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quinta-feira, 3 de abril de 2014

The Piaui Herald / Petrobrás compra refinaria de peroba nos EUA

  • CPI da Petrobras não será instalada a tempo para a Copa

    CPI da Petrobras não será instalada a tempo para a Copa
    PASADENA - Pressionada por ter permitido gastos estratosféricos com a Copa do Mundo, a presidenta Dilma Rousseff se defendeu: "Não tive acesso prévio ao contrato que assinamos com a FIFA. Recebi apenas um resumo, com uma página e meia, uma caxirola e um boneco do Fuleco", explicou. — Leia o post completo.

  • 1° de abril: Dilma anuncia que Copa será financiada com dinheiro privado

    1° de abril: Dilma anuncia que Copa será financiada com dinheiro privado
    SUCUPIRA - A presidenta Dilma Rousseff convocou, nesta data, a cadeia de rádio e televisão para fazer um pronunciamento bombástico à nação: "Meus amigos e minhas amigas, venho aqui anunciar que a Copa do Mundo será financiada exclusivamente com dinheiro privado e que todos os estádios ficarão prontos a tempo", garantiu, balançando o pé direito por baixo da mesa. — Leia o post completo.

  • STF devolve Juízo Final para a primeira instância

    STF devolve Juízo Final para a primeira instância
    LIMBO - Após despachar o mensalão tucano de volta para Minas Gerais, Galvão Bueno de volta para Monaco e Cesare Battisti de volta para os anos 70, os ministros do STF reconheceram que o julgamento de Eduardo Azeredo não ficará pronto a tempo para a Copa do Mundo. Em solidariedade ao PSDB, um blogueiro que pediu anonimato anunciou que adotará o pseudônimo de Reinaldo Azeredo. "Somos todos Azeredo", lançou a campanha. — Leia o post completo.

  • Marco Civil da Internet punirá quem ficar mais de 20 minutos olhando para o iPhone

    Marco Civil da Internet punirá quem ficar mais de 20 minutos olhando para o iPhone
    Aprovado pela Câmara dos Deputados, o Marco Civil da Internet regulamentará o acesso ao iPhone. "Pais de família hoje sentam para jantar e não tiram os olhos do celular. Amigos saem para um chope e pouco conversam. É preciso dar um basta!", discursou o deputado Alessandro Molon, apresentando uma proposta para punir cidadãos que passarem mais de 20 minutos absortos na tela do aparelho. "Quem infringir a nova regra, perderá 10 amigos no Facebook", completou. — Leia o post completo.

  • Petrobras compra refinaria de óleo de peroba em Pasadena

    Petrobras compra refinaria de óleo de peroba em Pasadena
    PRÉ-SAL - Para desanuviar as suspeitas de que tenha feito péssimos negócios em Pasadena, o Conselho da Petrobras acaba de aprovar a compra de uma refinaria de óleo de Peroba no mesmo local. "O material será de grande utilidade para lubrificar as justificativas que daremos daqui em diante", defendeu Graça Foster. — Leia o post completo.

  • Forças armadas investigarão se houve golpe militar

    Forças armadas investigarão se houve golpe militar
    CLUBE MILITAR - Após anunciar que apurarão as supostas e pouco fundadas denúncias de tortura em seus domínios, as Forças Armadas surpreenderam a todos com um anúncio ainda mais ousado: "Vamos investigar se houve golpe militar", ponderou o brigadeiro Felipe Constantino de Azevedo. "Se lograrmos êxito até 2064, a gente começa a investigar se realmente teve esse negócio de censura", completou, otimista. — Leia o post completo.

  • Pelo aniversário do golpe, militares apagam 50 velhinhas

    Pelo aniversário do golpe, militares apagam 50 velhinhas
    CLUBE MILITAR - Dezenas de oficiais da reserva desembarcaram da nave de Cocoon para participar de uma rave temática organizada para comemorar os 50 anos do Movimento Democrático de 31 de março de 1964. "Jovem, se você completou ou vai completar 80 anos, venha fazer parte dessa festa! Traga sua família, seu Deus e sua propriedade para balançar o esqueleto num ambiente protegido de maconheiros, comunistas e afetados", convocou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, enquanto ensaiava passos de "In The Navy", sucesso do Village People. — Leia o post completo.

  • Dilma exige que Graça Foster adote o mesmo corte de cabelo que ela

    Dilma exige que Graça Foster adote o mesmo corte de cabelo que ela
    PRÉ-SAL - Inspirada em Kim Jong-un, que exigiu que todos os jovens da Coreia do Norte adotem seu corte de cabelo, a comunista Dilma Rousseff obrigou Graça Foster a aparar as madeixas. "Temos que observar o que os governos estatizantes de vanguarda estão fazendo. O companheiro Kim sabe que o penteado é o primeiro passo para fazer a cabeça de seus subordinados", discursou a presidenta. "Portanto, exijo que Graça Foster, Ideli, Gleisi e Lucélia Santos adotem um topete esculpido em laquê por Celso Kamura", concluiu. — Leia o post completo.

  • Após rebaixamento da economia, Guido Mantega contrata advogados do Fluminense

    Após rebaixamento da economia, Guido Mantega contrata advogados do Fluminense
    STJD - O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou uma coletiva de imprensa para comunicar que o governo já sabe como recuperar a credibilidade da economia: "Contratamos o time de advogados do Fluminense para reverter esse rebaixamento para BBB-", anunciou. Imediatamente, a Bolsa de Valores subiu 33%. — Leia o post completo.

  • Courtney Love afirma ter encontrado programa de governo do PMDB

    Courtney Love afirma ter encontrado programa de governo do PMDB
    NIRVANA - Após ter encontrado o avião desaparecido na Malásia, a sempre atenta investigadora Courtney Love anunciou uma nova série de descobertas em seu Facebook. "Encontrei cabelo na cabeça de José Serra e, pasmem, depois de muita procura, achei relatórios financeiros corretos de Guido Mantega", anunciou. Intrépida, Love enviou um ofício a Geraldo Alckmin anunciando a descoberta de um lençol freático para abastecer São Paulo. Em seguida, postou um selfie com a seguinte legenda: "You´re face to face with the girl who solved the world!". — Leia o post completo.

O Brasil é governado por administradores principiantes ou 'trainnes' ...

Carlos Alberto Sardenberg

Nada de mais 

Pasadena acabou saindo por US$ 1,3 bilhão, e parece que só a presidente Dilma, no governo, diz que foi um mau negócio

Churchill, quando primeiro-ministro na época da guerra, dizia que era mais fácil comprar um submarino do que um pacote de chá para o lanche do gabinete. Claro, ninguém sabe quanto custa um navio, muito menos um de guerra. Se o almirante diz... Mas se lhe apresentam um orçamento de 300 reais por uma caixa de café, você desconfia: é de ouro essa embalagem?
Bom, quanto custa uma refinaria de petróleo em Pasadena, nos Estados Unidos? Assim, na lata, ninguém sabe, nem mesmo a presidente Dilma, uma especialista em energia. Logo, quando decidiram pela compra, em 2006, os conselheiros da Petrobras só poderiam se fiar no relatório dos técnicos e consultores.
Mas, convenhamos, dá para desconfiar na base do puro bom senso. Esqueça a refinaria. Pense assim: se alguém lhe oferece por 300 milhões metade de uma coisa que acabou de comprar por 40, você tem que achar estranho, muito estranho. E, logo, exigir muito mais argumentos — documentos da própria companhia e mais estudos de terceiros.
A presidente Dilma pode dizer que concordou com a compra da Pasadena, quando presidia o conselho da Petrobras, com base em estudos apresentados pela diretoria. E também pode reclamar porque, diz ela, não lhe mostraram todas as cláusulas do negócio.
Mas parece que ela e outros conselheiros caíram na história de Churchill. Trezentos e tantos milhões de dólares por meia refinaria, mas prontinha, nos EUA? É parece bom, vamos lá.
Os diretores executivos da Petrobras contestam a presidente Dilma e dizem que todos os documentos estavam à disposição do Conselho de Administração — ou seja, só não viu quem não quis.
Faz sentido, a menos que se prove que os então diretores deliberadamente esconderam dados. Mas aí, uma vez descoberto isso, era o caso de se fazer um escândalo, demitir todo mundo. O que não aconteceu.
Mas a Pasadena acabou saindo por US$ 1,3 bilhão — e parece que só a presidente Dilma, no governo, diz que foi um mau negócio. Quase todos os demais membros da administração e do PT não estranharam nada, continuam dizendo que foi um bom acerto e que estava tudo bem explicadinho na hora da compra.
Não tem nada demais, só ficou mais cara, acontece.
Dizem que a presidente é autoritária. Mandona, contam alguns assessores. Mas neste caso, está todo mundo contradizendo o que ela diz. E fica por isso mesmo.
Parece que esse pessoal não é de estranhar. Por exemplo; quando a diretoria da Petrobras, a mando de Lula, anunciou a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, acharam normal o custo previsto de US$ 2 bilhões, e em associação com a PDVSA de Chávez, que já estava mal das pernas.
Reparem: a Abreu e Lima foi anunciada em 2005. A meia-Pasadena foi comprada em 2006, devendo estar sendo negociada antes disso. De todo modo, pelo menos em 2006, era possível estranhar: como uma refinaria pode custar mais de US$ 2 bilhões no Brasil , se tinha uma nos EUA por 40 milhões, no negócio original?
Ok, são refinarias diferentes, uma velha, outra nova, mas, gente, convenhamos: um dos dois preços tem de estar errado. E a Pasadena foi comprada e vendida no mercado livre.
Depois, na construção, a Abreu e Lima foi atrasando e ficando mais cara. Já está em US$ 18 bilhões. Nove vezes! O máximo de estranhamento, dentro do governo, foi o comentário da presidente atual da Petrobras, Graça Foster: foi um erro a não ser repetido.
E toca a obra. Acontece, não tem nada de mais.

Também parece normal o que acontece com as outras três refinarias: a Comperj, em construção no Rio e também atrasada e muito mais cara do que o projetado; a do Maranhão, que já teve obras de terraplenagem por mais de R$ 1 bilhão e ainda não tem projeto final detalhado; e a do Ceará, no papel e com uma planta inicial considerada inviável pela atual diretoria da Petrobras.
Qual o problema? São obras difíceis, não é como construir, digamos, uma transposição do Rio São Francisco? Nada de mais, pessoal.

O PT transformou o STF em um 'puxadinho' do Palácio do Planalto

O PT ganhou no tapetão

O julgamento do mensalão reforçou os defeitos do Poder Judiciário. A lentidão para apreciar as ações, a linguagem embolada e oca de juízes, promotores e advogados, o burocratismo e a leniência quando crimes são cometidos por poderosos.
O Supremo Tribunal Federal, ao longo da história republicana, em diversos momentos foi subserviente frente ao Poder Executivo, ignorou a Constituição e as leis — por mais incrível que isto pareça. Mas rasgar uma decisão produto de um processo que se estende desde 2007 — quando a denúncia foi aceita — isto nunca ocorreu. A revisão da condenação por formação de quadrilha da liderança petista foi o ato mais vergonhoso da história do STF desde a redemocratização.
Até 2012, o governo federal deu pouca importância à Ação Penal 470. Mesmo a nomeação dos novos ministros foi feita sem dar muita atenção a um possível julgamento. Um deles, inclusive, foi indicado simplesmente para agradar ao então todo poderoso governador Sérgio Cabral.
Afinal, o processo vinha se arrastando desde agosto de 2007. Muitos esperavam que sequer entraria na pauta do STF e que as possíveis penas estariam prescritas quando do julgamento. Porém, graças ao árduo trabalho do ministro Joaquim Barbosa e do Ministério Público, a instrução do processo foi concluída em 2011.
"Derrubada a condenação por formação de quadrilha, o processo no seu conjunto ficou absolutamente incompreensível"
O presidente Ayres Brito, de acordo com o regimento da Corte, encaminhou então o processo para o exame do revisor. Esperava-se que seria questão meramente burocrática, como de hábito. Ledo engano. O ministro Ricardo Lewandowski segurou o processo com a firmeza de um Gilmar dos Santos Neves. E só “soltou” o processo — seis meses depois — por determinação expressa de Ayres Brito.
O calendário do julgamento foi aprovado em junho de 2012. Registre-se: sem a presença de Lewandowski. Dois meses antes, o ministro Gilmar Mendes repeliu (e denunciou publicamente) uma tentativa de chantagem do ex-presidente Lula, que tentou vinculá-lo ao “empresário” Carlinhos Cachoeira.
Em agosto, finalmente, começou o julgamento. Diziam à época que as brilhantes defesas levariam ao encerramento do processo com a absolvição dos principais réus. Os advogados mais caros foram aqueles que pior desempenharam seus papéis. O Midas da advocacia brasileira foi o Pacheco do julgamento, sequer conseguiu ocupar os 60 minutos regulamentares para defender seu cliente.
Os inimigos da democracia perderam novamente. Foram sentenciados 25 réus — inclusive a liderança petista. Desde então, as atenções ficaram voltadas para tentar — por todos os meios — alterar o resultado do julgamento. A estratégia incluiu a nomeação de ministros que, seguramente, votariam pela absolvição do crime de formação de quadrilha.
Mas faltava rasgar a Lei 8.038, que não permitia nenhum tipo de recurso para uma ação penal originária, como foi o processo do mensalão. E o PT conseguiu que o plenário — já com uma nova composição — aceitasse os recursos. A partir daí o resultado era esperado
Derrubada a condenação por formação de quadrilha, o processo no seu conjunto ficou absolutamente incompreensível. Como explicar — para só falar dos sentenciados — que 25 pessoas de diversos estados da federação, exercendo distintas atividades profissionais e de posições sociais díspares, tenham participado de toda a trama? Foi por mero acaso? Banqueiros, donos de agências de publicidade, políticos de expressão, ministro, sindicalistas, funcionários partidários e meros empregados com funções subalternas não formaram uma quadrilha para através do desvio de dinheiro público comprar uma maioria na Câmara dos Deputados? E as dezenas de reuniões entre os sentenciados? E as condenações por peculato, corrupção ativa e passiva? E os crimes de gestão fraudulenta e evasão de divisas?
Parodiando um ministro do STF, o processo do mensalão não fecha. Neste caso, é melhor derrubar as condenações (claro que, seguindo a tradição brasileira, somente dos poderosos, excluindo as funcionárias da SM&P) e considerar tudo como um mal-entendido.
Deve ser registrado que toda esta sórdida manobra não encontrou resposta devida do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nas últimas sessões estava macambúzio. Pouco falou. E, quando teve a oportunidade de expor as teses do Ministério Público, deu a impressão que o fez com enfado, como uma pesada obrigação. A única semelhança com a enérgica atuação do procurador Roberto Gurgel foi o uso dos óculos.
O PT ganhou no tapetão, para usar uma metáfora ao gosto do réu oculto do mensalão, o ex-presidente Lula. Para os padrões da Justiça brasileira, o resultado pode até ser considerado uma vitória. Afinal, mesmo que por um brevíssimo período, poderosos políticos estão presos. Mas fica um gosto amargo.
A virada de mesa reforça a sensação de impunidade, estimula o crime e a violência em toda a sociedade. O pior é que a decisão foi da instância máxima do Judiciário, aquela que deveria dar o exemplo na aplicação da justiça.
Mas, se a atual composição do STF não passa de uma correia de transmissão do Executivo Federal, a coisa vai ficar ainda pior. Os ministros que incomodam a claque petista — por manterem a independência e julgarem segundo os autos do processo — estão de saída. Dois deles, nos próximos meses, devem se aposentar. Aí teremos uma Corte que não vai criar mais nenhum transtorno aos marginais do poder. Não fará justiça. Mas isto é apenas um detalhe. O que importa é transformar o STF em um simples puxadinho do Palácio do Planalto. Afinal, vai ficar tudo dominado.
Fonte: O Globo, 11/03/2014