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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Luxo hoje, standard amanhã ! Apartamentos de 19 m² por 266 mil reais...


  atualizado às 15h24

Apartamentos de luxo de 19 m² e R$ 266 mil em SP são vendidos em um dia

Valor do m² foi de cerca de R$ 14 mil - o apartamento com a menor metragem foi vendido por R$ 266 mil


O valor do m² foi de cerca de R$ 14 mil - o apartamento com a menor metragem foi vendido por R$ 266 mil - superando os preços do bairro, que possui m² de R$ 10.250 segundo dados de outubro do índice Fipe/Zap. O empreendimento está localizado na Rua Quatá, no bairro Vila Olímpia. O prédio vai contar com 86 apartamentos distribuidos em 18 andares e tem conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2016.Os apartamentos de luxo com plantas inteligentes e metragem que variam de 19 metros quadrados (m²) a 52 m² lançados pela construtora Vitacon no bairro Vila Olímpia na última semana, em São Paulo, foram todos vendidos no dia do lançamento, de acordo com informações da assessoria de imprensa.
O empreendimento foi elaborado com base no projeto da LifeEdited, de Nova York (EUA), especializada em apartamentos flexíveis, com plantas e móveis que podem ser adaptados e retirados para exercer outras funções, como cama embutida na parede, mesa que se expande e armário que se transforma em parede e abre espaço para um quarto com beliche.
O sucesso no lançamento fez com que a empresa não chegasse sequer a produzir um apartamento decorado em São Paulo. A Vitacon decidiu lançar outro modelo do tipo, no mesmo bairro e com a consultoria da empresa americana, dessa vez com 25 m² de área total, que deverá ser comercializado a partir da próxima segunda-feira. O preço não foi definido. 
Terra

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Violência contra o planeta Terra /BBC

http://m.terra.com.br/noticia?n=043a8a250f852410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD
  atualizado às 14h00

Mapa interativo online mostra evolução de desmatamento no mundo

Em 12 anos, a Terra perdeu, em florestas, o equivalente ao território da Mongólia. O Brasil, no entanto, avançou no combate ao desmatamento

Estudo na revista Science foi feito a partir de dados gerados por nova ferramenta Foto: BBCBrasil.com
Estudo na revista Science foi feito a partir de dados gerados por nova ferramenta
Foto: BBCBrasil.com
Um novo mapa de alta resolução das florestas - online e interativo - foi criado com ajuda do site Google Earth. A ferramenta online está disponível gratuitamente na internete permite uma aproximação detalhada de até 30 metros. O mapa online coleta dados desde 2000, o que significa que é possível verificar como a cobertura florestal mudou ao longo da última década. Para criar os mapas interativos, foram usadas mais de 650 mil imagens do satélite Landsat 7.
Entre 2000 e 2012, a Terra perdeu, em florestas, o equivalente à todo o território da Mongólia.
O mapa mostra que o Brasil avançou bastante no combate ao desmatamento, mas os ganhos nesta região foram superados por forte destruição de florestas em países como Indonésia, Malásia, Paraguai e Angola.
"Este é o primeiro mapa de mudanças florestais que é consistente em escala global e relevante também sob o aspecto local", diz Matthew Hansen, professor da Universidade de Maryland, que liderou o projeto.
"Uma tarefa que levaria 15 anos para ser feita por apenas um computador acabou sendo realizada em poucos dias com o sistema do Google Earth."
Em estudo publicado na revista científica Science, baseados em dados do projeto, os cientistas descobriram que 2,3 milhões de quilômetros quadrados de floresta foram destruídos em 13 anos. Os principais motivos do desmatamento são queimadas, atividade madeireira, pragas e tempestades.
Em outras áreas, houve criação de 800 mil quilômetros quadrados de novas florestas. Com isso, o saldo final para o mundo foi de perda de 1,5 milhões de quilômetros quadrados.
O Brasil foi o país que mostrou o melhor desempenho, com o desmatamento caindo pela metade na comparação entre dois períodos: 2003-2004 e 2010-2011. Já a Indonésia mais do que dobrou seu índice anual de desmatamento.
No entanto, apesar dos resultados positivos até 2012, novos dados divulgados ontem pelo governo brasileiro mostram que o desmatamento piorou no país no último ano.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o desmatamento cresceu em 30% em um período que vai de agosto de 2012 até julho passado - na comparação com a mesma época do ano anterior.
As florestas tropicais estão sendo desmatadas em um ritmo de 2,1 mil quilômetros quadrados por ano, dizem os pesquisadores.
O mapa será atualizado anualmente e pode ser usado para monitorar os programas de combate a desmatamento.
"Esta nova abordagem de monitoramento pode, pela primeira vez, nos dar em uma escala global uma responsabilização transparente para progredirmos em direção a reduções reais no desmatamento", disse Daniel Zarin, do grupo de ativistas Climate and Land Use Alliance

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mais ou menos... ninguém precisa estudar para ter dinheiro




  atualizado às 17h48

Estudo: 46% dos bilionários brasileiros não possuem diploma universitário



O Brasil tem 50 bilionários atualmente, sendo que desses, 23 (46%) não possuem curso superior, segundo estudo divulgado nesta semana pelo banco UBS. De acordo com o levantamento, os bilionários do País possuem, juntos, US$ 259 bilhões (cerca de R$ 590 bilhões).



Os dados ainda mostram que 38% dos bilionários brasileiros conquistaram o patrimônio por si mesmo. Outros 32% acumularam seu próprio dinheiro a partir de uma grande herança e os 30% restantes apenas receberam herança e não aumentaram a renda.
O levantamento aponta ainda que o número de brasileiros bilionários cresceu em um ano – passando de 49, em 2012, para 50, em 2013 -, mas no ano passado a fortuna dos bilionários brasileiros era de US$ 300 bilhões. De acordo com o UBS, a queda na renda total dos bilionários brasileiros está ligada as perdas de Eike Batista, cujo patrimônio despencou cerca de US$ 30 bilhões.
Ainda de acordo com o levantamento, a idade média dos bilionários brasileiros é de 64 anos. Entre os bilionários, 90% são homens.

domingo, 13 de outubro de 2013

"Tem muito político que merece porrada", diz Romário / O Dia

Romário: 'Tem muito político que merece porrada'

Presidente do PSB no Rio, Baixinho admite a possibilidade de ser candidato a governador ano que vem, embora sonho seja disputar a Prefeitura da cidade em 2016

ROZANE MONTEIRO
Rio - Romário tem 47 anos, "quase três“ de política, como ele mesmo diz, e está se profissionalizando na vida partidária. Presidente do PSB no Rio, partido que ele chegou a se desfiliar, agora admite a possibilidade de ser candidato a governador ano que vem, embora o sonho mesmo seja disputar a Prefeitura da Cidade Maravilhosa em 2016.
Pelo sim, pelo não, já vai distribuindo críticas ao prefeito Eduardo Paes e ao governador Sérgio Cabral, ambos do PMDB, para ir treinando. A marra é a de sempre, mas o Baixinho anda desenvolvendo a estranha mania de admitir que seu jeito “explosivo” o atrapalha. Romário agora tem fé que o Brasil pode ganhar a Copa e diz que Edmundo é um “cara do bem”.
O DIA : O sr. acaba de voltar para o PSB, depois de se desfiliar em agosto. Acha que tomou a decisão certa? 
ROMÁRIO:  Estou bastante, muito feliz no PSB. Não vejo possibilidade de sair do PSB.
Mas por que o sr. saiu?
Porque aqui no estado eu estava engessado: eu só poderia ser sempre candidato a deputado federal. Mesmo com as pesquisas feitas ano passado — na eleição para a prefeitura —, quando eu apareci com 8% (das intenções de votos), em terceiro lugar, nem com isso eu consegui andar. Por exemplo, como foi combinado (agora), ano que vem eu poderia, dependendo das pesquisas, ser candidato a senador. Mas hoje, 80% (das chances) é de ser candidato a deputado federal.
Romário: "Tem político que merece tomar porrada"
Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
Por que isso não acontecia antes? 
A direção anterior (o ex-presidente regional do PSB no Rio, Alexandre Cardoso, afastado pela direção nacional do partido) já tinha combinado que o PSB apoiava o governo do estado, então a gente não podia andar. E em relação à nacional, houve a falta de contato com o (presidente nacional do PSB) Eduardo Campos. Em alguns momentos, eu queria conversar com ele, mas, pelos motivos dele lá, a gente acabou não se encontrando. Em algum momento eu falei: “Quer saber? Vou ver se consigo através de outra sigla um espaço maior do que eu estou tendo aqui.” Com a decisão de substituir o diretório regional, eu tenho agora liberdade, posso seguir meus planos políticos. Tenho vontade de, em 2016, também dependendo das pesquisas, me candidatar a prefeito. 
O sr. acha que tem chances reais de ser um candidato competitivo à Prefeitura do Rio?
Uma coisa que aprendi com meu pai foi: eu só disputo alguma coisa onde eu tiver no mínimo 50% de chances, em igual condição. Se for 49%, já não entraria. Por que eu tenho chance? Eu tenho apenas quase três anos de política, mas conheço um pouco dos problemas que a cidade tem. A cada dia me interesso mais por política, a experiência vem na prática. E eu sei que o Legislativo é 100% diferente do Executivo. Eu imagino o quanto difícil deve ser tocar uma administração de uma cidade como o Rio. Mas, a partir do momento em que você consegue formar um grupo de secretários que te ajudem e que você possa delegar determinados poderes, e essas pessoas, com competência cumprirem o que têm que fazer, eu acredito que você pode fazer uma boa administração. As pessoas que trabalham comigo me ajudam muito. Até 2016, a tendência é que esse grupo cresça, melhore, e até lá eu possa reunir pessoas capazes de me ajudar.
O assessor de imprensa do PSB nacional, Evaldo Costa, admitiu que a possibilidade de o sr. ser candidato a governador ano que vem “está na roda”. É possível? 

Isso é uma possibilidade. Eu não posso descartar isso. Mas vou repetir: se eu me vir na condição de ter 50% de chances de disputar, vai acontecer. Se não, não me interessa.

Levando em conta o cenário hoje, com seis pré-candidatos a governador, o que o sr. consideraria chances reais de disputar?
Se eu ficar em sexto, sétimo lugar, não tem jeito. Se eu estiver nos três primeiros lugares, posso dizer que estou mais ou menos com 50% de chances.
Que qualidade o sr. trouxe do campo para a política? 
Essa coragem de poder dizer o que tenho vontade de dizer.
E defeito? 

Eu sou um cara um pouco explosivo em determinadas situações, e isso na política não é muito positivo. Estou tentando deixar essa parte um pouco de lado, mas, às vezes, é meio complicado. Eu estou aprendendo com o tempo, mas esse ranço ainda não saiu de mim nesses três anos. Daqui a pouco sai... 
Lindo, mas na prática... 
Na prática, não é mole, não é bem assim, não, mas estou tentando... (risos)
Romário diz que aprendeu com o pai a só disputar alguma coisa se tiver 50% de chances
Foto:  Maíra Coelho / Agência O Dia
Na prática, o que tira o sr. do sério? 
Por exemplo, o que está acontecendo no Rio com os professores. Não consigo entender como a Prefeitura do Rio não chega a um acordo, se não com o sindicato, que seja diretamente com os professores. Os professores têm que ser bem remunerados. Se ele (prefeito Eduardo Paes, do PMDB) está lá, foram os professores que trabalharam muito para ele ser o que ele é. Professor tem que ser visto de uma forma diferenciada. Não pode um professor ganhar R$ 1 mil, R$ 2 mil. Essa é uma coisa que me deixa chateado. Pô, resolve isso, cara! Tira de algum lugar, bota ali, mas tem que resolver. Não pode ficar aí, os caras fazendo passeata, e as crianças vão perder o ano letivo.
Como o sr. avalia o governo Cabral?
Você pode fazer duas avaliações. Primeiro, Cabral Pessoa Jurídica foi muito bom para o Rio até determinado momento. Pessoa Física: péssimo, um dos piores exemplos que nós temos na política.
Como assim? 
(Exemplos) de conduta, de atitudes ruins, negativas. Pô, o cara todo dia andava de helicóptero, isso não pode passar impune. Isso é até uma falta de respeito com a população, principalmente com a população que anda de ônibus, de trem, de van, de Kombi.
O que o sr. acha dos black blocs?
O que eu acho, longe de fazer apologia à violência, é que tem muito político que merece porrada mesmo. Não estou dizendo que eles (os black blocs) têm que dar. O político merecer é uma coisa, os caras terem que dar é outra. Mas eu também vejo que uma manifestação pacífica tem saldo muito mais positivo do que acontece como o que a gente tem visto aí. Infelizmente eu não sei te afirmar, mas pelo que parece é um grupo direcionado para causar o caos onde não tem.
Um dos gritos de guerra ouvidos nos protestos é “não vai ter Copa”... 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Comando do cérebro! / Walk Again

http://m.terra.com.br/noticia?n=5e8c201a087a1410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD
atualizado 12/10

  atualizado às 13h37

"É como pôr um homem na Lua", diz Nicolelis sobre Walk Again

Brasileiro Miguel Nicolelis lidera equipe internacional que pretende, com uma estrutura robótica, fazer paraplégico dar o chute inicial da Copa de 2014. Em entrevista à DW, ele afirma que está perto do objetivo


O projeto Walk Again (Andar de Novo) tem um deadline preciso, como poucos no mundo da ciência. Até as 17h do dia 12 de junho de 2014, o produto desenvolvido em dois continentes por mais de 100 cientistas precisa estar funcionando diante de 70 mil pessoas e outros quase 3 bilhões telespectadores. A meta é desenvolver um exoesqueleto robótico que possibilitará a um paraplégico dar o pontapé inicial da Copa do Mundo do Brasil.
Em entrevista à DW Brasil, Miguel Nicolelis, diretor do projeto, diz que tudo dará certo. Dos Estados Unidos, ele coordenada equipes espalhadas na Europa e no Brasil que, simultaneamente, criam a estrutura robótica complexa – algo parecido com o Homem de Ferro, como ele próprio define.
O brasileiro Miguel Nicolelis lidera projeto Walk Again Foto: Reprodução
O brasileiro Miguel Nicolelis lidera projeto Walk Again
Foto: Reprodução
Os protótipos chegam ao Brasil em novembro para serem testados em pacientes. Depois da Copa, os exoesqueletos do Walk Again vão continuar no País para projetos de reabilitação. " A gente espera que ele evolua para um protótipo que possa chegar ao consumo para os milhões de cidadãos no Brasil e no mundo que têm deficiências físicas e que não podem se locomover com autonomia hoje em dia", diz.
DW Brasil: O Projeto Walk Again tem um objetivo muito claro, que é fazer um paraplégico dar o chute inicial da Copa do Mundo no Brasil, com a ajuda de um exoesqueleto. Isso vai acontecer?
Miguel Nicolelis: Se depender de nós, sem dúvida alguma. Nós temos cientistas na Europa, nos EUA, e no Brail trabalhando 24 horas por dia, em três turnos, para conseguir realizar essa primeira demonstração que, para nós, é o primeiro passo desse projeto. O Walk Again, na verdade, vai continuar depois. A demonstração da Copa é extremamente emblemática, mas a gente planejou essa demonstração para chamar a atenção do mundo todo para o fato de que estamos chegando muito perto de poder ter terapias de reabilitação que possam fazer as pessoas recuperarem um grau de qualidade de vida que elas perderam devido a lesões medulares, acidentes de automóveis ou doenças neurodegerativas. Então, a princípio, estamos dentro do cronograma. Cada dia a gente descobre um novo obstáculo.
DW Brasil: Isso acontece por se tratar de um projeto revolucionário?
Miguel Nicolelis: Sim, isso nunca foi feito da maneira que a gente quer fazer, e também existem outros agravantes. Além de o exoesqueleto ser uma veste robótica controlada por sinais biológicos originados do cérebro, ele tem um feedback tátil que vai fazer com que as pessoas possam sentir que elas estão tocando o chão com essa veste robótica. Há ainda o fato de que é uma demonstração em ar livre, em um estádio de futebol, com 70 mil pessoas cheias de telefones celulares, câmeras e outros equipamentos gerando ruído eletrônico. Então temos que ter 100% de segurança de que tudo vai funcionar.
O projeto usará um exoesqueleto em seus testes Foto: Divulgação
O projeto usará um exoesqueleto em seus testes
Foto: Divulgação
DW Brasil: Como é possível criar um exoesqueleto dessa forma, com o projeto sendo desenvolvido ao mesmo tempo em diferentes partes do mundo?
Miguel Nicolelis: A gente brinca que o nosso modelo de gestão científica é parecido com a forma como o cerébro funciona: de uma maneira distribuída, com bilhões de neurônios interagindo para a execução de uma tarefa. Nós decidimos que essa era forma mais otimizada e mais eficaz para realizar uma missão dessa magnitude: dividir e fazer múltiplas tarefas em paralelo.
O projeto envolve milhares de passos, é como pôr um homem na Lua. Só que não somos a Nasa, não temos os recursos e a infraestrustura que a Nasa tinha quando colocou o homem na Lua, estamos fazendo uma versão tupiniquim da Nasa. A única maneira de resolver isso era recrutar os melhores cientistas do mundo, convencê-los a abrir mão dos seus salários e de suas patentes, das suas ideias – porque estamos usando algumas ideias inovadoras que ainda não foram sequer publicadas. E eles concordaram, meus colegas, meus amigos mundo afora, generosamente abriram mão de tudo.
Descobrimos que o método de gestão distribuído funciona muito bem. O que permite que a gente avance. Um projeto que levaria de cinco a seis anos teve que ser reduzido, uma vez que ele foi aprovado oficialmente em janeiro deste ano. Ou seja, vamos executá-lo em 18 meses.
DW Brasil: Qual parte está sendo desenvolvida aqui na Alemanha?
Miguel Nicolelis: Na Alemanha estamos construindo, juntamente com meu grande amigo Gordon Cheng, na Universidade Técnica de Munique, os sensores táteis dessa pele artificial. Essa foi uma ideia do Gordon: criar uma pele artificial que vai vestir o exoesqueleto principalmente na planta do pé para permitir que, quando o pé encoste no chão, a pessoa tenha noção de que encontrou o chão do ponto de vista tátil.
Esses sensores e a pele artificial foram desenvolvidos aqui, e toda a estrutura inicial, todo o pensamento, a filosofia do exoesqueleto foram desenvolvidos em conversa com o Gordon aqui em Munique. Agora essas ideias estão sendo implementadas na montagem dos dois primeiros protótipos do exoesqueleto, cujas propriedades foram testadas nos Estados Unidos, com macacos no meu laboratório na Universidade de Duke, mas estão sendo montados na França e serão enviados para o Brasil.​
Nicolelis: testes com pessoas com paralisia no Brasil são autorizados
Nicolelis: testes com pessoas com paralisia no Brasil são autorizados
DW Brasil: E no Brasil serão feitos os testes com pacientes?
Miguel Nicolelis: No Brasil, ao mesmo tempo que estamos estudando uma série de processos de controle do exoesqueleto no nosso instituto em Natal, temos um grupo de engenheiros de várias nações trabalhando em Natal, nesse momento, simulando como é que será o controle do exoesqueleto por sinais do cérebro. Em São Paulo estamos terminando um laboratório de reabilitação neurorobótica, onde os pacientes selecionados vão testar o exoesqueleto e outras tecnologias.
Existem simuladores para se usar o exoesqueleto, por exemplo. Nós contruímos um simulador virtual, uma sala que simula um estádio de futebol e a pessoa é imersa nesse estádio virtual e anda no andador robótico. Isso vai criar as condições para treinar o cerébro dessa pessoa para as condições do dia da abertura da Copa. O laboratório está ficando pronto. Em novembro a gente começa a trabalhar com os pacientes.
DW Brasil: Como será, no futuro, o uso do exoesqueleto?
Miguel Nicolelis: O exoesqueleto é como se fosse uma veste mesmo, mas uma veste toda robótica. No futuro, teoricamente, as pessoas com deficiências começariam o dia vestindo o exoesqueleto e fazendo uma checagem de todos os motores, de todo o controle. É como a gente vê nos filmes de ficção, de certa maneira, no Homem de Ferro, por exemplo.
A partir daí, essa pessoa usaria a atividade mental para controlar os movimentos que seriam não só para fazer as atividades naturais diárias da vida, mas também para o processo de reabilitação. Manter o corpo se movimentando, apesar da lesão da medula espinal, é muito importante para manter a condição biológica dos músculos, dos ossos, cardiovascular. Então existem várias questões secundárias que ocorrem depois de uma lesão medular que o exoesqueleto resolveria em termos de reabilitação.​
DW Brasil: E a comunicação com o cérebro, como ocorreria?
Miguel Nicolelis: A gente já tem a tecnologia wiresless para transmitir sinais cerebrais para esses motores controladores do exoesqueleto. Em algumas circunstâncias, como na abertura da Copa, a gente ainda tenha que usar cabos para evitar o ruído eletrônico. Mas, a princípio, vamos usar métodos que foram já descritos em laboratório e, nessa primeira demonstração, vamos usar métodos não invasivos. Ou seja, vamos ler sinais do couro cabeludo do chamado eletroencefalograma, sinais que contêm uma informação ou também sinais musculares.
É como, de certa maneira, aprender a dirigir: existe um certo processo de treinamento para que a pessoa se acustume com a ideia. Porque é uma ideia totalmente nova, você precisa relaxar, imaginar o movimento que você quer fazer e deixar o exoesqueleto te carregar. E é preciso também processar os sinais táteis que o exoesqueleto vai devolver para o seu corpo.
Você vai andar e sentir o movimento. O cérebro tem que se adaptar – ele vai, lentamente, assimilar a veste robótica como se fosse uma extenção real do paciente. E eventualmente, esse paciente vai controlar o exoesqueleto de uma forma muito natural, como se ele tivesse andando com o próprio corpo.
DW Brasil: Como essa comunicação entre cérebro e exoesqueleto vai acontecer exatamente?
Miguel Nicolelis: Além da veste propriamente dita, o exoesqueleto tem uma mochila, que é a central de controle, que é o cérebro do exoesqueleto que vai dialogar com o corpo do paciente. Essa central vai captar os sinais do cérebro do paciente, vai traduzi-los em sinais digitais para que o exoesqueleto possa entender e vai receber os sinais de feedback, que serão transmitidos de volta ao paciente.
Essa veste vai conter todos os motores hidráulicos que vão mover o exoesqueleto e as baterias, outro componete fundamental, porque elas vão fornecer a potência para o exoesqueleto funcionar.
DW Brasil: O projeto Walk Again recebeu críticas em algum momento?
Miguel Nicolelis: Ele nunca recebeu críticas científicas, porque as pessoas conhecem o nosso laboratório e conhecem o trabalho que eu tenho feito nos últimos 30 anos. Nós tivemos pessoas no Brasil que questionaram o fato de o Brasil tentar fazer um projeto desse que, eu acho, é uma visão equivocada.
O Brasil é hoje um país inserido no mercado internacional de ciência e, para avançar em ciência num país como o nosso, é preciso que existam projetos ambiciosos que vão além da rotina. Se você nunca sonhar alto, nunca vai conseguir mudar de nível.
Projetos assim são importantes para divulgar a ciência, mostrar o que ela pode fazer pela humanidade e também estimular a comunidade científica a ambicionar mais. Isso ainda não faz muito parte da nossa cultura no Brasil. As pessoas que criticaram o investimento federal brasileiro público nesse projeto também não sabem que, em todo o mundo, são os governos que investem em ciência abstrata e aplicações clínicas iniciais.
Por onde eu passo no mundo, brasileiros e não brasileiros estão ansiosos com a possibilidade de ligar a televisão e ver algo que, para mim, vai ser similar a como pousar na Lua mesmo.
DW Brasil: E quem será esse paciente? Um brasileiro?
Miguel Nicolelis: A gente espera que seja um brasileiro, a não ser que ocorra algo de última hora que a gente não está prevendo. Mas já temos um grupo de pacientes que estamos começando a selecionar em São Paulo. Nós não queremos criar nenhum espírito nesse grupo de pacientes de que existe alguém mais ou menos qualificado, porque vamos trabalhar com eles também depois da Copa. Só vamos saber realmente quem será a pessoa que vai dar esse chute nas últimas semanas, talvez nos últimos dias que antecedam a cerimônia de abertura.
Mas isso é secundário para nós. O que é importante é a gente ter certeza que a gente está criando algo que tenha um retorno real, um benefício para esses pacientes, que a gente possa abrir um horizonte de esperança de que, em alguns anos, cadeiras de roda se transformem em objetos de museu. E que a gente possa andar pelas ruas e notar que as pessoas que antigamente estavam numa cadeira de roda estão andando pela cidade, pegando ônibus, fazendo compras, vivendo plenamente.
Deutsche WelleDeutsche Welle

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mundo doido e covarde... / Tráfico de mulheres

http://m.terra.com.br/noticia?n=26d38ebd61491410VgnVCM3000009acceb0aRCRD&ei_pid=11430992

  atualizado às 16h27

Denúncias de tráfico de mulheres sobem 1.547% em 2013

Ligue 180 fez 31 atendimentos internacionais, realizados por brasileiras que vivem em outros países, sendo 15 na Espanha, dez na Itália e seis em Portugal

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, divulgou balanço da Central de Atendimento à Mulher Ligue 180 Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, divulgou balanço da Central de Atendimento à Mulher Ligue 180
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
  • Fernando Diniz
    Direto de Brasília

O número de denúncias de tráfico de pessoas para a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) subiu 1.547% no primeiro semestre de 2013, segundo números divulgados pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República. Em 2012, o serviço registrou 17 denúncias do tipo contra 263 em 2013, sendo 173 casos internacionais. Segundo a ministra-chefe da SPM, Eleonora Menicucci, o aumento se deve à realização de operações da Polícia Federal contra quadrilhas de tráfico de pessoas. 
"Houve a partir desse desbaratamento, um aumento de denúncias de tráfico de pessoas no primeiro semestre, sendo 173 de casos internacionais e 90 no Brasil. Ou seja, o aumento é assustador. Na realidade do problema e é absolutamente positivo do ponto de vista da busca e da procura por um atendimento", disse.
Segundo a ministra, duas operações da PF partiram de denúncias ao Ligue 180 - uma em junho do ano passado e outra em janeiro deste ano. As investigações levaram aproximadamente seis meses. "As prisões demoram. Os processos são lentos", explicou. 
Dentre os casos de tráfico internacional, 129 denúncias se referiam à exploração sexual, 42 de exploração de trabalho e dois casos de remoção de órgãos. Dos relatos de tráfico interno, 64 eram de exploração sexual, 25 de exploração de trabalho e um caso para fins de adoção.
O Ligue 180 também fez 31 atendimentos internacionais, realizados por brasileiras que vivem em outros países, sendo 15 habitantes da Espanha, dez na Itália e seis em Portugal.
Cidade de 2 mil habitantes lidera atendimentos
Segundo a SPM, a cidade que proporcionalmente mais fez ligações ao Ligue 180 foi Gabriel Monteiro, localizada no interior de São Paulo. Com 2.708 habitantes e uma população feminina de 1.332 pessoas, o município registrou 40 ligações. Para a pasta, isso mostra a importância da interiorização do programa.
Segundo a ministra Eleonora Menicucci, 80% dos registros do município são ligações de informações gerais, em geral a respeito da Lei Maria da Penha.
A lista é seguida pela cidade de Rio Doce (MG), também com menos de 3 mil habitantes, e Amapá (AP), com 8 mil habitantes.
Disque 180
Segundo a ministra, até dezembro o Ligue 180 deve se transformar em Disque 180. Com um investimento de R$ 25 milhões, o governo pretende montar uma plataforma para agilizar as denúncias, direcionando no instante da ligação o telefonema para a Polícia Civil ou Ministério Público.
"Cada denúncia, cada relato de violência sofrida, vai se transformar em uma denúncia que será investigada", disse. "A mulher vai à delegacia diz que está com ameaça de morte, o juiz demora quase 30 dias para expedir uma ordem de proteção, pede atestado psicológico, e, quando a medida chega, a mulher já morreu", contou. "Nós não perderemos as mulheres. O disque é muito mais eficaz e ágil", acrescentou.
Terra