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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Excesso de luz, excesso de exibição, excesso de nudez, excesso de gente, excesso de corrupção, excesso de desperdício .....

Precisamos mesmo de tanta luz?

A poluição luminosa não só acaba com a visibilidade do céu noturno, como também acarreta um prejuízo anual de US$ 110 bilhões, causa danos à saúde humana e compromete o meio ambiente

02/01/2014 - 10H01/ ATUALIZADO 10H0101 / POR ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA
A poluição luminosa provoca diversos impactos negativos. Precisamos mesmo de tanta luz? (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)




Para os gregos antigos, a visão da Via Láctea no céu noturno representava o leite materno da deusa Hera, esposa de Zeus, derramado enquanto amamentava o bebê Hércules; os bosquímanos de Botsuana interpretavam o mesmo rastro esbranquiçado de gás, poeira e estrelas como sendo a coluna vertebral do céu – era ela que evitava que o firmamento desabasse sobre suas cabeças.
Mas e nós, seres humanos do século XXI, que vivemos em grandes centros urbanos (ou próximos a eles), como vemos a Via Láctea? Simplesmente não vemos: segundo este artigo, para 20% da população mundial, a visão a olho nu da nossa galáxia foi perdida por completo. O motivo é o uso inadequado da luz elétrica, desperdiçada através de um sistema público de iluminação ineficiente.
“Vivemos em uma era na qual sabemos mais do que nunca sobre o universo. Ainda assim, poucos de nós conseguem ver mais do que um punhado de estrelas onde vivem"
Scott Kardel, diretor da IDA
“Muitas cidades têm luminárias antigas, que acabam juntando poeira e insetos. O ideal é que tenham vidro plano, um bom rendimento, e estejam o mais próximo possível de 90º com o poste”, explica Saulo Gargaglioni, engenheiro energético especializado em poluição luminosa que trabalha no Laboratório Nacional de Astrofísica, em Itajubá (MG). “A luz deve ser jogada apenas para baixo – se tiver um mínimo feixe para cima, é desperdício”, diz. As luminárias redondas são as menos eficientes de todas, pois projetam luz desnecessária para todos os lados. Outdoors, refletores de estádios e letreiros luminosos frequentemente fazem uso inadequado da luz elétrica.
“Estamos vivendo em uma era na qual sabemos mais do que nunca sobre o universo. Ainda assim, poucos de nós conseguem ver mais do que um punhado de estrelas no lugar em que vivem”, diz Scott Kardel, diretor da Associação Internacional do Céu-Escuro (IDA), única organização sem fins lucrativos que luta para preservar o céu noturno e conter o avanço galopante da poluição luminosa.
A IDA estima que US$ 110 bilhões sejam gastos no mundo, anualmente, devido ao desperdício de energia. O quadro também resulta em significativos impactos ambientais: 750 milhões de toneladas de CO2 são despejadas na atmosfera, agravando o efeito estufa.
Poluição luminosa nas Américas: EUA são o país que mais sofre com o problema no mundo (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)
Os danos da superiluminação
Além do prejuízo econômico e ambiental, a luz elétrica utilizada em demasia e sem planejamento chega a afetar até mesmo a saúde humana. Estudos comprovaram que dormir em um ambiente iluminado suprime a produção de melatonina na glândula pineal, o que pode provocar estresse e câncer, especialmente câncer de mama nas mulheres. Postes mal posicionados nas ruas frequentemente projetam luz no interior de apartamentos e casas.
As plantas e os animais também sofrem com os efeitos da iluminação exagerada dos nossos tempos. A causa primária reside no fato de que, ao longo de milhões de anos, as espécies evoluíram adaptadas ao ciclo natural de dia e noite, claro e escuro. A noite iluminada pode impedir a floração de vegetais, além de desorientar o comportamento de diversos animais, como os filhotes de tartaruga, que necessitam de praias escuras para conseguir achar o caminho até o mar.
Até mesmo a ciência sente os impactos da superiluminação, especialmente a astronomia: segundo este estudo, com um aumento de 25% na poluição luminosa, a perda de potência verificada em um telescópio de 8 metros com custo US$ 85 milhões representa um prejuízo de US$ 20 milhões.
A luta pela noite escura
Para reverter a situação, diversos países já possuem legislações que buscam conter a poluição luminosa. A primeira lei do gênero foi aprovada na República Tcheca, em 2003, e acabou virando uma referência para parâmetros legais no assunto. O texto define poluição luminosa como sendo “todas as formas de iluminação artificial irradiadas para além das áreas destinadas, principalmente se direcionadas acima da linha do horizonte”. Outros países como Estados Unidos, Espanha e Chile também têm leis que regulam o tema.
No Brasil, discussões sobre poluição luminosa ainda não ganharam força
Em abril deste ano, a França aprovou a nível nacional uma lei inédita, focada principalmente no desperdício energético e econômico: o comércio agora deve apagar suas luzes externas durante a madrugada, entre 1h e 7h. De acordo com Scott Kardel, da IDA, a manobra deve evitar, por ano, o lançamento de 250 mil toneladas de CO2 na atmosfera, além de poupar uma quantidade de energia equivalente ao consumo de 750 mil casas convencionais. “Mesmo que combater a poluição luminosa não tenha sido o principal objetivo da lei, ela vai fazer uma grande diferença em reduzir os níveis a cada noite”, afirma o diretor.
Enquanto alguns países começam a levar o assunto mais a sério internamente, a Associação Internacional do Céu-Escuro, que existe desde 1988, promove ações a nível internacional. A de maior destaque é a instituição do programa “Lugares de Céu Escuro”, que reconhece e certifica a nível mundial localidades que possuem o céu noturno livre da poluição luminosa. Criado há doze anos, o projeto trabalha com três modalidades: parquesreservas ecomunidades.
“O interesse pelos Lugares de Céu Escuro está crescendo rapidamente, ele traz uma crescente conscientização dos problemas da poluição luminosa, enquanto promove os lugares que as pessoas podem ir para ver o céu noturno notadamente limpo”, diz Scott Kardel. Se algum lugar quiser tentar receber o status de parque, comunidade ou reserva de céu escuro, basta preencher estes formulários e seguir medidas que garantam a qualidade do céu.
“Paramos no tempo em termos de legislação, não temos nada a nível nacional"
Saulo Gargaglioni
No Brasil, as discussões sobre a poluição luminosa ainda não ganharam força. A medida mais efetiva até hoje partiu do Ibama, que aprovou em 1995 uma portaria que regula a iluminação nas praias, para proteger os filhotes de tartarugas marinhas. As demais legislações atuam somente a nível municipal, normalmente para proteger os entornos de observatórios astronômicos. “Paramos no tempo em termos de legislação, não temos nada a nível nacional. Se todas as cidades tivessem um plano diretor de iluminação e poluição, teríamos um ganho enorme, imporíamos limites”, diz Saulo Gargaglioni. “Não somos contra a iluminação, somos a favor da iluminação bem planejada”, explica.
São Paulo e Rio de Janeiro estão no canto superior direito da imagem. Buenos Aires está no canto inferior esquerdo (Foto: NASA Earth Observatory/NOAA-NGDC)
Precisamos de tanta luz?
Para o diretor da IDA, Scott Kardel, o uso que se faz da luz elétrica é claramente exagerado. Ele defende que a iluminação pública não deva ficar acesa a noite toda em lugares em que haja pouca ou nenhuma necessidade para tanto. “Frequentemente, utiliza-se mais iluminação do que realmente é necessário. Se é preciso uma certa quantidade de luz para circular com segurança por uma área, mais luz não a torna mais segura”, diz.
“As pessoas não estão apenas desconectadas do céu noturno, a maioria nem sequer sabe o que está perdendo"
Scott Kardel
A própria premissa de que a iluminação pública iniba a criminalidade vem sendo questionada. Em um relatório de 1997 ao congresso americano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma: “Nós podemos ter pouca convicção de que a iluminação previna o crime, particularmente por não sabermos se os criminosos a utilizam em favor próprio. Em resumo, a efetividade da iluminação é desconhecida”.
Por conta da opção pela iluminação geral e irrestrita, estamos abrindo mão de algo que foi declarado pela UNESCO como patrimônio comum e universal da humanidade: o céu estrelado. “A aparência noturna das estrelas tem inspirado a arte, a ciência, a religião e a filosofia ao longo de toda a história humana. Basta olhar para a bandeira do Brasil (e de muitos outros países) e você vai ver que as estrelas são importantes para todos nós”, diz Scott Kardel. “As pessoas não estão apenas desconectadas do céu noturno, a maioria nem sequer sabe o que está perdendo”.
O que estamos perdendo:
O fotógrafo francês Thierry Cohen fez o ensaio Villes Étaintes (Cidades Escurecidas) para alertar a população sobre os efeitos da poluição luminosa no céu noturno das cidades. Sem o excesso de luz elétrica, os céus de São Paulo e do Rio de Janeiro seriam assim:
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)
 (Foto: Reprodução/Thierry Cohen)

Coluna de Cláudio Humberto / Desnudando Brasília


  • 3 DE JANEIRO DE 2014
    Após negociação intensa nos últimos dez dias, o PSDB fechou aliança e assumirá cargos no governo de Eduardo Campos, em Pernambuco, em troca de segurar o apoio do PSB ao candidato tucano em Minas, em 2014. Para o presidente estadual do PSDB, Sérgio Guerra, “não cabe criar dificuldades ao socialista em Pernambuco, assim como não tem por que o PSB dificultar as eleições para Aécio Neves em Minas”.
  • Da mesma forma que o PSDB em Pernambuco, o PSB avalia que teria chance mínima em voo solo em Minas. Só atrapalhariam um ao outro.
  • O acordo não passa por SP, onde o PSB ameaça lançar candidato próprio contra a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin.
  • A ex-senadora Marina Silva tenta convencer Luiza Erundina a disputar o governo paulista. Em contrapartida, ela se lançaria a vice de Campos.
  • Um dos dirigentes da ANTT é Paulo Sergio Passos, aquele que virou ministro após a “faxina ética” de Dilma no Ministério dos Transportes.
  • Para o advogado eleitoralista Dyogo Crosara, é evidente a campanha antecipada do presidente da Federação das Indústrias (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo paulista. Propagandas que “enaltecem uma figura pública” são passíveis de multa, mesmo que sem referência à eleição, alerta o advogado, para quem Skaf está sujeito à ação por abuso de poder, com risco de inelegibilidade ou cassação de futuro diploma.
  • A estratégia de Skaf de enfiar na cabeça do eleitor que ele é melhor que os outros é “dissimulada” e vedada pelo código eleitoral brasileiro.
  • O advogado lembra que não adianta se esconder sob alcunha de pré-candidato, pois a propaganda antecipada é “punível a qualquer tempo”.
  • Para receber aprovação da Capitania dos Portos, as balsas com os fogos de artifício para o réveillon carioca tiveram de esperar um mês.
  • Salvo o drogado que tirou arma do PM que tentava evitar que batesse na mulher, e saiu atirando a esmo, o réveillon do Rio foi um primor de organização e segurança na festa para mais de 2 milhões de pessoas.
  • Taxistas cariocas em geral reconhecem que o governador e o prefeito do Rio têm méritos, mas jamais admitem votar outra vez em Sergio Cabral ou Eduardo Paes (PMDB). Estão com cartaz sujíssimo.
  • Na noite de 31, PMs avisaram nos quiosques de Praia Grande (SP) que haveria arrastão à meia-noite. Quem era esperto, foi para casa: o arrastão, por uns 50 jovens, aconteceu pontualmente na virada do ano.
  • Os japoneses, que reconstruíram em seis dias uma estrada após a tragédia de Fukushima, ironizaram a “entrega simbólica” do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN): ligaram as luzes, diz o Japan Times.
  • O blog da festejada revista “Slate” americana analisa a curiosa fábrica de exportação cubana de médicos, com o detalhe: seis mil desertaram entre 2003 e 2009, após o governo dos EUA facilitar a entrada deles.
  • É de corar Paulo Maluf e juiz Lalau: o ex vice-primeiro de Armamentos, Antonis Kantas, devolveu € 7 milhões dos €13.7 milhões de propina em negócios, inclusive no Brasil. A grana estava num banco em Cingapura.
  • Debalde a “novidade” do réveillon de 2013 em Copacabana, com ecopontos para lixo seletivo e 150 equipes do Lixo Zero, que deveriam multar os porcões: não evitaram as 403 toneladas de sujeira na praia.
  • Reconhecido pela luta incansável em favor da democracia, o ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ophir Cavalcante morreu ontem (2) em São Paulo, onde estava internado.
  • …pego pela Justiça com “saúde estável”, Genoino deve ser o único brasileiro sadio rezando para ficar doente. E assim escapar da Papuda.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Um bandido apelidado de Monstro com 45 mandados de prisão estava solto. Como pode isso?

02/01/2014 18h20 - Atualizado em 02/01/2014 20h30





Ladrão de bancos mais procurado de 





SP 





é preso no litoral norte


Rolídio Brasil, conhecido pelo apelido de Monstro, foi preso em Boiçucanga.
Foragido da Justiça, ele é acusado por 56 roubos a banco em todo estado.

Do G1 São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na tarde desta quinta-feira (2) o ladrão de bancos mais procurado do estado. O foragido Rolídio Brasil de Souza Gama, de 42 anos, foi preso em Boiçucanga, praia da cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.
Segundo a polícia, ele tinha saído de casa, com a família, para fazer compras, quando foi surpreendido. Rolídio ganhou o apelido de "Monstro" por ser considerado violento, como mostram imagens de câmera de segurança, gravadas durante assaltos dos quais participou. Uma delas flagrou o assaltante colocando a arma na boca de um gerente de banco.
Monstro é acusado por 56 roubos a banco em São Paulo e também era procurado pela Polícia Federal. Ele era foragido da Justiça desde 2007, quando fugiu do Presídio de Tremembé, onde cumpria pena por roubo a banco. Ele era alvo de 45 mandados de prisão e ficará preso em um Centro de Detenção Provisória (CDP) da capital.
"Em um só assalto, ele roubou R$ 39 milhões. Ele aproveitava do dinheiro também para mudança de comportamento social e também de nomes", afirmou Marco Antonio Desgualdo, delegado da Divisão de Capturas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Com o dinheiro dos roubos, Rolídio alugou uma casa em Boiçucanga para passar o Réveillon com a família, segundo a polícia. Ele não resistiu à prisão.
De acordo com a polícia, ele entrava na agência no horário de abertura ou fechamento, rendia os funcionários e levava tudo do cofre. Os investigadores não descartam o envolvimento de funcionários dos bancos e de policiais.

A prisão do foragido foi realizado por policiais da 1ª Delegacia de Capturas do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade).

Una mirada por el cotidiano de Argentina / Clarín

http://www.clarin.com/

ACTUALIDAD

DIVISAS

El dólar paralelo se dispara a $10,15

El oficial avanzó dos centavos y medio, hasta los $ 6,55. 

LA LUJOSA ESCAPADA A RÍO DEL JEFE DE LA AFIP

Este es el "Uruguayo" Lambiris, el amigo violento de Echegaray

POR MATÍAS LONGONI

Maneja depósitos de importación y estuvo en Río con Echegaray. Los periodistas de TN dicen que fue uno de los que los golpeó brutalemente. Mirá las fotos.
El "uruguayo" Lambiris, el amigo de Ricardo Echegaray que vacacionó con él en Río.
Mauricio (izq.) y Jorge Omar Lambiris (der).
El "uuguayo" Lambiris, el amigo de Ricardo Echegaray que vacacionó con él en Río.
  • 1 de 2

Incidente de Echegaray con periodistas en Río de Janeiro

POR MARÍA EUGENIA DUFFARD

Amigos del jefe de la AFIP le pegaron trompadas y patadas a un equipo de TN. Fue en el aeropuerto. Echegaray miraba las agresiones, pero no hizo nada.

PROBLEMAS PARA EL BOLSILLO

Acuerdo de precios: en la nueva lista faltan productos básicos

Otra vez hay poca oferta en verduras. Sólo se ofrece una variedad de yogur y ninguna de mate cocido. Y vuelven a aparecer artículos imposibles de encontrar.

POLÉMICA POR LAS TRABAS COMERCIALES

Mujica dijo que la relación entre Argentina y Uruguay “está trancada”

El mandatario oriental aseguró que destrabarla "dependerá de lo que decida" Cristina Kirchner. Se cruzarán el 17 de enero, en la Cumbre del Mercosur.
El esquema se basó en el armado de un paquete de "proyectos" turísticos, algunos de cuales jamás se concretaron. 

Textos com fatos que desfiguram o governo de Dilma... / José Casado e editorial do Estadão



02/01/2014
 às 11:04 \ Opinião

‘O humor de Dilma’, de José Casado

Publicado no Globo
JOSÉ CASADO
Dilma Rousseff acha que seu governo está sob ameaça de uma “guerra psicológica” capaz de “inibir investimentos e retardar iniciativas”. Foi o que disse em cadeia nacional de rádio e televisão. Não explicou quem, quando, onde, como ─ e muito menos por que escolheu um termo cuja definição, nos manuais militares, consiste essencialmente no manejo das palavras para abalar o moral do inimigo.


02/01/2014
 às 7:25 \ Opinião

‘Desvios no Bolsa Família’, editorial do Estadão

Publicado no Estadão
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que os desvios e o mau uso de recursos públicos destinados ao pagamento do Bolsa Família e a outros programas federais no interior do país são uma prática generalizada e persistente. Graças às informações contundentes recolhidas pelos auditores, desfaz-se o mito segundo o qual essas irregularidades seriam apenas pontuais.

Como o eleitor brasileiro vai se comportar diante do 'caso' Rosemary?


quinta-feira, janeiro 02, 2014


ARTIGO: Onde está Rosemary?

Por Nilson Borges Filho (*)

A segunda-dama da República, madame Rosemary Noronha, tomou um chá de sumiço. Depois do escândalo que derrubou a toda poderosa chefe de gabinete da presidência, com sede em São Paulo, pouco ou quase nada se sabe sobre o seu paradeiro. Diz-se que ainda reside na capital paulista, na mesma rua e no mesmo apartamento que ocupava antes do imbróglio.
Certeza mesmo é de que Rosemary conta com um batalhão de advogados, formado por pesos pesados das lides jurídicas nacionais. Os ilustres causídicos estão distribuídos por áreas de interesses, conforme os possíveis ilícitos cometidos pela madame. Fala-se em 40 advogados à disposição de Rosemary. Não é pouca coisa, mesmo para alguém que costumava dividir a cabine do avião presidencial com Lula e hospedar-se no mesmo andar onde ficava o apartamento destinado ao presidente.
Nunca foi surpresa para os jornalistas que cobriam à presidência da República a intimidade de Rosemary com o principal mandatário da Nação. Por ser um caso privado, os jornalistas entendiam que era o tipo de coisa que só interessaria ao casal de pombinhos e a mais ninguém. Porém, resta um pequeno detalhe: a partir do momento em que a aeronave presidencial e as hospedagens eram pagas com o dinheiro do contribuinte, o assunto saltava da esfera privada para o interesse público.
O ex-presidente Lula tinha todo o direito de dividir os lençóis com quem desejasse, desde que limitasse os custos de seus desejos carnais ao próprio soldo e não aos cofres públicos. O dito popular aqui se comprova: o povo brasileiro tem memória curta. Não se fala mais no assunto e o principal interessado em provar que toda essa história não passa de intriga da oposição e da mídia conservadora, se fecha em um silêncio de convento de freiras  carmelitas.
O falastrão, o palanqueiro que a tudo se achava com autoridade para dar seus palpites, agora não dá um pio sobre o que fazia a madame Rosemary Noronha nas aeronaves oficiais e em viagens pelo mundo afora acompanhando a comitiva presidencial, às custas do dinheiro público.
Para o Brasil que presta, o caso Rosemary encontra-se na rubrica da ética e da moralidade pública como restos a pagar. Fôssemos um país com mínimo de dignidade e com resquícios de amor próprio, Lula já teria vindo a público para se explicar – e muito bem explicado -  sobre o papel que representava Rosemary Noronha nas coisas da República.
O pior ainda esteve para acontecer, quando um candidato ao STF frequentou o escritório da madame pedindo apoio para que fosse nomeado para uma das vagas de ministro da Suprema Corte. Ainda bem que Lula desconsiderou, nessa nomeação, a análise abalizada da companheira sobre o currículo do candidato que pleiteava o cargo. Mas, afinal, aproveitando a virada do ano,  por onde anda Rosemary Noronha?
(*) Nilson Borge Filho é doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.