja aprovada uma Lei de Transparência. Detalhe: valeria apenas para o próximo Governo.
Transparência boa, só no Governo dos outros.
Sem medo de ser feliz
A Medida Provisória 651, enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, tem como objetivo dar fôlego ao mercado de capitais. Mas embute alguns contrabandos, ali postos para passar despercebidos: um, por exemplo, isenta as empresas aéreas de Imposto de Renda, CSLL, PIS, Pasep e Cofins sobre passagens compradas com cartões corporativos.
E quem vai pagar a conta? Adivinhou, caro leitor! O IOF de quem compra dólares para viajar passa de 0,38% para 6,38%. E os altos funcionários federais ficam livres para comprar passagens com cartões corporativos (aqueles em que os gastos são mantidos em segredo).
Olho por olho
A Itália impôs ao Brasil uma dura derrota diplomática: recusou-se a extraditar o mensaleiro Henrique Pizzolato, que tem dupla nacionalidade e fugiu do Brasil usando os documentos de um irmão falecido. A decisão é humilhante: informa que Pizzolato não pode ser extraditado porque, no Brasil, as prisões são de péssima qualidade e não têm condições de abrigar convenientemente os condenados.
Há quem diga que a Justiça italiana se vingou da decisão brasileira de não lhe entregar Césare Battisti, condenado por homicídio e salvo por decisão pessoal do presidente Lula.
Se foi isso, erraram: Pizzolato voltar ao Brasil, sabendo o que sabe, com tanta gente querendo ouvi-lo, seria um fardo terrível para o Governo.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O pessoal do PT é 'barra pesada' // "As vítimas no poder"

23/04/2014 às 10:02 \ 

Opinião ‘As vítimas no poder’, por Carlos Brickmann  

Publicado na coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN

 Parece destino – um cruel destino de que nós, brasileiros, não conseguimos livrar-nos. Na ditadura, os especialistas em interrogatório (também conhecidos como “torturadores”) da Escola das Américas, instituição americana com sede no Panamá, vieram ao Brasil ensinar o que sabiam aos militares brasileiros. Os torturados, os mortos, os mutilados fazem parte de seu legado. E que é que fizeram os atuais governantes petistas, também vítimas dos instrutores internacionais? 
 Fizeram denúncias fortes, duras, muitas delas comprovadas. E, no poder, trouxeram ao Brasil os mercenários da Blackwater, sucessores privados da Escola das Américas. A Blackwater – que hoje, para tentar desvencilhar-se da fama das barbaridades cometidas no Afeganistão e Iraque, mudou de nome para Academi – foi contratada pelo Governo Federal petista para treinar os grupos especiais de Polícia que devem garantir a segurança da Copa. 
O pessoal da Blackwater, ou Academi – ou United Secret Services International, outro nome que usa – deve ser competente. A dúvida é: em que área reside sua maior competência? A turma da Escola das Américas era também macabramente competentíssima. 
 A Blackwater, seu antigo nome, mereceu um interessante livro, A ascensão do exército mercenário mais poderoso do mundo, do repórter Jeremy Scahill. No livro aparecem as ligações da Blackwater com a CIA e com a Halliburton, empresa do ramo petrolífero pertencente à família de Dick Cheney, secretário da Defesa e, mais tarde, vice-presidente da República. 
A Halliburton opera no Brasil. O nome das coisas Blackwater, água negra. Halliburton, ouro negro. Petrobras, águas turvas. 
 Descendo a ladeira1 Em frente à catedral do Rio, uma receita quase infalível de crise: grupos de invasores de imóveis, despejados de um prédio que haviam ocupado, acamparam cercando as entradas da igreja e obrigando o cardeal-arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, a suspender as comemorações de Páscoa que ali se realizariam. O objetivo dos manifestantes foi atingido: chamar atenção. Mas talvez tenham chamado mais atenção do que gostariam. Boa parte da população do Rio é católica, e prejudicar os festejos de uma das principais datas cristãs soa como provocação que, no mínimo, irá envenenar os ânimos. Talvez não haja revide imediato, mas a irritação se acumula: mexer com coisas terrenas é uma coisa, mexer com o culto a Jesus Cristo, ainda mais no Domingo da Ressurreição, é outra – e perigosa. 
 Descendo a ladeira 2 Numa só garagem, 34 ônibus incendiados em São Paulo. Por que? Por nada. Os bandidos que vêm destruindo um dos principais meios de transporte da população não dizem por que agem. Talvez não seja errado ligar essa onda de incêndios a ônibus com as notícias de que o Governo pretende colocar dois líderes presos do PCC, Marcola e Barbará, no duro Regime Disciplinar Diferenciado, em que ficariam isolados e seriam obrigados a permanecer na cela pelo menos 22 horas por dia. 
 O jornalista João Alckmin, que acompanha de perto a crônica policial (e por isso já sofreu dois atentados, sem que ninguém tenha sido preso por eles), faz uma pergunta que embute a própria resposta: por que os bandidos sempre incendeiam ônibus, e nunca vans? Terá isso algo a ver com as informações de que parte substancial das vans de transporte clandestino pertence ao PCC, o Primeiro Comando da Capital, braço mais forte do crime organizado? 
 Socializando o prejuízo O caro leitor alguma vez viu pingar em sua conta alguma parcela dos lucros da indústria automobilística, nos tempos em que carros e caminhões, com substanciosos estímulos fiscais, tinham números exuberantes de vendas? Pois é: agora que as vendas caíram, a indústria automobilística está procurando um jeitinho de compartilhar os prejuízos. A proposta é que, durante a crise de vendas, os operários sejam temporariamente licenciados; e o Governo – nome pomposo dado a seu bolso, caro leitor – pague boa parte de seus salários, com verba do seguro-desemprego e do FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. E as empresas que investiram pesadamente, acreditando que o mercado cresceria o tempo todo, sem nenhum recuo? Seu rico dinheirinho, caro leitor, ajudará a mantê-las no azul. 
 Vargas vai… O PT reclama, diz que o deputado paranaense André Vargas prometeu renunciar, para não desgastar o partido, e não renunciou. E ameaça convocar a Comissão de Ética do partido (existe, claro que existe) para julgá-lo, condená-lo e expulsá-lo. Se a Comissão for convocada, não haverá outro resultado possível, já que Vargas cometeu a maior infração possível à ética partidária: foi apanhado. 
 O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, do PMDB, diz que, renuncie ou não, Vargas será julgado no Conselho de Ética da Casa, onde, com voto aberto, não tem qualquer chance de escapar da cassação de mandato e da perda de direitos políticos por oito anos. Serão duas eleições que não poderá disputar. …Vargas vem Como nada tem a perder, André Vargas até agora se recusou a renunciar. Talvez até conte quem lhe prometeu apoio e o deixou sozinho. E se contar tudo? 

 Tags: Academi, André Vargas, Blackwater, Carlos Brickmann, Escola das Américas, PCC, PT

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fogo de morro acima, água de morro abaixo e Brasil quando quer dar.....

16/02/2014
 às 16:05 \ Opinião

‘É difícil dar certo’, por Carlos Brickmann

─ Alguns milhares de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra, MST, ocuparam na quarta-feira a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ameaçaram invadir o Supremo Tribunal Federal e o Congresso; pouparam, sabe-se lá por que, o Palácio do Planalto. Entraram em confronto com a PM e feriram 30 soldados. Serão processados? Nada disso! Na quinta, a presidente Dilma fez questão de recebê-los em palácio, na companhia, claro, de seu ministro Gilberto Carvalho, e ainda ganhou um presente: uma cestinha de produtos agrícolas.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Da coluna de Augusto Nunes // por Carlos Brickmann: 'A hora da verdade'

O ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., por escrito, no livro Assassinato de Reputações, e na TV ao vivo, em Roda Viva, acusou o ex-presidente Lula de ter sido informante da ditadura militar e disse que o ministro Gilberto Carvalho lhe contou que levava dinheiro desviado da Prefeitura de Santo André para José Dirceu. Disse que tem provas de tudo e vai publicar um segundo livro.
Verdade ou mentira? Este colunista gostaria de saber ─ e não é o único.
Só há uma maneira: quem foi atingido pelas acusações de Tuma Jr. deve processá-lo, por ofensa à honra e mais uma série de violações à lei. Como o ônus da prova cabe ao acusador, Tuma Jr. será obrigado a comprovar cada uma de suas acusações. Caso não o consiga, pode ser, conforme o tipo de processo, condenado a pagar indenizações ou a ser preso e cumprir pena. Ninguém pode disparar tantas acusações tão graves e infamantes sem ter provas concretas e suficientes.
Este colunista encontrou-se uma só vez com Tuma Jr., num evento público. Não o conhece, portanto, exceto pelo noticiário da imprensa. Não tem qualquer motivo, nem embasamento, para acreditar ou não em suas acusações. Mas, se os alvos de Tuma Jr. nada fizerem ─ como nada fizeram até hoje, dois meses após o lançamento do livro ─ será forçoso admitir que algum motivo têm para a inação. Que este colunista saiba, apenas um delegado, Mauro Marcelo Lins e Silva, citado no livro, está reagindo: disse que Tuma Jr. precisará de bons advogados.
Que os demais citados processem Tuma Jr., para que a verdade prevaleça.
Acorda, oposição! 
O PT está em plena campanha contra Tuma Jr., lotando redes sociais e mobilizando ativistas. E a oposição? Precisa com urgência comprar um relógio com despertador (e de marca internacional, que é tudo gente chiquérrima, tucano jamais poria no pulso uma imitação): não um clássico Baume&Mercier, um de seus favoritos, mas sem toque de despertar – talvez um Dorme, Monsieur.
Acredite… 
Em sua mensagem ao Congresso, Dilma disse que manterá os compromissos com a responsabilidade fiscal e o controle da inflação; e garantiu que o Governo levará a inflação para o centro da meta (que é de 4,5% ao ano, e foi superada em todos os anos do seu mandato). Dilma pediu que o Congresso respeite o pacto pela responsabilidade fiscal firmado em 2013. Os presidentes da Câmara e do Senado disseram que o Congresso não prejudicará as contas públicas.
…se…
No dia 22, Dilma e nutrida comitiva irão ao Vaticano, para assistir à sagração do arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, como cardeal. Da última vez em que esteve no Vaticano, Dilma e comitiva dispensaram a hospedagem na magnífica Embaixada do Brasil em Roma, o Palácio Doria Pamphili, e se instalaram num dos hotéis mais caros da cidade – gastando, segundo o Itamaraty, 125.990 euros. Em dinheiro de hoje, algo como R$ 410 mil. A comitiva alugou 17 automóveis.
…quiser
O Superior Tribunal de Justiça – que se intitula O Tribunal da Cidadania – está comprando mais treze automóveis “para transporte institucional”, por pouco mais de $ 890 mil. São veículos de representação para uso em São Paulo e Rio, para evitar que os magistrados, em viagem, tenham de – horror! – tomar táxi.
Devolvam! 
O Ministério Público de São Paulo sugere que sete empresas brasileiras e multinacionais, que considera envolvidas no cartel de reforma e modernização de trens do Metrô paulistano, admitam formalmente a culpa por lesar o Tesouro em R$ 675 milhões, e devolvam o dinheiro. Caso se recusem a fazê-lo, o promotor do Patrimônio Público, Marcelo Milani, ameaça pedir a dissolução judicial no país das multinacionais Alstom (França), Siemens (Alemanha), Bombardier (Canadá), Temoinsa (Espanha), mais as nacionais Tejofran, IESA e MPE.
Diz Milani que as empresas combinaram a divisão entre elas de dez contratos públicos, tudo isso entre 2008 e 2010, durante o Governo tucano de José Serra. Esta é só uma parte do problema: de acordo com as informações de entidades internacionais, os acertos começaram no Governo tucano de Mário Covas, nos anos 90, e se mantiveram nas gestões de seu sucessor, o também tucano Geraldo Alckmin.
Lembranças
MPE e Iesa têm tradição na engenharia. Já a Tejofran nasceu como terceirizadora de mão de obra. Foi fundada por Antônio Dias Felipe, compadre de Covas, padrinho de seu filho Zuzinha. Zuzinha também foi advogado da empresa. Dias Felipe é um dos instituidores da Fundação Mário Covas.
Justa homenagem.
Estranho debate
É estranho o debate sobre o beijo gay. Cada um beija quem quer. Quem gosta vê, quem não gosta troca de canal ou desliga. E o beijo gay da novela da Globo nem foi o primeiro da TV brasileira. Um dos grandes conhecedores da história da TV no país, o colunista James Akel, informa que o primeiro beijo gay (e interracial) na TV ocorreu há 24 anos, em 1990, na série Mãe de Santo, Rede Manchete, entre os atores Daniel Barcelos e Rai Alves.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

"O país que estamos providenciando", Carlos Brickmann / Um texto carregado de tristezas...

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/o-pais-do-estamos-providenciando-um-texto-de-carlos-brickmann/#more-817405

‘O país do estamos providenciando’, um texto de Carlos BrickmannPublicado na coluna de 

Carlos   Brickmann

As autoridades prometem que, daqui pra frente, tudo vai ser diferente, o torcedor briguento de futebol vai aprender a ser gente. O pior é que não somos só nós que sabemos que é tudo conversa mole: as autoridades também sabem.
1 ─ O mesmo torcedor é preso em Oruro, na Bolívia, e pouco depois em Salvador, na Bahia. Já esteve em Tóquio, no Japão. De onde tira tanto dinheiro?
─ Um torcedor foi fotografado, na briga das torcidas organizadas do Atlético Paranaense e do Vasco da Gama, com um porrete quase do tamanho dele, com pregos na ponta. Por mais ingênuo que seja o policial, ou o porteiro, ou o segurança, que é que imaginou que ele pretendia fazer no estádio com o porrete? OK, temos de admitir que há possibilidades diversas, mas com pregos na ponta?
3 ─ Um ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti, do PP, membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, membro da Comissão Especial para Assuntos da Copa 2014, superintendente da Ecoparaná, aliado do governador tucano Beto Richa, foi fotografado no meio da briga de atleticanos e vascaínos. Enfim, uma autoridade ativa! Pena que sua atividade seja participar de guerra de torcidas.
A solução para pacificar os estádios é simples: a mesma da Inglaterra, e não há falta de câmeras por aqui. É identificar e punir os baderneiros ─ ou com proibição de ir ao jogo, supervisionada pela Polícia, ou com prisão. E aqui? Por cerca de um ano, funcionou no Ministério da Justiça a Comissão Técnica de Combate à Intolerância Esportiva. Neste ano não houve brigas em estádios. Ao assumir, o ministro José Eduardo Cardozo acabou com ela.
Por que? Perguntem a ele, oras!
Parecia bom
Pior do que a ideia má é a falsa boa ideia. Eleição direta no futebol, por exemplo. Para garantir o apoio de uma massa organizada, a diretoria do clube abre os cofres para as torcidas organizadas (as que provocam as brigas). Surgem as viagens subsidiadas, os ingressos gratuitos ou com descontos, para que os líderes possam revendê-los, e se forja a aliança entre clube e baderneiros. Experimente o caro leitor comprar um ingresso numerado e, ao encontrar sua cadeira ocupada, chamar o segurança. Ele não vai tomar providência alguma.
Sabe quem manda.
Sem baderna
O prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT, está sendo hostilizado pelo Movimento dos Sem Teto, sabe-se lá por qual motivo. Até aí, faz parte do jogo. O que não faz parte do jogo é reunir um grupo de baderneiros em frente à casa do prefeito, de madrugada, para impedi-lo de dormir. O prefeito tem direito à sua vida particular, tem direito ao descanso; tem vizinhos, tem família. Quem quiser se manifestar que vá, ordeiramente, pacificamente, a seu escritório na Prefeitura.
Civilização, enfim
A presidente Dilma Rousseff convidou para acompanhá-la aos funerais de Nelson Mandela todos os ex-presidentes. É uma demonstração de urbanidade. Dilma, aliás, mostra mais pendor para a convivência civilizada que seu antecessor, o presidente Lula. Por várias vezes, sem deixar de criticar sua administração, homenageou o presidente Fernando Henrique. Lula preferiu jogar para a plateia.
Nas asas do seu bolso
Lembra dos acessos moralizadores após as manifestações de junho? Lembre-se bem, pois hoje são apenas memória. O governador fluminense Sérgio Cabral, por exemplo, voltou a frequentar sua casa de praia em Mangaratiba no magnífico helicóptero “para uso exclusivo em serviço” do Governo. Esposa, filhos, babá, todos voando.
Só o cachorro de estimação da família ainda não voltou aos ares.
É coisa nossa
Por falar em Mangaratiba, o cidadão Sérgio Lopes da Silva, lá residente, perdeu uma das mãos há 20 anos. Tem carteira especial de motorista, na forma da lei. E o Detran do Rio o obriga fazer perícia médica todos os anos, por causa deste problema. Ele tem de provar, ano sim, outro também, que sua mão não cresceu de novo.
São 170 km de viagem, ida e volta. E não tem jeito de a mão voltar.
No bolso, não
O PSB, de Eduardo Campos e Marina Silva, colocou em seu portal a ideia de abolir a isenção de impostos para igrejas em geral. É uma proposta interessante, que merece ser avaliada. A isenção se presta a todo tipo de abuso. O jornalista Hélio Schwartsman, da Folha de S.Paulo, fundou uma igreja só para mostrar como é fácil livrar-se de impostos: é ele o líder da Igreja Heliocêntrica, e sua mulher e filhos ocupam outras posições eclesiásticas. Se quisessem (não queriam: o objetivo era só fazer a reportagem), estariam livres de impostos.
O problema é que Marina é protestante e tem forte apoio evangélico; e Eduardo Campos está com o apoio do pastor Silas Malafaia muito bem encaminhado para 2014.
O gato não comeu
O ótimo colunista Aziz Ahmed, de O Povo, do Rio, foi quem lembrou a data: já se passaram dois meses desde que seis vigas de aço, cada uma com 40 metros de comprimento por 60 centímetros de largura, pesando no total 120 toneladas, foram roubadas na zona portuária carioca. Sumiram. E nem se pode botar a culpa, veja só que problemão!, num pé-rapado que estivesse passando por ali. Houve necessidade de guindastes e caminhões.
Mas ninguém sabe, ninguém viu.