quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Enquanto aguardo a ressurreição...
Na segunda-feira tive um dia de atividades no Rio que abasteciam, como há anos, a mesma esperança. Resolvi sair de Campos no domingo mais cedo para passar algumas horas em Niterói com um amigo que, com a companhia indesejável de uma leucemia, briga intensamente para se ver livre dela. E fala como um vencedor: "Estou fodendo com ela. Minhas taxas estão ótimas!" E vibra como um Napoleão vitorioso. Emocionante. Como em qualquer batalha, a disposição pela conquista não é fácil. Remédios fortes que mudam o metabolismo e te jogam para baixo, suplementos alimentares, caminhar cansado, porém insistente, para não definhar os músculos e perder o tônus, vitamina mista que mistura de tudo no lugar do tão querido uísque que sempre lhe acompanhou nas mesas de histórias, causos, lembranças, gargalhadas e muita vida. Dormimos por ali mesmo. Eu e um outro amigo que não o conhecia e se disse triste por não tê-lo conhecido antes. Mas tenho a certeza de que se encontrarão outras vezes. Muitas vezes.
Como ainda não sabemos ainda o porvir, conversamos até as duas da madrugada, eu e meu amigo com um bom escoti acompanhado de petiscos. Ele se contentava em tomar sorvete. Mas tínhamos de estar no Rio bem cedo. Às 7 nosso anfitrião já nos acordava com sua ressaca de sorvete e uma bela mesa posta.
O Rio, talvez por ter sido o primeiro dia — julgo — da mudança no trânsito, estava um caos. Estresse coletivo expressado na gritaria permanente das buzinas. Nas ruas, o grito de junho era materializado. Os trens ineficientes. Os ônibus sobrecarregados e nervosos. O metrô entupido e com galerias que pareciam invejar os micro-ondas. Ao passar por três hospitais, era possível perceber as aglomerações em busca de atendimento. Mas as ruas, estas transpareciam uma limpeza de saltar aos olhos — pelo menos na área central a lei parece estar funcionando.
A sensação de insegurança era despertada em mim e no meu amigo a cada barulho diferente. Uma descarga da moto que explodia nos causava espanto. Assim como o abaixar de uma porta de correr de aço sendo aberta. O que valeu do meu amigo um comentário: Em Campos absorveríamos apenas como a explosão de uma descarga de moto e uma porta de aço sendo aberta. Verdade. O medo da violência está latente pelo Rio. O mesmo Rio que aprendi a amar, que me deu filhos, experiência, amizades e muita poesia nos anos em que por lá vivi. A mesma saudade do interior de antigamente. Há anos o percebo vítima dos desgovernos que o querem apenas como instrumento de projetos pessoais. Das disputas só por disputar a sua alma. Eta políticos sem alma!!!
E a nota jornalística que me entristeceu? Sim, está assinada pelo Felipe Patury, na edição desta semana da revista Época:
O Rio, talvez por ter sido o primeiro dia — julgo — da mudança no trânsito, estava um caos. Estresse coletivo expressado na gritaria permanente das buzinas. Nas ruas, o grito de junho era materializado. Os trens ineficientes. Os ônibus sobrecarregados e nervosos. O metrô entupido e com galerias que pareciam invejar os micro-ondas. Ao passar por três hospitais, era possível perceber as aglomerações em busca de atendimento. Mas as ruas, estas transpareciam uma limpeza de saltar aos olhos — pelo menos na área central a lei parece estar funcionando.
A sensação de insegurança era despertada em mim e no meu amigo a cada barulho diferente. Uma descarga da moto que explodia nos causava espanto. Assim como o abaixar de uma porta de correr de aço sendo aberta. O que valeu do meu amigo um comentário: Em Campos absorveríamos apenas como a explosão de uma descarga de moto e uma porta de aço sendo aberta. Verdade. O medo da violência está latente pelo Rio. O mesmo Rio que aprendi a amar, que me deu filhos, experiência, amizades e muita poesia nos anos em que por lá vivi. A mesma saudade do interior de antigamente. Há anos o percebo vítima dos desgovernos que o querem apenas como instrumento de projetos pessoais. Das disputas só por disputar a sua alma. Eta políticos sem alma!!!
E a nota jornalística que me entristeceu? Sim, está assinada pelo Felipe Patury, na edição desta semana da revista Época:
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